Sobre a matéria veiculada no final de semana pela revista Veja e reproduzida por parte da imprensa envolvendo o meu nome, gostaria de pedir que fosse registrada e dada publicidade à minha defesa:
1 – Nego peremptoriamente ter recebido recursos do Sr. Paulo Roberto Costa e definitivamente não faço parte de esquema de pagamentos de propinas envolvendo a Petrobras ou qualquer outra empresa;
2 – A notícia não cita a(s) fonte(s) de um vazamento que, além de ilegal, é feito, declaradamente, de forma seletiva, já que, entre dezenas de deputados que teriam sido envolvidos, o meu nome foi destacado;
3 – Há duas semanas, infelizmente a revista Veja já havia enveredado por acusações semelhantes com base em depoimento da contadora Meire Poza à Polícia Federal. A notícia foi desmentida logo depois pela própria fonte da revista. Ao falar sob juramento na Câmara dos Deputados, a sra. Poza disse que “a revista exagerou quando diz, dessas operações, que eram direcionadas, o fundo era direcionado ao PT, isso não é verdade”. E a Sra. Poza disse mais: “um ponto que não ficou claro na revista é quando cita o deputado Vaccarezza e diz que o assessor do deputado me procurou – isso é fato, me procurou sim. Mas não para direcionar uma operação para o fundo que já era do Beto. Isso não foi assim que aconteceu, é um pouco diferente. (…) o assessor procurou para fazer um investimento, mas não foi neste fundo. Na verdade este fundo não existia ainda. Não houve uma procura direta do assessor do deputado para dizer ‘olha eu quero fazer negócio com Alberto Yousseff’, não, nunca houve isso.”
Apesar da exposição injusta, até o momento não foi feito qualquer reparo que desagravasse a acusação na imprensa. Nenhum esclarecimento e muito menos retratação;
4 – Uma denúncia dessa gravidade não pode ficar assombrando pessoas sem base acusatória, sem citação de fontes ou provas documentais, muito menos às vésperas de eleições que, a fonte de divulgação da denúncia, tem claro e manifesto interesse em interferir no resultado.
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Entrevista com o deputado Vacarreza (PT) sobre a reforma política
O senhor está com a tarefa de realizar em 90 dias o que a Câmara não fez em 20 anos...
Eu estou otimista, acho a missão possível não por qualidades pessoais minhas, mas porque o Brasil mudou e as mobilizações mostraram uma insatisfação com os políticos e a política.
Essa reforma vai ser no sentido de facilitar a renovação política?
O sistema eleitoral brasileiro permite e promove a renovação. Em todas as eleições, com ou sem crise social, há uma renovação significativa nas bancadas. Meu medo é outro: as pessoas caírem na demagogia e criarem mitos sem muita consistência, e nós fazermos mudanças não necessariamente para o atendimento de transparência e participação.
O senhor acha que a demanda das ruas foi bem respondida ou a presidente Dilma errou no cálculo?
Eu apoio a presidente Dilma, ela transmitiu certo a vontade das ruas, as pessoas querem mudança já. Sou a favor de plebiscito. O problema é que ele não faz a reforma. É uma pergunta pontual de sim ou não, não é a elaboração de uma lei. E o rito dificulta a aprovação: tem que ter 171 assinaturas de deputados, tramitar na comissão, no plenário e depois no Senado…
Não pegou mal o senhor ter declarado que as regras aprovadas pelo grupo passariam por referendo e não valeriam para 2014 quando a presidente Dilma disse que o plebiscito era imprescindível?
Eu também queria que valesse para hoje, não tem divergência. Mas como? O problema é que existe um arcabouço jurídico que a gente não pode quebrar. Não existe tempo hábil nas regras para fazer plebiscito e valer para o ano que vem, mas eu sou a favor e vou ajudar a coletar as assinaturas. De qualquer forma, o parlamento vai tomar medidas que vão valer em 2014. Só não quero criar uma expectativa muito grande de que em agosto estaria pronto, porque seria a véspera do fracasso, a forma de não dar certo. Mas algumas ideias podem valer para agora.
A votação das propostas sobre a reforma será então fatiada?
O caminho para dar errado é um pacote para enfiar goela abaixo. Alguns temas, quando chegarem à Câmara, como o projeto que facilita propostas de iniciativa popular, vou sugerir que coloquemos logo para votar.
O PMDB tem defendido o mandato de cinco anos e o fim da reeleição e diz que esses temas são consensuais e poderiam ser votados logo, o senhor concorda?
Quero ouvir todos os partidos, não vamos partir de ideias prontas. Reeleição acho que a maioria é a favor, mas o PT talvez não tenha posição definida. Eu tenho minha posição, mas não quero adiantar, porque estou conduzindo um grupo muito heterogêneo e tenho que ter seis ouvidos e uma boca, prefiro falar muito sobre método e pouco sobre o conteúdo da reforma. O que eu acho mais consensual é que tem que mexer na forma de financiamento das campanhas, é um ponto que temos que atacar.
Quando o senhor foi indicado para comandar o grupo, houve uma situação constrangedora com o Henrique Fontana, que queria o posto.
Em todos os grupos de trabalho da Casa o coordenador foi indicado pelo presidente. Isso não foi o Vaccarezza que inventou e nem houve articulação. Eu acho que fui injustiçado nessa discussão, mesmo assim prefiro assimilar a injustiça do que atacar como fui atacado.
Alguns petistas têm dito abertamente que essa situação demonstrou que o senhor está mais ligado ao PMDB que ao próprio PT, o que o senhor tem a dizer?
Acho isso um acinte. Eu participei da fundação do partido, fui secretário-geral do PT, presidente da legenda de São Paulo, líder da bancada na Câmara dos Deputados e líder do governo na Casa. Dizer isso de mim, além de desconhecer o que acontece no PT, é o caminho do vale-tudo. Para mim, na política não vale tudo. Eu fico com pena de quem fala isso.
Fonte: Correio Braziliense
Luiz Carlos Azedo
Adriana Caitano
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