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Game over do golpe e diretas já





por Jeferson Miola
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A dinamitação do Temer implode não somente a cleptocracia que tomou de assalto o Poder através do golpe de Estado, mas põe fim ao empreendimento golpista da oligarquia. Com o desmanche do Temer também se encerra o capítulo das selvagens reformas antinacionais e antipopulares.

O Congresso, dominado por uma maioria de parlamentares corruptos que, como Temer, Aécio, e políticos do bloco golpista [PMDB, PSDB, PP, PTB etc] trocavam a impunidade na Lava Jato entregando a agenda de interesse do capital financeiro e dos EUA, tem agora a obrigação de enterrar as reformas previdenciária e trabalhista.
Não é improvável que, para contrabalançar o cataclismo no bloco golpista, venham a surgir denúncias diversionistas atingindo figuras do PT, em especial Lula, para confundir ainda mais o cenário. Ainda assim, quaisquer que sejam as invenções que a Lava Jato e a Globo possam fabricar, elas não terão força para alterar o rumo dos fatos e evitar o enterro da cleptocracia golpista.
A única saída aceitável para recompor o ambiente político e dar vazão democrática para a solução da crise é a convocação, no menor prazo, de eleição direta já.

Diretas Já!

Alternativa única: eleições diretas, já
por Marcio Valley

Aécio Neves. Jovem, playboy, bonito, milionário e senador da República. Altíssimas chances de ser eleito presidente da República em alguns anos. Um capital político impressionante. O que faz? Frustrado por perder a eleição, irrita-se como qualquer criança mimada e lidera o início do golpe contra a democracia a partir de bases absolutamente frágeis. Fortalece-se pelo apoio de instituições privadas e públicas hipócritas e desonestas. O voto dos eleitores é desprezado, jogado no lixo.
A democracia não foi criada à toa. Não gosta de ser desprezada e costuma, no seu tempo, revidar contra golpistas.

O que a "birra" de Aécio provocou? Uma cisão política no seio da população. O silêncio que os golpistas esperavam jamais chegou. A inquietação pública, a indignação popular, impede que a operação criada contra o inimigo, a Lava Jato, se aquiete. O principal juiz da operação tenta, de todos os modos, impedir a extensão da operação para os seus correligionários políticos. Em vão. A operação se espraia para outras regiões. A Lava Jato de Brasília, que não está sob a influência direta do juiz de Curitiba, procede como a República de Curitiba nunca antes procedeu. Age de forma inteligente, utilizando os delatores, sem alarde, sem vazamentos criminosos, e consegue obter provas em operações sigilosas. Grampeiam suspeitos, registram o número de série das notas de dinheiro entregues aos corruptos, colocam rastreadores nas malas de dinheiro. Tudo que não foi feito em Curitiba. Produzem-se provas incontestáveis.
Aécio Neves. Jovem, bonito, playboy, milionário, ex-senador da República e, brevemente, futuro presidiário. No bojo, ainda leva a irmã para o mesmo buraco no qual se enfiou deliberadamente. Possivelmente irá perder grande parte da fortuna amealhada em tantos anos de "bons serviços públicos prestados". Tudo porque não possui espírito democrático. Tudo porque pensou que o mundo estava a seu serviço. Tudo porque não sabia que os criadores de monstros sempre são engolidos pelos monstros a que dão a luz. Tudo porque tinha o apoio irrestrito de certas empresas de mídia poderosas e de certas autoridades públicas sem caráter, sem moral e sem sentido de ética. Tudo porque ninguém, com poderes para tal, teve a coragem de impedir que fosse iniciada a destruição da economia e dos direitos sociais desse país.
As opções doravante? Eleição indireta, eleição direta ou golpe militar.
Eleição indireta significa colocar na presidência mais um representante da podridão, possivelmente apoiado pela Globo e pelas mesmas "excelências" que apoiaram o golpe. Os "comentaristas econômicos" da Globo, cuja receita atual provém mais da área financeira (aplicações) do que de sua atividade-fim, já pedem a manutenção da equipe econômica que está arrasando o Brasil e o povo, mas dando lucro a quem os emprega.
Golpe militar implica desrespeitar a democracia e colocar no poder pessoa de caráter e honestidade absolutamente desconhecidos por todos. Quem disse que militares são todos santos? Quem disse que militares são todos honestos? Quem disse que militares são todos competentes ou capazes? Não há garantia alguma quanto à pessoa do general que vier a comandar o país. O passado os condena. Colocá-los no poder significa o fim da liberdade de opinião e de reunião, como já fizeram. Não é possível prever o que ocorreria a partir da assunção dos militares e não seria possível reclamar do que vier. Aceite ou morra. Aceite ou vá embora. Foi assim antes, será certamente de novo. E mais: quem, depois da tomada do poder, colocaria os militares de volta nas casernas?
Eleição direta, portanto, é o único caminho a ser trilhado, preferencialmente para mudar o Executivo e o Legislativo federal. A representatividade dos atuais políticos acabou. O povo não confia mais na presidência da República e não confia mais no Congresso Nacional. Nesse sentido, entendido como procuração para agir em nome do povo, o mandato de todos já foi revogado tacitamente pela população. Basta formalizar isso com um emenda constitucional que determine o fim dos mandatos de todos e novas eleições gerais para o poder federal.
Essa é a trilha, a única alternativa a ser seguida para a pacificação social e política do país. A única possível. Para que não necessitemos mais do paternalismo pueril de um judiciário contaminado pela sede de poder e de fama.
Eleições diretas, já.
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