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Nota do MST sobre reportagem sob encomenda no Fantástico

Em relação às ações da Polícia Civil do estado do Paraná no âmbito da denominada "Operação Castra" em Quedas do Iguaçu no dia 04/11/2016, os advogados do caso esclarecem:*

1 - O MST é um movimento social popular legítimo, conforme afirmado pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento realizado no dia 18/10/2016. Todos os cidadãos brasileiros têm o direito de organização e de reunião, inclusive para lutar pela Reforma Agrária, bem como para que as propriedades rurais e urbanas do país cumpram sua função social. É ilegal e abusivo utilizar da Lei n. 12.850/13 (Lei de organizações criminosas)  pelo simples fato de pessoas serem militantes do MST.

2 - Embora os autos dos Inquéritos ainda não estejam disponíveis para a equipe de advogados, da análise dos documentos a que foi possível acesso, constata-se que as armas apreendidas no âmbito da Operação Castra pertencem à EVALDO DE AZEVEDO, que foi preso dias antes, noutra operação, e não guarda nenhuma relação com o Movimento Sem Terra ou com o Acampamento Dom Tomás Balduíno.

3 – A tentativa de criminalização do MST na região de Quedas do Iguaçu ocorre há anos devido ao grande número de conflitos decorrentes da grilagem de terras na região. Desde maio de 2014 aproximadamente 3 (três) mil famílias ocupam áreas da União griladas ilegalmente pela empresa ARAUPEL. A Justiça Federal declarou que as terras pertencem à União e que devem ser destinadas às famílias que aguardam pela Reforma Agrária.

4 – O judiciário de Quedas do Iguaçu e a Polícia Civil do Paraná têm agido de forma parcial para criminalizar a luta social na região. Em abril deste ano dois trabalhadores rurais foram assassinados Polícia Militar quando estavam dentro do acampamento do MST, e até o presente momento ninguém foi denunciado por tais crimes.

5 - As ilegalidades cometidas no curso da Operação Castra são graves e flagrantes. São7 injustificáveis os abusos policiais praticados na Escola Nacional Florestan Fernandes - ENFF, em São Paulo, na qual, Policiais Civis do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos – GARRA, não identificados, sem mandado judicial, invadiram a sede da escola disparando armas de fogo com armamento letal e proferindo ameaças de todas as ordens, inclusive de morte aos estudantes, professores e trabalhadores presentes. Na ocasião a cantora Guê Oliveira e o bibliotecário Ronaldo Valença, de 64 anos, que possui Mal de Parkinson, foram presos e agredidos pela Polícia sem qualquer motivo.

6 – As ações e recursos cabíveis já estão sendo elaborados para revogação das prisões arbitrárias e denúncia das ilegalidades cometidas.

Giane Alvares, Juvelino Strozake, Luciana Pivato , Diego Vedovatto e Paulo Freire.

São Paulo (SP), 06 de novembro de 2016.".

PHA - Moro só faz politicagem

O assim chamado repórter Fausto Macedo do Estadão é um dos mais prolíficos vazadouros.

A ponto de merecer o cobiçado Troféu Tubos Tigre, instituído por este ansioso blog.

Macedo é insuperável.

Essa nobre tarefa – vazar e ferrar o Lula – tinha que ser recompensada.

O juiz imparcial de Curitiba, o gestor da Guantánamo brasileira, concedeu sua primeira entrevista ao detentor do Tubos Tigre.

Nada mais justo.

Unidos, o Juiz que usa – deliberadamente – a imprensa para condenar e o repórter que deliberadamente vaza…

(A propósito, leia a Parceria Público Privada entre os poderes públicos e a Globo para ferrar o Lula. Interessante, também, nessa mesma trilha, o post sobre a “semvergonheza".)

A entrevista em si é de uma dilacerante mediocridade.
Do entrevistador e do entrevistado.

Uma mediocridade que, como diria o Mino Carta, apunhala pelas costas.

E, como diria o Mino, ele ainda se acha um magistrado da “Mãos Limpas"…
O único Juiz do Brasil!
O Juiz que tornou a Justiça brasileira uma franchise da Lava Jato.

Em duas páginas do Estadão não produz um raciocínio, uma consideração original, uma mísera contribuição ao pensamento jurídico, uma metáfora, um traço de humor… nada!

Tem o relevo de uma mesa de bilhar!
Oferece ondulações e nuances como a Patagônia!

São as obviedades de um militante da cruzada anti-petista disfarçada de combate à corrupção.

É o juiz do “não vem ao caso !", quando aparece um tucano (vivo) na frente dele!

(Vamos ver quantos tucanos ele abaterá nas delações da Odebrecht. E quantos serão beneficiados pela sumula “não vem ao caso"...)

Mas, há ali, uma frase notável.

“Não, jamais. Jamais. Sou um homem de (sic) Justiça e, sem qualquer demérito (sic) não sou um homem da política".

Sem qualquer “demérito", vale fazer algumas breves considerações.

Como se sabe, nada impedirá o Juiz imparcial, movido pelas circunstancias e as pressões – de origem externa, primeiro, e interna, depois – renovadas de vir a ser docemente constrangido a se tornar o único tucano sobrevivente para enfrentar o Lula ou quem o Lula indicar, em 2018.

Como diria o Dr. Tancredo, em política, jamais diga jamais…

Porém, o mais chocante dessa negativa é que o Dr. Moro, da Primeira Instância mais poderosa do Mundo Ocidental, já faz política.

Ele é um politico.
Julga como politico.
E usa o PiG e seus profissionais vazadourospara… FAZER POLÍTICA.

Ele tem duas virtudes centrais de um politico vitorioso:
• saber manipular o PiG;
• e ter a noção do tempo.

timing em política é central.

E o Dr. Moro soube ferrar o Lula no momento exatíssimo, quando – deliberadamente – vazou para a Globo – e sempre ela! - a conversa de uma Presidenta da República com o Lula, para impedir que o Lula fosse Ministro.

E, então, destituir a Dilma, irremediavelmente.

Em qualquer republiqueta, o Juiz (sic) Moro já teria sido destituído por esse único vazamento.

Mas, aqui, prevalece a semvergonheza!

E o Dr. Moro continuará a fazer Política, com o monopólio da Justiça brasileira.

Impune.
Imexível.
Imperial.
Único.
Soberano!

Até quebrar a Economia brasileira – e destruir mais do que as 1.500 mil vagas de metalúrgicos da industria naval – como disse o Vagner Freitas ao Conversa Afiada!

Sem qualquer demérito, o Conversa Afiada considera o Dr. Moro o melhor quadro político da Casa Grande.

Tão medíocre quanto todos os outros ali instalados, também candidatos.

Mas, só ele tem a Lava Jato nas mãos (sujas).

PHA

do The Intercept O fenômeno José Serra - Parte II, por João Filho

EU NÃO QUERIA ter que voltar a falar sobre José Serra e as relações ocultas do tucanato com a Odebrecht. Não quero ser repetitivo nem parecer obcecado pelo chanceler como Paulo Henrique Amorim, mas a apatia dos principais veículos de imprensa me obrigam a dedicar este espaço novamente para o assunto.

Em 14 agosto, afirmei que notícias ruins sobre o Serra são como vídeos do snapchat: duram 24 horas e somem. Permitam-me o momento cabotino: eu estava certíssimo. Naquela época, a Folha de S. Paulo noticiou que executivos da Odebrecht diriam em delação que a campanha de José Serra em 2010 recebeu ilegalmente R$23 milhões. Surpreendentemente, a notícia teve grande destaque no jornal, com direito à manchete de capa. Mas, assim como a funcionária fantasma que Serra contratou para seu gabinete, evaporou no dia seguinte. Sexta passada, porém, após 3 meses na escuridão, ela ressurgiu das cinzas e voltou para a capa da Folha. É a mesma notícia de agosto, mas com um adendo: executivos da Odebrecht afirmaram ter pago parte do caixa 2 para Serra numa conta na Suíça. Um deles, Pedro Novis, é "amigo de longa data" do ministro e chegou a ser seu vizinho. Nas planilhas da empreiteira, Serra era identificado como "careca" e "vizinho".

No dia seguinte, a notícia não teve desdobramentos no jornal, apenas uma nota minúscula e envergonhada no fundão da página A5, cujo título era"Governo Temer silencia sobre acusação a Serra". Nos dias seguintes, porém, quem silenciou foi a Folha, e o padrão snapchat se repetiu. Durante o resto da semana também. O script foi cumprido.

Nas redes sociais, algumas pessoas lembraram o tratamento diferenciado que o chanceler e seu partido costumam ter nas manchetes:

Em sua defesa, a Folha pode dizer que, diferentemente da Andrade Gutierrez, a delação da Odebrecht não revelou a existência de nenhuma contrapartida, o que, portanto, não configuraria propina. Isso seria verdade se a própriaFolha não tivesse apurado em agosto que houve "propina paga a intermediários de Serra no período em que ele foi governador de São Paulo (de 2007 a 2010) vinculados à construção do trecho sul do Rodoanel Mário Covas." São as sutilezas da corrupção. Em um tempo em que políticos se mobilizam para conceder anistia a quem cometeu caixa 2, é importante que se faça essa diferenciação dos termos, não é mesmo?

O UOL, portal associado à Folha, manteve durante toda a manhã da sexta-feira a notícia como principal destaque da home. À tarde, ela se apequenou e foi para o rodapé. No dia seguinte sumiu e até hoje não foi mais vista. Novamente, seguiu-se o padrão.

BandNews, a Record e o SBT foram as únicas emissoras de TV a darem um pouco mais de atenção ao assunto. Com destaque para a Record, que dedicou quase 2 minutos – uma eternidade perto das outras – para falar do escândalo do ministro.

O Grupo Globo não gastou tinta nem com uma notinha de rodapé. O único vulto que se viu foi na coluna de Matheus Leitão, que dedicou dois parágrafos sobre o assunto num post em que faz um resumo das principais notícias dos jornais. O Jornal Nacional, que sempre repercute a manchete de capa do maior jornal do país, dessa vez não dedicou nem um milissegundo na edição de sexta-feira (28/10), nem no sábado, nem em nenhuma edição no decorrer da semana. Teve até matéria mostrando um recado que bancos suíços estão mandando para correntistas brasileiros, mas nenhuma menção à conta tucana na Suíça.

Os outros veículos do grupo também silenciaram. Parece que para o Grupo Globo, essa grave acusação contra o atual ministro das relações Exteriores não é de interesse público. Até a lista de compras de supermercado da Dilma pareceu mais relevante para o jornalismo global. O Globo informou ao Brasil detalhes de uma listinha de compras para o lanche da tarde. "Três salsichas, 100g de mussarela e uma tapioca" de uma ex-presidenta têm mais relevância jornalística para O Globo do que uma empreiteira financiando ilegalmente um ministro que representa o país no exterior. É incrível, mas até o Hipster da Federal e o Dr. Cuca Beludo tiveram mais espaço nas organizações Globo que a caixinha do Serra na Suíça.

Nosso chanceler publicou nota oficial negando tudo e, assim como no caso da funcionária que assombrava seu gabinete, nunca mais foi incomodado com o assunto. Mas o que mais me impressiona é que nenhum dos nossos combatentes jornalistas, na era da cruzada contra a corrupção, teve a curiosidade de saber o que pensa o presidente do PSDB sobre o caso.

A campanha presidencial do partido de 2010 está no olho do furacão do escândalo, mas ninguém considerou pertinente ir atrás da palavra do seu presidente. Apesar de andar sumido, Aécio é senador, todos sabem onde encontrá-lo, não há mistério. Só mesmo o Sensacionalista poderia dar essa manchete:  "Equipe de jornalistas que esperava pronunciamento de Aécio sobre Serra e Odebrecht desiste e vai pra casa". Toda aquela voracidade para denunciar a corrupção na política parece ter murchado, tal qual o Pato da Fiesp – cujo presidente, diga-se de passagem, também está sendo acusado por Duda Mendonça de ter usado a Odebrecht via caixa 2 para pagar seus serviços.

O próprio Aécio nunca desfrutou de tamanha simpatia da mídia. Suas contas secretas em Liechtenstein, por exemplo, foram objeto de longa reportagem da revista Época, da editora Globo. O fato logo em seguida caiu no esquecimento, é verdade, mas pelo menos houve um certo aprofundamento no assunto. Henrique Alves, ex-ministro do Turismo de Temer, caiu após ser acusado de receber R$1,55 milhão de propina da Transpetro. Serra é acusado de receber 12 vezes mais e continua inabalável no cargo. Não temos, como de costume, colunistas pressionando pela sua saída nem editoriais indignados. É ou não é um fenômeno?

A cobertura da política brasileira tem se pautado pela escandalização da corrupção. Cabe perguntar se há mesmo uma genuína preocupação com a ética nas relações políticas ou se  isso varia conforme o personagem envolvido e os interesses dos empresários de mídia. De qualquer forma, prometo ficar um tempo sem falar sobre o nosso fenômeno. Semana que vem, quem sabe, talvez eu traga uma entrevista com Dr. Cuca Beludo para falar sobre a dieta sem glúten da Dilma –  revelada no vazamento da lista de supermercado publicada pela Globo.

Foto de cima: Serra, "meio grogue", após ser atingido na cabeça por um objeto na campanha presidencial em 2010.

Lula conclama movimentos a se unirem em torno de um projeto para o país

Ex-presidente participou de ato com movimentos sociais e de trabalhadores, artistas e intelectuais contra invasão da Escola Florestan Fernandes pela Polícia Civil. Estiveram representados 36 países

por Redação RBA

São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu seu discurso na tarde de hoje (5), em ato realizado na Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema, em São Paulo, propondo uma reflexão sobre a conjuntura política no Brasil. "Não sei se nós já construímos uma teoria para entender o que está acontecendo", disse, ao levar solidariedade ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) pela invasão policial na escola na manhã de ontem. "Precisamos de um diagnóstico preciso, juntar o máximo de pessoas em torno desse diagnóstico, com propostas. O que nós vamos propor para este país para os próximos 20, 30 anos? Qual proposta vamos construir?

"Estamos na hora de construir alguma coisa mais sólida, não é partido, não é entidade, é um movimento. Até agora o que melhor fizemos foram as Diretas Já. Mas agora precisamos criar um movimento para restabelecer a democracia neste país", disse, sendo acompanhado por gritos de 'Fora, Temer' e 'Volta, Dilma'. Afirmou que é preciso unir as ideias para que se possa "acreditar que é possível".

Disse que as pessoas não devem se preocupar com ele e seu futuro: "Tenho casca dura". A preocupação agora é com os movimentos sociais. "Querem criminalizar os movimentos de esquerda."

O ex-presidente lamentou todas as conquistas sociais que já foram por terra: "Se Temer quer resolver os problemas do Brasil, coloque os pobres no orçamento".

Lula mencionou várias vezes o protagonismo do Brasil diante das relações exteriores nos últimos anos e que essa postura mudou com o atual governo, representando uma volta ao tempo de "lambe-botas" dos Estados Unidos. Lembrou que por coincidência, hoje (5 de novembro), faz 11 anos que o Brasil eliminou a Alca (Área de Livre Comércio das Américas), mudando sua então postura subserviente diante dos norte-americanos.

A ex-presidenta Dilma Rousseff enviou mensagem por escrito que foi lida durante o ato: "A invasão da Escola Nacional Florestan Fernandes, ligada ao MST, é um precedente grave. Não há por que admitir ações policiais repressivas que resultem em tiros e ameaças letais, ainda mais em uma escola. É lamentável que a semana termine com novos assaltos aos direitos civis e a tentativa de criminalizar os movimentos sociais. O atropelo às regras do Estado de Direito, com a adoção de claras medidas de exceção, deve ser combatido. É uma ameaça à democracia que envergonha o país aos olhos do mundo".

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) denunciou a seletividade da Justiça, os retrocessos advindos com o golpe parlamentar e a necessidade de resistência e conexão com a América Latina contra a investida neoliberal. "É um golpe continuado que criminaliza os movimentos sociais, como o MST. Temos uma Justiça seletiva que persegue partidos de esquerda, organizações populares; para essa Justiça, o PT é uma organização criminosa, o MST é uma organização criminosa. O Poder Judiciário tomou de vez as atribuições do Poder Legislativo."

Centenas de pessoas ligadas a movimentos sociais, artistas, intelectuais e representantes de trabalhadores participam do ato de solidariedade.

A atividade contou também com a participação de outros políticos e parlamentares, como o deputado dederal Ivan Valente (Psol-SP), lideranças e representantes do Levante Popular da Juventude, da União Nacional dos Estudantes (UNE), do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e do Coletivo Democracia Corinthiana.

Organizações de 36 países, entre eles África do Sul, Egito, Gana, Índia, Síria, Tunísia, Venezuela, Cuba e Palestina também estavam presentes.

O ato teve início com intervenções artísticas musicais do MST e de representantes do Sindicato Nacional dos Metalúrgicos da África do Sul (Numsa) e foi seguido por falas das lideranças.

O tom dos discursos foi de resistência diante do que foi considerado um "tapa na cara" desferido pela direita. Na manhã de ontem, cerca de dez viaturas chegaram ao local. Os policiais pularam o portão da escola e a janela da recepção e entraram atirando em direção às pessoas que ali estavam.

Ivan Valente refletiu sobre este, que é um "momento muito sério da política brasileira": Muita ousadia do conservadorismo brasileiro atacar um símbolo da resistência à ditadura militar e da reforma agrária, pular a cerca dando tiros aqui. Temos que dizer que não aceitamos repressão no Brasil, vamos lutar de cabeça erguida!”.

A operação decorreu de ações deflagradas no estado do Paraná e Mato Grosso do Sul, ligadas ao caso Araupel, empresa que há décadas explora irregularmente parte de uma área considerada pública no município de Quedas do Iguaçu, no Paraná.

A empresa tem um histórico de conflito e degradação ambiental na região, com a substituição das matas nativas por monocultura de pinus e araucária, visando a indústria da madeira.

Desde maio de 2014 aproximadamente 3 mil famílias acampadas, ocupam áreas griladas pela Araupel. Essas áreas foram griladas e por isso declaradas pela Justiça Federal terras públicas, pertencentes à União que devem ser destinadas para a reforma agrária.

Procuradores e Moro não aceita que Lula prove sua inocência

No dia 14 de setembro, os procuradores da República que atuam na Lava Jato chocaram o mundo com um Powerpoint sensacionalista e uma narrativa incompatível com o cargo que ocupam. Violaram garantias fundamentais do ex-Presidente Luiz Inacio Lula da Silva e regras do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e por isso foram denunciados ao órgão de controle.

Ao reiterarem tal comportamento perante o CNMP, no dia 14/10, com afirmações ofensivas a Lula e sem nenhum respaldo probatório, tais procuradores mostram uma vez mais que agem de forma seletiva e fazem uso da violência da lei para perseguir Lula. Praticam 'lawfare'. No CNMP não está em discussão qualquer assunto relacionado a Lula, mas a responsabilidade funcional dos próprios procuradores.

Os procuradores afirmam perante o CNMP que estão acusando Lula de ser "beneficiário direto dos valores" provenientes de contratos da Petrobras. O Juiz Sergio Moro, por seu turno, afirmou em despacho proferido em 28/10 que a denúncia oferecida por tais procuradores não aponta que "o dinheiro recebido pelo Grupo OAS nos contratos com a Petrobrás foi destinado especificamente em favor do ex-Presidente".

Na ânsia de acusar Lula, a Lava Jato não sabe mais o que dizer. Seus membros batem cabeça, mas não deixam que a defesa do ex-Presidente produza a prova pericial que foi requerida. Por que temem a perícia? Porque ela mostrará que Lula não recebeu um centavo de valores desviados da Petrobras e colocará fim ao 'lawfare'".

Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira