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Nunca uma banalidade foi tão bem escrita

Para coincidir com o lançamento do filme, que abriu o festival de cinema de Cannes deste ano, inaugurou-se uma espécie de indústria de Grandes Gatsbys. Várias editoras aproveitaram o estardalhaço para publicar suas versões do livro de Scott Fitzgerald.
Nas diversas edições em inglês só o que muda de uma versão para outra, claro, é a apresentação gráfica (com ou sem Leonardo Dicaprio na capa, por exemplo), mas nas novas traduções que pipocam pelo mundo imagina-se que a qualidade do texto de Fitzgerald nem sempre sobreviva.
No Brasil há umas quatro ou cinco traduções do “Gatsby”, entre antigas e novas. A melhor das novas no mercado deve ser a que a excelente Vanessa Barbara fez para a Companhia das Letras.
Essa variedade de versões espelha, de certa forma, a variedade de interpretações possíveis do livro. Não que ele seja um texto obscuro a ser decifrado. Pode-se até dizer que é uma lição de narrativa clara, junto com “Suave é a noite”, exemplos máximos do estilo elegante de Fitzgerald e do romance tradicional.
Costuma-se comparar a literatura de Fitzgerald com a do seu contemporâneo Ernest Hemingway, cujo estilo lacônico, “seco”, em contraste com a prosa fluente de Fitzgerald, seria o futuro da literatura moderna. No entanto hoje rele-se “O grande Gatsby” com o mesmo prazer da primeira leitura, enquanto reedições do Hemingway mostram um autor a caminho da pior armadilha que espera um escritor que se repete, a da autoparódia.
Mas, se “O grande Gatsby” não “quer dizer” nada além do que diz com perfeição, o que, exatamente, simboliza aquele estranho personagem enfeitiçado pela luz verde do outro lado da baía que separa o velho do novo dinheiro, a classe legitima da classe comprada, o seu mundo de negócios suspeitos e escroques do mundo encantado da sua amada Daisy?

Scott Fitzgerald, escritor americano

“Os ricos são diferentes de nós” é a primeira frase de um conto de Fitzgerald, anterior ao “Gatsby“. “É, eles têm mais dinheiro”, teria comentado Hemingway. Mas Fitzgerald era fascinado pela diferença.
Gatsby é martirizado pela diferença, que o impede, com todo o seu dinheiro, de ter tudo o que quer — Daisy. Simboliza a mentira do sonho americano, pois há sempre pelo menos uma baía separando as categorias de ricos. Ou simboliza a moral mais banal possível, a de que o dinheiro não compra a felicidade.
Nunca uma banalidade foi tão bem escrita.
Luis Fernando Veríssimo

Moça honesta

Numa empresa de grande porte, era uma linda moça, uma baita gostosa, de seus 25 anos, que servia o cafezinho.
O chefão da Empresa era louco por ela.
Um dia, quando ela entrou em sua sala, com o cafezinho, ele pediu a ela que fechasse a porta à chave.
Tomou o cafezinho e excitado, disse:
- Não se ofenda, mas eu dou R$200,00 para você tirar a blusa. 
Ela guardou os R$200 e tirou a blusa.
O patrão continuou:
- R$300,00 para você tirar a saia.
Ela guardou os R$300 e tirou a saia, mostrando suas lindas coxas. Mais excitado disse:  
- R$500,00 para você tirar o sutiã.
Ela guardou os R$500 e tirou o sutiã, mostrando seus lindos e durinhos seios.
O patrão  que já estava doidão, disse:
-Agora mais R$700,00 para tirar a calcinha.
Ela guardou os R$700 e tirou a calcinha.
Com a voz trêmula, disse entusiasmado:
-Diga quanto você quer para transar comigo! Respondeu inocentemente a moça:  
- R$50,00, é o preço que eu cobro de todos aqui na empresa!

O prenúncio do fim de um ciclo político?


Minhas reflexões são precárias. Toda época que prenuncia alteração profunda de rota é, por definição, caótica. E a análise presente sobre esses acontecimentos tem a mesma natureza, obviamente.
Talvez um ciclo (político, não necessariamente econômico) esteja caminhando para o seu epílogo.
Afinal, ao término do mandato da Dilma terão passados 12 anos do PT na cabeça do Executivo Federal. Não digo que o PT e Dilma personificam o poder, porque ele – o poder - é bem partilhado, temos o pluralismo no Congresso e ainda o Judiciário, sem falar dos demais entes da federação – Estados, DF e Municípios, cada qual com sua fração de poder; há ainda o poder da mídia, o poder econômico (mercado) e o poder “invisível” a que se referiu o Bobbio (“os Dantas” da vida).
Eu defendo o governo Dilma, seus avanços na área social, e meu o voto vai para sua reeleição. Penso que a inclusão social ainda é um objetivo a ser perseguido.
Tenho para mim que toda essa movimentação dos jovens da classe média clama por mudanças, mesmo que não tenham bem claro para onde ir, se rumam à esquerda ou à direita.
A direita quer mudanças também. Assim, mesmo que por linhas tortas, há uma confluência de interesses.
A minha geração (da classe média) acompanhou e participou da luta para eleger Lula presidente. Depois, foi a Dilma.
Elegemos Lula/Dilma porque ...
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