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Terrorismo fiscal parte II


No final do ano Nassiff escreveu um post em seu Blog, “Para entender o jogo da Economia (http://goo.gl/EULAV).
Nele, procurou explicar os seguintes pontos:
  1. A lógica das mudanças econômicas, com as mudanças radicais em curso, redução de juros, melhoria do câmbio, estímulos ao crédito e investimento, ênfase nas obras de infraestrutura etc.
  2. Existe um período de adaptação das empresas ao novo quadro econômico, em que os resultados demorar para aparecer.
  3. Mudanças radicais não se processam com todos os problemas previamente equacionados. Coloca-se o barco para navegar e vão se corrigindo os problemas à medida em que surgem. O importante é não perder os fundamentos da economia.
  4. Finalmente mostrava a enorme dificuldade da Fazenda em explicar o todo. E que isso abriria campo para toda sorte de explorações, dos grupos que perderam com o fim da farra de juros e câmbio aos grupos que usam a economia para disputas políticas etc.
***
Ontem foi a vez de se instalar o terrorismo nas contas públicas.
Contabilidade pública é matéria complexa, que dá  margem a toda sorte de interpretações especialmente junto ao público leigo.
Mas há uma prova do pudim de fácil avaliação: a relação dívida líquida/PIB do país. Quando as contas públicas estão descontroladas, a relação aumenta; quando sob controle, a relação diminui.
No final de novembro, a dívida líquida representava 35,4% do PIB, contra 36,4% do final de 2011. Já esteve em mais de 50%.
É um feito expressivo, ainda mais levando-se em conta o baixíssimo crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e as isenções tributárias.
O restante é a chamada masturbação da contabilidade.