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Sobre o atentado contra Cid Gomes, por Deodato Ramalho

Nem a precipitação do Cid Gomes justifica o ataque feito pelos policiais. Essa situação de absoluto descontrole de policiais, que há muito se mobilizam abertamente na política partidária, numa pregação de extrema direita, é bastante perigosa. Eu já me manifestei várias vezes sobre a gravidade dessa militância política de policiais militares. Antes mesmo de ter sido vereador (2013/2016) eu já vinha advertindo sobre isso. Hoje não há uma unidade da PM no Estado do Ceará que não tenha um grupo formado como célula de um partido político. Greve de policial, um segmento armado e de longa tradição autoritária, é extremamente perturbador e perigoso, e, por isso mesmo, vedada pela Constituição Federal (art. 142, p. 3º, inciso IV). O ato em Sobral, com todas as reservas que se possa fazer sobre o açodamento do ex-governador, tem que ser considerado como atentado a um senador da República. Ou as lideranças políticas e a sociedade entendem o que está ocorrendo no seio das polícias militares ou, quando acordarmos, será tarde demais. O que já era gravíssimo se tornou apavorante com o ascensão ao poder de um grupo político que prega a volta do autoritarismo, do estado policialesco.

Bolsonaro envergonha o pior puteiro que existe

O linguajar é de butiquim. De butiquim não: de puteiro.

Repugnante na forma e ultrajante no conteúdo. 

O sujeito não sabe se comportar fora da podridão de seu submundo miliciano. Tudo nele - o vocabulário obsceno, o gestual grosseiro, as piadinhas imorais, os trejeitos rudimentares - tudo evidencia as origens subterrâneas desse ser acintoso.

Infelizmente, eu não tenho esperança de que nos afirmaremos como um país civilizado, que não tolera tanta indecência. Parece que nos tornamos o império da imundície, da escrotice, da vilania, da vulgaridade, da boçalidade, da canalhice, da patifaria, do banditismo de quinta.

Um país sério não poderia aceitar ser representado por alguém tão desqualificado, tão baixo, tão vil, tão ignóbil. Deveríamos extirpar esse serzinho depravado da vida pública, senão por uma questão de princípios éticos, que fosse pelo menos por uma questão sanitária, de assepsia.

Mas um povo que elegeu um candidato que sempre disse ser favorável à tortura e que homenageou um estuprador no plenário da câmara federal não haveria de se incomodar com as declarações pornográficas e degradantes desse psicopata.

Enquanto isso, paulo guedes segue livre, leve e solto implodindo o que ainda resta do Estado brasileiro.
Rafael Patto