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Lula incorpora Brizola

O ex- e futuro presidente Luis Inácio Lula da Silva, prometeu regulamentar o mercado da mídia caso seja eleito mais uma vez em 2018. A declaração foi feita na noite de ontem segunda-feira 24/04, durante seminário sobre economia e democracia organizado pela Fundação Perseu Abramo em Brasília. Lula também afirmou que, se voltar à presidência, não vai almoçar com os Marinho, da TV Globo, nem falar com a revista Veja. "Eles vão ter que entender que estarão lidando com um cidadão diferente. Se não sabem lidar com as mentiras que eles inventarem, eu não posso fazer nada". O petista ainda provocou a Globo sobre as eleições de 2018: 
"Eles que escolham e assumam seu candidato, porque eu já derrotei os candidatos enrustidos deles quatro vezes".

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Lula - Questão regulação da mídia é imperiosa

Em palestra no 4º Encontro de Blogueiros, em São Paulo, ex-presidente afirmou que, daqui para a frente, "toda vez que puder abrir a boca, a questão da regulação será a primeira [mencionada]"; Lula fez duros ataques à imprensa - "o que vejo aqui é uma mídia que desanca o País" - e criticou "ataques preconceituosos" contra a presidente Dilma Rousseff, classificando como "falta de respeito" o discurso do deputado Paulinho da Força, no 1º de Maio, que pediu "Dilma na Papuda"; petista alertou ainda para o "choque de gestão" do PSDB; segundo ele, o lema significa "redução de salário e dispensa de trabalhador"
247 – "Eu me dou o direito de dar entrevista para quem eu quero, na hora que eu quero", disse o ex-presidente Lula, na manhã desta sexta-feira 16, em palestra no 4º Encontro Nacional dos Blogueiros. Ele explicou que ficou "impressionado com a violência com que a imprensa tratou minha entrevista ao blogueiros, lá no Instituto da Cidadania".
Lula foi fundo em sua crítica à mídia. Na primeira parte de seu discurso, ele citou legislações recentes feitas na Inglaterra, Argentina e Equador que impuseram normas ao funcionamento da mídia. "Todos as sociedades democráticas do mundo contam com mecanismos de regulação dos meios de comunicação", disse Lula.
"Nos Estados Unidos, há a proibição da chamada propriedade cruzada. Em outros países, como Espanha, Portugal, França e Itália há leis que tratam dos meios de comunicação. Não venham dizer que isso é censura, ou que estamos querendo controlar os meios de comunicação. Estou citando países capitalistas. Não venham dizer que sou esquerdista, nem citei a Venezuela do saudoso presidente Chávez".
O ex-presidente prosseguiu: "Tenho viajado pelo mundo todo fazendo esse debate, mas o que vejo aqui é uma mídia que desanca o País". Lula alertou ainda: "Queria que ficasse claro que ninguém quer censurar ninguém, queremos apenas gritar mais alto 'Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós".
Lula criticou a negação à política: "A negação da política não melhorou nenhum pais do mundo", apontou. "Eu não acredito em política sem esperança", acrescentou. Ele disse ver como a televisão se dá o luxo de "esculhambar a política". Ele disse que não vale a pena chorar porque tal jornal fala mal do PT, e que o que precisamos fazer é usar os blogs que estão do lado do País.
O discurso do deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, que pediu "Dilma na Papuda" durante evento do 1º de Maio, foi classificado como "falta de respeito" pelo ex-presidente. "Eu nunca vi tanta virulência de ataque preconceituoso contra a Dilma hoje", disse. Segundo Lula, a oposição "está é com medo da Dilma".
Ao falar sobre a crise hídrica em São Paulo, ironizou ao dizer que, se a responsabilidade fosse do prefeito Fernando Haddad, os ataques da imprensa seriam muito piores. "Cadê o choque de gestão?", questionou, em referência ao lema do PSDB. Ele acrescentou em seguida: "O choque de gestão significa: redução de salário e dispensa de trabalhador".
Sobre a Copa do Mundo, Lula disse que não se preocupa com o volume de dinheiro que entrará no País e voltou a dizer que o Mundial é uma "oportunidade extraordinária" do País de mostrar ao mundo como ele é. "Mostrar a beleza desse povo, esse povo alegre, respeitoso". Ele disse que não é necessário criar uma lei contra mascarados. "Não precisa de lei, precisa da sociedade atenta, porque um cara que sai mascarado nas ruas não têm boas intenções". Sobre a possibilidade de se ter manifestações durante a Copa, afirmou: Não vamos ficar com medo de ter passeata, de greve, nascemos com isso. Minha bursite é de tanto carregar faixa".

Pig não aceita regulação para si. Mas, exige para os outros

Neste domingo, a Folha de S.Paulo publicou um editorial com ressalvas ao jornalismo feito nas redes sociais e criticando a forma como elas disseminam produtos jornalísticos que não criaram (sem pagar aos veículos de imprensa). Por fim, o jornal diz que esses pontos precisam ser enfrentados pelo projeto do Marco Civil da Internet, em tramitação na Câmara. Em resumo, a Folha defende a regulação das mídias sociais (lembrando que o jornal rejeita essa mesma regulação para a imprensa).

O editorial da Folha reflete uma realidade que já se expressou na aprovação da regulação da TV a cabo, que contou com apoio da Globo, única e exclusivamente para impedir que as teles produzissem conteúdo.

Naquela ocasião, a mídia aceitou a regulação da TV a cabo, e não da TV aberta. A realidade se impôs, e agora começa a se repetir. Primeiro foi a Globo – ela de novo – com os documentos que revelam a espionagem institucionalizada dos Estados Unidos mundo afora; mas o alvo eram os grandes monopólios como o Google e o Facebook.

A mídia tupiniquim tem vários desafios; não só as teles, mas também o capital estrangeiro que está chegando à publicidade e ao audiovisual, a internet que muda toda a composição dos gastos em publicidade e revoluciona a comunicação e o jornalismo. Mas essa mídia preferiu impor a estupidez, para não dizer burrice, de que regulação é censura, como fez no começo do governo Lula com o Conselho Federal dos Jornalistas e a Ancinav (Agência Nacional do Cinema e do Audiovisual), para aceitar a Ancine como agencia reguladora na TV a cabo.


Assim como vai pedir a regulação, como já fez a Folha, regulação com objetivos corporativos, palavra bonita para dizer interesses comerciais e políticos, já que a mídia é essencialmente um ator político – no nosso caso, agravado pelo monopólio e pela ausência total de regulação segundo o que manda a nossa Constituição –, e não apenas para defender a “imprensa brasileira e o conteúdo nacional”.

Quando interessa aos barões da mídia nativa, clamam contra a invasão estrangeira e a inevitável hegemonia da internet e das redes sociais, contra o fim de sua importância e sua relevância política como instrumento de pressão sobre os governos e suas políticas de acordo com os interesses de seus donos, de seus negócios e ideologias, de suas preferências políticas e partidárias.

Ontem, foi a regulação da TV a cabo; hoje é das redes sociais. Mas a da própria mídia é tratada como censura, o que evidentemente é insustentável até do ponto de vista ético.
by José Dirceu