Foi quando passei algum tempo fora do Brasil (e não foi preciso muito!) que pude experimentar minha ligação afetiva com a nossa língua. Escutar Português depois de dias só ouvindo e falando outras línguas era música para os meus ouvidos e coração.
Em um primeiro momento, pode não parecer óbvio, mas a língua é uma das principais manifestações culturais e identitárias. Isto significa que é possível conhecer muito de uma cultura pela sua língua. Visões de mundo e transformações de modos de viver e pensar podem ser identificados nas mais variadas construções linguísticas, sotaques, expressões, palavras e palavrões.
Mas um país não é feito de uma única língua. Segundo Gilvan Oliveira, professor e pesquisador na área da Linguística, no Brasil se estima que são mais de “210 línguas em uso por cerca de um milhão de cidadãos brasileiros que não têm o português como língua materna”.
E a Libras, a Língua Brasileira de Sinais, além de ser uma língua não oficial, pertence a uma modalidade de comunicação específica: é visual e espacial.
Apesar da Libras ter sido regulamentada em 2005 pelo decreto 5.626, ainda são muitos os enganos a seu respeito. Vamos esclarecer algumas questões recorrentes.