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Como a Bíblia e alguns cristãos tratam as mulheres


"Que as mulheres aprendam no silêncio a sua sujeição." São Paulo de Tarso

"Vós, mulheres, sujeitai-vos ao homem como ao Senhor." São Paulo de Tarso

"Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio." São Paulo de Tarso

"As mulheres estejam caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar; mas estejam submissas como também ordena a lei." São Paulo de Tarso

"Casamento de divorciados é uma praga social." Papa Bento XVI

"...alastra-se as feridas dos divórcios e das uniões livres." Papa Bento XVI

"O ministério sacerdotal do Senhor é, como sabemos, reservado aos homens." Papa Bento XVI

"...não se poderá oferecer mais espaço, mais posições de responsabilidade às mulheres." Papa Bento XVI

"Não há manto nem saia que pior assente à mulher ou donzela que o querer ser sábia." Martinho Lutero, reformador protestante

"As mulheres casadas, as crianças, os idiotas e os lunáticos não podem legar suas propriedades." Rei Henrique VIII, da Igreja Anglicana

"...a mulher é mais amarga do que a morte; quem é bom aos olhos de Deus, foge dela, mas o pecador será sua presa." Bíblia, Eclesiastes 7:27

"Por causa da formosura da mulher pereceram muitos: porque daí é que se ascende a concupiscência, como fogo." Bíblia, Eclesiástico 9:9

"Da mulher nasceu o princípio do pecado, e por ela é que todos morremos." Bíblia, Eclesiástico 25:33

"Deus disse também à mulher: eu multiplicarei os trabalhos de teus partos. Tu parirás teus filhos em dor, e estarás debaixo do poder de teu marido, e ele te dominará." Bíblia, Gênesis 3:16

"Se uma mulher, tendo usado do matrimônio, parir macho, será imunda sete dias." Bíblia, Levítico 12:2

"Se ela parir fêmea, será imunda duas semanas." Bíblia, Levítico 12:5

"Se um homem tomar uma mulher (sexualmente), e ela não for agradável a seus olhos por causa de algum defeito vergonhoso, fará um escrito de repúdio e a despedirá de sua casa." Bíblia, Deuteronômio

Sermão, pregação, discursos

A Sexagésima do Padre Antonio Vieira

1. O Islã afirma que a maior virtude de um mulçumano é ensinar o Alcorão aos demais. Os apóstolos de Cristo só pregavam aos Judeus, até que Paulo questionou e Pedro ouviu uma voz que lhe dizia o mesmo: pregue a todos. São Paulo e Santo Agostinho diziam que a salvação vem da fé, mais que da doutrina ou dos livros.

2. Só crescem as organizações que pregam, que saem de si para fora, para outros. Essa é a razão do crescimento do Islamismo e foi a do Cristianismo por séculos. Hoje, dentro do Cristianismo, crescem mais as Igrejas de pregação externa, como os Evangélicos, e menos as de pregação interna como -em geral- os Protestantes e Católicos. 

3. O mais importante pregador da Igreja Católica em língua portuguesa foi Padre Antônio Vieira, com seus Sermões, ouvidos, dentro e no entorno das Igrejas. Em seu famoso Sermão - SEXAGÉSIMA- Padre Antônio Vieira dá uma aula de como Pregar. Diz ele:

4. Um Sermão é constituído pela Pessoa (o pregador), a Ciência (doutrina), a Matéria (sobre o que se vai pregar), o Estilo de quem prega e a Voz (suas nuances). O fundamental num pregador é sua vida, seu exemplo. O que realmente semeia ao pregar é a ação. Para falar ao coração, são necessárias Obras. 

5. As palavras entram pelos ouvidos e as obras entram pelos olhos. Devemos pregar aos olhos com obras. O estilo há de ser muito fácil e natural. Por isto, Cristo comparou o pregar ao semear. Que diferente é o estilo violento e tirânico que hoje se usa ao falar. 

6. A queda é para as coisas, a cadência é para as palavras. As palavras são as estrelas; os sermões são a composição, a ordem, a harmonia e o curso delas. O estilo da pregação deve se mostrar distinto, e muito claro. 

7. O sermão há de ter um só assunto e uma só matéria.  Se se semeia muita variedade não se pode colher coisa certa. No sermão a variedade nos discursos deve nascer da mesma matéria. Como uma árvore que tem tronco, ramos, folhas, frutos, mas a matéria é uma só. Se tudo são troncos não é sermão, é madeira, se tudo são flores não é sermão, são ramalhetes...
            
8. O pregador há de pregar o seu e não o alheio. O alheio é bom para comer, mas não para semear.  Com armas alheias ninguém pode vencer. Não servem todas as línguas a todos, senão cada um a sua.
            
9. As palavras de Deus pregadas no sentido que Deus lhas deu, são palavras de Deus. Mas pregadas no sentido que queremos dar, não são.
          
10. Há sermões que são comédia e há os que são farsa (voz muito afetada, muito polida, requintar finezas, lisonjear precipícios...).
          
11. Sermões para gostarem ou não gostarem os ouvintes. Que médico repara no gosto do cliente?

A exploração da Cruz


O cristianismo adotou a cruz como seu símbolo máximo e, desse modo, percorreu a história, influenciando as culturas por meio de sua imagem icônica e de sua mensagem redentora. A cruz, por meio da religião, se tornou num dos mais recorrentes, poderosos e importantes temas da história da arte.
Por temer retaliações, quando os primeiros cristãos surgiram, ainda na era pagã, desenvolveram uma comunicação própria, por meio de figuras e referências visuais que professavam a sua crença e lhes permitiam identificar-se entre eles. O principal destes símbolos era a cruz – um símbolo que aliás precedeu o cristianismo e também foi usada em outras religiões.
Por temer retaliações, quando os primeiros cristãos surgiram, ainda na era pagã, desenvolveram uma comunicação própria, por meio de figuras e referências visuais que professavam a sua crença e lhes permitiam identificar-se entre eles. O principal destes símbolos era a cruz – um símbolo que aliás precedeu o cristianismo e também foi usada em outras religiões.
Relíquias arqueológicas provam que a cruz é ilustrada pelo homem há muito tempo. Nas culturas celtas de países como o País de Gales, Escócia e Irlanda, são encontradas as cruzes de pedra celtas, datadas do século IX. Essas cruzes, com o tempo, tomaram adereços e detalhes complexos e nunca retratavam nenhuma figura humana. Alguns historiadores acreditam que isso se deve ao fato de que as sociedades celtas relutavam em esculpir imagens para adoração. As cruzes ainda podem ainda ser vistas em alguns locais desses países.Antes do cristianismo, a cruz já significava sofrimento e dor, pois antigamente os criminosos eram condenados à crucificação. Com a religião cristã a salientar o episódio bíblico, o tema ganhou força e foi aí que muitos artistas começaram a inspirar sua arte. Neste sentido, uma das maiores e mais perturbadoras obras é a pintura da Crucificação (1512-1516), de Matthias Grünewald, que se encontra no antigo mosteiro da cidade francesa de Colmar. A retratação do fato bíblico, feita por Grünewald em pleno Renascimento, parece uma obra da Idade Média, com influência gótica. É uma retratação brutal de um Cristo terrível, que reflete luto, agonia e aflição. O imenso quadro foi um marco na história da arte. cristo, crucificacao, cruz, historia, pintura, religiao, simbolo
© "Crucificação" de Matthias Grünewald (Wikicommons).
Ao longo do tempo, a figura da cruz se desenvolveu com a mesma tendência entre diversos artistas. A ilustração de Cimabue, datada do século 13, foi o primeiro passo para a arte moderna. O Cristo de Cimabue, que se encontra em Arezzo, Itália, enfatizava a simplicidade, envolto em dor e devoção. Já um dos trabalhos que foram plataforma do Renascimento é a obra de Giotto, na Capella degli Scrovegni, em Pádua. A Capela é inteira adornada de afrescos que enfatizam a emoção humana ao pé da cruz. São vários painéis que retratam a paixão de Cristo com uma admirável força dramática. cristo, crucificacao, cruz, historia, pintura, religiao, simbolo
© "Cristo" de Cimabue (Wikicommons).cristo, crucificacao, cruz, historia, pintura, religiao, simbolo
© "A Lamentação" de Giotto di Bondone (Wikicommons).cristo, crucificacao, cruz, historia, pintura, religiao, simbolo
© "A Crucificação" de Giotto di Bondone (Wikicommons).
A cidade de Florença acolheu as principais obras que retratavam a temática da cruz. E foi lá que o pintor Masaccio, com sua versão da Santíssima Trindade, de 1427, para a igreja de Santa Maria Novella, em Florença, introduziu a perspectiva. Essa obra é uma das pinturas mais influentes da história da arte, influenciando nomes como Michelangelo e Leonardo Da Vinci. Considerado o primeiro grande pintor do Renascimento, Masaccio foi muito influenciado por Giotto e, do mesmo modo, seus afrescos aludiam à emoção humana de Cristo na cruz. Masaccio, por sua vez, inspirou o monge dominicano Fra Angelico. Para estudiosos da arte, sua obra “A anunciação”,1437-1446, é uma luta evidente na qual tenta se distanciar do estilo gótico e medieval para dar lugar às ideias inovadoras do Renascimento. Mas seu principal trabalho com a temática da cruz foi em sua releitura da crucificação, 1441, na qual podemos verificar que as tradicionais figuras humanas foram substituídas por membros da ordem dominicana. cristo, crucificacao, cruz, historia, pintura, religiao, simbolo
© "A Adoração da Santíssima Trindade" de Masaccio (Wikicommons).cristo, crucificacao, cruz, historia, pintura, religiao, simbolo
© "A Anunciação" de Fra Angelico (Wikicommons).cristo, crucificacao, cruz, historia, pintura, religiao, simbolo
© "A Crucificação" de Fra Angelico (Wikicommons).
Uma das maiores contribuições para o Renascimento foi a técnica da pintura a óleo, a qual proporcionou uma maior ênfase no interior, dando uma melhor precisão de detalhes. Rogier van der Weyden, em Bruxelas, foi pioneiro em seus “Sete Sacramentos”, 1445. A crucificação ocupa o painel central e a obra idealiza a igreja como o centro da vida. Seu outro quadro, “A Descida da Cruz”, 1435 – 1438, é a maior pintura de Rogier – considerada realista e de extrema força emocional, como evidenciam as cores e detalhes. A obra é considerada um ponto alto do Renascimento. cristo, crucificacao, cruz, historia, pintura, religiao, simbolo
© "Sete Sacramentos" de Rogier Van Der Weyden (Wikicommons).cristo, crucificacao, cruz, historia, pintura, religiao, simbolo
© "A Descida da Cruz" de Rogier Van Der Weyden (Wikicommons).
O ilustrador Albrecht Dürer também criou várias versões da crucificação e deu novo tratamento ao tema no que se refere à luz e às cores da temática, como pode ser verificado em seus quadros “A Adoração da Santíssima Trindade”, 1511, e “Mantegna”, 1456-60. Essa nova estética veio de Veneza. Neste contexto está um dos artistas mais poderosos da arte sacra de república italiana: Tintoretto. Ele pintou enormes frescos na escola de São Roque – hoje um santuário artístico e ponto turístico. Sua versão da paixão de Cristo é colossal e lança um novo olhar sobre o episódio bíblico, caracterizado pela intensidade barroca. Foi considerado o responsável por uma nova era da pintura sacra. cristo, crucificacao, cruz, historia, pintura, religiao, simbolo
© "Adoração da Santíssima Trindade" de Dürer (Wikicommons).cristo, crucificacao, cruz, historia, pintura, religiao, simbolo
© "Crucificação - Mantegna" de Dürer (Wikicommons).
Em El Greco (1541-1614), a arte da cruz lembra o peso da espiritualidade severa de outrora, como na arte medieval. No entanto, o pintor rompe com a tradicional forma de perspectiva renascentista. Rembrandt (1606-1669) chega com força no movimento artístico e, como protestante, discretamente prenuncia o início de novos olhares sobre a temática. O pintor abusa do contraste entre luzes e sombras como uma metáfora acerca da luta entre a morte e a vida na cruz. cristo, crucificacao,<br />
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© "Crucificação" de El Greco (Wikicommons).
Com o passar dos anos, o Cristo representado nas cruzes tornou-se diferente – e de forma radical, com a ausência do Cristo na cruz. A Reforma Protestante, no século XVI, veio retratar uma cruz vazia – já que não adoravam um Cristo pregado a ela e sim um Cristo ressurreto, que venceu a morte na cruz. Este fato providenciou uma retaliação pela Contra-Reforma, que tem no espanhol Diego Velázquez (1599-1660) um dos grandes mestres. Ele ajudou a reativar a noção do Cristo pregado na cruz, de forma incisiva. Sua versão da crucificação de 1632 é solitária e intensa e, ainda hoje, é uma das mais conhecidas imagens de devoção do universo católico. cristo, crucificacao, cruz, historia, pintura, religiao, simbolo
© "Crucificação" de Diego Velázquez (Wikicommons).
Com o modernismo, a arte sacra ganhava olhares mais sutis do que a profundidade da contrição que algumas pinturas evocavam. Um dos principais expoentes da nova concepção da cruz na arte foi o modernista Marc Chagall (1887-1985). Ele fundiu os relatos bíblicos com os episódios antissemitas que viveu, em plena Segunda Guerra Mundial. A crucificação de Chagall não enfatizava a devoção e a contrição espiritual, mas a luta de um povo transgredido, como em “Crucificação Branca”, 1938. A cruz, em Chagall, era seu luto a favor dos judeus. cristo, crucificacao, cruz, historia, pintura, religiao, simbolo
© "Crucificação Branca" de Marc Chagall (Wikicommons).
Desde sempre, o cristianismo tomou frente dos costumes, dos comportamentos e da arte da sociedade ocidental. E a crucificação inspirou as várias interpretações da cruz de Cristo que influenciaram toda a estética cultural - muito para além da história da arte ocidental. A cruz se tornou - e é ainda hoje - um dos mais poderosos símbolos culturais de todos os tempos.