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Parafraseando José Simão

  • A arca de Noé
  • Gradeado vira um presídio
  • Coberto de lona vira um circo
  • Com ou sem luz vermelha, é um puteiro
  • Se der descarga, boía muito detrito fedorento

Mídia criminosa

(...) A análise de 28 programas veiculados por emissoras de rádio e televisão em dez estados diferentes, ao longo de 30 dias, constatou que 1.936 narrativas possuíam violações. Entre elas: 
  • 1.709 casos de exposição indevida de pessoa; 
  • 1.583 de desrespeito à presunção de inocência; 
  • 605 de violação do direito ao silêncio; 
  • 151 ocorrências de incitação à desobediência ou desrespeito às leis; 
  • 127 de incitação ao crime e à violência; 
  • 56 casos de identificação de adolescentes em conflito com a lei; 
  • 24 registros de discurso de ódio e preconceito; 
  • 18 ocorrências de tortura psicológica e degradante, entre outros crimes.

Os números servem para comprovar práticas que podem ser observadas praticamente sempre que ligamos o rádio e a TV, especialmente no período do almoço ou no turno da tarde, já que, por serem considerados jornalísticos, os tais policialescos não são submetidos à classificação indicativa – permanecendo, assim, facilmente acessíveis às crianças e aos adolescentes. Poucas são as emissoras que não aderiram à fórmula que combina exploração de sensações (a começar pela dor de quem passa por situações violentas), merchandising e populismo. A estética (e, portanto, a ética) deles penetra também os tradicionais programas jornalísticos, inclusive porque estes passaram, na última década, a buscar responder ao crescimento da audiência daqueles.