Clik no anúncio que te interessa, o resto não tem pressa...

Egito - Hosni Mubarak já era

Ele vai cair. E nós com isso?...

 

Vendo as imagens das manifestações que estão acontecendo agora no Egito, a conclusão é óbvia. O regime de Hosni Mubarak já era. É uma questão de tempo até que ele deixe o poder. Com a queda de Mubarak, cairá o pilar central da política externa dos Estados Unidos: a manutenção de uma clientela de autocracias árabes que garantem a Washington acesso ao petróleo e a segurança de Israel, não necessariamente nesta ordem.

É uma mudança extraordinária, historicamente tão importante quanto a queda do muro de Berlim.

Difícil imaginar como será o futuro governo do Egito. Com certeza não será um governo da Fraternidade Islâmica, que foi usada como espantalho por Mubarak para justificar sua ditadura. Aliás, quando a ideia vendida no Ocidente de que as massas árabes eram ignorantes e, portanto, não mereciam liberdade, se desfez, o Ocidente já tinha pronto o espantalho do "islamofascismo" para justificar regimes autoritários na região.

Quanto mais os Estados Unidos utilizarem a lógica da guerra para enfrentar o terrorismo mais ficarão parecidos com a Al Qaeda. Talvez agora, com a "queda" do Egito, descubram a política… Seria interessante que antes de atirar Washington se dispusesse a aprender.

Como disse o professor Nathan Brown à revista eletrônica Salon, a Irmandade Islâmica é um movimento conservador.

Não esperem, portanto, que ela pregue a expropriação dos ricaços egípcios. Nem que o futuro governo do Egito renuncie ao acordo de paz que fez com Israel.

O que causa desespero no Ocidente, nos Estados Unidos e em Israel é que, qualquer que seja o futuro governo egípcio, jamais será tão subserviente aos interesses estrangeiros quando se trata de:

1. apoiar ações militares ocidentais contra países árabes (Mubarak apoiou a invasão do Iraque pelos Estados Unidos);

2. apoiar ações antiterroristas que envolvam tortura (Omar Suleiman, indicado vice-presidente por Mubarak, foi no Egito o homem das "extraordinary renditions", sequestros praticados pelos Estados Unidos de suspeitos, entregues em seguida a autoridades locais para sessões de tortura);

3. apoiar a repressão e o cerco de Israel aos palestinos dos territórios ocupados (Mubarak se converteu em algoz dos palestinos de Gaza).

Como Helena Cobban escreveu na Salon, o establishment das relações exteriores dos Estados Unidos foi de tal forma sequestrado pelos interesses pró-Israel que o governo Obama parece titubear diante da crise.

O primeiro impulso é de tentar preservar no Egito o regime de Mubarak sem Mubarak (daí a escolha de Suleiman como vice).

Eu iria muito além da Helena sobre o governo Obama: independentemente de quem assessore o presidente americano, a influência dos Estados Unidos na escolha do sucessor de Mubarak será limitada, já que os Washington passou os últimos trinta anos na cama com o ditador.

Mas, como a ficha da decadência relativa de Washington no cenário internacional ainda não caiu por lá, assistimos a uma cobertura da mídia americana — e, na rebarba, da brasileira — que em alguns momentos leva em conta muito mais a opinião do governo Obama do que a dos próprios egípcios.

Em compensação, nós brasileiros temos motivos para comemorar: Celso Amorim e o Itamaraty se anteciparam de forma extraordinária a Washington, quando perceberam o impacto que o afastamento entre Israel e o governo islâmico moderado da Turquia teria naquela região.

A Turquia começou a desenhar um eixo com Síria e Irã, como Pepe Escobar reportou em artigo reproduzido aqui.

E o Brasil, no acordo nuclear com o Irã, além de defender para os iranianos o mesmo que quer para si, acabou fortalecendo suas credenciais de agente de soluções negociadas.

No fim das contas, o Brasil terá aberto — ao lado da Turquia — as portas para uma eventual acomodação entre os Estados Unidos e Irã, que a essa altura parece inevitável.

O certo é que a mudança de regime no Egito terá profundas consequências, especialmente se assumir um governo disposto a fazer valer o peso econômico, cultural e político do país na região de forma independente, nos moldes do que a Turquia vem fazendo.

Uma das consequências, além de evidenciar a dissensão entre Estados Unidos e Israel na questão palestina, será acelerar o projeto de Washington de reduzir sua dependência do petróleo do Oriente Médio, o que vem acontecendo gradativamente nos últimos anos.

Até por causa da relação custo/benefício, os Estados Unidos se voltarão crescentemente para o petróleo produzido na costa ocidental da África, na Venezuela e no pré-sal brasileiro.

Nem a criação do comando militar da África (Africom), nem a reativação da Quarta Frota aconteceram por mero acaso.

Faz todo o sentido, portanto, que a presidenta Dilma Rousseff tenha escolhido a Argentina para fazer sua primeira viagem internacional. A parceria com a Argentina é essencial para o controle do Atlântico Sul, da chamada Amazônia Azul  e para as futuras trocas comerciais com a África.

Fica faltando definir quais serão exatamente os termos da futura cooperação entre Brasil e Estados Unidos e a gradação da liberdade que exerceremos.

O PIG, logicamente, quer que a gente seja subalterno, que só dê palpite sobre a falta de democracia em Cuba e que não se meta nos negócios do Oriente Médio. É "muito longe", dizem.

por Azenha

Lula confirma participação no Fórum Social Mundial

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou a sua participação do Fórum Social Mundial, que acontece de 6 a 11 deste mês em Dacar, no Senegal.

Essa será a primeira viagem internacional de Lula após deixar a Presidência.

Ele irá ao país no dia 6 acompanhado do ex-ministro Luiz Dulci e do ex-presidente do Sebrae Paulo Okamotto.

A participação dele está prevista para o dia 7, quando ele irá participar de um painel sobre a África.

Representando o governo, irão os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), que representará a presidente Dilma Rousseff, Maria do Rosário (Direitos Humanos) e Luiza Bairros (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial).

A organização do evento convidou Lula em agosto do ano passado.

Também está prevista a presença de Evo Morales, e da ex-presidenciável francesa Segolène Royal.

Em sua 11ª edição, o evento volta ao continente africano depois do encontro em Nairóbi, no Quênia, em 2007.

No ano passado, o Fórum Social aconteceu em Porto Alegre e contou com a participação de Lula. Nos três anos anteriores, ele não havia comparecido.

Na oportunidade, o ex-presidente afirmou que Davos perdeu seu "glamour" especialmente depois da crise econômica global.

"Tenho consciência de que Davos já não tem o glamour que pensava ter em 2003", disse o presidente, referindo-se à cidade na Suíça que sedia o Fórum Econômico Mundial.

O Fórum Social Mundial foi criado como contraponto ao encontro em Davos.

No ano passado, Lula era esperado na Suíça para receber o prêmio de Estadista Global. Mas, por questão de saúde, cancelou a viagem.

Hum faraó a beira do sarcófago

129_156-mubarak-Reuters.jpgAnedota mais que atual, atualíssima...

 Hosni Mubarak foi falar às crianças de uma escola primária e, depois do seu discurso, ofereceu-se para um período de perguntas. Um rapazinho chamado Ramy levantou a mão e o Presidente egípcio interpelou-o: O que queres saber?

Ramy disse: Tenho 4 perguntas.

  1. Por que o senhor é Presidente há 29 anos?
  2. Por que nunca nomeou um vice-presidente?
  3. Por que os seus dois filhos, Gamal e Alaa, controlam a economia e a política do país?
  4. Por que o Egipto é um Estado miseravelmente pobre e o senhor não faz nada?

Nesse preciso momento, a campainha tocou e Mubarak informou as crianças que voltaria depois do intervalo. No regresso, retomou a conversa: Ok, em ponto estávamos? Ah, já sei... Na sessão de perguntas. Alguém quer perguntar alguma coisa?

Um outro rapazinho levantou a mão. Mubarak apontou para ele e pediu-lhe que se identificasse.

- Eu sou Tamer, respondeu o menino.

- E qual é a tua pergunta, Tamer?

- Eu tenho 6 perguntas:

  1. Por que é que o senhor é Presidente há 29 anos?
  2. Por que é que nunca nomeou um vice-presidente?
  3. Por que é que os seus dois filho, Gamal e Alaa, controlam a economia e política do país?
  4. Por que é que o Egipto é um Estado miseravelmente pobre e o senhor não faz nada?
  5. Por que é que a campainha tocou para intervalo 20 minutos antes do que é habitual?
  6. O que é que o senhor fez ao Ramy?

Leia mais Aqui

Público, jornal português

Os navegadores

Cada navegador de internet tem seu segmento de público especifíco.

De acordo com essa imagem que está circulando no Twitter, o atualmente pesadão Firefox é preferido dos nerds; já o Explorer é o que melhor agrada os seus pais (verdade!).

Por sua vez, o Chrome é usado pelos modernos e descolados. Já o Opera e o Safari é usado pelos boiolas e baitolas (hahahahaha) enquanto o Netscape ficou com os dinossauros da web.

E aí, o que você achou? A análise faz sentido? Qual o seu navegador preferido? Deixe sua opinião nos comentários!

por Vinicius Aguiari

Egito - Mobilização geral

Dezenas de milhares de manifestantes estão reunidos no centro do Cairo, capital do Egito, nesta terça-feira, na maior mobilização popular contra o presidente do país, Hosni Mubarak, desde o início da onda de protestos que já dura uma semana.

A manifestação convocada para esta terça-feira espera reunir 1 milhão de egípcios na praça Tahrir (ou praça da "Libertação"), epicentro dos protestos contra o regime de Mubarak, que está no poder há três décadas.

Manifestantes se reúnem no Cairo para pedir renúncia do presidente Hosni Mubarak
Foto: AP

Manifestantes se reúnem no Cairo para pedir renúncia do presidente Hosni Mubarak

Outra manifestação também foi convocada em Alexandria, a segunda maior cidade do país. Cerca de 50 mil protestam diante da mesquita Qaed Ibahum e da estação de trem localizadas na região central. Os manifestantes agitam bandeiras egípcias e pedem a queda de Mubarak.

A praça está cheia de barracas onde muitos manifestantes passaram a noite, desafiando o toque de recolher vigente desde sexta-feira e ampliado no sábado. Paralelamente às manifestações, um comitê das forças de oposição egípcias, que inclui o Prêmio Nobel da Paz de 2005 Mohamed ElBaradei, rejeitou o início de qualquer negociação com o regime enquanto Mubarak continuar no poder. Ele afirmou esperar que Mubarak renuncie até sexta-feira.

Helicópteros militares sobrevoam a cidade e soldados controlam os pontos de acesso à praça. Na segunda-feira, o Exécito egípcio prometeu não usar a força contra os manifestantes e reconheceu "a legitimidade das demandas da população", prometendo garantir "liberdade de expressão". O comunicado não especifica quais demandas os militares veem como legítimas - mas a principal reivindicação dos manifestantes é a queda do presidente Mubarak.

Segundo informações obtidas pela ONU, a repressão aos protestos, iniciados na terça-feira do dia 25, podem ter deixado 300 mortos, mais do que o dobro do balanço anunciado oficialmente até agora, de 125.

Os organizadores das manifestações também convocaram uma greve geral, iniciada na segunda-feira, em um país que já está praticamente paralisado: a Bolsa e os bancos estão fechados, postos de gasolina estão sem combustível e os caixas eletrônicos estão vazios. Além disso, trens deixaram de funcionar e o último provedor de internet em funcionamento, o Grupo Noor, teve seus serviços interrompidos.

Diálogo

Após a declaração do Exército sobre "a legitimidade das demandas da população", o governo propôs pela primeira vez dialogar com os manifestantes. O vice-presidente do Egito, Omar Suleiman, disse que Mubarak lhe pediu que inicie o diálogo com todos os partidos políticos, o qual incluirá temas como reforma legislativa e constitucional - exigências básicas feitas por manifestantes anti-Mubarak. As emendas constitucionais incluem reduzir restrições a candidaturas para a próxima eleição presidencial.

"O presidente me pediu hoje (segunda-feira) para manter imediatamente contatos com as forças políticas para começar um diálogo sobre todas as questões levantadas, e que também envolvam reformas constitucionais e legislativas, de um modo que resultará em claras emendas e num cronograma específico para sua implementação", disse Suleiman em um pronunciamento na TV.

Ainda na segunda-feira, Mubarak deu posse ao novo governo, substituindo um gabinete que havia sido dissolvido como concessão aos protestos antigoverno. O anúncio foi feito após os sindicatos egípcios convocarem uma greve geral no Cairo, Alexandria, Suez e Port Said.

A Irmandade Muçulmana, o grupo de oposição mais influente do Egito, rejeitou o novo governo e pediu que prossigam as manifestações para a queda do regime. "A Irmandade Muçulmana anuncia sua total recusa à composição do novo governo, que não respeita a vontade do povo", diz o grupo em um comunicado.

Na modificação mais significativa do gabinete, o ministro do Interior - encarregado das forças de segurança internas - foi substituído. Um general de polícia reformado, Mahmoud Wagdi, foi nomeado no lugar de Habib el-Adly, que é amplamente rejeitado pelos manifestantes pela brutalidade mostrada pelas forças de segurança. 

A nova formação ministerial anunciada na televisão estatal incluiu autoridades leais ao regime de Mubarak, mas não mantém vários empresários proeminentes que tiveram postos econômicos e idealizaram as políticas de liberalização econômica das últimas décadas.

Muitos egípcios se ressentem da influência dos milionários magnatas-políticos, que eram aliados próximos do filho do presidente, Gamal Mubarak, muito tempo considerado seu herdeiro político.

No novo gabinete, Mubarak manteve seu ministro da Defesa de longa data, Field Marshal Hussein Tantawi, e o chanceler Ahmed Aboul Gheit. O ministro há mais tempo no gabinete, o titular de Cultura Farouq Hosni, foi substituído por Gaber Asfour, uma figura literária amplamente respeitada.

O mais famoso arqueológo egípcio, Zahi Hawass, foi nomeado para o Ministério de Antiguidades, um novo posto.

Com IG, AP, BBC, Reuters, EFE e AFP

A invasão dos tablets

Sensação da maior feira de eletrônicos do mundo, onde foram apresentados mais de 80 novos modelos, os tablets deverão movimentar US$ 25 bilhões em 2011
0,,44326147,00.jpg  Há 4 décadas, a CES - Consumer Electronics Show -, maior feira de produtos eletrônicos do mundo, presenteia os amantes de tecnologia com as principais tendências do mundo hi-tech.

A cidade de Las Vegas, nos Estados Unidos, recebeu em janeiro ao menos 120 mil visitantes, que foram atrás das novidades apresentadas pelos principais fabricantes do mundo.

A CES de 2011 trouxe os mesmos personagens da feira do ano passado, mas agora com papéis de peso na trama. Os computadores tablets, coadjuvantes até 2010, viraram protagonistas. Foram exibidos mais de 80 modelos, que vão brigar em um mercado estimado em US$ 25 bilhões, segundo o banco J.P. Morgan.

Os tablets ganharam até um sistema operacional do Google feito sob medida, o HoneyComb (ou Android 3.0), presente nos principais aparelhos.

A tecnologia 3-D, que reinou no noticiário de tecnologia há um ano, tornou-se aquele galã que ainda causa suspiro em parte das telespectadoras. Chegaram novas TVs, filmadoras e aparelhos de Blu-ray que usam a tecnologia.

Assim como os tablets, os smartphones tornaram-se ainda mais fortes. Eles aparecem com processadores com dois núcleos (chamados dual-core), mais potentes, e até agora usados só em computadores. As telas estão maiores e suas câmeras mais potentes, capazes de gravar vídeos de alta definição. Tanto os tablets como os smartphones foram lançados com a tecnologia de redes 4G, que transmite dados, como arquivos de música e vídeo, com velocidade maior que o 3G atual. A feira mostrou ainda a nova geração de processadores para computadores das duas maiores fabricantes de chips do mundo, a Intel e a AMD.

Entre os figurantes, que sempre deixam o roteiro mais interessante, apareceu a tecnologia automotiva, que colocou computador de bordo no retrovisor do carro.

O suspense ficou por conta dos livros eletrônicos, como o Kindle. Se participaram de antigos episódios, os e-readers sumiram misteriosamente.

Bruno Ferrari, de Las Vegas. Edição Multimídia: Raphael Fabeni

Uma pergunta não quer calar, mesmo que sua resposta pareça óbvia

 Por que PSDB, DEM e penduricalhos da oposição disputam com furor olímpico as direções de empresas públicas e  de órgãos da administração direta aquinhoados  com dezenas de bilhões no orçamento? E o Pig não diz nada? Vontade de colaborar para o desenvolvimento nacional? Oportunidade para a demonstração de possuírem técnicos de eficiência comprovada? Patriotismo e desejo de correção das desigualdades sociais?

Afinal, a briga está sendo de foice em quarto escuro para o preenchimento de diretorias das empresas e autarquias nos estados governados pela oposição.

Toda essa riqueza será destinada a umas tantas empreiteiras encarregadas de implantar obras variadas.  Será apenas para os partidos compensarem a ajuda recebida  durante as campanhas eleitorais? Ou...

Ou tem azeitona nessa empada, quer dizer, obras sempre  superfaturadas não farão apenas a alegria das empreiteiras, mas costumam gerar comissões monumentais estabelecidas pelos  dirigentes das estatais, repassadas em grande volume para os respectivos partidos e alguns de seus líderes.  Essas operações atingem uma infinidade de  outros setores, desde a prestação de serviços até a  aquisição de equipamentos, remédios, viaturas, navios  e muita  coisa a mais. Ou a construção de estradas, pontes, viadutos, estádios, aeroportos, portos e palácios.

Numa palavra,  a prática vem de longe, sequer interrompida nos governos do sociólogo e do torneiro-mecânico. Cada vez com mais intensidade,  pedidos, indicações e exigências do PSDB, DEM e de  outros partidos trazem  embutida  a mancha da corrupção explícita.

Os  governos federal,  estaduais e municipais, com  exceções, ou estão  mergulhados até o pescoço no lamaçal fisiológico ou fazem vista grossa para o banquete dos correligionários. 

A conta  do loteamento  vai para o tesouro nacional, ou seja, o contribuinte, porque a impunidade tem sido a regra. Já tivemos governos empenhados em acabar com a subversão, o atraso, a fome e agora a pobreza absoluta. Quando virá um disposto a extirpar a corrupção?
este texto é uma reestruturação do artigo de Carlos chagas [com pequenas modificações]. Original Aqui
Briguilino


Dilma indica Fux para o STF

A presidente Dilma Rousseff indicou Luiz Fux para ocupar a vaga de Eros Grau no STF.

A escolha será encaminhada ao Senado nas próximas horas. 

Ministro do STJ, Luiz Fux tem o apoio do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB).

A vaga estava aberta desde agosto de 2010, quando Grau se aposentou.

Estavam na bolsa de apostas para a 11ª cadeira Cesar Asfor Rocha (STJ) e Luís Inácio Adams, da AGU.

O STF retoma hoje suas atividades com a cerimônia de abertura do ano Judiciário. Terá ao longo de 2011 casos vitais para julgar: do escândalo do mensalão à constitucionalidade da Ficha Limpa.

O NOVO MINISTRO

Fux, 57, é filho de imigrante romeno, o advogado Mendel Wolf Fux.

Dá aulas na mesma instituição em que se formou em Direito, a UERJ.

Sua primeira incursão da advocacia, em 1976, foi na empresa Shell. Três anos depois, virou promotor de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

Emprego

Sua vaga também em 2011 no UOL

Empregos.com.br
Empregos.com.br
Empregos.com.br

Em 2011 você vai contratar os melhores profissionais em apenas 4 minutos.

O Empregos.com.br vai anunciar sua vaga para milhares de candidatos devido a parceria com o EmpregoCerto, classificado de empregos do UOL, maior portal de conteúdo do Brasil.


Empregos.com.brEmpregos.com.br   A sua vaga será divulgada simultaneamente no Empregos.com.br e no EmpregoCerto (UOL) sem nenhum custo.

Ligue para (11) 3531-3040 e anuncie sua vaga em menos de 4 minutos.

Se preferir, responda este e-mail com seu nome e telefone que um de nossos consultores entrará em contato com você.
Empregos.com.brEmpregos.com.br
   
Faça uma Busca Gratuita Anuncie Gratuitamente
Atenciosamente,
Marcia Vilas Boas
Supervisora de Captação de Vagas
e-mail: empresa@empregos.com.br
Empregos.com.br - você quer, você pode!


Congresso - Nova legislatura, um tempo especial para os petistas

Image


Hoje, posse dos 513 deputados federais e de 54 dos 81 senadores eleitos em 2010, é um dia especial para nós petistas. Pela 3ª vez, o PT foi o partido mais votado no país para a Câmara dos Deputados. Um reconhecimento de sua trajetória e conquistas - dentre estas, o governo do presidente Lula e a eleição da presidenta Dilma Rousseff. É uma inequívoca aprovação da sociedade e do povo brasileiro aos avanços e conquistas sociais, econômicas e políticas alcançadas nos últimos 8 anos de governo Lula.Continua>>>

Espoliação x Desenvolvimento

O interesse da Vale [acionistas]... e o do Brasil

A diretoria da mineradora Vale do Rio Doce, presidida pelo tucano Roger Agnelli, aprovou uma proposta de remuneração mínima aos acionistas - entre eles, alguns fundos de pensão do setor público - de US$ 4 bilhões para 2011. Segundo a notificação ao mercado, a 'remuneração mínima' de US$ 4 bilhões representa aumento de 60% em relação ao retorno 'mínimo' anunciado em 2010.

O Brasil exportou em 2010 cerca de US$ 28 bi em minérios.

A Vale foi responsável por  US$ 24,04 bi desse total, a um preço médio entre US$ 92,98 e US$ 100 a tonelada.

A montagem de uma fábrica de trilhos requer  investimentos da ordem de US$ 1,5 bilhão.

A 'remuneração mínima' aos acionistas da Vale  prevista  para este ano permitiria erguer uma fábrica de trilhos no país e ainda distribuir US$ 2,5 bi ao mercado.

Por que isso não ocorre? Porque o marco regulatório do setor autoriza a espoliação das riquezas nacionais sem contrapartida ao desenvolvimento. 

Um novo projeto regulatório deve ser aprovado no governo Dilma. A ver.

Jucás - serviço pago e não realizado

 Despesas feitas sem comprovação documental, uso de notas fiscais falsas e uma grande variedade de fraudes em licitações predominaram entre os problemas constatados pela Controladoria-Geral da União (CGU) nas 31ª e 32ª edições do Programa de Fiscalização por Sorteios.

No município de Jucás, a 414,1 km de Fortaleza, os fiscais da CGU detectaram que a Prefeitura pagou mais de R$ 600 mil por serviços não realizados.

A irregularidade foi verificada com recursos do convênio celebrado em 2006, entre a Prefeitura e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), para a construção de um sistema de abastecimento de água na localidade de São Pedro.

A Prefeitura alegou que a empresa vencedora para realizar os serviços foi notificada para realizar os serviços inacabados.

Os relatórios referentes aos municípios fiscalizados foram encaminhados, para as providências cabíveis, aos ministérios transferidores dos recursos.

Acontecimento

Aí estás tu à esquina das palavras de sempre
amor inventado numa indústria de lábios
que mordem o tempo sempre cá
E o coração acontece-nos
como uma dádiva de folhas nupciais
nos nossos ombros de outono
Caiam agora pálpebras que cerrem
o sacrifício que em nossos gestos há
de sermos diários por fora
Caiam agora que o amor chegou

Ruy de Moura Belo (São João da Ribeira, Rio Maior, Portugal, 27 de fevereiro de 1933 - Queluz, 8 de agosto de 1978) - Além de poeta, foi contista e ensaísta. Licenciado em Filologia Românica e em Direito pela Universidade de Lisboa, obteve o grau de Doutor pela Universidade Gregoriana de Roma. Também foi tradutor de Antoine de Saint-Exupéry, Montesquieu, Jorge Luís Borges e Federico García Lorca.

Egito

Irã ganha. Israel e States perdem...

As duas potências regionais mais afetadas pelo torvelinho no Oriente Médio serão Irã e Israel. A vida, tantas vezes, oferece estranhos paralelos e há muitas coisas em comum entre os dois adversários e desafetos intratáveis.

São dois países não-árabes, ambos curiosamente "estáveis" numa região sacudida num vendaval. Ninguém aponta dedo acusador a nenhum deles, como "mão oculta" ativa por trás do torvelinho que agita o país vizinho de ambos – nem os piores detratores. De fato, parece que os dois países foram surpreendidos pela torrente de eventos, sem saber como assimilar o indefinido e ainda inimaginável significado do que está acontecendo no Egito.
Os dois países são suficientemente espertos para saber que pequenas fagulhas iniciam erupções de dimensões vulcânicas – um trem blindado correndo da Alemanha para a Rússia; um sermão pregado por velho imã no exílio, nos arredores de Paris, à sombra de uma macieira; ou um policial cuja consciência o faça desobedecer ordens para atirar contra manifestantes numa rua de Tirana. E nenhum dos dois países pode adivinhar que segredos as ruas do Cairo ainda revelarão ao mundo.
Mas há também diferença fundamental entre eles. Para o Irã, tudo se resume a determinar o tamanho da vitória. Para Israel, trata-se de conter as perdas. E é verdade também que, se o vencedor não leva tudo, algo perde.
O Irã surfa a crista da onda
Teerã manifestou-se rapidamente em apoio ao levante popular no Egito. Foi a única voz a manifestar-se, solitária, na região. Círculos religiosos, políticos e militares manifestaram-se em Teerã, e o ministério das Relações Exteriores falou ("O Irã monitora os acontecimentos regionais", 30/1/2011, Press TV, Teerã, e em português em Redecastorphoto, em http://redecastorphoto.blogspot.com/2011/01/o-ira-monitora-os-acontecimentos.html).
A declaração mais significativa até agora veio do presidente do Majlis [Parlamento] iraniano Ali Larijani, que anunciou o apoio do Irã aos levantes populares na Tunísia e no Egito, descrevendo-os como "uma fagulha" para outros movimentos no Oriente Médio: "A tendência evolucionário dessa revolução regional surpreendeu os ditadores e a revolução dos livres de coração" transcendeu os limites do nacionalismo.
Alto comandante militar, comandante do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica, general Hossein Salami, ecoou os sentimentos: "O Egito é o coração do mundo árabe (…) e quaisquer mudanças ou revoluções sociopolíticas no Egito repetir-se-ão em muitos outros países islâmicos". Disse que o Egito havia-se convertido em quintal de Israel e "ponto de apoio geoestratégico para as políticas dos EUA para a África". Salami afirmou a afinidade ideológica do Irã com o levante do Egito, chamando-o "manifestação da Revolução Islâmica [de 1979] no Oriente Médio e no mundo islâmico".
O establishment religioso está evidentemente em estado de graça. O líder interino das orações das 6as.-feiras em Teerã, o aiatolá Ahmad Khatami, disse que os levantes significaram o nascimento de um "Oriente Médio Islâmico" baseado em princípios de religião e democracia.
Em declaração oficial, o ministério das Relações Exteriores do Irã disse que "As demonstrações no Egito, nação muçulmana, são movimento que visa à realização da justiça e a atender as exigências nacionais e ideológicas do povo egípcio." E aconselhou o governo de Hosni Mubarak a ouvir "a voz de sua nação muçulmana", a aceitar o "despertar islâmico" e a render-se às exigências do povo.
Para o ministro das Relações Exteriores Ali Akbar Salehi, "Hoje, o Egito e o povo egípcio servem-se da valiosa experiência de resistência da história contemporânea do Oriente Médio e começam a assumir o controle de seu próprio destino, exigindo o respeito que merecem pelo lugar que ocupam na Região." Disse ao Majlis que "O que vemos no Oriente Médio e no norte da África são nações que são potências regionais, vigilantes, inspiradas pelo ensinamento islâmico, um despertar do islã, buscando libertar-se pelas forças populares, da dominação de poderes hegemônicos e alcançar independência real" ("O Irã monitora os acontecimentos regionais", 30/1/2011, Press TV, Teerã, e em português em Redecastorphoto, em http://redecastorphoto.blogspot.com/2011/01/o-ira-monitora-os-acontecimentos.html).
Teerã estima que o Oriente Médio chegou a uma encruzilhada histórica e que, afinal, a ira popular despertou, contra os regimes autocráticos. Trabalha agora para estabelecer uma ponte de afinidades islâmicas com os levantes populares, mas sempre atenta para não exortar os povos árabes à revolta. Teerã aproveitará a oportunidade que surgiu para construir elos com seus vizinhos árabes e, assim, começar a quebrar o isolamento regional imposto pelos EUA.
Toda a situação geral na Região caminha em direção que favorece o Irã. Um governo patrocinado por Teerã já começou a trabalhar em Bagdá. No Líbano, um governo controlado pelo Hezbollah está assumindo o poder democraticamente em Beirute. Os documentos publicados pela rede al-Jazeera sobre negociações secretas entre o presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas e os EUA e Israel, faz aumentar a representatividade do Hamás como voz da resistência. O Irã mantém sólidos laços com a Síria. E há hoje entendimento que jamais se viu antes entre o Irã e a Turquia.
Por outro lado, o desarranjo que se vê no campo palestino e a fluidez dos eventos no Cairo são fortes obstáculos que impedem Washington de retomar qualquer processo de paz em futuro próximo ou previsível – o que significa que os inúmeros fracassos do governo Obama no Oriente Médio continuam absolutamente expostos, além da desconfiança declarada que inspira à rua árabe.
Também opera a favor de Teerã a evidência de que é tarefa do governo Obama lidar com as mudanças cataclísmicas que varrem toda a Região. A questão nuclear iraniana sai do centro do palco, empurrada para as fileiras finais, ante as novas prioridades que se impõem a Washington. Washington, doravante, estará soterrada nas tarefas de 'construção' do "Novo Oriente Médio".
Enquanto isso, toda a estratégia dos EUA para isolar o Irã na Região, construindo uma falange de regimes árabes "pró-ocidente" plus Israel esvai-se água abaixo. E a influência do Irã como potência regional tem chances de alcançar novo patamar qualitativo.
A Israel… resta do blues do Oriente Médio
Em Telavive o nervosismo é extremo, em claro contraste com o júbilo que se ouve em Teerã. Os israelenses, sempre tão falantes ao desdenhar os vizinhos árabes, estão mudos. Apostam e fingem que creem que o governo Mubarak sobreviverá, de alguma forma, à tempestade. "Mubarak não é Zine el-Abidine Ben Ali, [presidente deposto da Tunísia]. Há enorme diferença. O regime egípcio tem raízes profundas, inclusive no establishment da Defesa. O governo é forte o bastante para superar as dificuldades atuais".
Funcionário do governo de Israel disse à Agência France-Presse que "é interesse fundamental do Egito manter os laços privilegiados que o ligam ao ocidente, e manter a paz com Israel". Pesquisador israelense tomou posição de assumido retrocesso: "Ainda que a Fraternidade Muçulmana, que sempre criticou os 'laços ilegais' entre Egito e Israel, assuma o poder, o exército e os serviços de segurança egípcios farão oposição total, com todo o poder que têm".
Israel está obrigado a apostar todas as suas fichas no vice-presidente recém indicado, general Omar Suleiman (que foi chefe dos serviços de segurança e trabalhou sempre muito próximo do establishment de segurança israelense), que, na prática, está sendo entronizado sobre os cacos do regime de Mubarak.
Mas Telavive não se exporá a nenhum risco. Diplomatas israelenses no Cairo já foram discretamente evacuados por helicóptero e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ordenou que ninguém, dentro do governo, comente os acontecimentos no Egito. Nas palavras de um importante político israelense, "Israel nada pode fazer quanto ao que está acontecendo lá. Só podemos manifestar nosso apoio a Mubarak e esperar que os tumultos se esvaziem".
Israel não previu qualquer levante popular no Egito. Na 3ª.feira, quando já havia tumultos de rua no Cairo, o novo chefe da inteligência militar de Israel Aviv Kochavi, dizia em audiência na Comissão de Assuntos Exteriores e Defesa do Knesset (Parlamento) que nada ameaçava o governo Mubarak e que a Fraternidade Muçulmana não estava suficientemente organizada, de modo que ameaçasse o regime.
De todos, qual o pior cenário para Israel? Há medo, em Israel, sob vários formatos. Sem dúvida, o desafio estratégico é que pode acontecer de Israel ver-se em posição de agudo isolamento regional. Comentarista do jornal israelense Ha'aretz observou que "o poder cada vez mais fraco do governo de Mubarak deixa Israel em situação de extrema fragilidade estratégica. Sem Mubarak, já praticamente não restam amigos de Israel, no Oriente Médio; ano passado, foi o colapso da aliança entre Israel e Turquia. De agora em diante, será cada vez mais difícil, para Israel, depender de um governo egípcio cindido por lutas internas."
O tratado de paz de 1979 com o Egito, gerou não apenas dividendo de paz para Israel (porque permitiu que Israel fizesse cortes em suas despesas desproporcionalmente altas com a Defesa), mas também criou condições para que as forças israelenses pudessem concentrar-se no chamado "front norte" – Síria, Líbano e Irã – e na defesa das colônias nos territórios palestinos ocupados. Incertezas no Egito imporão novo envio de forças para o sul, sobretudo para o Corredor Philadelphi entre Sinai e Gaza, que os resistentes palestinos usam para abastecimento.
À frente o mar parece agitado. Algum novo regime que suceda Mubarak cooperará com Israel tanto quanto Mubarak – apesar da "paz fria"? Se a Fraternidade Muçulmana chegar ao poder no Cairo, o tratado de paz entre Israel e Egito virará relíquia histórica?
E, se a agitação alastrar-se pela Cisjordânia e atingir Abbas? Suleiman oferece a Israel um "canal oculto" [ing. "back channel"] para o Hamás. O fervor islâmico que cresce na região fortalece muitíssimo os dois "atores não estatais" que são a mais grave ameaça à segurança de Israel – o Hezbollah no Líbano e o Hamás. As mudanças políticas em Beirute fortalecem a mão do Hezbollah, da Síria e do Irã.
Além disso tudo, há a ameaça existencial de um surge iraniano. Os EUA estarão ocupados em tentar salvar a própria influência na Região. Pode acontecer de Washington ter de afastar os olhos, por um momento, de Teerã, para cuidar, dedicadamente de questões arroz-com-feijão – o canal de Suez, a transição política na Arábia Saudita, o petróleo, o Iraque, a retirada do Afeganistão e a obrigação histórica imperativa de tentar direcionar qualquer massivo levante popular na direção da democracia, afastando as massas de qualquer via islâmica radical.
Israel dedicou-se quase exclusivamente a atrair a atenção dos EUA para o processo de paz no Oriente Médio e para conter o programa nuclear iraniano. O plano estava dando certo, até que a crise política no Oriente Médio trouxe de volta a questão palestina para o centro da política regional. É o camelo dentro da tenda, que ninguém conseguirá não ver.
Pressão ocidental, sobretudo europeia, aumentarão muito e, a menos que se dê atenção à crise fundamental entre palestinos e Israel, não haverá estabilidade durável no Oriente Médio, e os interesses ocidental estarão gravemente ameaçados. Pode acontecer de Israel não poder prosseguir facilmente com suas políticas racistas e antiárabes.
O coração da questão é que os interesses de EUA e Israel divergem muito significativamente. Não há traço de "antiamericanismo" nos levantes, pelo menos até agora. Mas os regimes que vierem a estabelecer-se farão oposição séria ao apoio monolítico dos EUA a Israel, e não será questão de rotina. A principal preocupação de Israel será que as novas realidades no Oriente Médio talvez obriguem os EUA a reprogramar sua visão regional.
Não há, entre os encarregados de informar Obama sobre o fogo no Oriente Médio durante o fim-de-semana, nenhum especialista – Tom Donilon, Conselheiro de Segurança Nacional; Bill Daley, Chefe de Gabinete; Ben Rhodes, Conselheiro de Segurança Nacional; Tony Blinken, Conselheiro de Segurança Nacional do vice-presidente; Denis McDonough, secretário do Conselho de Segurança Nacional; John Brennan, assessor da presidência; e Robert Cardillo, diretor de Inteligência Nacional.
Como Helena Cobban escreveu em seu blog, é caso impressionante de "cegos guiando cego e cegos aconselhando cego" no Salão Oval ("Obama's know-nothings discuss Egypt", Helena Cobban, 28/1/2011).
É hora de convocar os "Arabistas do Departamento de Estado", até agora expulsos para o exílio das questões ideológicas, para substituir a equipe de conhecidos militantes pró-Israel que Obama nomeou como seus conselheiros.
M K Bhadrakumar, Asia Times Online

Commodities em alta

 Os preços das principais commodities agrícolas negociadas pelo Brasil tiveram nova alta em janeiro. Cálculos do Valor Data baseados nas médias mensais dos contratos futuros de produtos negociados na bolsa de Chicago (soja, milho e trigo) e de Nova York (açúcar, algodão, cacau, café e suco de laranja) mostram que todos encerraram janeiro com ganhos em relação a dezembro. As altas variaram de 3,57% (cacau) a 9,51% (algodão). Quase todos, com exceção do cacau, se valorizaram em relação às médias de janeiro do ano passado. No caso do algodão, as cotações dobraram.

A elevação dos preços dos alimentos e a instabilidade política que ela pode causar estimulam pressões pela criação de mecanismos de controle. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, enviou carta à presidente Dilma Rousseff na qual reitera que o G-20, sob sua presidência este ano, terá como uma de suas prioridades reduzir a volatilidade dos preços. A França caminha em direção a propostas de intervenção direta nos mercados, das quais o Brasil discorda.

A alta das commodities ajudou a deteriorar as expectativas de inflação. A previsão do IPCA subiu de 5,53%, na semana passada, para 5,64%, segundo o boletim Focus, do Banco Central.