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Cunha ressuscita o velho PT

- A Democracia agradece -
Ao apelar para a vingança mais primitiva e antirrepublicana, bem ao estilo Cunha de ser, o ainda deputado e presidente da Câmara dos Deputados não tinha ideia do vulcão que estava liberando ao destampar a garrafa. Basta uma olhada nas redes sociais e na movimentação da militância do PT contra o golpe para se perceber que um dos mais desclassificados políticos da história do Brasil operou um milagre : a unidade do partido e o ânimo de seus militantes para enfrentar e derrotar o golpismo paraguaio.
 
Há muito não se via tantos memes e cartazetes na web em defesa do mandato constitucional da presidenta, ao mesmo tempo em que fervilham preparativos para reuniões, atos públicos e passeatas. Pululam uma quantidade tão grande de iniciativas que o esforço central tem sido a tentativa de unificá-los e organizá-los. Chama a atenção também o moral da militância. Cientes que travam o bom combate em defesa da democracia e do Brasil, não esqueceram das críticas à política econômica do governo Dilma, centrada no ajuste recessivo de Levy. Mas sabem separar o joio do trigo.
 
Sabem que sem democracia os mais penalizados serão os trabalhadores e a população mais pobre, um vez que o passo seguinte à destruição da democracia é a liquidação de direitos sociais e trabalhistas e o ataque a conquistas civilizatórias. Sabem da aberração e do escárnio que transbordam do fato de um campeão em corrupção e malfeitos dar andamento a um processo de impeachment contra uma presidenta honrada, contra quem não pesa nenhuma acusação, nenhum processo. Por isso, preservar o mandado de Dilma é, sobretudo, é uma questão de justiça.
 
As centrais sindicais já tinham programado um ato nacional, no Rio de Janeiro, no próximo dia 8 de dezembro, sob o lema Compromisso com o Desenvolvimento. Esse documento, que já circula na internet, prega uma guinada na política econômica visando a retomada do crescimento e a consequente geração de emprego e renda. Além de representações de trabalhadores e movimentos sociais, o texto é subscrito também por algumas importantes entidades empresariais. Dele consta a defesa dos acordos de leniência como elemento central para estacar as demissões causadas pela Lava Jato.
 
Mas agora não resta dúvida de que a manifestação ganhou um forte componente antigolpista. Isso porque fora do respeito à soberania popular não há projeto desenvolvimentista que se sustente. É só ver quem são os próceres do golpe, suas convicções ideológicas e o padrão moral que exibem. A ruptura da ordem democrática traria no seu bojo a aplicação de programas antipopulares e antinacionais. Isso é inevitável. Está no DNA dos direitistas e da elite mais tacanha do planeta, como apontava Darcy Ribeiro. Mas não passarão. E é muito provável que Cunha não possa assistir a vitória da democracia. Ao menos que, na cadeia, lhe permitam o acesso à internet, TV , aos rádios e jornais. 
por Bepe Damasco 


A intentona da rataiada


O Brasil está vendo a guerra de Eduardo Cunha contra Dilma.

O "usufrutuário" de contas na Suíça Eduardo Cunha (PMDB-RJ) está denunciado por corrupção.

Dilma é atacada por Cunha porque não aceitou mexer os pauzinhos para salvar corruptos. Ela combate a corrupção.

Aí a quem Aécio Neves (PSDB-MG) e seus aliados demotucanos se aliam? A Eduardo Cunha.

É surreal um golpe de Estado perpetrado por acusados de corrupção contra quem está se esforçando para limpar a política da corrupção.

É a tentativa de golpe de Estado feita por corruptos. Para não irem para a cadeia e ainda por cima para tomarem o Estado para si.

Qual é o plano? Colocar corruptos no comando da Polícia Federal para melar as investigações e saírem impunes?

E ainda por cima, ficariam com as chaves dos cofres públicos, assumindo o governo, para fazerem os malfeitos que sempre fizeram?

Como esse episódio será chamado na história? Seria a "intentona da Rataiada"?

Os livros de história irão dizer que Aécio se juntou a Eduardo Cunha no bando do impeachment, para tentar a intentona da Rataiada?

É claro que o povo vai rejeitar esse bando e essa Rataiada. O povo fica do lado de quem demonstra com atitudes e ações que combate a corrupção de verdade em vez de ser conivente com corruptos que querem se salvar.


Agora, até para quem não gosta de Dilma, é questão de honra e de segurança nacional ficar contra a intentona da Rataiada de tomarem o poder.

Ciro Gomes - Estamos ganhando o jogo contra o golpe

O ex-ministro da Integração Nacional do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Ciro Gomes (PDT), comentou, em entrevista à ‘TV Carta’, publicada nesta sexta-feira (23), que a democracia brasileira está vencendo o ciclo das tentativas de golpe contra a presidenta Dilma Rousseff.
“Neste momento, nós estamos virando esse tempo do jogo golpista. Nós estamos ganhando a parada”, disse.
“A elite brasileira percebeu, com toda sua interdição golpista, que é uma coisa absolutamente inexplicável fazer um pulso moralista, evoluir para impedir a presidenta da República, romper as instituições, romper o calendário, introduzir uma instabilidade política de 20 anos no País, a preços impagáveis”, explicou.
Para Ciro Gomes, impeachment não é solução para um governo que as pessoas avaliam como ‘ruim’ e que não ‘gostam’.
“A popularidade ou impopularidade de um governo só pode ser apurada, numa democracia madura, nas eleições. Impopularidade não é razão para impeachment”, avaliou.
“Até o mais picareta dos nossos adversários sabe que a Dilma é uma senhora honrada. Ninguém a acusa de ter cometido crime de responsabilidade, muito menos dolosamente”, completou Ciro.
Durante a entrevista Ciro Gomes relembrou a história e explicou que o impeachment só aconteceu, em toda história mundial, no Brasil e na Venezuela.
“Na história do Direito Constitucional mundial, só dois países fizeram impeachment. O Brasil, do (Fernando) Collor, e a Venezuela, do Carlos Andrés Pérez”, lembrou.

Paulo Maluf trolla Geraldo Alckmin





No Twitter:
"Eu Paulo Maluf me orgulho de ter construído 998 escolas, mais de 300 creches e não fechei nenhuma"

Finalmente os abutres se acercaram da carniça fétida e podre

Eduardo Cunha, Aécio Neves e o cavalo caduco amarrado em toco podre

:

Um grupo de deputados, com uma "fundamentação" fajuta de impeachment, originado nas vísceras de um pobre idoso e intenso de ódio e de recalques, o advogado desviado Hélio Pereira Bicudo, de história de lutas jogada no lixo, entregou-a a Eduardo Cunha, que foi aceito ontem, dia 02 de dezembro de 2015.
O deputado Eduardo Cunha encaminhou para a Comissão de Ética da Câmara um pedido de impeachment contra a Presidenta Dilma. Hoje a peça escandalosa, recheada de mentiras e de ódio foi lida.
Em todo o País há quase unanimidade contra a imoralidade desse processo e a falta de decoro ético de quem o reencaminha no Parlamento Federal.

Blablarina - a Égua de Tróia

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Nota do Rede Sustentabilidade é mais uma das blablarinagens de 
Marina Invejosa Silva
Confira:



REDE
: o processo de impeachment e o caminho da justiça

No dia 2 de dezembro, o presidente da Câmara do Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), autorizou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, com base em pedido apresentado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr e Janaína Paschoal.
Os acontecimentos imediatamente anteriores a essa decisão, contudo, caracterizam uma extrema degradação do ambiente político, com graves acusações mútuas de chantagem entre Cunha, a presidente da República e lideranças do PT, escancarando um desprezo comum pela integridade das instituições e dos instrumentos da representação democrática.
Neste contexto de profunda crise econômica, social e sobretudo política e de valores – marcada pela falta de credibilidade e de noção de bem público por parte dos implicados que se digladiam por seus interesses – as melhores contribuições para ajudar o país a sair da degradante situação a que foi levado vem dos resultados das investigações da Operação Lava-Jato e de outras conduzidas pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal.
A REDE reitera seu integral apoio ao aprofundamento das investigações sobre o maior esquema de corrupção já identificado no país, cuja articulação contou, segundo os investigadores, com o apoio dos principais partidos de sustentação do governo (PT-PMDB-PP). Por tais razões, a Operação Lava-jato já levou a prisões como a do tesoureiro do principal partido do governo e do líder do governo no Senado, ambos do partido da presidente da República, assim como resultaram em denúncia criminal contra o presidente da Câmara e a inquéritos abertos contra o presidente do Senado, ambos do partido do vice-presidente da República. O caminho da Justiça evita o jogo de chantagens, ameaças e barganhas mútuas a que o país assiste revoltado e perplexo.
A REDE considera também fundamental a inteira instrução processual e o julgamento da Ação de Impugnação de Mandato Eletivo movida contra a chapa da presidente e do vice-presidente, em trâmite no TSE. Esta ação apura as denúncias trazidas à tona pelo Ministério Público de que parte dos recursos desviados da Petrobrás pode ter alimentado o caixa da campanha da chapa Dilma/Temer. Não podemos deixar de lado a corrupção que está sendo revelada pela operação Lava-Jato e tem sido um dos maiores fatores de indignação da sociedade.
Nem por isso estão deslegitimadas a aceitação do pedido de impeachment por Cunha e a formação de Comissão Especial multipartidária para avaliar sua pertinência, pois são atos que se amparam na Constituição. A Rede Sustentabilidade participará deste processo, orientada pela coerência de seus posicionamentos que levam em consideração:

1)   O pedido de impeachment por parte de qualquer cidadão/ã não é golpe, é um direito garantido pela Constituição;
2)   Embora a petição aceita não apresente matéria nova em relação à anterior, já analisada pela Rede como insuficiente para redundar em impeachment, os representantes do partido na Comissão Especial terão a postura de avaliação isenta, independente e rigorosa de todos os fatos e argumentos jurídicos que forem apresentados, para formar seu juízo e orientar seu voto no que tange à imputação de responsabilidade direta da presidente nos casos previstos na Constituição como passíveis de gerar processo de impeachment;
3)   É essencial prosseguir com o processo de cassação do mandato de Eduardo Cunha. As manobras protelatórias feitas até o momento criam a situação anômala e inaceitável de um presidente conduzindo a Câmara na condição de investigado por corrupção, manipulando a instituição em causa própria, em meio a uma crise sem precedentes da qual ele é um dos causadores.
Comissão Executiva Nacional -Rede Sustentabilidade



Estamos perdendo uma enquete sobre Impeachment da Presidenta Dilma, vamos votar NÃO!


É rápido e importante, vamos votar NÃO e repassar aos companheiros e companheiras!

#NãoVaiTerGolpe

Entenda....

O que acontece agora?
A autorização é apenas o primeiro passo. Agora, o pedido será analisado por uma comissão especial formada por deputados de todos os partidos. A presidente terá um prazo para se defender. A comissão vai dar um parecer a favor ou contra a abertura do processo, que vai ao plenário. Se os parlamentares decidirem pela abertura do processo de  impeachment, por dois terços dos deputados, Dilma será obrigada a se afastar do cargo por 180 dias, e o processo seguirá para julgamento do Senado. Veja abaixo a tramitação completa.

O que está sendo analisado?
Os juristas atacam as chamadas "pedaladas fiscais", prática atribuída ao governo de atrasar repasses a bancos públicos a fim de cumprir as metas parciais da previsão orçamentária, o que atentaria contra a probidade da administração e contra a lei orçamentária. A denúncia é de que houve crime de responsabilidade, uma das hipóteses em que um presidente poderia ser impedido de continuar exercendo seu mandato.

Isso significa que a presidente será impedida?
Não. O que existe agora é uma denúncia, que passará pelo crivo de uma comissão especial, que proferirá um parecer sobre se ela pode ou não ser julgada. Ainda serão ouvidas testemunhas, poderão ser realizadas diligências, e a presidente poderá apresentar sua defesa.

Leandro Fortes - do que depende o futuro de Dilma e do PT

Cruzou o Rubicão

Cruzou o Rubicão

Esse pedido de impeachment acolhido por Eduardo Cunha poderá, quem sabe, trazer de volta a coragem que os anos de poder roubaram ao PT, às suas lideranças e a grande parte de sua militância.

Os dias que antecederam à reunião da Comissão de Ética da Câmara dos Deputados, na qual ainda se pretende votar a admissibilidade do processo de cassação de Eduardo Cunha, foram fundamentais para que a parte do PT ainda ligada à realidade obrigasse àquela outra, encastelada no Palácio de Versalhes, a honrar a história do partido.

De certa forma, é triste perceber que não foi o sentido de honra e dignidade, mas as ameaças de desfiliação em massa amplamente anunciadas nas redes sociais, que obrigaram o PT a tomar uma decisão fechada contra Cunha.

Até então, especulava-se, vergonhosamente, a possibilidade de a sigla e o governo Dilma se submeterem à chantagem de um marginal de longa ficha corrida.

E pela mesma razão que, nos últimos anos, petistas e muitos de seus fiéis seguidores se curvaram a pilantras de toda espécie (e ainda se curvam), na política, nas ruas e na mídia: medo.

Enfrentar esse processo de impeachment será extremamente depurador, tanto para Dilma como para o PT.

Dará a ambos uma oportunidade real de fazer um enfrentamento político que foi sendo deixado de lado, primeiro, por estratégia política, depois, por covardia.

Desse embate depende o futuro de Dilma e do PT.

Não há dúvida que, mesmo sendo o escroque que é, Eduardo Cunha terá o apoio massivo dos barões da imprensa e de seus colunistas cães de guarda, sem falar em outros prepostos bem colocados no Poder Judiciário.

Para vencer essa guerra, Dilma terá que abandonar a estratégia sem sentido de tentar se compor com uma mídia que a despreza e ridiculariza todo o tempo.

Terá que fazer sua própria comunicação e ter coragem de tomar as medidas necessárias para enfrentar de frente as crises políticas e econômicas.

Terá, em suma, que reassumir o protagonismo político do País e fazer o que deve ser feito.

Votei em Dilma e votaria de novo, caso a eleição fosse, novamente, uma disputa entre um projeto popular e um de direita, ultrapassado e reacionário, como era o de Aécio e, desde sempre, o do PSDB.

Mas, como boa parte de seus eleitores, estou profundamente irritado com a tibieza com a qual a política e a economia foram conduzidas até aqui.

Com esses lamentáveis arranjos políticos de quinta categoria que levaram gente como Kátia Abreu para dentro de um governo dito de esquerda.

Com essa bancada gelatinosa no Congresso Nacional, tardia e envergonhada, que mal usa uma tribuna que deveria ser, diária e permanentemente, o campo de batalha contra essa oposição hipócrita e corrupta que, descaradamente, empunha a bandeira da corrupção para justificar seus desejos golpistas.

Ao enfrentar o impeachment de frente, Dilma e o PT têm a chance de virar esse jogo.

Mas apenas se aceitarem o fato de que, até agora, estavam fazendo tudo errado.

(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).
Leandro Fortes
Sobre o Autor
Leandro Fortes é jornalista, professor e escritor. Trabalhou para o Jornal do Brasil, O Globo, Correio Braziliense, Estadão, Revista Época e Carta Capital.

Mensagem da tarde

Luis Nassif - A inapetência política do governo Alckmin é espantosa


Com anos de blindagem total da mídia, tratou de criar sua própria crise, uma reforma radical no ensino paulista, fechando escolas, remanejando alunos, sem nenhuma consulta à sociedade, aos professores e aos maiores afetados, os alunos.

Esse monumento à insensibilidade política despertou os adolescentes para uma bandeira objetiva: a defesa da SUA escola. Não foi necessário a mídia insuflar, pelo contrário, não se intimidaram com as nítidas armações iniciais – de figuras anônimas vandalizando escolas para tentar comprometer o movimento com a baderna.

Através das redes sociais, deram provas emocionantes de responsabilidade cívica e maturidade.

Em plena era da Internet, na qual qualquer celular tem sua câmera de filmar, cada veículo tem seus próprios vídeo-repórteres, um Secretário de Segurança despreparado e autoritário tratou de colocar a tropa de choque da PM na rua para bater em crianças.

Assim como Aécio Neves, Alckmin se guia apenas pelas manchetes de jornais. E as manchetes refletem o que se passou no dia anterior.

No primeiro dia, uma imprensa partidarizada tratou de desqualificar as manifestações. Mas a enchente de vídeos mostrando a cara dos "subversivos", a mensagem de paz da rapaziada, em contraste com a truculência da tropa de choque, virou o jogo, desmontou a tentativa de partidarizar as manifestações.

Alckmin é lento nas avaliações. À noite, os telejornais já mostravam a mudança de postura da velha mídia. Hoje os jornais amanheceram com visível mudança de postura em relação às manifestações.

Mais uma vez, a tropa de choque foi para a rua agredir a molecada.

Agora à tarde, a rendição. A maturidade, o bom senso, a responsabilidade cívica da rapaziada venceu a decrepitude de homens públicos sem noção.

O governo Dilma é definitivamente ruim. Mas pense-se o que seria do país submetido a um conjunto de crises tendo Alckmin como mediador. Teria o condão de despertar saudades de Dilma.

Briguilinks

Dilma tem votos de folga para derrotar o golpe

Do O Globo:

Se a votação sobre o impeachment no plenário da Câmara fosse hoje, a presidente Dilma Rousseff manteria seu mandato, caso os deputados votassem segundo a avaliação das lideranças de seus partidos. O GLOBO ouviu nesta quinta-feira os líderes dos 17 maiores partidos da Casa. Segundo esse levantamento, Dilma teria hoje o respaldo de pelo menos 258 dos 513 deputados, 86 votos a mais do que os 172 necessários para se manter no poder.

Segundo esse levantamento, a oposição contaria com 182 adeptos. Os votos dos 17 partidos cujos líderes aceitaram falar somam 454 parlamentares.

Embora os números sejam absolutos, as certezas, como disse um deputado, são voláteis. Pelos cálculos dos líderes partidários, toda a oposição votará a favor do impeachment: DEM, PSDB, Solidariedade e PPS somariam 99 votos. Dos partidos governistas, PT, PCdoB e PSOL já se posicionaram em sua totalidade contra o impeachment. Junto com PDT e Rede, que disseram que vão caminhar na mesma direção, Dilma já tem cem votos garantidos.

De todos os partidos ouvidos, só o PRB não quis fazer nenhum cálculo. Embora tenha um ministério desde o início do segundo mandato de Dilma (Esporte, ocupada por George Hilton), a infidelidade tem sido uma marca recorrente da sigla. A maior incógnita é o PMDB do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ). O líder do partido na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), embora reticente em falar em números, tem uma estimativa:

— Eu diria que 60% dos peemedebistas são contra o impeachment, 20% a favor e outros 20% indefinidos.

No PR, outro partido da base aliada, mas cujos representantes votarão contra a admissibilidade do processo para cassação do mandato de Cunha no Conselho de Ética, o líder Maurício Quintela Lessa (AL) disse que encaminhará o voto da bancada, de 34 parlamentares, contra o impeachment, mas já adianta que pelo menos seis parlamentares devem se manifestar a favor.

No recém-criado Partido da Mulher Brasileira (PMB), o líder Domingos Neto (CE) estimou que dois terços da bancada de 20 deputados serão contra o impeachment, o que garantiria 12 votos para Dilma.

Sociedade contra o golpe patrocinado por Cunhas (Eduardo, Cássio e Aécio)

CUNHA E AÉCIO

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Enquanto os tucanos, liderados pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), se abraçaram a Eduardo Cunha, investigado por receber propina de US$ 5 milhões, por ter contas não declaradas na Suíça e ter prestado favores ao ex-banqueiro André Esteves, o repúdio ao golpe contra a presidente Dilma Rousseff uniu até o momento três presidenciáveis (Ciro Gomes, Luciana Genro e Joaquim Barbosa) dez governadores (Luiz Fernando Pezão, do Rio, Rui Costa, da Bahia, Ricardo Coutinho, da Paraíba, Flávio Dino, do Maranhão, Paulo Câmara, de Pernambuco, Robinson Farias, do Rio Grande do Norte, Camilo Santana, do Ceará, Wellington Dias, do Piauí, Jackson Barreto, de Sergipe, e Renan Filho, de Alagoas), além de líderes de movimentos sociais e religiosos, como o presidente da CUT, Vagner Freitas; da UNE, Carina Vitral; do MST, João Pedro Stédile, e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); democracia está se impondo ao golpe

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Michel Temer, o amigo da onça




A presidente Dilma Rousseff tem certeza que o vice-presidente, Michel Temer (Pmdb-SP) faz tabelinha com Eduardo Cunha (Pmdb-RJ) e por debaixo dos panos, apoia o pedido de impeachment contra ela.

A mosca azul picou o companheiro de chapa de 2014.

O PT concorda com Dilma.

Dois contra hum, por Bernardo Mello Franco

BRASÍLIA - Esqueça Aécio, Serra e tucanos menos votados. A verdadeira batalha do impeachment vai opor Dilma Rousseff a dois políticos do PMDB: Eduardo Cunha, que deu início ao processo, e Michel Temer, que herdará o cargo se ela for afastada.

Os peemedebistas, que são velhos aliados, começaram a se mexer na fatídica quarta-feira. O presidente da Câmara fez um anúncio espalhafatoso, cercado de microfones e por uma claque chamada para aplaudi-lo.

O vice-presidente da República operou discretamente, ao seu estilo. Poucas horas antes de Cunha detonar a bomba, convidou senadores da oposição para um almoço em sua residência oficial, o Palácio do Jaburu. O prato principal, é claro, foi a possibilidade de ele substituir Dilma.

Segundo participantes do encontro, Temer sinalizou com duas promessas: fazer um governo de "união nacional", o que significa dar cargos à oposição, e não disputar a Presidência em 2018, quando poderia concorrer com a máquina a seu favor.

A guerra entre Dilma e Cunha é aberta. A presidente já declarou que não roubou e não tem conta no exterior. O deputado devolveu o ataque. Em entrevista ao lado de Paulinho da Força e Jair Bolsonaro, disse que a presidente "mentiu à nação".

O embate entre Dilma e Temer será mais discreto, o que não significa menos tenso. Ontem eles se encontraram pela primeira vez após o início do processo na Câmara. O mal-estar ficou evidente nas versões desencontradas sobre o encontro.

O ministro Jaques Wagner declarou que Temer "acha que não há lastro para impeachment". Aliados do vice negaram que ele tenha manifestado esta opinião. Também disseram que ele sugeriu à presidente que evite o embate pessoal com Cunha.

Desde que Temer começou a sonhar alto com a faixa verde-amarela, os petistas descrevem o Jaburu como o "bunker da conspiração". Foi lá que o presidente da Câmara almoçou na segunda-feira, dois dias antes de disparar o torpedo contra o Planalto.

De Leonardo Boff, uma referência para católicos e não-católicos, em seu blog:

O Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, é acusado de graves atos delituosos: de beneficiário do Lava-Jato, de contas não declaradas na Suiça, de mentiras deslavadas como a última numa entrevista coletiva ao declarar que o Deputado André Moura fora levado pelo Chefe da Casa Civil Jacques Wagner a falar com a Presidenta Dilma Rousseff para barganhar a aprovação da CPMF em troca da rejeição da admissibilidade de um processo contra ele no Conselho de Ética. Repetidamente afirmou que a Presidenta em seu pronunciamento mentiu à nação ao afirmar que jamais se submeteria à alguma barganha política.

Quem mentiu não foi a Presidenta, mas o deputado Eduardo Cunha. Seu incondicional aliado, o deputado André Moura, não esteve barganhando com a Presidenta Dilma, como o testemunhou o ministro Jacques Wagner. Vale enfatizar: quem mentiu ao público brasileiro foi Eduardo Cunha. Imitando Fernando Pessoa diria: Ele, mentiroso, mente tão perfeitamente que não parece mentira as mentiras que repete sempre.

É mentira que seu julgamento foi estritamente técnico. Pode ser técnico em seu texto, mas é mentiroso em seu contexto. O técnico nunca existe isolado, sem estar ligado a um tempo e a um interesse. É o que nos ensinam os filósofos críticos. Ele deslanchou o processo de impeachment contra a Presidenta exatamente no momento em que, apesar de todas as pressões e chantagens sobre o Conselho de Ética,soube que na votação perderia pois os três representantes do PT acolheriam a aceitação de um processo contra ele, o que poderia, depois, significar a sua condenação.

O que fez, foi um ato de vindita reles de quem perdeu a noção da gravidade e das consequências de seu ato rancoroso.

É vergonhoso que a Câmara seja presidida por uma pessoa sem qualquer vinculação com a verdade e com o que é reto e decente. Manipula, pressiona deputados, cria obstáculos para o Conselho de Ética. Mais vergonhoso ainda é ele, cinicamente, presidir uma sessão na qual se decide a aceitação do impedimento de uma pessoa corretíssima e irreprochável como é a Presidenta Dilma Rousseff.

Se Kant ensinava que a boa vontade é o único valor sem nenhum defeito, porque se tivesse um defeito, a boa vontade não seria boa, então Eduardo Cunha encarna o contrário, a má vontade, como o pior dos vícios porque contamina todos os demais atos, arquitetados para tirar vantagens pessoais ou prejudicar os outros.

Seu ato irresponsável pode lançar a nação em um grave retrocesso, abalando a jovem democracia, que, com vítimas e sangue, foi duramente conquistada. .

Faço um apelo explícito ao Procurador Geral da República, ao Dr. Rodrigo Janot e a todo o Supremo Tribunal Federal: pesem, sopesem e considerem as muitas acusações pendentes contra Eduardo Cunha nas áreas da Justiça. Estimo que há suficientes razões para afastá-lo da Presidência da Câmara e que venha a responder judicialmente por seus atos.

A missão desta mais alta instância da República, assim estimo, não se restringe à salvaguarda da constituição e à correta interpretação de seus artigos, mas junto a isso, zelar pela moralidade pública, quando esta, gravemente ferida, pode constituir uma ameaça à ordem democrática e, eventualmente, levar o país a um golpe contra a democracia.

Mais que outros cidadãos, são suas excelências, os principais cuidadores da sanidade da política e da salvaguarda da ordem democrática num Estado de Direito, sem a qual mergulharíamos num caos com consequências políticas imprevisíveis. O Brasil clama pela atuação corajosa e decidida de vossas excelências, como ultimamente, têm demostrando exemplarmente

Em tempo: No G1: Dilma está com 'muita pressa' para resolver impeachment

O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou nesta quinta-feira (3) que a presidente Dilma Rousseff está "com muita pressa" para resolver a questão do impeachment. Segundo ele, em reunião com ministros no Palácio do Planalto, a presidente tentou mobilizar os membros do primeiro escalão na defesa do governo no processo de impedimento autorizado nesta quarta pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

A decisão de abrir o processo de impeachment foi anunciada por Cunha com base no pedido de afastamento que destaca a edição de decretos neste ano que autorizaram despesas sem autorização do Congresso, além de procedimentos conhecidos como "pedaladas fiscais" – atrasos de repasses do Tesouro para bancos públicos.

"Ela [Dilma], como sempre, reage extremamente bem sempre que é posto um desafio à frente dela. Ela conduziu a reunião, está com muita disposição, muita energia, e está com pressa. E a pressa dela é a pressa da preocupação, não exclusivamente com o governo, mas também com o país. Precisamos vencer essa pré-pauta para que a gente possa entrar na pauta do desenvolvimento", disse.

Wagner explicou que a "pressa" da presidente se dá porque ela acha que "não tem que ficar arrastando esse processo que introduz um elemento de instabilidade".

A entrevista coletiva concedida pelo ministro ocorreu logo após a reunião da presidente com ministros. "Foi uma reunião para socializar compreensão de todos sobre esse episódio e mobilizar todos os ministros com seus partidos, bases sociais. Pedidomos a todos os ministros que verbalizassem o máximo possível o nosso ponto de vista, nosso entendimento", disse Wagner.

O chefe da Casa Civil também destacou que, no entendimento do governo, o pedido de impeachment acolhido por Eduardo Cunha "não tem nenhum lastro" e que as denúncias que o embasaram não se enquadram no crime de responsabilidade. "Então, nós não abrimos mão do respeito ao texto constitucional", disse.