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A frase de hoje é de Suplicy

[...] A alegria que senti pela vitória da presidente Dilma, sobretudo pela votação nos Estados do Norte, Minas e outros me recompensou pela tristeza de não ter sido eleito"
  Eduardo Matarazzo Suplicy

Poesia dagora

A forma muda
As formas mudam
Os formatos também.

A aparência muda
As aparências mudam
A essência não!

Os sentimentos mudam.

O amor não muda
Porque o amor é essencial.

O amor é a essência da vida!


Prouni


Quanta babaquice, quanta falta de enxergar

Prouni criou milionários em troca de má qualidade na educação,  afirma sociólogo Wilson de Almeida

Que tem a ver o cu com as calças?

Ele prefere que pobre não tenha curso superior?

Ele defende a exclusão educacional?

Ele defende o sistema de castas?

Pelo que li da entrevista dele a Carta Capital (Aqui) essa é a conclusão.

Nada mais burro e elitista que os argumentos usados por esse pseudo intelectual

Paulo Nogueira - "Perder ganhando" é prêmio de consolação

Diplomação da reeleição da presidente Dilma Roussef

A grandiosa simplicidade de Dias Toffoli na diplomação

Tenho horror à retórica esclerosada e pomposa dos juízes do STF, um sentimento que se intensifica com aquelas togas medonhas que remetem a eras medievais.
Dito isto, o ministro Toffoli merece aplausos de pé pelas palavras simples, claras, breves e extraordinariamente oportunas com as quais encerrou a cerimônia de diplomação de Dilma.
“Não haverá terceiro turno na Justiça Eleitoral”, disse ele.
Foi sem dúvida o pronunciamento mais importante na carreira de Toffoli – sem os rococós intermináveis que são a marca dos votos dos juízes da Suprema Corte.
Ao avisar que não haveria terceiro turno, na condição de presidente do TSE, Toffoli na prática matou o terceiro turno que o PSDB pateticamente vinha tentando alimentar.
O capítulo mais grotesto dessa tentativa se deu pouco antes das palavras de Toffoli, quando o site do PSDB anunciou que estava pedindo à Justiça a diplomação de Aécio e não de Dilma.
Está certo que Aécio acredite na versão de que “perdeu ganhando”, um dos mais batidos prêmios de consolação já inventados pelos perdedores da humanidade.
Mas daí a reivindicar a presidência com um déficit de quatro milhões de votos em relação a Dilma é a chamada coisa de louco.
Como o bizarro pedido do PSDB foi feito pouco antes da diplomação, criou-se, entre os mais ingênuos adeptos de Aécio, a ilusão de que a qualquer momento da cerimônia pediriam a Dilma que se levantasse e cedesse o lugar a Aécio.
Quase tão bem-vindas quanto as palavras de Toffoli foi o silêncio de Gilmar Mendes, que decidiu não emprestar seu formidável prestígio a Dilma na diplomação.
Gilmar fez questão, no entanto, de que seu nome que inspira multidões fosse pronunciado.
Pediu a Toffoli que avisasse, publicamente, que ele não comparecera porque assumira um compromisso anterior.
Claro que alguém como Gilmar tem muitos compromissos mais importantes do que a diplomação presidencial.
Toffoli não disse onde estava Gilmar, mas juntando fios soltos é possível especular que ele estivesse mediando as negociações entre Obama e Raul Castro para a reaproximação entre Cuba e Estados Unidos.
Outra hipótese é que estivesse ajudando Putin a lidar com o dramático problema da desvalorização do rublo.
Que seria do mundo ocidental, e mesmo oriental, sem Gilmar?
Mas, mesmo sem ele, a noite de ontem teve uma dimensão que outras diplomações jamais tiveram.
E o responsável por isso foi Toffoli, justo Toffoli, tão criticado nas últimas semanas por Nassif por estar à frente de uma trama golpista de cunho jurídico ao lado de Gilmar.
Toffoli poderá fazer mil, um milhão de pronunciamentos no restante de sua carreira.
Nenhum deles, no entanto, terá a grandeza épica do de ontem.
Quanto ao não diplomado, minha mãe, com sua elegância intransponível,  me mataria se eu dissesse o que penso. Mas uma imagem que circula pela internet representa exemplarmente o papel de Aécio.
Peço licença a mamãe para reproduzir o que diz a imagem. É um diploma igual ao que Dilma recebeu. E está dito que ali que Aécio Neves foi solenemente diplomado CUZÃO, com maiúsculas.
Perdão, mãezinha, mas não encontrei no dicionário palavra que descreva melhor Aécio Neves.

Psdb - Vai ter terceiro turno sim

1º o filhinho de papai tentou rejeitar as contas da campanha da presidente reeleita
2º o filhinho de papai exigiu ser diplomado presidente do Brasil
3º o coitado desse filhinho de papai necessita ser internado

Caps nele.
Já!

Tucano é um pássaro qualificado, ladrão de ninhos

Wikipédia...por isso que Psdb escolheu eles como símbolo Psdb que retomar modelo de Fhc para pré-sal por Josias de Souza O senador Aloysio Nunes Ferreira (SP), líder do PSDB, protocolou no Senado projeto de lei que extingue o “regime de partilha” adotado sob Dilma Rousseff para a exploração das jazidas de petróleo do pré-sal. O objetivo do senador tucano é retomar a partir de 2015 ...Leia mais>>>

Tucano é ladrão de ninhos

Wikipédia...por isso que Psdb escolheu eles como símbolo

Psdb que retomar modelo de Fhc para pré-sal

por Josias de Souza

O senador Aloysio Nunes Ferreira (SP), líder do PSDB, protocolou no Senado projeto de lei que extingue o “regime de partilha” adotado sob Dilma Rousseff para a exploração das jazidas de petróleo do pré-sal. O objetivo do senador tucano é retomar a partir de 2015 o modelo de “concessão”, previsto em lei aprovada em 1997, sob Fernando Henrique Cardoso.
No regime de concessão, o preferido dos tucanos, a Agência Nacional do Petróleo, delega a exploração das reservas petrolíferas a empresas concessionárias. Que assumem os riscos e os custos do negócio e remuneram a União em dinheiro vivo. Pagam um bônus no leilão das áreas a serem exploradas, impostos, royalties e uma “participação especial” nos casos em que as jazidas se revelam muito rentáveis.
No regime de partilha, adotado pelo governo do PT para os campos do pré-sal, a União passou a ser a detentora exclusiva do óleo. E a Petrobras, a operadora única das jazidas. A estatal faz parcerias com outras empresas. Que ficam com uma parcela do óleo, entregando o resto ao governo. Prevalece nos leilões o consórcio que oferece mais óleo à União. De resto, criou-se uma nova estatal, a Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S/A, para cuidar da comercialização do petróleo e do gás.
A Operação Lava Jato reacendeu as críticas à sistemática da partilha. Alega-se que o protagonismo atribuído à Petrobras na exploração do pré-sal não orna com o cenário de borrasca que envolve a estatal. Sugada por um escândalo que faz suas ações definharem e abalroada por uma crise que puxa para baixo as cotações internacionais do petróleo, a Petrobras perde gradativamente a capacidade de investir.
É contra esse pano de fundo que Aloysio Nunes apresentou seu projeto. Na exposição de motivos, o líder tucano anotou: “Ao introduzir o regime de partilha de produção, o governo matou a nossa galinha de ovos de ouro, que é o petróleo do pré-sal”. O principal argumento do senador é o de que o capital privado foi desestimulado de investir no setor.
Aloysio realçou uma das exigências impostas às empresas. Segundo ele, os consórcios formados para explorar o pré-sal são administrados por um “comitê operacional” que tem metade dos membros indicados pelo governo, inclusive o presidente, que tem direito a voto e também a veto.
“Essa exigência não tem outra consequência senão a fuga dos investidores”, escreveu o líder tucano na sua exposição de motivos. “Nenhuma empresa séria, diante de uma Petrobras mal gerida, inundada por denúncias de corrupção, com enorme dificuldade de geração de caixa e sem demonstrar capacidade de explorar a imensa reserva petrolífera que é o pré-sal, apostará suas fichas em um investimento de alto risco e de longo prazo ao lado de uma empresa com tal situação de fragilidade”.

Chamem o Kamel, mais um furo para O Globo

Comentário sobre a postagem: 

Chamem o Kamel. Vai aqui mais um furo para O Globo

por Alberto Porem Jr

Acabo de descobrir que na Cooperativa agrícola de minha cidade, a cooperativa é formada por...agricultores!!!
Vários agricultores buscam seus financiamentos nesta mesma Cooperativa.
Mais ainda, a maioria da diretoria e conselhos é formada por agricultores
Tudo isto caracteriza que a Cooperativa Agrícola de nossa cidade é "aparelhada" por agricultores, inclusive sendo os filhos e parentes destes mesmos agricultores que trabalham como funcionários desta Cooperativa.





Professor Hariovaldo escrevendo no O Globo?

Reporcagem denúncia do O Globo:

Vaccari é vizinho de Lula em prédio no litoral paulista

Um furo espetacular, inacreditável, fantástico. O jornaleco informa que imóveis financiados pela Bancoop - uma cooperativa ligada a CUT - tem como proprietários pessoas filiadas ao PT.

Óbvio imaginar que brevemente teremos uma nova e sensacional reporcagem desse panfletinho dos Marinhos, denunciando em letras garrafais:

Aparelhamento do PT. Direção é composta de petistas 

Abaixo a babaquice que eles publicaram

de O Globo
 
Tesoureiro do PT é dono de apartamento no edifício em Guarujá, vendido por cooperativa que ele presidia
POR GERMANO OLIVEIRA
SÃO PAULO — O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, é proprietário de um apartamento no edifício Solaris, em Guarujá (SP), onde o casal Luiz Inácio Lula da Silva e Marisa Letícia Lula da Silva tem um tríplex avaliado entre R$ 1,5 milhão e R$ 1,8 milhão. Vaccari é acusado de estelionato em processo que tramita na 5ª Vara Criminal de São Paulo, referente ao período em que presidia a Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop), que vendeu, mas não entregou, apartamentos a cerca de 3.100 pessoas.
A Bancoop também comercializou os 122 apartamentos do Solaris, de 2006 a 2010, período em que Vaccari era o presidente da cooperativa. Na época, o prédio se chamava Mar Cantábrico. Como a obra passou por problemas, a Construtora OAS foi contratada em 2010 pela Bancoop para finalizar a construção.
Um apartamento no prédio custa, em média, R$ 750 mil. A lista com o nome de Vaccari como um dos proprietários está anexada ao processo na 5ª Vara Criminal, movido pelos mutuários da cooperativa que se sentiram lesados.
NOME CITADO NA LAVA-JATO
Vaccari também é investigado pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, como suspeito de ser o operador petista de esquema de recebimento de propinas por obras na Petrobras. Ele nega todas as acusações
Devido a irregularidades na Bancoop, Vaccari foi denunciado por estelionato pelo Ministério Público Estadual no final de 2010. Nesse mesmo ano, a denúncia foi aceita pela juíza da 5ª Vara Criminal, Cristina Ribeiro Leite Balbone Costa. Uma sentença no caso é aguardada para meados de 2015.
Procurada pelo GLOBO, a assessoria do tesoureiro do PT confirmou que o apartamento é dele, mas informou que Vaccari não comentará o assunto.
Segundo o advogado criminalista Luiz Flávio Gomes, não há ilegalidade no fato de Vaccari ser dono de um apartamento no condomínio construído pela Bancoop.
— Só haveria algo ilegal se o prédio tivesse recebido recursos oficiais — disse.
Além do casal Lula da Silva e Vaccari, outros petistas e ex-dirigentes da Bancoop têm apartamentos no Solaris. É o caso de Ana Maria Érnica, diretora financeira da Bancoop. Érnica também é ré por estelionato no processo na 5ª Vara Criminal. Os outros réus são: Edson Botelho Fraga, Letycia Achur Antonio, Henir Rodrigues de Oliveira e Helena da Conceição Pereira Lage.
MAIS PETISTAS PROPRIETÁRIOS
Também Heitor Gushiken, primo do ex-ministro do governo Lula, Luiz Gushiken, morto em 2013, é dono de apartamento no Solaris. Heitor negou qualquer privilégio na obtenção do imóvel. Ele disse ao GLOBO esta semana que quitou todas as prestações do apartamento à Bancoop e ainda teve que pagar mais R$ 160 mil para a OAS, que cobrou dos associados da cooperativa uma diferença pelo término da obra.
Simone Messeguer Pereira Godoy, mulher de Freud Godoy, tem apartamento no Solaris. Freud foi segurança do ex-presidente Lula e chegou a ter seu nome envolvido na compra do dossiê contra o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB), em 2006, no que ficou conhecido como escândalo dos aloprados.
Na época, Serra era ex-ministro da Saúde e disputava o governo de São Paulo contra o petista Aloizio Mercadante, atual ministro-chefe da Casa Civil. Os petistas tentaram comprar um dossiê com falsas acusações ao tucano. Lula, na ocasião, chamou os petistas envolvidos de aloprados.
A petista Marice Correia de Lima, cunhada de Vaccari, também é dona de um apartamento num prédio construído pela Bancoop. No último dia 18 de novembro, ela foi levada coercitivamente a depor na Polícia Federal de São Paulo, no decorrer da Operação Lava-Jato, para explicar por que recebeu R$ 244 mil da OAS.
Marice é proprietária do apartamento 193-A do Edifício Mirante do Tatuapé, no Bairro do Tatuapé, em São Paulo. Ela adquiriu o imóvel junto à Bancoop em 2006, quando o cunhado presidia a cooperativa.
No mesmo prédio do Tatuapé, os apartamentos de número 163-A e 173-A estão em nome da Central Única dos Trabalhadores (CUT), onde Marice trabalhou como colaboradora da Confederação Sindical de Trabalhadores das Américas. A confederação é ligada à CUT e também teve Vaccari como tesoureiro.
EMPREENDIMENTO NA MOOCA
Outro empreendimento edificado pela Bancoop é o Torres da Mooca. Nele, Mirelle Nóvoa de Noronha, filha da ex-secretária de Lula, a petista Rosemeire Nóvoa Noronha, é dona de um apartamento.
Rose, como Rosemeire é conhecida, foi chefe de gabinete do escritório regional da Presidência da República em São Paulo. Ela foi flagrada pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, em 2012, negociando favores em nome da Presidência e obtendo empregos para seus familiares no governo Lula, inclusive para a filha. O irmão de Rose, Edson Lara Nóvoa, também tem apartamento no prédio da Mooca.
Ainda têm apartamentos no prédio dois ex-assessores de Lula: José Carlos Spinoza, ex-chefe de gabinete do Escritório Regional da Presidência da República em São Paulo, e Rogério Pimentel, ex-assessor do gabinete pessoal de Lula.
O apartamento 174 do Torres da Mooca pertence a um outro personagem envolvido no caso dos aloprados: Osvaldo Bargas, ex-diretor da CUT.



Editorial, por Mino Carta

Gigollete em Estocolmo

Folha de S.Paulo está de parabéns: na sua edição de quarta 17 provou que o governo federal tem acentuadíssima vocação para mulher de apache, a gigolette que gosta de apanhar do gigolô. Ou se trataria de uma forma aguda da síndrome de Estocolmo? De todo modo, a reportagem desdobrada a partir da manchete da primeira página demonstra, com precisão de teorema pitagórico, que o governo cumula de favores aqueles que o denigrem ferozmente dia após dia.
O trabalho em questão, de página inteira no interior da edição, informa que entre os anos 2000 e 2013 as Organizações Globo ganharam 5,2 bilhões em publicidade das estatais e a Editora Abril mais de 500 milhões. A Folha faz questão de dividir a mídia nativa em dois campos. De um lado, a maioria das empresas, reunidas neste canto sem maiores esclarecimentos. Do outro, as “empresas alinhadas ao governo”, encabeçadas pela Editora Confiança, que publica CartaCapitalCarta na Escola e Carta Fundamental. E nós não passamos de 44,3 milhões.
Dirá o desavisado: alinhados e mal pagos. Vale aqui, antes de mais nada, uma reflexão. Que significa alinhado? No governo de Fernando Henrique, não vimos a cor de um único, escasso anúncio de estatal. E como se deu a nossa sobrevivência nos oito anos tucanos? Teria nos socorrido o ouro de Cuba ou de Moscou?
Apoiamos a candidatura de Lula em 2002 e 2006 e a de Dilma em 2010 e 2014, de acordo com uma prática comum em países democráticos e civilizados. Apoiamos, de início, e confirmamos ao longo do tempo, por razões larga e frequentemente esclarecidas aos leitores. Os governos de Lula e Dilma são pioneiros na realização de uma política de inclusão social muito bem-sucedida e de uma política exterior independente dos interesses do império americano, ambas vitais para o País. Em outros pontos, no decorrer desses 12 anos, fomos críticos severos. Por exemplo, em relação a uma política industrial ineficaz. Ou à rendição aos transgênicos. Ou a toda e qualquer medida econômica embebida em neoliberalismo. Quanto ao PT, de pronto consideramos, e sublinhamos, que no poder porta-se como os demais.
Ao listar os pretensos alinhados e ao não qualificar os demais, a Folha nos atribui o papel de jornalistas de partido e com isso fornece outra prova: como sempre, obedece aos seus naturais pendores e, no caso, manipula a informação e omite a qualidade dos demais, alinhados de um lado só, guiados pelo pensamento único enquanto, hipócritas inveterados, declamam sua isenção, equidistância, pluralidade. Ou seja, inventam e mentem.
Vale entender que na visão de CartaCapital, o problema número 1 é a herança de três séculos e meio de escravidão a manter de pé, até hoje, a casa-grande e a senzala. Eis a primeira razão do atraso do Brasil. Desde a precariedade de Educação e Saúde oferecidas à maioria até a falta total de um Prêmio Nobel. Desde a atuação de juízes dedicados à política em vez de fazer justiça até os oligopólios midiáticos. Desde a Ficha Limpa de Paulo Maluf até o enterro da Satiagraha. E este é um aspecto capital: jornalões, revistões, televisões e quejandos são os porta-vozes da casa-grande. De resto, é do conhecimento do mundo mineral que os patrões da mídia nativa são moradores remidos do edifício colonial, daí a naturalidade dos seus comportamentos. Ideológicos? Pois é, ideológicos. E depois dizem que a ideologia morreu...
Ressalve-se que uma parte conspícua da chamada classe média fica um degrau abaixo do mundo mineral em matéria de conhecimento, mas é claro a olhos mais treinados que deste profundo desequilíbrio social, a contrariar mesmo o capitalismo domesticado, conforme a definição do professor Belluzzo, brotam o instinto de predação, a impunidade dos graúdos, e a vexatória peculiaridade da democracia à brasileira. Pois inovamos Montesquieu, temos aqui Executivo, Legislativo, Judiciário e Forças Armadas, o inesgotável poder militar. Há quem sugira um quinto poder, o Mercado, o qual, no entanto, infesta o planeta todo, cada vez mais imbecilizado.
Até agora não entendi por que o governo convocou uma Comissão da Verdade para esforçar-se à toa em busca da própria e descobrir ao cabo que, desde a saída, estava decidida a confirmação da dita lei da anistia imposta pela ditadura. O resto da humanidade não sabe que crimes cometidos contra o gênero humano prescrevem, como está a ser sacramentado por aqui, e sequer imagina que a democracia possa conviver com um tribunal militar, habilitado a condenar o próprio relatório da comissão convocada pelo governo.
Mas não há trégua para nossos padecimentos. Surge quem proponha julgar a justíssima causa dos resistentes à ditadura. É como sustentar que, terminada a Segunda Guerra Mundial, caberia na Itália esclarecer ao mesmo tempo as responsabilidades de Hitler e Mussolini, em um canto, e dos partigiani da Resistência no outro. Ou na França, de Hitler e de Petain, e dos maquis. Só falta imaginar que, à margem do riacho, o cordeiro merece ser investigado tanto quanto o lobo.
O Brasil vive não somente uma crise moral, mas também a da razão. Talvez prepare o caminho para outra, maior e fatal. Algo é certo: o Brasil não está maduro para o jornalismo honesto.



Paulo Moreira Leite - A vitória dos bons princípios

Depois de passar meio século em operações sombrias para derrubar o governo nascido da revolução de Sierra Maestra por todos os meios a seu alcance, o império de Washington tomou uma medida de acordo com o estágio de civilização criado pela formação dos Estados Nacionais, lá pelos séculos XVIII-XIX: anunciou o reatamento de relações diplomáticas com Havana.
Num fato que chega a ser irônico, quando se recorda o papel do Vaticano ao longo dos séculos, coube ao Papa Francisco atuar com mediador das conversas secretas entre as partes.
Anunciado o reatamento de relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba tem uma utilidade suplementar no Brasil: coloca em seu devido lugar o anti-comunismo primitivo que fez uma grande aparição na da última campanha presidencial.
Tornou-se ainda mais agradável, agora, dar boas risadas diante do folclore diplomático que permitiu Aécio Neves, em pleno século XXI, atacar os “médicos cubanos” que tratam da população pobre do Brasil  como se fossem agentes disfarçados do Comintern dos Partidos Comunistas dos anos 30.
Mais divertido ainda é lembrar o tom de ironia provinciana, empregado para falar dos investimentos no porto de Mariel: “Finalmente a presidente Dilma inaugurou a primeira grande obra de seu governo, pena que em Cuba“.
Para os brasileiros, o porto de Mariel não foi apenas um bom negócio para  empresas envolvidas — será o principal ponto de vendas de Cuba para os Estados Unidos, que  irão crescer cedo ou tarde. Também ajudou a criar e manter empregos no Brasil  e acima de tudo traduziu uma visão diplomática acertada.
Apesar de seu caráter essencialmente risível, que a colocou de braço dado com os exilados de Miami, a postura do PSDB refletiu o conservadorismo de matriz norte-americana que tornou-se fonte recente de inspiração de largas fatias do partido. Nascida nos ninhos  à direita do Partido Republicano, essa visão alimenta o extremismo conservador dos exilados de Miami. Prega um tratamento agressivo do governo de Raul Castro, fecha portas a toda negociação produtiva e propõe o isolamento forçado do regime, inclusive pela manutenção de um embargo odioso, na perspectiva de uma restauração da economia de mercado capaz de eliminar vestígios e conquistas da revolução.
Numa postura em linha de continuidade com a escola diplomática civilizada, que prega o respeito a soberania dos povos como o princípio básico para a convivência pacífica entre países, o governo Lula-Dilma fez a aposta inversa.  Cansou de tomar porrada de sábios que dão plantão na TV.
Vê-se agora quem estava com a razão — num debate que tem raízes em nosso passado político, também.
O rompimento dos Estados Unidos com o regime de Fidel Castro sempre será  lembrado como um lance grave e decisivo na história do Continente. Está na origem do apoio de Washington ao ciclo de ditaduras militares latino-americanas, inclusive o golpe de 64 que derrubou João Goulart.
Convencido — de verdade — que a revolução de Fidel poderia transformar-se num exemplo a ser seguido em  países de maior peso geo-político e potencial econômico, quebrando o domínio dos EUA sobre a região, a Casa Branca deu um curso de natureza colonial a sua diplomacia, aos negócios e às operações militares. Formulou estratégias de desenvolvimento dependente.  Construiu programas para formação de lideranças políticas em suas universidades. Abriu o cofre para promover investimentos junto a aliados que se mostrassem fiéis e mobilizou agências de publicidade para garantir uma cobertura favorável nos jornais.
Acima de tudo, Washington abandonou os próprios pruridos democráticos, ajudando a erguer ditaduras notórias pela crueldade. O que estava em jogo, em toda parte, era enfraquecer a soberania de cada país — e era por esse critério que a Casa Branca escolhia aliados e inimigos.
No livro” João Goulart, “o historiador Jorge Ferreira explica que João Goulart não passou a ser considerado um inimigo regional por Washington em função de seu discurso à esquerda, nem por causa da reforma agrária, nem mesmo pelos interesses das empresas norte-americanas ameaçados pela lei de remessa de lucros. O problema, avalia o historiador,  ocorreu em 1962, um ano depois da fracassada invasão da baía dos Porcos, promovida pela CIA. John Kennedy “escreveu uma carta a João Goulart, propondo a invasão da ilha, com a participação do militares brasileiros.” Contrariado, Jango respondeu que o Brasil sempre reconheceu a todos os países “independente de seus regimes ou sistemas de governo, o direito de soberanamente se autodeterminarem.” Indo um pouco além, Jango insistiu no “legítimo direito de Cuba se defender de possíveis agressões, partissem de onde partissem.” Em função dos mísseis soviéticos, Jango concordou com o bloqueio militar a Cuba mas sua oposição a toda intervenção militar levou Kennedy a se afastar definitivamente do presidente brasileiro.  “A posição brasileira na crise dos mísseis foi intolerável para Kennedy,” escreve Jorge Ferreira.
Durante uma visita ao país, na mesma época, o Secretário de Justiça Robert Kennedy, irmão do presidente americano, propôs “financiamento em troca de alinhamento político.” Também disse que a Casa Branca temia que a política externa brasileira se tornasse “sistematicamente antiamericana”e, sem maiores pudores, reclamou em tom de acusação que Jango mantinha “comunistas” no governo. Também mostrou-se preocupado com o esforço do governo brasileiro em ampliar seu comércio com países do bloco socialista. Ofendido,  Goulart deixou claro que eram assuntos que diziam respeito ao próprio país, “não comportando interferências de nações estrangeiras. ”
Medidas banais de cooperação de Jango, como uma estação de energia a óleo diesel que Goulart mandara de presente para os cubanos — uma espécie de porto de Muriel de meio século atrás, não é mesmo?  — reforçaram no presidente norte-americano a certeza de que o próprio Jango se tornara “um perigo para a segurança nacional” dos Estados Unidos.
Não custa notar que essa postura independente  não assegurou a Jango um tratamento preferencial por parte do governo cubano.  Uma das crises mais desconcertantes daquele período envolveu a descoberta de que, apesar dos gestos simpáticos do presidente, Havana sustentava, com armas, dinheiro e treinamento, grupos armados que pretendiam iniciar guerrilhas contra seu governo.
Foi nesse ambiente que Washington e Havana romperam relações diplomáticas. Carlos Lacerda, o  mais estridente adversário civil de Goulart, definiu a derrota da invasão da baia dos Porcos, apenas três meses depois da posse de Kennedy, como uma “catástrofe para o mundo livre”. Num texto escrito para apresentar um livro que reunia vários discursos do presidente americano, Lacerda apontou o dedo para Fidel e perguntou: “o que fazer diante deste provocador internacional?” Após o golpe de 64, como se sabe, o Brasil rompeu relações com Cuba, que só seriam retomadas após a democratização.


Não é difícil identificar as raízes ideológicas de quem passou os últimos anos no camarote de onde só partiam críticas a diplomacia brasileira, vamos combinar.
Cabe registrar, de qualquer modo, um dado interessante. Obama tomou posse falando em aproximar-se de Cuba e chegou a prometer novas relações no Continente num encontro diplomático em Trinidad-Tobago, um de seus primeiros eventos internacionais. Em seguida, recolheu-se à aquele universo morno que tem mercado seus dois mandatos.
O reatamento de relações diplomáticas merece aplauso, ainda que a preservação do embargo seja lamentável. A manutenção do presídio de Guantânamo, enclave para a guarda de prisioneiros sem julgamento, por anos a fio, é uma vergonha universal.
É obrigatório notar que, neste período, o Brasil consolidou-se como principal lider regional naquela parte da América que se encontra abaixo do Rio Grande.  Enquanto o México era aplaudido pela adesão ao Nafta, o Brasil ocupou um lugar próprio, reconhecido pelos principais vizinhos. Tornou-se interlocutor e mediador de conflitos, ocupando um espaço que a diplomacia norte-americana deixara vazio. Aproximando-se de Cuba, Barack Obama faz um novo movimento no tabuleiro do continente americano. O futuro dirá as consequências deste lance.

É flor


É inacreditavel como a mulher se parece com a flor. Fixemos uma flor. Sabemos o que é, como nasceu, e que morrerá. Mas nossa botanica não explica a frescura desse milagre; nem muito menos porque nos emociona. Podemos passar diante de uma casa de flores, e ver, e achar belas as flores. Mas a flor que de repente nasce no muro familiar, que adianta prová-la? É uma aparição; algo que traz do fundo da terra uma inesperada palavra de candor. Parece dizer: eis-me aqui. E não é apenas a brisa que a estremece: é a vida.

Rubem Braga 

Lista do juiz Sérgio Moro tem um tucano

- Exatamente um tucano que morreu faz tempo -
Nosso judiciário é de uma cretinice sem limites, cinismo nem se fala.
haja paciência para suportar tanta safadeza desses nossos togados que julgam-se deuses.
Corja!

Conversa Afiada
Segundo o Estadão, um dos selecionados pela Vara do Moro para receber a seletiva delação, na corrupção na Petrobras – como se sabe, o crime central é a cartelização da empresa privada – há 28 corruptos.

Sendo um único tucano.

É um morto !

O Sérgio Guerra que, na companhia de Álvaro Dias, o Catão dos Pinhais, teria abafado uma CPI da Petrobras nos tempos plúmbeos do udenista e Príncipe da Privataria.

Agora, a lista do Moro (ou será do Estadão ?) será encaminhada ao Procurador Geral da República, que além de nomear a Presidenta da Petrobras, poderá desconfiar dessa “seletividade” eleitoral e encontrar uns tucanos ali pelo meio, além do indigitado falecido.

Depois da denúncia do Procurador da República (da Republica e não da Casa Grande), caberá ao Ministro Teori, no Supremo, tratar dos políticos.

(Como se trata judicialmente de um morto ladrão ?)

Cabe ressaltar que na seletiva lista do Estadão consta outro falecido, o do jatinho sem dono, o Eduardo Campos, que deu a vez à Bláblárina, que também viajava no jatinho sem dono.

(Bláblá, por que você não vai para Nova York e fica lá de vez ? )

Mas, sobre a propriedade do jatinho, nem a PF do zé está interessada em descobrir.

Os delegados aecistas (e impunes) da pf do zé tem mais do que fazer…

Paulo Henrique Amorim



Conta de padaria - das boas

por Motta Araujo
- De bem intencionados o inferno está cheio, diz o velho e bom ditado popular -

As boas intenções das ilhas de poder autônomo que não respondem ao Estado, situação unica no planeta, não há Ministério Publico ou Policia independente que faz o que quer sem limite do Poder eleito, as ilhas de poder são braços do Estado, não são Reinos, nos EUA, democracia sólida,  Procuradores são nomeados sem mandato pelo Presidente e podem ser demitidos a qualquer momento,  vão levar o Pais a uma crise politica e econômica 500 vezes mais cara que as grandes propinas da Lava Jato. As prisões, os bloqueios de capital de giro, os confiscos de ativos, tudo isso produz mega efeitos.
1. PERDA DO VALOR CORPORATIVO E DE MERCADO DA PETROBRAS - Se a empresa se salvar será um paria corporativo, processada por todo lado, gastando suas energias, atenção da diretoria e esforços da gerencia para manter a cabeça acima da água, a primeira grande dificuldade sera captar dinheiro para rolar a divida de US$130 bilhões, a segunda conseguir dinheiro para o plano de investimentos, US$45 bilhões por ano, a terceira gerenciar os projetos que estão sendo desenvolvidos, há clima para isso? Veremos mas acho difícil.
Ao liquidar com diretores por tabela liquidam com a empresa, está ai para quem quiser ver, imagem corporativa é mais delicada do que reputação de mulher, trincada é dificil colar, a Petrobras virou a Geni da vez.
2. DESTRUIÇÃO DE EMPRESAS FUNDAMENTAIS - Ao prender com estardalhaço diretores, confiscar ativos financeiros, bloquear contas e principalmente QUEIMAR A REPUTAÇÃO DE EMPRESAS DE ENGENHARIA, que não são fabricas de camisas, são empresas que vivem da reputação e do currículo, a Lava Jato queima na fogueira boa parte da engenharia nacional e seu acumulo de capital técnico de 80 anos. As empresas fustigadas construíram as PRINCIPAIS USINAS HIDROELÉTRICAS, REFINARIAS, PONTES, RODOVIAS, METROS, ESTALEIROS, AEROPORTOS, PORTOS do Pais.
Tudo jogado na fogueira da Lava Jato, esse patrimônio empresarial não se refaz facilmente.
3. O CLIMA DE TERROR ROBESPIERRANO AFUGENTA OS EMPREENDEDORES DE NOVOS PROJETOS - Os empresários nacionais estão aterrorizados com a condução dessa operação.  SÓ PRENDARAM EMPRESÁRIOS, nenhum politico.
Ninguém quer mais se arriscar em disputar um edital de obra, de concessão ou de PPP. Dia seguinte pode ser preso. O terror é um sentimento emocional, irracional, , pode não acontecer mas o empresário vê seus pares presos por tempo indefinido, ninguém sonha mais em se arrisca e se puder vai embora do Pais.
Quanto isso vai custar ao Pais é incalculável, uma cicatriz que não vai colar facilmente.
4. A IMAGEM DO PAIS FICA MANCHADA PELO MENOS POR UMA DÉCADA - Empresas estrangeiras estão tirando o Brasil da lista de países a se considerar para investimento. A Lava Jato fixou a percepção de que aqui é igual aos piores paises africanos. As seguradoras não mais seguram  risco compliance Brasil. A mídia ajudou a criar essa imagem ruim do Pais, a mídia estrangeira deita e rola ao mostrar o Brasil como um covil de bandidos empresariais.
5. O CLIMA DE PESSIMISMO CRIA DESÂNIMO E PERDA DE CONFIANÇA NO PAÍS PELOS BRASILEIROS - A forma inquisitorial das prisões deixou um gosto amargo na comunidade empresarial, que é quem faz o Pais crescer.
Não é a turma do concurso publico que faz o Pais levantar o voo do crescimento, são os empresários, muitos não são santos mas SÃO eles que correm o risco dos empreendimentos, sem eles não há desenvolvimento, empregos, impostos. Pense em um Pais onde só existem funcionários públicos, todos salvacionistas, corretos e patriotas, eles e o povão, sem o dinamismo dos negócios que sempre tiveram irregularidades nas arrancadas, Brasilia jamais existiria se esses salvacionistas da moral prendessem os empreiteiros que construíram a capital, avôs dos da Lava Jato.
Os empresários fugiram, não querem mais correr o risco de ficar aqui, O Brasil acaba e isso pode acontecer.
O terror da Lava Jato é um mau negocio para o Pais que está paralisado enquanto a operação heroica não tem data para terminar. Robespierre no auge do Terror do Comité de Salvação Publica dizia que as punições não tinham data para acabar, ele era o mais puro e o único honesto, cortou a cabeça de 13.000 impuros, quase acaba com a França.
O Brasil pela herança portuguesa tem grande predileção por fogueiras inquisitoriais, os AUTOS-DA-FÉ que queima pecadores. É uma danação de nossa cultura, o povo que assistia com prazer as fogueiras queimarem os impuros era a versão primeira da mídia moralista de hoje esquecendo que os impuros tem pecados mas também tem sua longa lista de realizações que beneficiaram o Pais, cada empresa punida tem no minimo 500 obras no acervo, já os salvacionistas de terno, gravara e cabelo curto terão com dificuldade construído uma churrasqueira no quintal.
Nos EUA na época da construção das ferrovias, a maioria dos empresários eram escroques e malandros mas sem eles os Estados Unidos não existiriam, todas as arrancadas para o crescimento tem um ambiente de aventureirismo, golpes, jogadas, nenhum Pais cresceu a base de santarrões e santelmos, é preciso se arriscar muito e para assumir riscos não se acham moços limpinhos e de vida reta, por toda a Historia quem se aventura não é santo.
Os americanos são mais práticos. Quando se ia iniciar o processo para criminalizar o ex-Presidente Nixon, o seu sucessor Gerald Ford baixou Ordem Executivo (Decreto) ANISTIANDO o Presidente Nixon. O processo foi arquivado..
Porque? Porque o processo iria paralisar o Pais, não valia a pena, perdeu-se a vingança contra Nixon mas é melhor sepultar o pecado e ir em frente. No caso Lava Jato, multe-se, mudem-se as regras mas o excesso punitivo custará infinitamente mais caro ao Pais do que o dano que esse clima causa na alma brasileira que precisa de energia positiva para enfrentar os grandes desafios de criação de empregos que não estão nos cartórios mas sim nas empresas.



Tirinha do dia