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Frases para vida inteira

O que magoa não é a mentira. É jamais poder acreditar em quem mentiu pra mim, sem razão, sem que eu soubesse o porque.

***

Na traição, pelo menos um é vitima.

***

Sou um imbecil. Jamais revelo os segredos dos outros.

***

Hoje,
que as memórias se esvaem 
e os amigos fogem de mim,
só tenho minhas poesias
como amigas
confidentes,
mesmo assim,
impertinentes,
sem rima e vazias
não inspiram a menor confiança:
elas também me traem.

Ivone Boechat

Rir é o melhor remédio

Informe publicitário

- Zica vírus pode ser transmitido com um beijo -

Oxi. Mas num tão dizendo que essa mulésta é transmitida pelummusquito? Quem é abestado pra beijar musquito? aff maria, que diabéisso?


Amanhã no Rio de Janeiro ato contra o golpe e em defesa do patrimônio nacional

pblic
O movimento foi organizado pelos petroleiros mais tem a participação de muitas outras empresas públicas, entre ela Furnas, Correios e Banco do Brasil.
O convidado de honra é Lula. Dilma será a grata surpresa?

IV Prêmio Casa Claudia - Design de Interiores e Paisagismo



Homenagem a Paulo Mendes da Rocha


Janio de Freitas - tempos de avanços

Michel Temer só anda em marcha a ré, nos recuos diários, mas outros avançam por ele. Avançam nos direitos alheios, avançam contra princípios e leis, avançam nos truques, malandragens e golpinhos em benefício próprio ou do seu grupo.

As notícias de que a dúvida assedia senadores pró-impeachment alarmaram parte da imprensa, que voltou ao ataque a Dilma, e levaram à criação de novos golpinhos pelos governistas. Encurtar o prazo do processo no Senado, como pretendido por Michel Temer, é um casuísmo indecente. E indicativo de que o governo prevê estar incapaz, em setembro, de se aguentar.

Na mesma linha é a atitude do relator Antonio Anastasia, comandado de Aécio Neves (PSDB-MG), que rejeitou a inclusão, nos elementos de defesa, das gravações e delação de Sérgio Machado. Seriam "estranhas ao objeto deste processo", diz ele. Trata-se de processo de impeachment e as falas gravadas tratam, em grande parte, do impeachment. Há toda a pertinência em figurarem na acusação ou na defesa. A recusa de Antonio Anastasia é uma arbitrariedade, pessoal e processual, e restringe o direito de defesa. Em linguagem mais à altura anã da atitude, é um golpe baixo.

"Eu acho" é o verbo e o tempo verbal mais apreciados pelos brasileiros. Serve para muito mais do que expor opinião. "Eu acho que tem que ser assim" é definitivo, não opina. E assim aparece em muitas das frases de Romero Jucá (PMDB-RR) que propõem "um pacto" para "delimitar" a Lava Jato "até aqui", e sustar no ponto em que está "a sangria" do meio político.

No Senado articula-se, porém, a limitação de "achar" ao sentido de opinião, para derrubar o pedido de Conselho de Ética para Jucá. Ambos também do PMDB, o presidente do Conselho, João Alberto Souza (MA), e Renan Calheiros (AL) são os patronos da nova lexicologia. Por "achar" que Nestor Cerveró devia fugir, uma fuga que não resultaria em "delimitação" da Lava Jato, Delcídio do Amaral foi cassado pela unanimidade do Conselho de Ética.

A propósito de Romero Jucá, a Lava Jato, rápida na prisão de Delcídio, não se distingue muito do Senado. Mas tem novidades próprias, em uma de suas especialidades. Condicionar o acordo de delação premiada de Marcelo Odebrecht à disposição do seu pai de "também falar" é uma forma brutal de coerção. O envolvimento de familiares é um método muito ao gosto das ditaduras, e foi prática comum na ditadura militar. Não é necessário invocar a Alemanha nazista, portanto, para atestar a indignidade desse método.

Por sua recusa, até há pouco, a admitir a delação premiada, Marcelo Odebrecht é mantido preso há um ano. Pode-se compreender que a Lava Jato queira ouvir também o ex-presidente Emílio, responsável pelos maiores saltos de crescimento e capacitação do grupo empresarial, hoje operando em muitos países. Mas, para ouvi-lo, pôr em suas mãos a liberdade ou a prisão do próprio filho, é moralmente inadmissível.

A outra novidade não está no método, já conhecido. Está em sua persistência, já com mais de dois anos. O possível acordo de delação premiada do presidente da OAS foi suspenso porque Léo Pinheiro nega qualquer papel de Lula na reforma do apartamento e nas obras do sítio. Estas, pedidas por Paulo Okamotto, e aquela decidida pela empreiteira, sem que houvesse venda. Ou Léo Pinheiro diz o esperado pelos interrogadores ou não haverá delação premiada, porque a Lava Jato não crê no que está dito. Se, contudo, há descrença, é uma razão a mais para investigar –o que a Lava Jato pouco faz ou nem faz– e não para coerção.

 

Como complemento desse ambiente que começa no Congresso e termina na arbitrariedade ou na cadeia, o ministro da Transparência, Torquato Jardim, diz esperar dos funcionários que não apoiem o governo de Temer "a dignidade de pedir suas exonerações". O ministro talvez não saiba que os servidores públicos federais são da União, não dos governos. Alheios à versão Temer: ame-o ou deixe o emprego. 

Da Folha de São Paulo

Nein zum putch!, Não ao golpe: lá fora, o que você não lê por aqui

POR JARI DA ROCHA, COLABORAÇÃO PARA O TIJOLAÇO 

Fundado em 1947 o jornal Junge Welt, (Mundo Jovem) faz uma ampla cobertura dos atosFora Temer! que estão ocorrendo no Brasil e mundo afora.

Conta com depoimentos de brasileiros de várias cidades do Brasil e reportagens sobre os movimentos que têm ocorrido em outras partes do mundo, como: Montreal, Berlim e Paris.

O golpe – diariamente negado pela imprensa brasileira, pelos parlamentares picaretas e também por ministros do Supremo  – faz parte do noticiário internacional, expondo  cada vez mais a imagem de um Brasil que regride 50 anos nas mãos de elites inconformadas com os avanços sociais.

A desmoralização internacional dos atores do golpe se intensifica à medida que novos passos para o afastamento definitivo de Dilma são dados.

E não se trata de movimentos exclusivamente de brasileiros que vivem fora do país. Muitos grupos que se organizaram para denunciar o governo ilegítimo são compostos por estrangeiros.

Em Paris, o movimento 18 de março conta com participação de trabalhadores e simpatizantes franceses, fenômeno similar ao que acontece em Montreal, no Canadá.

Berlinenses têm participado ativamente dos atos em favor da democracia no Brasil, os cartazes são significativos:

"Berlin gegen den Putsch in Brasilien" (Berlim contra o golpe no Brasil) "Wir sind alle Brasilianer" (Somos todos brasileiros)

Para o jornalista e editor do jornal alemão, Peter Steiniger, o golpe é uma tragédia.

É uma tragédia. No Brasil, o povo está sendo roubado e o pior ladrão sentou-se confortavelmente na cadeira da presidenta eleita. Este Michel Temer montou um governo exclusivo de homens brancos e ricos. Ultimamente encontra-se uma "elite" reacionária na Política, Economia e no Poder Judiciário.

Não há voto para Temer e sua aliança de direita, muito menos para a transição neoliberal. Onde a mídia manipula, para aonde os governos desviam o olhar, onde as empresas veem oportunidades, nós – representantes do público – chamamos pelo nome de golpe  essa coisa que se disfarça como mudança democrática do poder

O Brasil está na boca do mundo e, ao contrário da imagem que tentam criar sobre as instituições brasileiras, o novo governo é chamado de quadrilha de ladrões, assim como o legislativo. A imprensa brasileira, sem crédito nenhum, é chamada de mentirosa e o Supremo, por sua vez, de omisso e covarde.

 

Os atos em favor da democracia no Brasil vão se intensificar mais pelo mundo, podem crer. O século 21 já não suporta aventuras deste tipo num país do nosso tamanho. E os governantes estrangeiros não colocar o mínimo suas mãos da cumbuca do caldeirão nacional.

Além da versão imprensa (Foto: Wellington Delazari), que circula neste final de semana, a versão on line alemã, do Junge Welt, publicou também fotos dos últimos protestos contra o governo golpista.

A matéria contou com apoio da Mídia Ninja e da Brigada Herzog.

Leia a versão em português, está aqui

Valorize quem realmente te ama


Naquela noite,enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: "Tenho algo importante para te dizer". Ela se sentou e jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos. De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente.

Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: "Porquê?" Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou "você não é homem!" Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouví-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim a Jane. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela. Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.

Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Jane profundamente. Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.

No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane. Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir.


Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possível. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus exames no próximo mês e precisava de um ambiente propício para preparar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais.

Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.

Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a idéia totalmente absurda. "Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio", disse Jane em tom de gozação.

Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo "O papai está carregando a mamãe no colo!" Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho "Não conte para o nosso filho sobre o divórcio" Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.

No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito,eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela. Por uns segundos,cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado.


No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior como corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.

No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.

Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse "Todos os meus vestidos estão grandes para mim". Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias.

A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração... Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos.

Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na hora de você carregar a mamãe". Para ele, ver seu pai carregando sua mão todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.


Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas.Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras:"Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo".

Eu não consegui dirigir para o trabalho... fui até o meu novo futuro endereço,saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia... Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a ela "Desculpe Jane. Eu não quero mais me divorciar".

Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa "Você está com febre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti "Desculpe,Jane. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe.

A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouví-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar. Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: "Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe".
Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama, morta.

Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio - e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.


Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa, faça pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz!
Créditos: Carlos Azevedo

Pesquisa Brasil 247-Netquest Desaprovação geral à Michel Temer

Uma nova pesquisa 247, realizada em parceria com a Netquest, uma das principais empresas do mundo de pesquisas online do mundo, revela que as primeiras medidas do governo provisório de Michel Temer são amplamente rechaçadas.

Uma delas é abertura do pré-sal a empresas estrangeiras, já defendida por Pedro Parente, novo presidente da Petrobras, que disse apoiar a medida e também falar em nome da companhia. Nada menos que 96% dos entrevistados são contra essa medida, enquanto apenas 3% a apoiam e 1% não tem opinião a respeito.

Os percentuais são parecidos em outras questões. Por exemplo, 95% condenam a fixação de um teto para gastos com saúde e educação, enquanto apenas 4% são a favor e 1% não tem opinião a respeito.

Sobre desvincular as aposentadorias do salário-mínimo, 95% são contra, 3% a favor e 2% não têm opinião.

Em relação à aprovação do presidente interino Michel Temer, 90% consideram sua administração péssima, enquanto 7% a veem como ruim, 1% como bom e 1% como excelente.

Uma nova pesquisa 247, realizada em parceria com a Netquest, uma das principais empresas do mundo de pesquisas online do mundo, revela que as primeiras medidas do governo provisório de Michel Temer são amplamente rechaçadas.

Uma delas é abertura do pré-sal a empresas estrangeiras, já defendida por Pedro Parente, novo presidente da Petrobras, que disse apoiar a medida e também falar em nome da companhia. Nada menos que 96% dos entrevistados são contra essa medida, enquanto apenas 3% a apóiam e 1% não tem opinião a respeito.

Os percentuais são parecidos em outras questões. Por exemplo, 95% condenam a fixação de um teto para gastos com saúde e educação, enquanto apenas 4% são a favor e 1% não tem opinião a respeito.

Sobre desvincular as aposentadorias do salário-mínimo, 95% são contra, 3% a favor e 2% não têm opinião.

Em relação à aprovação do presidente interino Michel Temer, 90% consideram sua administração péssima, enquanto 7% a veem como ruim, 1% como bom e 1% como excelente.

Para 97% dos entrevistados, os áudios de Romero Jucá comprovariam uma conspiração por trás do impeachment.

Ao todo, foram realizadas 4.113 entrevistas únicas, com cadastro dos internautas por CPF, evitando duplicidades nas respostas.

Para 97% dos entrevistados, os áudios de Romero Jucá comprovariam uma conspiração por trás do impeachment.

Ao todo, foram realizadas 4.113 entrevistas únicas, com cadastro dos internautas por CPF, evitando duplicidades nas respostas e abrangendo todas as regiões do País.

Manual do perfeito midiota XXVI

Entenda como é o processo de formação do midiota
por Luciano Martins Costa

Sabe como funciona?

Um articulista ouve uma fonte e, sem checar a veracidade do fato, publica que determinada autoridade repassou propina de uma empresa para pagar o cabeleireiro.

A pessoa acusada não é ouvida.

O texto é impulsionado para as redes sociais pelo sistema de tecnologia multiplataforma da empresa de comunicação, e quando a pessoa atingida reage, demonstrando que se trata de uma mentira, você já leu no Facebook e aquele anão moral que apresenta um noticiário na emissora de grande audiência faz piadinhas a respeito do assunto.

Algumas horas depois, a pessoa cuja honra foi atingida anuncia que vai entrar com uma ação na Justiça, e o veículo posta uma nota minúscula apresentando o que se chama de “o outro lado”.

Mas você não lê o “outro lado”, porque a mídia tradicional já escolheu um lado para você há muito tempo. Além disso, a versão original parece mais de acordo com o que você pensa.

Esse é, basicamente, o processo de formação do midiota: dá-se a ele a ração diária de meias-verdades, e ele acha que se tornou uma pessoa bem informada.

E, como se sabe, duas meias verdades costumam compor uma mentira inteira.

Daí, o midiota vai conversar com outros midiotas, que confirmam suas convicções, e assim se consolida a visão de mundo que acaba por determinar muitas das decisões que toma no dia-a-dia.

É dessa forma que você passa ao largo das questões nacionais mais importantes.

Não se pode acusar um midiota de desonestidade intelectual, porque para que isso se configure, é preciso que haja alguma atividade intelectual.

E, como já demonstraram importantes pensadores consagrados, o que se passa, na comunicação de massa, é um processo de convencimento baseado na repetição de ideias, sem necessariamente haver um vínculo delas com a realidade.

Essas mensagens são mais efetivas quanto menos reflexão crítica for produzida pelo receptor.

A narrativa e o discurso da mídia tradicional no Brasil não se vinculam há muito tempo aos pressupostos do jornalismo de qualidade.

Tudo isso se presta a um objetivo: a manipulação.

Assim, com os olhos vendados, você é levado a apoiar políticas públicas que, no fim das contas, serão contrárias ao seu interesse.

Por exemplo, a pauta do Congresso Nacional se encheu de propostas que haviam sido engavetadas, algumas das quais ameaçam remeter o arcabouço legal do País a um atraso de décadas.

Direitos arduamente conquistados podem ser relativizados, ou, como gosta de dizer a mídia, “flexibilizados”.

O bombardeio de notícias negativas serve para convencer você de que, infelizmente, essa é a única maneira de combater a crise econômica.

E você acaba agindo contra seus próprios interesses.

No tempo em que os grandes jornais ainda competiam entre si, ou seja, antes de se juntarem numa espécie de partido político informal, o antigo “Estadão” divulgou uma série de anúncios para dizer que a concorrente, a Folha de São Paulo, enganava seus leitores.

Vale a pena ver de novo.

Só que agora vale para todos eles.
na Revista Brasileiros

Rir é o melhor remédio



Pesquisa revela porque as mulheres tem horror de barata. É porque elas detestam tudo que venha com esse nome na frente, exemplo:

  • Joía barata
  • Bolsa barata
  • Roupa barata
  • Sandália barata
Mulher gosta é de carinho:

  • Sapato carinho
  • Vestido carinho
  • Perfume carinho
  • Presente carinho
  • Restaurante carinho e por aí vai



Crônica dominical


O jornalista Aziz e outros jornalistas, por Marceu Vieira

Li em algum lugar que quarta-feira, 1° de junho, foi o Dia da Imprensa. Em 30 anos de jornalismo, confesso que nunca dei muita bola pra esta data, escolhida por ser a da fundação do primeiro jornal brasileiro de circulação diária.

Não é o mais antigo nas bancas. Esse é o "Diário de Pernambuco", fundado em 1825 e aí até hoje, que bom.

O "Diário do Rio de Janeiro", o primeiro, começou a circular em 1° de junho de 1821. Criado por Zeferino Vítor Meireles, funcionário da Imprensa Régia, era uma concessão do príncipe regente. Apesar disso, consta que manteve linha editorial favorável à independência política do Brasil até desaparecer, em 1878.

Desde que pisei pela primeira vez numa redação de jornal, poucas vezes me lembrei do Dia da Imprensa, embora sempre houvesse quem me recordasse dele. Em geral, assessorias de comunicação, que enviavam brindes miúdos ou mensagens de "parabéns".

Ou mesmo um parente ou um amigo, depois de ouvir uma nota lida no rádio.

Desta vez, o Dia da Imprensa passou, e eu nem soube. Talvez por estar ausente do jornalismo diário. Talvez por estar fora do alcance das pequenas bajulações e dos seus interesses embutidos.

Mas suspeito, com algum desapontamento, que a razão do esquecimento tenha sido outra. Talvez tenha sido o momento ruim da nossa imprensa.

Por tudo que tem publicado, ou deixado de publicar, o jornalismo brasileiro não reúne, ultimamente, muitas razões pra festas.

No andar de cima das redações, a preocupação é com a alegada queda dos lucros. Fala-se no mercado que o faturamento do negócio jornal e revista despencou 11,6% entre 2013 e 2014. Foi quando a informação gratuita lida nos celulares teria começado a dizimar com mais intensidade o hábito da leitura de notícias no papel.

Sobretudo, entre os mais jovens – e a formação de novos leitores segue seu curso pelas redes sociais, onde tudo se sabe, onde tudo se diz, onde sobre qualquer coisa se opina.

É no andar de baixo das redações, no entanto, que as preocupações parecem doer mais fundo. A maneira como são veiculadas as informações sobre esta crise imensa que engole o Brasil constrange uma enorme parcela dos jornalistas.

Digo de coração, porque é a minha percepção. Pode estar errada, mas é a minha percepção.

A esta crise, digamos, "qualitativa", soma-se uma outra, "quantitativa", que também castiga a imprensa. Nos últimos oito anos, se a memória não falha, onze jornais sucumbiram no país ao avanço da internet.

Deixaram de circular "Tribuna da Imprensa", "Gazeta Mercantil", "Jornal do Brasil", "Jornal da Tarde", "O Estado do Paraná", "O Sul", "Diário do Povo", "Diário do Comércio", "Jornal da Paraíba", "Brasil Econômico" e "Jornal do Commercio" – os três últimos, ainda há pouco, neste 2016.

Nas últimas semanas, "O Dia", do Rio, controlado pelo grupo português Ejesa, demitiu uma leva de profissionais de muita competência. Um deles, Aziz Filho, seu diretor de redação.

Aziz fez no "O Dia" um bom trabalho. Saiu aplaudido da redação ao se despedir dos colegas. Uma cena rara. Já testemunhei algumas despedidas. A minha própria, entre elas. Sei que é.

Eu já devia ter escrito aqui sobre o Aziz, com quem tive a sorte de trabalhar no velho JB e também no "O Dia", em outro tempo. Porque, falando dele, falo de muitos jornalistas. De mim também.

Neste momento de tantos questionamentos ao comportamento da imprensa no Brasil, feitos inclusive por gente lá de fora, suponho que a razão dos aplausos recebidos pelo Aziz, em sua despedida, tenha sido seu empenho por manter o equilíbrio editorial do "O Dia" nestes dias difíceis.

A grande imprensa passa por um tempo grave. É o que penso. Com serenidade, é o que penso.

Um amigo não jornalista me perguntou por que não encontrou no "O Globo", principal jornal do Rio, qualquer linha sobre a presença de Dilma na cidade, quinta-feira passada, 2 de junho, no ato "Marcha das Mulheres em Defesa da Democracia".

Eu respondi:

– Não sei.

Mas, no fundo, eu sei, sim. Uma massa enorme de gente tem deixado de consumir jornais de papel, e não é não apenas por causa da internet. Faz isso também porque não encontra neles as notícias que gostaria de ler.

Ou as encontra com abordagens que a aborrece.

No mesmo dia da "Marcha das Mulheres", por exemplo, a principal notícia sobre a presidente foi o suposto pagamento de seu cabeleireiro com dinheiro sujo. Dilma negou, disse ter provas e prometeu processar quem veiculou a denúncia.

Notícias contra Dilma têm mais privilégios na grande mídia do que seus contrapontos. Não é preciso gostar dela pra se perceber isso.

Os reais motivos do pedido de impedimento da presidente – as tais "pedaladas fiscais" – só tiveram destaque na grande mídia nos momentos finais da consumação do seu afastamento. Até ali, só se destacava a corrupção apurada pela Operação Lava-Jato, como se esta fosse a razão legal do frenesi pelo impeachment.

E Dilma não é acusada de qualquer gesto ilícito nas papeladas do juiz Sérgio Moro. O nome do seu cabeleireiro ou o estilo do seu penteado, pelo que se sabe, não estão no processo.

Algo está errado quando uma presidente afastada vem ao Rio no auge da crise, participa de uma manifestação com milhares de mulheres nas ruas do Centro de uma das capitais mais celebradas do mundo, e nenhuma linha sai no principal jornal desta cidade.

Esta autocrítica será feita um dia. Tenho certeza. Será sim.

As faculdades de Comunicação ensinam que o jornalismo é feito de fatos. Opiniões, salvo exceção, cabem em artigos e editoriais.

Os adjetivos, se mal empregados, assim eu aprendi, são os piores inimigos da notícia.

E o mais grave dos adjetivos, acredito, é o não dito, mas que o silêncio, na sua contundência, revela.

Tereza Cruvinel - votos minguando fogo contra Dilma

O impeachment perdeu força no Senado a olhos vistos e a resposta foi imediata: fogo contra Dilma.  Como a acusação baseada em pedaladas fiscais e decretos orçamentários sem autorização legislativa foi questionada mundo afora e vem abalando a disposição de voto de senadores decepcionados com os rumos do governo Temer, a  nova ofensiva trata de vincular  Dilma à Operação Lava Jato.  As investigações são estranhas ao processo de impeachment mas como o "conjunto da obra" é sempre usado para justificar votos,  a semana terminou com uma maré de denúncias tentando jogar Dilma no petrolão para acelerar e facilitar o ato final. Algumas delas.  

 A revista IstoÉ circula neste final de semana com a notícia de que, segundo delação de Marcelo Odebrecht, Dilma teria conversado com ele pessoalmente sobre o pagamento de uma "propina" eleitoral  no valor de R$ 12 milhões em 2014. Metade seria para o pagamento do publicitário João Santana, que trabalhou para sua campanha,  e metade para o caixa eleitoral do PMDB. "É para pagar", teria dito Dilma. Até onde se sabe, a delação da Odebrecht ainda está na fase preliminar entre os advogados da empresa e a força tarefa da Lava Jato, que exige a participação de seu pai, Emílio Odebrecht.

Vazamentos da delação premiada de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobrás bancado pelo PMDB, relacionados com Dilma,  foram fartamente destacados pela mídia. Ele afirma que ela teria tido pleno conhecimento dos riscos embutidos na compra da refinaria de Pasadena, inclusive das cláusulas do contrato que disse desconhecer.  Em segundo plano ficaram  informações muito mais graves de Cerveró.  Entre elas a de que a construção de uma termelétrica no Rio foi contratada a uma empresa ligada ao filho do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.O  colunista de O Globo Merval Pereira saiu-se com algo mais insólito: o suposto pagamento de despesas pessoais, como a do cabeleireiro pessoal de Dilma, com recursos derivados do esquema do petrolão. Dilma vai processá-lo, bem como ao jornal.

 Faltam provas e evidências de tudo isso, e a delação de Marcelo Odebrecht, como dito acima, ainda nem tomou a forma de depoimentos a termo. Não importa. A urgência agora é de evitar a virada de votos no Senado, que pode impedir o bloco golpista de obter os 54 votos para condenar Dilma, cassar seus direitos políticos por oito anos e efetivar Temer na Presidência. E a jato, antecipando o calendário do impeachment para que a votação ocorra sobre o impacto deste novo bombardeio.

 Mas como nem tudo neste golpe pode ser controlado, a semana terminou também com as revelações de Sergio Machado, de que pagou R$ 70 milhões em propinas a Renan, Jucá e Sarney, bem como outros valores a outros líderes do PMDB.

A implosão do partido de Temer, que deve ser também alvejado pela delação dos Odebrecht, quando de fato acontecer, alargará o buraco da crise política. Sem falar nos aspectos econômicos, como a contradição brutal entre o discurso de austeridade de Meirelles, os expensivos aumentos concedidos a funcionários públicos para evitar greves e conter o desgaste de Temer e a aprovação da desvinculação das receitas obrigatórias, a DRU, que levará a um encolhimento dos gastos com educação e saúde em 30%. 

Nesta marcha batida,  como dizem os baianos, em torno do buraco tudo será beirada. Elas podem até engolir Dilma e seu mandato mas engolirão também os pilares podres do sistema partidário e o próprio governo interino. O fogo vai subir muito nos próximos dias.

"Há dois movimentos caminhando juntos neste momento, em velocidades diferentes: a delação dos dirigentes da Odebrecht e o esforço do bloco de Temer para acelerar o ato final do impeachment da presidente Dilma, de modo que ele ocorra antes das revelações da empreiteira. Se elas tiverem a força e o alcance esperados, revelando todos os participantes do esquema "ilegal e ilegítimo de financiamento do sistema partidário-eleitoral do país", como anunciou a própria empresa em março, as condições para a condenação de Dilma podem ser definitivamente comprometidas", escreve a colunista do 247 Tereza Cruvinel; a jornalista lembra que "elas já se deterioraram muito por conta das bizarrices do próprio governo interino, ameaçando a consecução dos 54 votos necessários"

"Começa nesta quinta uma contagem regressiva crucial para o futuro do governo interino. Se mantida a previsão de votação final do impeachment pelo plenário do Senado no dia 2 de agosto, nestes 60 dias Temer terá que convencer o Brasil de que o país estará melhor com ele, que Dilma deve ser condenada, perdendo o mandato e os direitos políticos por oito anos, sendo ele efetivado para nos governar até 2018", afirma a colunista do 247 Tereza Cruvinel; ainda assim, ela pontua que o retorno de Dilma, embora prove que ela não cometeu crime de responsabilidade, não lhe dará as condições de governabilidade; "É nesta hora que terá de haver um acordo. Não um acordão secreto entre caciques, como o do impeachment, descrito por Jucá, para barrar a Lava Jato. Um acordo nacional, transparente, republicano, no qual todas as forças políticas aceitem zerar a disputa e chamar o povo a decidir nas urnas", defende

"Tem gravação com Temer? Esta pergunta assusta uns e excita outros. Tenha ou não tenha, o gravador ameaça a votação de agosto no Senado, para condenar Dilma e efetivar Temer como presidente", diz a colunista Tereza Cruvinel; ela também questiona o silêncio dos institutos de pesquisas sobre a aprovação popular – ou não – ao governo provisório; "Afinal, quando é mesmo que os institutos de pesquisa vão aferir a aprovação ao governo? Está demorando um pouco. Alô, Ibope e Datafolha, precisando de pesquisadores?", questiona