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Parabéns Dilma Rousseff


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Felicidade!




























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São Paulo eu te amo

Mas assim oCê me fode

Já escrevi dois textos nos dois anteriores aniversários da cidade de São Paulo. Nesse ano (em que a cidade completa 460 anos) eu não em empolguei para escrever outro desse.
Pudera. Tá um calor irritante por aqui.  Ilha de calor, cimento que tosta e rebate tudo quanto é raio solar diretamente na moleira do cara de terno, da menina de jeans e do coitado que, cheio de roupas e trapos e tinta, tenta levar umas moedas se fingindo de estátua. Nesses dias de mormaço e abafado cercado de vidros reluzentes e filas de carro, o paulistano queria mesmo era uma praia ou a piscina do clube de campo, até mesmo a neve do hemisfério norte. E sei que, quando chegar aquele frio medonho e depressivo, nego vai é pegar as crianças e correr pra Maragogi, Cancún, Alabama.
Eu vejo, todos os dias, São Paulo sugando japoneses e coreanos e filhos de italianos e mineiros e baianos e mastigando tudo e cuspindo restaurantes e shoppings e shoppings e shoppings. Boliviano não pode, sair de Sapopemba não pode, reclamar por conta de vinte centavos não pode. Da garoa pode reclamar.
Garoa? Aqui o que se tem é chuva caudalosa de nuvens irritadas que, de tanta pressa, se batem e se chocam — feito a gente no metrô — e a derrota mútua resulta em gotas que enchem copo d’água e granizo e dor de cabeça. A água enche a rua, leva o carro e a molecada fica ilhada tomando gelo na cabeça.
Puta pé no saco, meo.
Dia desses eu fui ao otorrino, um daqueles retornos de quem trata há anos uma rinite que não cede nunca. Ele disse que, como sou um cara esperto, sei que, assim que eu puder, vou-me embora de São Paulo. O ar aqui não dá mais.
Foi-se o horizonte, o vento, o corredor de ônibus, a noção de integração e de integridade. Resta o luto.
Afinal, estamos em cima do túmulo do samba e do rolezinho. Caetano, eu também estou triste, tão triste, você no frio do Rio e eu na histeria deprê de essepê.
Queria ter pensado antes na melodia e na letra, passando apenas de Nova Iorque pra cá: “São Paulo eu te amo, mas assim cê me fode”.
Queria falar que aqui é que ainda as coisas acontecem, mas tá mais barato ir ver o Lollapalooza no Chile que aqui. Queria falar das livrarias alexadríacas que só a gente tem, mas seria infantil ficar de comparação com outra cidade brasileira e ridículo comparar a nossa megalópole com outras metrópoles mais bem abastecidas.
Resta a pizza sem ketchup, o pastel da feira.
São Paulo, eu preciso de ajuda e você também. Essa Síndrome de Estocolmo, essa vontade de morar em ti e de viver você a qualquer custo derruba. A gente gosta de apanha, a gente elogia e leva ferro, a gente acha que fez certo e tu vem e faz errado. Duas vezes. Três, se deixar.
A gente fica duas horas na fila do MIS, a gente corre de SESC em SESC pra comprar aquela lá do Jorge Ben ou então dos Racionais. A gente ainda desce a Augusta, a gente ainda sove lá na Vila Madalena, a gente ainda tenta evitar o trânsito, a gente come o hambúrguer gourmet e o brigadeiro diferenciado e a gente ainda entra na moda do ceviche e das bicicletas e deixa de comprar na Zara.
A gente tá tentando, São Paulo.
A gente tá tentando. Mas assim, cê me fode.
Com todo amor,
Jader Pires.
Jader Pires

É escritor e editor do Papo de Homem. Prometeu que, se um dia ganhar na loteria, vai doar cem reais para caridade. E não há cristo que o faça pensar o contrário.


Outros artigos escritos por 

Cem anos da Vovó Briguilina



Na comemoração dos seus bem vividos 100 anos de idade, Vovó Briguilina resolveu fumar mais um cigarrinho. Um chato deita falação sobre os males do fumo. E ela com a sabedoria e liberdade dos que já viveram bastante, responde:

- Meu filho, fumo desde os 15 anos e só deixarei de fumar quando não for mais possível. Porém, vou te revelar o segredo da minha longevidade:

Nunca me meti na vida dos outros!

Marcia Mattoso - Fabio Lopes Saito — com Bia Rocha e Josicleide Feitosa.

Renato Russo completaria 53 anos hoje


Se estivesse vivo, Renato Russo completaria 53 anos nesta quarta-feira (27). Líder da chamada "geração Coca-Cola", é considerado quase um messias para os jovens da década de 1980, quando o rock de Brasília explodiu e marcou a história da música no País.
Batizado de Renato Manfredini Júnior, Renato Russo começou sua carreira musical ainda na década de 1970, com o Aborto Elétrico. O grupo fez parte da Turma da Colina, movimento de bandas do Planalto Central criado durante o período.
Apesar do reconhecimento de sua primeira banda, a consagração veio mesmo poucos anos depois, com o Legião Urbana - considerado um dos nomes mais importantes do cenário nacional. Entre seus maiores sucessos estão Meninos e MeninasSeráEduardo e MônicaFaroeste Cabloco, entre outras.
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Crônica dominical de Luis Fernando Veríssimo

Brigadeiros

Cena: festa de aniversário de criança. Dois pais lado a lado.

— Você é o pai da...
— Da Laura. Você?
— Do Miguel. Aquele ali com a espada, batendo na... Miguel! Não se bate assim nas pessoas. Pede desculpa!
— Nós não nos vimos no...?
— No aniversário da Luiza.
— Certo. Estou me lembrando. Bolo de chocolate com amêndoas.
— Isso. E sorvete de creme
— Sou eu que sempre trago a Laurinha nos aniversários.
— Sua mulher já desistiu...
— Não. É que eu gosto.
— Sabe que eu também?
— São um inferno, claro. É preciso ter paciência. Mas tem seu lado bom
— Exatamente. Eu... Miguel! Me dá aqui essa espada! Você ainda vai quebrar alguma coisa!
— Eu sou tarado por brigadeiro de aniversário.
— Eu também! Brigadeiro e guaraná morno, tem coisa melhor?
— Notei que você pega dois brigadeiros cada vez que passa a bandeja, mas não come. Põe de lado.
— Para comer depois dos cachorrinhos-quentes. De tanto vir a festas de aniversário com o Miguel, desenvolvi uma técnica. Primeiro como os cachorrinhos-quentes...
— Ou as empadinhas.
— Ou as empadinhas, ou os croquetes, e depois os brigadeiros. Primeiro o salgado, depois o doce.
— O problema é que estas festas geralmente são desorganizadas. Servem os doces antes dos salgados. Não há nenhum critério. As crianças não ligam. A Laurinha não parou de comer brigadeiro desde que chegou. Ela é aquela ali, com o vestido marrom. Era branco quando ela saiu de casa, agora é marrom.
— Outra coisa. Só servem o bolo depois de cantarem o “parabéns pra você” e assoprarem as velinhas.
— E nós aqui, namorando o bolo de longe. Do que você acha que esse é...
— Meu palpite é morangos com nata batida.
— Mmmmm...
— Mas vamos ter que esperar.
— Paciência...
— Olha, acho que estão vindo as empadinhas. E croquetes!
— Até que enfim...
— Miguel, desce daí!

O presente de Aniversário que eu quero te dar

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[...] não pode ser comprado. 
Não tem nas lojas, nos mercados, nas feirinhas, nos balcões. 

Não é feito de plástico, não é eletrônico, nem precisa de manual. 

O presente de aniversário que eu quero te dar, já está dentro do teu coração. Basta que você agora o desperte para a vida. É o amor pela liberdade absoluta. 

É a admiração extrema pela Arte de Viver. 

A defesa inabalável da ideia de justiça, de verdade e de prazer. 

A coragem de sonhar transformações. 

A busca cotidiana por tudo que é sublime, e o doce desejo de sugar o açúcar de todas as coisas.

Parabéns


Filhão, parabéns pelo teu aniversário. Muitos anos de vida, saúde, sucesso, alegria e felicidade estejam sempre contigo.
Bjs, abçs, 
Te Amoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo