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A presidente Dilma anunciou hoje investimentos no valor de R$ 2 bilhões na ampliação do Metrô de Fortaleza

 Em cerimônia na Estação Virgílio Távora, em Maracanaú, ela afirmou que a ampliação do metrô vai provocar uma "revolução" no transporte de massa. Segundo a presidenta Dilma, outras cidades, como Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Salvador, também estão recebendo recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para ampliar e melhorar a mobilidade urbana, deixando para trás o tempo em que não se investia em metrô no Brasil.

"Enquanto todos os países ricos tinham metrô, o Brasil não tinha metrô. Uma parte das lideranças desse país considerou que ter metrô é luxo e nós sabemos que não é assim. Uma região metropolitana que cresce precisa ter transporte de massa de qualidade, rápido, seguro e confortável", disse, após o deslocamento de trem entre as estações Raquel de Queiroz e Virgílio Távora.

A viagem da presidente Dilma no Metrô de Fortaleza foi feita em um vagão fabricado na cidade de Barbalha, no Ceará, o que, segundo ela, demonstra a importância de o Brasil avançar na logística do metrô. Por isso, acrescentou, o governo federal vai investir R$ 1 bilhão em recursos do Orçamento da União na ampliação do Metrô de Fortaleza e outros R$ 1 bilhão serão financiados.

"Eu considero muito importante para o governo federal a construção e a expansão da rede de metrô, porque o Brasil mudou. O governo federal tem que ajudar os governos estaduais a transformar a vida urbana das médias e grandes cidades. O metrô é uma realidade em todas as grandes cidades do mundo. E é legítimo que Fortaleza tenha essa estrutura", acrescentou a presidenta.



José Dirceu: A hora é de partirmos para pré-campanha

Não faltam idas e vindas para acomodar as intenções do ex-governador tucano e duas vezes candidato derrotado à presidência. Aliás, a novela serrista tem que ser assunto dos tucanos e de seus aliados. O PT, que já tem candidato à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, tem que fazer a pré-campanha, buscar aliados e construir seu programa. Nesse contexto, o destino do PSD também passa a ser assunto exclusivo do prefeito Gilberto Kassab. Para nós o que conta, agora, é a aliança com o PC do B, PSB e PR, o diálogo com o PDT e com PMDB visando o segundo turno. Temos, ainda, que expor para a sociedade o que foram os 8 anos de serrismo e de tucanato na cidade de São Paulo. Continua>>>

Serra candidato a prefeito de São Paulo?

A o bebê da foto é do sr. José Serra. Na imagem ele faz a seguinte pergunta: Eu não ser presidente do Brasil? Que injustiça, não acredito!
 Arquivo Pessoal/Divulgação
Você também acha que é isto que o bebê Serra pergunta ou é outra coisa que ele ta "pensando"?

Receita de Macarons

Ingredientes para 20
90 gramas de farinha de amêndoas
  • 40gramas de farinha de trigo
  • 200 gramas de açúcar de confeiteiro
  • claras de 3 ovos
  • 3 colheres sopa de chocolate em pó
  • 30 gramas de açúcar refinado
  • 20 gotas de corante vermelho e 5 de corante verde para obter uma cor meio marrom
Para o recheio ganache
1 colher de sopa de manteiga
30 g de chocolate em barra ao leite
3 colheres de sopa de nata

Como fazer
Misture a farinha de amêndoas, a farinha de trigo, o açúcar de confeiteiro e o chocolate. Passe a mistura por uma peneira para obter um pó fininho, reserve. Aqueça as claras no microondas por 30 segundos, mexa, veja se perdeu um pouco da viscosidade, se necessário coloque por mais 30 segundos até deixar morninho. Tome cuidado para não deixar cozinhar. Coloque as claras numa batedeira, bata até formar clara em neve, depois misture aos poucos o açúcar refinado. Quando formar um creme firme acrescente o corante misturando bem. Desligue a batedeira e acrescente a mistura que você peneirou aos poucos misturando com um batedor. Quando tiver bem homogêneo coloque a massa num saco de confeiteiro. Pegue uma forma forrada com papel manteiga e untada com farinha e manteiga, esprema o saco de modo que sejam dispostas na forma 40 bolinhas, macarons. Deixe descansar por 20 minutos, as bolinhas ficarão achatadas e devem ter aproximadamente 2 cm de largura cada, não esqueça de deixar espaço entre os macarons. Leve ao forno pré-aquecido a 170 graus por aproximadamente 15 minutos, sendo que deve-se deixar o forno entre-aberto com uma colher de pau nos últimos 8 minutos. Deixe esfriar os macarons. Caso fique difícil de tirá-los da forma sem quebrá-los, umedeça a forma com um pouco de água para que o papel manteiga absorva essa água soltando mais facilmente os macarons.

    Recheio
    Derreta o chocolate no microondas, leve os ingredientes do recheio ao fogo baixo misturando bem até formar um creme liso. Recheie uma face do macaron e feche com outro macarron como se fosse um biscoito recheado. 

Briga de cachorros imensos

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Blog do Charles Bakalarczyk: A disputa pela consolidação dos avanços dos govern...

Blog do Charles Bakalarczyk: A disputa pela consolidação dos avanços dos govern...: O “mundo da vida” na era digital exige agilidade e pragmatismo de todos nós. Tudo acontece muito rápido e uma resposta demorada é sinônim...

A vingança só pertence a Deus?



São duas coisas bastante distintas. Na Argentina, por exemplo, onde estão julgando militares por crimes cometidos durante o período militar naquele país é uma atitude bem diferente da Comissão da Verdade no Brasil.

Na Argentina não está em vigor uma lei que anistiou militares e terroristas de crimes cometidos durante o tempo da ditadura.

Já no Brasil está lei está em vigor e serviu para fazer com que a transição entre o período ditatorial e o democrático se desse de forma pacífica e harmônica evitando conflitos e pacificando a sociedade.

A Comissão da Verdade no Brasil foi criada não com o objetivo de punir culpados por crimes cometidos, mas para esclarecer e tornar transparente um período de nossa história, inclusive esclarecendo o que ocorreu com muitos cidadãos que se encontram desaparecidos até os dias de hoje.

A Comissão da Verdade, para cumprir seus objetivos, deve investigar de forma isenta os fatos e motivações ocorridas. Portanto, repito, não é para se buscar ou se punir culpados.

Dentro deste princípio a Comissão deve investigar as motivações do que ocorreu de lado a lado. Não só as motivações dos militares mas também as motivações daqueles que pegaram em armas contra os militares.

O que devemos fazer no Brasil não é reabrir feridas daquele tempo, mas sim o de sanar estas feridas. Não é buscar vingança que nos jogaria numa vendeta interminável. Por exemplo, o mesmo direito que tem Dilma Rousseff de procurar punir seus torturadores, teriam os pais e parentes do soldado Mario Kozel Filho de procurar punir aqueles que mataram o jovem de 19 anos.

Portanto, vamos batalhar pelo perdão, pela pacificação, pois crimes foram cometidos de lado a lado e nada vai fazer com que os mortos voltem a vida. Precisamos lutar pelo futuro de nossos filhos e netos e não pela vingança e o revanchismo do passado.

A vingança só a Deus pertence. 

A Utopia e o Capital são eternos


Coloquemos de lado a complexidade das teorias econômicas bem como as antropológicas. Vamos falar da essência humana. Sim, proponho-lhes aqui tamanha presunção. A partir do ponto de que todo ser humano carrega, embora em níveis diversos, o egoísmo, podemos concluir que a morte não está nos planos do capitalismo. Nossa ganância e individualismo alimentam muito bem a lei da oferta e da procura. Mesmo em tempos de crise como o que vivemos hoje em dia, a mais-valia continua com toda força, em um previsível "balança, mas não cai". Não que isso seja mérito do próprio regime capitalista. Na verdade, a persistência do capitalismo acontece mais pelo fruto amargo da ganância, que, diga-se de passagem, está muito bem entranhada em cada batida do nosso coração. E assim o regime segue cumprindo seu dever de divisor social, em completa sintonia com os nossos desejos de sermos diferentes. No final das contas, somos competitivos por natureza e, portanto, não admitimos e não nos interessa um tratamento igualitário. Não nascemos e nem fomos criados para ser mais um na multidão.

Necessitamos e valorizamos sim a diferença. Temos a certeza de que o mundo gira em torno do nosso umbigo. Em outras palavras, não fomos preparados para tamanho desapego pregado pelo comunismo. Deixemos então a igualdade para os ditos puros de coração, sonhadores e emotivos.

Muito embora tenhamos a esperança de um dia sermos melhores em tudo - até mesmo em valorizar "o ser" e não mais "o ter". Até lá, ao comunismo resta a utopia, ao capitalismo, a eternidade.

do empresário e publicitário cearense Bruno Guerra  



É laico o aborto?

A defesa da legalização do aborto conta com dois pilares político-ideológicos explorados pelos abortistas, sendo um deles uma demanda criada pelos próprios. Os direitos reprodutivos e a laicidade do Estado. O primeiro seria hipoteticamente suprimido pela religião, portanto cabendo ao segundo a sua garantia.
O Estado laico surgiu para evitar perseguições religiosas e não para exterminar a religião. Foi um meio para que nos países ocidentais o grupo religioso majoritário, ou o que influenciasse o poder secular, não mais criminalizasse os adeptos de outros credos ou seitas. Foi a democratização da fé ou da sua inexistência. Deu a  cada um o direito de agir conforme sua consciência.

Um erro comum é atribuir a existência do Estado laico à revolução francesa. Como uma dádiva do iluminismo. Ora, o Estado que surgiu do movimento revolucionário era ao mesmo tempo anticlerical e confessional, sendo que qualquer um destes invalida o princípio do laicismo. Esta contradição pode parecer estranha, mas é real. Enquanto o anticlericalismo estatal perseguia o cristianismo, principalmente o catolicismo, incentivava o culto ao ser supremo. A divindade revolucionária que conduziria o povo, com a deusa razão, para desvelar o novo homem.

É comum ouvirmos dos defensores da legalização do aborto a sua aprovação como prerrogativa do laicismo. O Estado deve se ater aos princípios políticos e desconsiderar os dogmas religiosos. Neste caso os chamados direitos reprodutivos femininos se imporiam às crenças. Porém devemos perguntar quem são estas pessoas. Em sua quase totalidade são adeptas do marxismo ou das suas variações. Consideram a religião uma mera criação humana. Um conjunto ultrapassado de crendices que impede o progresso e a implantação das novas teorias e doutrinas, exatamente as que elas professam.

Limitando esta discussão ao campo materialista e aos princípios estabelecidos pelos seus teóricos, teríamos de um lado as antigas superstições em oposição ao novo direito racional. Este por possuir supostas bases científicas deve se sobrepor ao arcaico. Transforma-se numa disputa entre o moderno e o anacrônico. Um confronto entre as luzes, dos herdeiros do iluminismo, que pariu o terror, e as trevas. A supremacia da razão numa valoração feita pelos interessados diretos.

Podemos defender a vida utilizando os instrumentos políticos, não é necessário centrar exclusivamente na fé. A contenda pode e deve ocorrer na disputa partidária. Não é um duelo entre a religião e o Estado. É um embate entre duas correntes dentro da sociedade. Uma que utiliza a sua ideologia e outra com os seus próprios princípios. Politicamente tão legítimos quanto quaisquer outros. Não é uma ação contra o Estado, mas aos que querem controlá-lo para os seus fins, e que se utilizam para isto da distorção da função do próprio Estado.

Ao dizerem que o Estado é laico e portanto as objeções ditas religiosas não devem ser levadas em consideração para a criação ou a manutenção das políticas públicas é totalitarismo. Isto nada tem a ver com o laicismo como fundamento. Esta postura antirreligiosa representa o surgimento de uma nova confissão. Erigida sobre o princípio da superioridade de determinada ideologia sobre qualquer outro conjunto de valores. A opinião de cada cidadão é formada por conhecimentos e influências diversas. Possui o mesmo peso para todos, independente da sua origem e motivação estar alicerçada em princípios políticos ou em crenças religiosas. Não existe nenhum impedimento para que o indivíduo exerça os seus direitos políticos observando os mandamentos da sua religião. Desconsiderar este fato é um atentado contra o preceito da igualdade.

Os abortistas criaram um sofisma. Atribuíram a si mesmos a legitimidade para propor e aprovar a morte dos nascituros, visto que apenas eles estariam em conformidade com as regras políticas. Desqualificando quem se opõe. Como se agissem contra o Estado e fora da sua doutrina fundamental.

A legalização do aborto não se baseia na laicidade do Estado, visto que ela não é contrária a religião, mas apenas o princípio que garante a liberdade de culto e os direitos dos ateus. Portanto a campanha pela legalização do aborto nada tem de laica. É confessional. É a crença na superioridade de uma ideologia, o socialismo científico e suas mutações, sobre as outras proposições para a organização da sociedade.

Os direitos políticos não são estabelecidos conforme a sua motivação. Não existe gradação para ideologia, filosofia ou religião. Vetar a manifestação contrária e alegar ilegitimidade devido a origem da convicção, como fazem os abortistas contra os que se opõem a legalização do homicídio dos nascituros, é a imposição da ditadura. Contra eles deve-se fazer valer o direito do cidadão de influir nas decisões governamentais. 

fisgado do Vermelho Não

Doação de embriões

Pontos fundamentais:
  •  Uso do sêmen do irmão

O tratamento com óvulos e sêmen doados é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina. A escolha do sêmen é feita em bancos específicos para tal finalidade, sendo que a identificação é apenas por números. Ou seja, a paciente e o médico que realiza o tratamento não sabem quem foi o doador. 
  • Uso do sêmen de pessoa que já faleceu
Quando espermatozoides, óvulos ou embriões são congelados, as pessoas (homem, mulher ou casal, respectivamente) devem expressar por escrito sua vontade quanto ao seu destino em caso de divórcio, doenças graves ou falecimento. 

  • Doadora de óvulo
Não é permitido que integrantes da equipe da Clínica de Reprodução Humana participem como doadores do óvulos, espermatozoides ou embriões. 

  • Comportamento dos funcionários da clínica

Os funcionário da clínica devem preservar o sigilo do que ocorre em seu trabalho. Exemplo: uma pessoa famosa que passa em uma clínica para dependentes químicos. Os funcionários devem ser instruídos a manter total sigilo! Além disso, os dados médicos devem ser mantidos em arquivos específicos, sem acesso a outras pessoas. 

Palmito com camarão e ovos



Ingredientes


  • 1/4 de manteiga
  • 1 colher (chá) de sal
  • 1/4 colher (chá) de pimenta-do-reino
  • 1/2 colher (chá) de kümmel esfarelado
  • 2 colheres (sopa) de cheiro-verde picado
  • 500 gramas de palmito fatiado
  • 500 gramas de camarão
  • ovos batidos 
Como fazer
Aqueça a manteiga em uma frigideira unda. Refogue as fatias de palmitos e camarão junto com sal, pimenta, kümmel e cheiro-verde. Quando o líquido dos palmitos tiver evaporado, adicione os ovos batidos e mexa constantemente, até o ovo cozinhar por completo. Sirva quente.
Aproveite e também faça um delicioso macaron [doce fracês], receita Aqui

Palmito com ovos

Ingredientes

  • 1/4 de manteiga
  • 1 colher (chá) de sal
  • 1/4 colher (chá) de pimenta-do-reino preta
  • 1/2 colher (chá) de kümmel esfarelado
  • 2 colheres (sopa) de cheiro-verde picado
  • 500 gramas de palmito fatiado
  • 6 ovos batidos 

Como fazer
Aqueça a manteiga em uma frigideira funda. Refogue as fatias de palmitos juntamente com sal, pimenta, kümmel e cheiro-verde. Quando o líquido dos palmitos tiver evaporado, adicione os ovos batidos e mexa constantemente, até o ovo cozinhar por completo. Sirva quente.

Antes que a "Comissão da Verdade" comece em pizza

Enquanto aqui reina a tibieza, ditadores e torturadores estão sendo julgados nos países vizinhos

 "Nos últimos anos, um número cada vez maior de países da região está abrindo os baús de seus períodos autoritários e levando para os tribunais agentes do Estado responsáveis por atrocidades".

Ruth Costa, em matéria para o jornal ESTADO DE SÃO PAULO
 

 

O ex-ditador argentino Jorge Videla (1976-1981) foi condenado na véspera do natal de 2010 a prisão perpétua por um tribunal de Córdoba pela execução de opositores e outros crimes contra a humanidade. 

  
Agora que o carnaval passou, que finalmente, não é heresia falar da realidade nua e crua, que começamos a arrancar as máscaras e fantasias de um calendário compensatório esticado, creio ser este o momento de cobrar agilidade no trato de feridas históricas ainda expostas, condimento da maior das impunidades, os crimes praticados por agentes do Estado e encobertos a sete chaves por uma meia dúzia de sádicos que ainda agem como se monitores da tropa e tutores das instituições.
Essa resposta sobre um período de sevícias e indignidades, que custou centenas de vidas e arruinou outras milhares, que produziu gerações de traumatizados e acovardados, é, antes de tudo, a primeira garantia do saneamento cirúrgico de hábitos que se perpetuam sob mantos diferentes, mas com o mesmo resíduo autoritário e com a mesma cobertura da hipocrisia midiática.
 
O que hoje acontece em áreas de poder que se consideram acima do bem e do mal não passa de subproduto daqueles idos que matreiros e covardes querem por que querem empurrar para debaixo do tapete.
 
O período que fez de farrapos os elementares direitos dos cidadãos deixou uma bactéria de alto poder corrosivo. Esses jovens que exercitam seu potencial em fugas para o nada, que sequer se vêem motivados a questionamentos de amputações que lhes afetarão o próprio futuro, esses meninotes que se gabam da alienação e da indiferença são espécimes elaborados quando seus pais e avós fizeram da cabeça baixa a condição de sobrevirem sem riscos de maus tratos, de serem confundidos com os "perigosos subversivos" que estavam sendo triturados nos porões da ditadura.
 
Essa idéia da inutilidade do pensamento crítico, essa onda de acomodações e essa dança conforme a música tem origens na mãe de todas as impunidades, a que faz o Estado dito democrático fechar os olhos para crimes indefensáveis e imprescritíveis, quando o arbítrio campeou sob a blindagem da censura férrea e do silêncio de conveniência de quem hoje usa e abusa de um direito a que renunciou naquele então.
 
Todo mundo sabe que a apuração das violências cometidas por um regime tão escabroso que caiu de podre, que se recolheu à caserna depois de gerar um passivo desastroso, é do interesse prioritário de quem não teve nada com o peixe, mas que calou e consentiu, mesmo sabendo dos abusos nos porões do regime.
 
Essas pessoas precisam do conhecimento de toda a verdade tanto quanto as famílias de mortos e desaparecidos, dos que ainda vagam à procura de uma cova onde poderia encontrar os restos mortais de um ente querido.
 
E como estas, precisam saber de tudo, com toda clareza cristalina, os cidadãos que ainda hoje vivem sob a tortura das meias verdades. Precisam saber, principalmente, que todo aquele tormento não foi exclusividade de uma meia dúzia de militares boçais, mas resultado de um certo pacto de poder, costurado por alienígenas que patrocinaram perversidades iguais por toda a Latino-América que se queria soberana, que fora sacudida pelo vento sudoeste da libertação social que sacudia as consciências.
 
A demora em iniciar os procedimentos de apuração de toda a verdade compromete todo e qualquer discurso em nome dos direitos humanos. Não se pode garantir tais direitos hoje se não expomos ao conhecimento geral todas as suas abusivas violações. Nesse ponto, reconheça-se, o Brasil deve ao mundo e às suas novas gerações informações preciosas, capazes de desautorizar qualquer veleidade golpista, sempre cultivada pelos que não sabem ter seus interesses contrariados.

Até na Guatemala ditadores e verdugos estão sentando nos bancos dos réus, como escreveu Ruth Costa, direto de Oxford, Inglaterra:
"Parentes de vítimas de alguns dos massacres mais cruéis da história latino-americana passaram a última semana celebrando a decisão da Justiça da Guatemala de julgar o ex-ditador José Efraín Ríos Montt. Foi uma noticia bem-vinda no ano em que se completam 30 anos da matança de Dois Erres - um entre os muitos massacres ocorridos durante a ditadura de Ríos Montt (1981-1982).
 
É difícil prever os resultados do julgamento do ex-ditador, mas a decisão de colocá-lo no banco dos réus consolida uma tendência que ganha força na América Latina, definida pela cientista política Kathryn Sikkink como "cascata de justiça".
 
A Argentina foi a primeira a investigar os segredos dos generais e é o país que mais avança nos julgamentos por graves abusos aos direitos humanos.
 
No Uruguai, o Congresso derrogou a lei de anistia em outubro, facilitando o julgamento de militares e policiais. No Chile, desde que Augusto Pinochet teve de alegar demência para não ser julgado, dezenas de militares foram indiciados. No Peru, o ex-presidente Alberto Fujimori foi condenado a 25 anos de prisão em 2009 pelos massacres de Barrios Altos e La Cantuta".
 
Mesmo com todos cuidados para não gerar insatisfações nas áreas militares, mesmo com funções limitadas a eventuais revelações, sem previsão de punições como em outros países, a comissão da verdade tupiniquim ainda não saiu do papel. Não se sabe nem quem a comporá, embora já tenha sido aprovada no Legislativo.

Por que essa tibieza?

Nesse compasso, vão acabar constrangendo preventivamente o seu trabalho, impregnando-a dos mesmos condimentos da pizza que está no epílogo de tudo o que se tenta apurar nesta terra das mais ferinas impunidades.

É preciso que todos saibam com tranquilidade e firmeza: como em todas as situações, a verdade sobre o período em que os cidadãos eram obrigados ao silêncio sepulcral será um remédio de positivos efeitos colaterais.
 
A demora em ministrá-lo é mais do que uma demonstração de insegurança: - é, lamentavelmente, uma tática solerte para tornar a Comissão da Verdade mais uma peça do faz-de-conta que mantém o país sob a mais espessa cortina de fumaça.
 
* (Esta coluna está sendo repassada para alguns parceiros devido a falha no envio durante a madrugada)
 
 
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