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Errar é humano. Errar 2 vezes é burrice. Errar 3 vezes é coisa de economista

Economistas erraram de novo
Depois de ler os últimos números da inflação, acho que temos o direito de dar uma nova versão para uma velha frase.
Errar é humano. Errar duas vezes é burrice.
Errar três vezes é coisa de economista.
Parte de nossos economistas — alguns muito prestigiados — deveria fazer uma autocrítica pública em função de seus prognósticos mais recentes.
Muitos profissionais ligados a oposição ou que tem uma visão de politica econômica contrária a do governo Dilma, e que estão no rádio, na TV e nos jornais, formaram um coro nas últimas semanas para colocar o país em estado de alerta vermelho em função de um fantasma inflacionário.
O teto da meta da inflação é de 6,50%. Chegou-se a 6,51%, ou seja, apenas um milésimo (isso mesmo: 0,01%!) acima do teto, mas foi suficiente para se fazer um escândalo.
Dizia-se que a alta de preços estava fora de controle e que era preciso dar uma pancada forte nos juros — eufemismo para encaminhar o país para uma recessão.
Logo surgiram vozes para anunciar — com ares implacáveis — propostas de arrocho salarial. O argumento é que os preços não subiam por causa da expansão do crédito, apenas. Não. Era preciso ir mais fundo e encarar a dolorosa realidade de que os salários ficaram altos demais e pressionam os preços.
O raciocinio é assim: desemprego baixo impede as empresas de pagarem salários baixos, pois os trabalhadores — esses espertinhos — tem a chance de procurar ganhar um pouco mais em outro lugar. Com a pancada nos juros e a volta do desemprego alto tudo poderia retornar a seu lugar, como antes.
Num ambiente que lembrava pré-Grécia, pré-Irlanda, pré-Portugal e outros países europeus que encaram a ruinosa politica de austeridade do Banco Central Europeu, as chamadas medidas macro-prudenciais do Banco Central, elaboradas com a intenção de controlar a inflação sem produzir estragos desnecessários, numa operação delicada, difícil, com um certo risco, eram tratadas com ironia e sarcasmo.
Contos da carochinha, assoprava-se. Não havia como escapar da herança maldita deixada por Lula, gritava-se.
Menos de um mes depois, a realidade é outra. Em queda, a inflação está  em torno de 5,5%. O crescimento foi afetado, sim. Ficará em 4,5%, quem sabe 4%. Não é, com certeza, aquilo que o país necessita.
Mas é um número que demonstra que aquelas medidas tão criticadas podem dar resultado. Podem ocorrer novas surpresas e dificuldades. Mas o saldo é favorável, pelo menos até agora.
Surpresa? Nem tanto. Se você fizer uma pesquisa rápida nos jornais, verá que nossos economistas erraram sempre — a atividade de prever o amanhã é sempre complicada — mas erraram mais em anos recentes. Anunciaram o caos em 2003. Disseram que o país teria um desempenho sofrível em 2004 e uma “grande frustração” a partir de 2005. Eles chegaram a denunciar Lula e Guido Mantega como irresponsáveis por ampliar o crédito e estimular o consumo depois da crise mundial de 2008, pois o desemprego em massa era uma fatalidade e os assalariados não podiam abrir mão de sua poupança para enfrentar dias de amargura. (Rs rsrsrsrsrsrs…)
Mas confesso que nada me produz tantas cócegas quanto as reflexões sobre a nossa legislação trabalhista. Nossos economistas passaram as duas últimas décadas repetindo um mantra: sem o fim da CLT não seria possível criar novos empregos.  O país estava engessado, o empresário não tinha estímulos para contratar, as leis trabalhistas só protegiam uma casta. A verdade está ai. Em determinados lugares, vive-se aquilo que se chama de pleno emprego. Em outros, a oferta de postos de trabalho atinge um patamar recorde.  A CLT não saiu do lugar. Pelo país inteiro, milhões de trabalhadores que há anos eram mantidos na condição dolorosa de comparecer ao batente sem nenhuma garantia agora tem décimo-terceiro, férias, descanso remunerado.
Essa situação não chega a ser uma novidade para alunos aplicados no estudo das surpresas e sutilezas da economia. Desde que John Maynard Keynes escreveu sua Teoria Geral do Emprego sabe-se que as empresas contratam trabalhadores porque precisam, e pagam por eles os salários que necessitam pagar. Como regra geral, contratações e demissões são produtos do ambiente geral da economia e apenas confirmam a verdade de que a experiencia real desafia a visão de senso comum. Os trabalhadores americanos conquistaram suas principais garantias na década de 30, quando o país estava mobilizado para vencer o desemprego e encerrar a Depressão provocada pela crise de 29.
Embora o pedantismo econômico e a linguagem tecnocrática tenham saído de moda, é sempre conveniente garantir rigor e cuidado numa análise. Estamos falando de 190 milhões de pessoas, de uma economia que pretende se tornar uma das maiores do mundo.
(Agradeço o alerta de comentaristas do blogue e do twitter para esclarecer que não considero  que todos os economistas do país se comportam dessa maneira. Seria errado pensar assim. Muitos pensam de outro modo. Outros não se dedicam a análises da conjuntura econômica nem procuram apontar tendencias. )

Escherichia coli

O surto de infecções por Escherichia coli na Europa é causado por uma nova cepa da bactéria. Cientistas alemães, em coordenação com colegas chineses, conseguiram decifrar o genoma do organismo. Até agora, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 15 pessoas morreram na Alemanha e uma na Suécia em decorrência de complicações provocadas pela contaminação pela bactéria.

As conclusões foram divulgadas nesta quinta-feira (2) pela Clínica Universitária de Eppendorf de Hamburgo, a cidade onde foi disparado o alarme sanitário. Inicialmente, pepinos espanhóis foram apontados como o foco da infecção. O produto chegou a ser retirado do mercado, mas a medida foi revogada após ser descartado que esses vegetais estavam vinculados com a transmissão da doença.

O variante letal de E. coli é uma combinação entre um "parente muito distante" do variante mais comum da bactéria com outras cepas conhecidas. Por isso, trata-se de um cruzamento, não de uma mutação da chamada O104:H4.
No genoma foram identificados agentes classificados pelo bacteriologista Holger Rohde, da Clínica Universitária de Eppendorf, como "clássicos" entre esses dois conhecidos serotipos da bactéria. A combinação dos elementos resulta em uma variante muito agressiva, que permanece mais tempo do que o habitual no intestino e provoca, portanto, danos de efeitos mais persistentes, podendo levar à morte.

Segundo a mesma equipe de cientistas, a identificação do genoma não significa que possa ser possível conseguir imediatamente uma solução para o surto, já que a interpretação dos dados pode levar semanas.

A OMS informou nesta quinta-feira (2) que foram registrados 1.614 casos de infecção pela bactéria em dez países da Europa. Além da Alemanha e da Suécia, onde houve vítimas fatais, foram notificadas às autoridades sanitárias a contaminação de pessoas na Áustria, na Dinamarca, na França, na Holanda, na Noruega, na Espanha, na Suíça e no Reino Unido. Em todos os casos, com exceção de dois, os pacientes visitaram o norte da Alemanha ou tiveram contato com alguém que foi à região.

O Instituto Federal de Análise de Riscos em Berlim informou nesta quinta-feira (2) que nenhum dos pepinos analisados (que no princípio foram apontados como a origem da doença) deu positivo para a variante fatal do E. coli. "Nenhum dos quatro testes deu positivo para a variante O104:H4 do agente patogênico que foi isolado pelas análises dos sedimentos dos pacientes", disse a porta-voz.

A fonte das infecções continua uma incógnita e os especialistas tentam esclarecer em que ponto da cadeia alimentar ocorreu a contaminação. Enquanto continuam as investigações para saber a origem do foco da infecção, os analistas aconselham à população não consumir pepinos, tomates alfaces, independentemente de sua origem, o que está causando prejuízos milionários ao setor.
LY

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Comunicação

entre homens e mulheres


Duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz

Passarinhos na janela
pijama de flanela
brigadeiro na panela
gato andando no telhado
cheirinho de mato molhado
disco antigo sem chiado.
Pão quentinho de manhã
Dropes de hortelã
O grito de Tarzan.
Tirar sorte no osso
Jogar pedrinha no poço
Um cachecol no pescoço.
Papagaio que conversa
Pisar em tapete persa
Eu te amo e vice-versa.
Vaga-lume aceso na mão
Dias quentes de verão
Descer pelo corrimão.
Almoço de domingo
Revoada de flamingo
Herói que fuma cachimbo.
Anãozinho no jardim
Lacinho de cetim
Terminar o livro assim.
Otávio Roth

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Google +1

plusonebutton Instale o Google +1 no Seu Site Agora!Quer incluir botão até no Facebook

O botão +1 do Google é o último recurso desenvolvido pelo gigante das buscas para permitir que os consumidores curtam ou recomendem sites de empresas, permitindo que eles compartilhem em suas redes sociais. Estas redes incluem os seus amigos, colegas e parceiros de negócios compilados a partir de contas do Gmail, Google Talk, Google Contacts, Google Reader e Google Buzz. O Google planeja lançar este recurso para outros sites populares de redes sociais como o Faceboook, Twitter, Digg, Delicious, Plurk, dentre outras novas ferramentas de mídia social.
O Google +1 foi lançado inicialmente a um pequeno número de usuários do Google no Google.com e teve uma recepção bastante positiva. Em 31 de maio de 2011, o blog de tecnologia TechCrunch.com deu em primeira mão a notícia de que o Google estaria lançando o seu botão +1 para o mundo. Especialistas acreditam que o Google +1 ainda tem um longo caminho pela frente antes de fazer frente com o rival Facebook e seus recursos de compartilhamento de conteúdos.
O impacto do Google +1 nos resultados das pesquisas ainda não está bem claro, mas especialistas esperam que a relevância seja grande.
Os cosumidores que verem o botão +1 em uma lista orgânica ou patrocinada provavelmente irão enxergar isto como uma forma independente de classificação que poderá ser monitora pelo Google para coibir abusos. É bem provável que esta foi apenas uma das razões que fez o Google optar por manter esta característica estreitamente limitada dentro dos círculos sociais, em vez de lançá-lo de forma muito mais ampla.
Com o e-commerce crescendo a grandes taxas em diversos países do mundo, a utilização do Google +1 deve ser ponderada entre as empresas, para aumentarem sua posição nos resultados de busca e também suas vendas.

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Aécio Neves é denunciado por ocultar patrimônio e sonegar imposto


Recém alçado a líder máximo da oposição ao governo Dilma Rousseff, senador tucano é acusado por deputados estaduais de Minas Gerais de esconder bens para não pagar Imposto de Renda. Segundo denúncia, salário de R$ 10 mil e patrimônio declarado de R$ 600 mil não explicam viagens ao exterior, festas com celebridades, jantares em restaurantes caros e uso de carrões. Procuradoria Geral da República examina representação para decidir se abre investigação.

A Procuradoria Geral da República (PGR) vai anunciar em breve se abrirá inquérito para investigar o enriquecimento do chefe da Casa Civil, ministro Antonio Palocci. Os adversários do governo petista acionaram-na depois da notícia de que Palocci comprou apartamento de mais de R$ 6 milhões em São Paulo, no que seria um sinal de “ostentação”. Pois a PGR também examina se é necessário apurar melhor a vida patrimonial de um outro figurão da República, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), líder máximo da oposição atualmente. O tucano entrou na mira do Ministério Público pelo motivo oposto ao de Palocci, a ocultação de bens, o que revelaria sonegação fiscal.

A denúncia de que o senador esconde patrimônio e, com isso, deixa de pagar impostos foi feita ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, no dia 30 de maio, pela bancada inimiga do PSDB na Assembléia Legislativa de Minas Gerais.

O fundamento da representação é o “estilo de vida” do senador. Com o salário de R$ 10,5 mil mensais que recebeu por sete anos e quatro meses como governador mineiro, diz a representação, Aécio não teria condições de viajar onze vezes para o exterior com a família, andar de jatinho, dar festas com celebridades, frequentar restaurantes caros e comprar os carrões com que desfila em Minas e no Rio, cidades onde tem apartamentos.

Na declaração de renda apresentada à Justiça eleitoral no ano passado, quando disputou e ganhou um cadeira no Senado, Aécio Neves informou ter patrimônio de R$ 617 mil, que os acusadores dele consideram uma ficção.

“Há claramente um abismo entre o Aécio oficial e o Aécio do jet set internacional. Ele está ocultando patrimônio, e isso leva ao cometimento de sonegação fiscal”, afirma o deputado Luiz Sávio de Souza Cruz (PMDB), líder da oposição ao PSDB na Assembléia mineira e um dos signatários da representação.

Linhas de investigação
O documento sugere duas linhas de investigação à PGR na tentativa de provar que o senador estaria escondendo patrimônio para sonegar impostos, num desfiar de novelo que levaria – e isso a representação não diz – à descoberta de desvio de recursos públicos mineiros para a família Neves.

Alimentando o corpo de energia

Antes do treino, o ideal é consumir alimentos que dão mais energia, já que você está prestes a gastar um monte dela nos exercícios. Quando se fala em alimentos que dão energia, entram em cena os carboidratos. 

"Além de ser sinônimo de energia e garantir disposição, o carboidrato preserva a massa muscular", conta Camila. 

Barbara completa: 

"nutrientes como vitaminas, minerais e aminoácidos também são necessários para o treino, embora não precisem ser consumidos necessariamente antes dos treinos, como os carboidratos. Eles podem estar diluídos durante o dia todo, em várias refeições". 

O ideal é dar preferência aos carboidratos complexos, presente nos pães, arroz e massas, pois sua digestão é lenta, garantindo energia por mais tempo. 

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Dilma: Não vamos mais esperar que os pobres corram atrás do estado brasileiro

Brasil sem Miséria é porta de entrada para o século 21
Presidenta Dilma

Brasil sem Miséria
A presidenta Dilma Rousseff lançou, hoje (02/06/11), o principal projeto 
de seu governo: o Brasil Sem Miséria. O plano tem o objetivo de tirar 16 
milhões de brasileiros e brasileiras da situação de extrema pobreza. 
São pessoas que vivem hoje com renda abaixo de R$ 70 por mês e, 
nos próximos anos, vão usufruir dos ganhos obtidos pelo Brasil a partir de 2003.

O plano será baseado em três eixos:

•         Acesso a serviços de saúde, educação, assistência social, saneamento

 e energia

•         Geração de oportunidades de emprego e qualificação profissional

•         Transferência de renda, com o Bolsa Família


O grande desafio do Brasil sem Miséria será localizar e incluir nos programas 

sociais do governo federal as famílias nessa situação de pobreza. 
As equipes de profissionais do governo vão identificar os serviços existentes 
e a necessidade de criar novas ações para que essa 
população possa ter os seus direitos.


"Não vamos mais esperar que os pobres corram atrás do estado brasileiro.

O estado brasileiro deve correr atrás da miséria", declarou a presidente.
Para esse trabalho, o governo Dilma vai integrar políticas já 
existentes, em parceria com estados, municípios, empresas públicas 
e privadas, e organizações da sociedade civil.

Além disso, o plano vai modificar alguns pontos do Bolsa Família, como o

aumento no limite de filhos (até 15 anos) para o cálculo do benefício que
 permitirá a inclusão de 1,3 milhão de crianças e adolescentes no programa.
 Para mais informações, acesse: www.brasilsemmiseria.gov.br

Oração


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TV

[...] japoneses desenvolvem uma que "enxerga" o telespectador

A  emissora japonesa NHK está testando um sistema de reconhecimento de emoções do telespectador a partir de uma câmera plugada ao televisor. Essa pequena câmera é capaz de tirar fotos do usuário enquanto este assiste à programação e, em seguida, analisá-las de acordo com as expressões faciais e movimentos corporais apresentados nas imagens. Assim, o sistema pode exibir recomendações de programações mais adequadas às preferências de cada telespectador.

O protótipo, criado pelos Laboratórios de Pesquisa em Ciência e Tecnologia da NHK, reconhece as sensações do usuário, como raiva, felicidade e descaso, de acordo com os níveis de interesse e concentração apresentados pelos movimentos. De acordo com o site New Launches, o sistema ainda pode analisar as preferências de mais de um usuário simultaneamente, graças ao reconhecimento facial, que pode ser levado para mais de um ponto na tela.

A NHK acredita que esta tecnologia de programação personalizada, tão vista na internet, marcará um novo passo para a indústria da televisão. Ainda não se sabe, no entanto, quando ela chegará ao mercado.
do Olhar Digital 
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Automóvel

Não são os maiores mas... são lindos!!!







Recebi via e-mail


por Zé Dirceu

Se o meio ambiente ganha, todos ganhamos"

Image
O novo Código Florestal, aprovado pela Câmara dos Deputados, será discutido no Senado a partir desta semana. 

O texto passará pelo crivo de três comissões internas da Casa e terá como relator o senador Jorge Viana (PT-AC). 

Na entrevista abaixo, Viana explica a importância do Código Florestal para o país e seus principais objetivos como relator do novo Código. Para ele, o novo marco legal ambiental deverá contemplar as demandas do séc. XXI, sem deixar de lado o passivo das milhares de pequenas propriedades agrícolas em situação irregular.

Senador, como serão os trabalhos relativos ao novo Código Florestal no Senado?

[ Jorge Viana ] O projeto irá passar agora por três comissões do Senado - a de Agricultura, Constituição, Justiça e Cidadania e de Meio Ambiente. Queremos ter uma disposição positiva em todas, sobretudo na Comissão do Meio Ambiente. Nosso trabalho é procurar entendimento sobre os pontos que geraram maior divergência na Câmara. Como relator, minha função agora é de ouvir as lideranças das duas Casas, o governo e a sociedade. Neste primeiro momento, conversei com o deputado Aldo Rebelo (PCdoB/ SP), com a ministra Isabela Teixeira (Meio Ambiente) e com alguns senadores.

Na sua visão, qual o Código Florestal que o país precisa?

[ Jorge Viana ] O principal é que o meio ambiente não saia perdendo. O mundo está em transformação e o padrão de consumo da humanidade hoje é insustentável. O equilíbrio ambiental do planeta está na agenda mundial. Queremos, portanto, um Código Florestal que esteja dentro de um padrão de sustentabilidade e que acompanhe essas exigências ambientais. Uma lei moderna que atenda às demandas do século XXI e, ao mesmo tempo, dê o tratamento adequado aos passivos do país, dentre eles o conjunto de propriedades agrícolas em situação irregular. Buscaremos dar melhor acolhimento e maior segurança jurídica aos pequenos produtores da agricultura familiar, e também à agropecuária empresarial.

Se não fizermos isso e permanecermos com uma legislação falha, os produtos do agronegócio brasileiro sofrerão represália. O Código Florestal é a mais importante legislação neste sentido. O Brasil, grande produtor de carnes e alimentos, não pode errar nesta hora. Não podemos gerar desconfiança ou suspeição ante os países que defendem a sustentabilidade. A atualização da legislação irá contribuir para o país, inclusive, economicamente.

Como o sr. vê as demandas da sociedade civil?

[ Jorge Viana ] A sociedade brasileira está mobilizada. Sairemos do confronto entre o chamado grupo dos ambientalistas e o dos ruralistas. Temos que escapar desta armadilha ou todos iremos perder. Na realidade, se o meio ambiente ganha, todos ganhamos. Queremos uma lei que “pegue” e que realmente seja adotada para todos os que trabalham na agricultura do país.

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Governo lança programa com meta de erradicar miséria até 2014

Moradora de um bairro pobre de Sobradinho, uma das cidades-satélites de Brasília, Rosineide Lima da Silva testemunhou nos últimos anos os efeitos que programas de transferência de renda e a boa situação econômica do país tiveram em sua vizinhança: muitas famílias reformaram suas casas, compraram veículos e eletrodomésticos.
Mas ela afirma que foi excluída do progresso – sem conseguir se cadastrar para receber o Bolsa Família (diz que se inscreveu em um centro federal, mas jamais obteve o benefício), depende dos R$ 250 mensais que ganha como manicure para sustentar, sozinha, os três filhos pequenos. "Nunca ganhei um centavo do governo. E todo mês a vida fica mais cara", queixa-se.
Silva, 29 anos, pertence a uma parcela da população que, apesar das políticas sociais e dos ventos favoráveis à economia brasileira, não conseguiu deixar o último patamar da pirâmide social, a pobreza extrema.
O grupo, composto por famílias com renda per capita mensal de até R$ 70, critério definido pelo governo no mês passado – abaixo, porém, do teto defendido por Dilma Rousseff na campanha (R$ 136,25) – é alvo do programa Brasil Sem Miséria, lançado nesta quinta-feira e classificado pela presidente como o mais importante de sua gestão.
Metas
Segundo o Censo 2010, 16,2 milhões de pessoas, ou 8,5% dos brasileiros, se enquadram na categoria. Desses, 47% vivem no campo, índice bastante superior à porcentagem dos moradores de áreas rurais na população total (15,6%).
O Nordeste concentra 59% dos brasileiros em pobreza extrema, ao passo que o Sul e o Centro-Oeste respondem, juntos, por 7% do grupo.
Coordenadora do Brasil Sem Miséria, a ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, justifica a iniciativa: "Um país que cresce como o Brasil não pode se contentar em ter somente um grande programa social como o Bolsa Família."
Em entrevista à BBC Brasil e a outros dois repórteres de jornais estrangeiros, Campello diz que o programa terá três objetivos principais: garantir a transferência de renda aos mais pobres (via Bolsa Família ou outros programas já existentes), ampliar a oferta de serviços públicos a essa população e permitir que seus membros se integrem ao mercado de trabalho ou tirem maior proveito das atividades que desempenham.
Para isso, afirma a ministra, o programa promoverá uma "força-tarefa" no governo, de modo a coordenar e aumentar a eficiência de ações já promovidas por diversos ministérios, além de lançar novas iniciativas referentes principalmente ao terceiro pilar do programa – incluir os mais pobres no sistema produtivo.
Mentalidade
Segundo Campello, para o cumprimento da primeira meta (garantir que os mais pobres se beneficiem de programas de transferência de renda já existentes), é necessário "mudar a mentalidade de que é papel do pobre procurar o Estado, e fazer com que o Estado vá até o pobre". 
A ministra diz que 800 mil famílias que poderiam se beneficiar do Bolsa Família e, com isso, talvez ultrapassar a linha de pobreza extrema, não o fazem por desinformação, por viverem em regiões isoladas ou por não acreditarem no Estado.
"Vamos fazer uma campanha para capacitar servidores públicos a atender de forma diferenciada esse público. Temos que ir às casas dessas pessoas, entrar nos lugares mais pobres e saber por que não estão tirando proveito das ações disponíveis."
Segundo uma funcionária de um escritório do Bolsa Família no Distrito Federal, porém, muitas famílias não recebem o benefício porque cada cidade tem um limite de beneficiados, definido pelos resultados do Censo. Quando o limite é atingido, famílias que se enquadram nos critérios só podem ingressar no programa com a saída de outras.
Já o Ministério do Desenvolvimento Social diz que casos como esses são raros e que o lançamento do último Censo permitirá atualizar a base de dados do programa.
Acesso a serviços
Para alcançar o segundo objetivo do Brasil Sem Miséria – ampliar o acesso a serviços públicos –, Campello diz que seu ministério manterá relação próxima com outras pastas, indicando locais onde há demanda por escolas, cisternas, redes de esgoto e outros bens públicos.
A ministra enfatiza a importância de ampliar o acesso à saúde: "Há caso de pessoas qualificadas que não conseguem emprego por, por exemplo, não terem dentes."
A última meta do programa, promover a inclusão dos mais pobres em sistemas produtivos, prevê ações distintas no campo e na cidade.
Para os moradores de áreas urbanas, o esforço se concentrará em programas de microcrédito, na formalização de microempresas e na qualificação profissional.
Campello diz que a capacitação se dará por meio de iniciativas governamentais como o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego) ou por convênios com escolas privadas e com o Sistema S (formado por Sesc, Sesi e Senai, entre outros órgãos).
Segundo a ministra, o acesso à educação torna-se ainda mais importante se levado em conta que 50,9% dos brasileiros em situação de pobreza extrema têm até 19 anos de idade.
"Hoje temos no Brasil falta de mão-de-obra mesmo para atividades que exigem pouca qualificação. Queremos organizar o Estado para qualificar 1,7 milhão de pessoas."
A ministra afirma ainda que o governo está discutindo com redes privadas de supermercado e de construção civil formas de absorver pessoas que venham a se qualificar pelo programa.
Agricultura familiar
Os moradores do campo, por sua vez, receberão mudas ou sementes para aumentar a produção em suas propriedades e, com isso, vender o excedente. Além disso, cada grupo de mil agricultores será assessorado tecnicamente por 11 funcionários concursados, dos quais um terá graduação em ciências agrárias e dez serão formados no ensino médio.
Campello diz que o concurso para os técnicos que assistirão os primeiros 10 mil agricultores será aberto na próxima segunda-feira. Segundo a ministra, o governo ainda triplicará a compra de produtos de agricultores familiares, iniciada em 2004, e estimulará redes de supermercados a negociar com o grupo.
"O Estado vai recolher a produção e organizar pontos de distribuição. Com este programa, estamos implantando uma nova sistemática no governo, que exige aprendizado."
No entanto, a julgar pelo prazo em que se pretende cumprir a meta do programa, há pouco tempo para aprender: 
"Até 2014, queremos erradicar a pobreza extrema e fazer com que o Brasil seja o primeiro país em desenvolvimento a cumprir a primeira das Metas de Desenvolvimento do Milênio (da ONU)", diz a ministra. 

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Automóvel

Crédito mais caro e prazos menores para o financiamento atrapalharam, mas não conseguiram conter as vendas de carros novos. O mês que terminou foi o melhor do ano para o setor e recorde para meses de maio, com 318,6 mil veículos vendidos, incluindo caminhões e ônibus. No ano, os negócios somam 1,43 milhão de unidades, 8,8% mais do que em igual período de 2010.
O resultado, segundo dados do mercado, é 10,2% maior que o de abril e 26,9% superior ao de um ano atrás. Só em automóveis e comerciais leves foi vendido 1,35 milhão de unidades, sendo 300,6 mil em maio. Sem o pacote de contenção ao crédito, adotado a partir de dezembro, “o crescimento teria sido maior”, diz Fernando Trujillo, consultor da CSM WordWide.
Ele calcula que as ações do governo impeçam a venda, até o fim do ano, de 100 mil a 120 mil carros. Ainda assim, prevê ano recorde, com vendas de 3,6 milhões de veículos, estimativa similar à da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Trujillo ressalta que a competição entre as marcas, acirrada pela chegada dos importados, principalmente chineses e coreanos, tem ajudado a aumentar as vendas, pois os preços dos carros não estão sendo reajustados.
Pelo menos 20% das vendas são de modelos importados. Outro destaque é que o mês de maio teve 22 dias úteis e abril, 19. Por esse cálculo, as vendas diárias caíram 5%, de 15,2 mil unidades para 14,4 mil.
O resultado de maio pode ajudar o Brasil a recuperar o quarto posto no ranking mundial de vendas. Após conquistar a posição no ano passado, o mercado brasileiro caiu para a quinta e depois a sexta posição neste ano. Agora, deve superar Índia e Alemanha.
Dados preliminares desses países indicam que a Índia vendeu até maio 1,34 milhão de veículos e a Alemanha, 1,33 milhão. O Japão, prejudicado pelo terremoto de março, mantém-se no terceiro posto, com 1,56 milhão de unidades. Os Estados Unidos venderam 5,27 milhões de veículos e a líder China ainda não divulgou números.

por Cleide Silva
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A presidente apresenta programa contra a miséria para líderes da base aliada

Dilma Rousseff reuniu ontem os integrantes do Conselho Político para a apresentação do programa de erradicação da miséria, que será lançado oficialmente hoje. Diante de presidentes e líderes de partidos da base aliada, Dilma e a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, apresentaram a proposta de tirar 16,2 milhões da condição de extrema pobreza, dando à esse público condições de renda e qualificação profissional para que ingressem no mercado formal de trabalho.
A apresentação faz parte de uma estratégia política do governo de mudar a relação com a base aliada, que fez várias críticas à articulação política do governo federal. Apesar disso, em nenhum momento Dilma ou Tereza disseram aos parlamentares se alguma das medidas contidas no plano seria encaminhada ao Congresso. “A presidente Dilma pediu, sim, nosso empenho para conversar com os governadores e prefeitos de nossos partidos”, disse o líder do PDT na Câmara, Giovanni Queiroz (PA).
Tereza Campello levou para o Conselho praticamente a mesma apresentação que tem feito aos movimentos sociais, tanto urbanos quanto rurais, aos empresários e aos governadores. Nela consta que a maior parte da população situada na extrema pobreza está no Nordeste, representando um contingente de aproximadamente 9,2 milhões. “É um plano ousado e arrojado, que pretende dar condições de melhorar a vida dessas pessoas”, completou Queiroz.
O eixo principal do programa compreende três tópicos: garantia de renda, inclusão produtiva e acesso aos serviços públicos essenciais. Durante o encontro, o presidente nacional do PSC, Pastor Everaldo (RJ), sugeriu que o governo aproveitasse a rede de agentes de saúde para divulgar o programa e ajudar na identificação de quem ainda permanece excluído do auxílio do governo. “Aparentemente, a presidente Dilma gostou da proposta”, disse o líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG).
De acordo com o senador Antonio Carlos Valadares (SE), o programa de erradicação da miséria também vai dialogar com outra iniciativa já anunciada pelo governo federal: o Microempreendedor Individual (MEI). Essa parceria vai se dar pela qualificação dos excluídos para que eles possam abrir, no futuro, seus próprios negócios. O governo deve lançar, inclusive, uma linha específica de microcrédito para atender essa população.
Segundo Valadares, em nenhum momento Dilma ou Tereza Campelo apontaram quanto custará o programa para os cofres públicos. “Até porque muitas das iniciativas serão feitas em conjunto com os governadores, prefeitos, associações de moradores e entidades religiosas”, completou Valadares.
O presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), sugeriu à presidente que ela faça uma reunião ou um anúncio positivo a cada 15 dias. Nem que para isso seja necessário revisitar antigos programas de governo. “Ela nos falou que pretende, nas próximas semanas, lançar o Minha Casa Minha Vida 2, que também supre o déficit habitacional brasileiro, sobretudo dos mais carentes”, completou Raupp.

Paulo de Tarso Lyra