É só um pouquinho, por Diogo Costa
Assim falavam os golpistas fardados do dia 1º de abril de 1964. Iam dar só um golpezinho e iam manter, logo ali adiante, o calendário normal do processo eleitoral presidencial (outubro de 1965).
O problema é que Juscelino Kubitschek aparecia disparado nas pesquisas de intenção de voto e já tinha sido lançado oficialmente pelo PSD em março de 1964; além disso, Jango e Brizola também tinham grande apelo popular e para a UDN golpista só restava a candidatura do instável Carlos Lacerda.
Em abril de 2016 os golpistas disseram o mesmo: é só um golpezinho e logo ali adiante, em outubro de 2018, vamos manter normalmente o calendário eleitoral presidencial.
O problema é que Lula é disparado o favorito para 2018.
E mesmo sem ele, as forças que contarem com o seu apoio estarão automaticamente no segundo turno e com grandes chances de vitória - por se oporem ao desgoverno mais odiado da história da humanidade (PSDB + Globo + Moro + Temer).
Tropas nas ruas de Roraima; nas ruas do Rio Grande do Norte e agora nas ruas do Rio de Janeiro. Pode ser mera coincidência. Ou não.