Sob crise, governo já injetou R$ 363 bi na economia

O Planalto e a Fazenda têm ojeriza pelo vocábulo "pacote". Brasília foge da palavra como o gato que, escaldado, esquiva-se da água fria.
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Em reação à marolinha, o governo prefere manusear o conta-gotas. Uma liberação de compulsório aqui, uma linha de crédito ali, uma mexida tributária acolá...

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De pacotinho em pacotinho, já se chegou a um pacotão. Injetaram-se na economia algo como R$ 363,3 bilhões. Deve-se o levantamento à equipe da
Agência Brasil.
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É a mão visível do Estado tapando os buracos cavados pela mão invisível do mercado. E o diabo é que parece não haver outro remédio.

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Até o FMI, velho defensor do torniquete fiscal, agora receita a abertura de comportas.
Ouça-se, a propósito, o diretor-gerente do Fundo,
Dominique Strauss-Kahn:
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"Estou particularmente preocupado com o fato de que nossa previsão, já muito negativa, vai ser ainda mais negativa se um estímulo fiscal apropriado não for colocado em prática".

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Ele se refere à economia mundial, não só à brasileira. De cara com o pior, ele diz que, para evitar o muito pior, seria preciso um superpacote equivalente a 2% do PIB global.

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Coisa de US$ 1,2 trilhão. Ou, em reais, R$ 2,9 trilhões.

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Escrito por Josias de Souza

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Depois vem lulopetista dizendo que a política econômica é diferente do que foi de 1994 até agora. Ou não entendem nada de econonomia ou, como sempre, mentem.

A "privataria" de Lula.

Editorial da Folha:
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O GOVERNO LULA fez o que já se esperava.
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Atendeu aos interesses de uma das empresas que mais doaram recursos para a campanha presidencial de 2006, a Andrade Gutierrez, e criou um virtual oligopólio nos serviços de telefonia em todos os Estados do país, com exceção de São Paulo.Não foi fácil. Muita "vontade política", para falar como o presidente, se fez necessária para impor aos consumidores brasileiros a compra da operadora Brasil Telecom pela Oi, que tem a Andrade Gutierrez como uma de suas principais controladoras.
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Havia a lei. Foi alterada. Era preciso dinheiro público. Foi concedido. Surgiram focos de resistência entre os membros da agência que regula o setor, a Anatel. Nomeou-se uma personalidade sem experiência na área para aprovar a fusão. O Tribunal de Contas da União estranhou o negócio. Opiniões foram mudadas -em questão de 24 horas.
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Os interessados tinham pressa. Se a compra não fosse aprovada até hoje, a Oi teria de pagar uma multa contratual de R$ 490 milhões à Brasil Telecom. O ministro das Comunicações, Hélio Costa, resolveu então levar ao pé da letra as suas atribuições. Comunicou-se. E foi assim que, depois de uma conversa com o ministro do TCU que resistia à operação, dificuldades de última hora foram superadas.
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A Oi se livrou assim do incômodo de pagar R$ 490 milhões e pode celebrar o que, mesmo a olho nu, parece ter constituído um excelente negócio.
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Já o contribuinte brasileiro não recebe maiores satisfações pelo fato de que muito mais dinheiro foi injetado pelo BNDES e pelo Banco do Brasil para possibilitar a transação. Do BNDES vieram R$ 2,6 bilhões. Do Banco do Brasil, R$ 4,3 bilhões. Fundos de pensão de estatais também foram convocados a participar da transação, cujo valor total se estima em R$ 12,5 bilhões.
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Isso tudo ocorre num momento de aguda necessidade de crédito nos mais variados setores produtivos. O novo conglomerado não criará novos empregos, pelo que consta. Ao contrário, nessa área, tudo se resume a seu compromisso de não realizar demissões até abril de 2011.
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Qual a justificativa do governo Lula para se envolver escancaradamente no negócio?
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Argumentou-se que, num mercado onde predominam empresas estrangeiras, seria estratégica a presença de uma grande operadora nacional de telecomunicações.
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Todavia, uma surpresa estava reservada para esse último capítulo. Descobre-se agora que não existem mais impedimentos a que a nova empresa seja vendida a grupos estrangeiros.
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Fecha-se, assim, o ciclo de uma espetacular sucessão de casuísmos, acomodações de interesses e jogadas clandestinas -na qual, diga-se de passagem, também a oposição parlamentar participou, quando chamada a intervir.
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O negócio está feito.
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Apesar da complexidade dos detalhes, não é difícil resumi-lo ao essencial. É um caso de compra e venda. Nada mais que isso.
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Comento: Todas as privatizações feitas na área das telecomunicações no governo FHC geraram uma receita, para o Brasil, de R$ 30 bilhões, além da transferência de uma dívida em torno de R$ 2 bilhões. Deste total, os fundos de pensão entraram com menos de R$ 2 bilhões.
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Reconhecidamente, a privatização das telecomunicações permitiram que o Brasil desse um salto para o futuro, impossível de ser dado através do jurássico sistema Telebras.
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No entanto, as "privatarias", assim denominadas pelo PT e por Lula, foram a principal bandeira contra a oposição mesmo na campanha presidencial de 2006. O que estamos assistindo hoje? A privatização da privatização, com uma diferença. Lula muda a lei para criar um monopólio privado, cujo dono é um dos principais doadores das suas campanhas e do seu partido. Os bancos públicos do Brasil estão bancando mais de 50% do negócio!
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E sabe o que a oposição está dizendo? Nada, pois um dos sócios é irmão do ex-presidente do PSDB e atual senador do partido que, inclusive, virou as costas para Geraldo Alckmin em 2006.
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FHC, por sua vez, em nenhum momento se manifestou contra o negócio. É assim que anda o Brasil.
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Alô, alô, seu Chacrinha, aquele abraço!
Postado por Coronel

Não podemos nos esquecer da contribuição dada pela Oi a família Lula da Silva através da Gamecorp.
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Realmente é uma verdadeira máfia se locupletando com o dinheiro do povo.

Empresa redigiu edital de licitação

Documento apreendido mostra suposta doação ilegal de R$ 100 mil ao prefeito eleito Oswaldo Barba, do PT
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De Bruno Tavares e Marcelo Godoy:

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A Home Care Medical Ltda. produziu contratos para as licitações de que participaria a fim de gerenciar a área de saúde de prefeituras em três Estados.

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A acusação é do Ministério Público Estadual com base em documentos apreendidos na sede da empresa suspeita de participar da máfia dos parasitas. Entre eles está o contrato supostamente produzido pela Home Care em nome da administração petista de São Carlos, que seria assinado pelo vencedor da licitação no município.
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A cidade é uma das 26 em que, segundo os investigadores do caso, a Home Care "investiu" em "ajuda" para "candidatos municipais apoiados pelos criminosos" nas últimas eleições. Planilha apreendida mostra, segundo a acusação, a suposta doação ilegal de R$ 100 mil a Oswaldo Barba (PT), o prefeito eleito da cidade. O contrato e a licitação fariam parte do toma-lá-dá-cá entre os empresários investigados e os políticos citados nos documentos encontrados na sede da Home Care, em 30 de outubro, em Guarulhos, na Grande São Paulo.

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Não passa um dia sequer que haja uma nova denuncia de corrupção envolvendo o PT. A máfia dos parasitas é o próprio PT. Um bando de parasitas que tomou Brasilia de assalto e rouba descaradamente os cofres públicos.
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Aposto que vai ter lulopetista defendendo a malandragem dizendo que no tempo de FHC... Será que estes malandros do PT não vão se convencer nunca que os crimes cometidos por FHC não justificam os crimes do PT?

Sairemos contra o PT, se necessário for, diz Ciro

O deputado Ciro Gomes (PSB-CE), 51 anos, segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto para presidente da República, diz que pode ser candidato a tudo e a nada, mas afirma que ficará contra o PT se entender que o interesse do partido de Lula não for o de servir ao país.
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Em reportagem publicada neste domingo pelo jornal "O Globo", Ciro afirma que "o que se vê hoje é uma remotíssima pista daquilo que provavelmente acontecerá" nas eleições.
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Até lá, prevê ele, haverá um cenário hostil para os aliados do governo Lula, por causa das mudanças na situação econômica do país que influenciará a disputa.

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- Vai influenciar a eleição porque a crise financeira internacional ainda não revelou nem superficialmente os seus efeitos sobre a vida do povo brasileiro. E os efeitos virão. Isso vai afetar o nível de avaliação do governo. Talvez, não da avaliação pessoal do Lula, que já revelou ter atributos intrínsecos que o identificam, com justiça, como um cara que faz o melhor que pode pelo povo brasileiro. Mas não será ele o candidato. A taxa de desemprego vai voltar a subir pela primeira vez; a massa salarial vai encolher. Certamente, isso terá um impacto hostil ao atual momento mágico de nossa relação com o povo - afirma.

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Ele prevê que o candidato apoiado por Lula terá 25% de chances e não faz coro com as afirmações do presidente Lula de que nenhum partido tem candidata melhor do que Dilma.

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- O presidente tem o direito de emprestar o capital político dele a quem ele entende. Agora, podemos não concordar com essa percepção.

Serra é favorito para 2010, mostra Ibope

De Carlos Marchi:

A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é insuficiente, até aqui, para garantir a eleição, em 2010, de um sucessor que seja de seu partido. Pesquisa fechada nesta semana pelo Ibope, a que o Estado teve acesso exclusivo, revela que o governador José Serra (PSDB), de São Paulo, lidera em todos os cenários.
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"O grande enigma de agora até 2010 é saber se Lula conseguirá transferir o apoio que hoje tem para seu candidato", afirma Márcia Cavallari, diretora do Ibope. Dilma Roussef (PT), a preferida do presidente, não chega a alcançar 10% do eleitorado nos diferentes cenários da pesquisa.

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Numa simulação contra Dilma, Ciro Gomes (PSB), Heloísa Helena (PSOL) e Cristovam Buarque (PDT), Serra teve 42%, mais do que a soma dos adversários. Num cenário hipotético com enfrentamento entre Serra e o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, o paulista ficou com 37%, seguido por Ciro, com 13%, em empate técnico com o mineiro (11%) e com Heloísa (10%). Aécio, como Serra, é do PSDB, mas há especulações sobre a possibilidade de ele disputar a Presidência pelo PMDB.

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No cenário em que enfrentou todos os atuais presidenciáveis, inclusive Aécio, Serra teve larga vantagem na Região Sul, com 46%, e desempenho equilibrado nas outras regiões - 37% no Norte/Centro-Oeste, 35% no Sudeste e 34% em no Nordeste.

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No cenário sem o governador mineiro, Serra alcançou 50% no Sul, 43% no Norte/Centro-Oeste, 42% no Sudeste e 37% no Nordeste.

EmPACalhado

Da coluna Painel:

Está parado no porto cearense de Pecém o Golar Spirit, navio da Petrobras com 75 mil metros cúbicos degás natural liquefeito. A carga, importada de Trinidad e Tobago, deveria ter sido desembarcada em setembro passado. Mas o terminal de regaseificação, obra do PAC inaugurada com pompa por Lula em agosto, até agora não entrou em operação.
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Enquanto espera, a Petrobras tem despesas com o arrendamento do navio e taxas portuárias que, segundo estimativas, chegam a US$ 50 mil por dia. A empresa reconhece o problema, mas, alegando cláusulas de confidencialidade, não confirma esse valor.

Termômetro

Da coluna Painel:

Em pesquisa encomendada pela Federação das Indústrias de Minas Gerais, 65% dos entrevistados declaram que votariam "com certeza" em Aécio Neves (PSDB) para presidente. Outros 20% dizem que poderiam votar no governador.
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Segundo o levantamento, feito pelo instituto Vox Populi de 29 de novembro a 7 de dezembro, 29% dos mineiros votariam com certeza num candidato recomendado por Aécio. Para 53%, esse apoio "é importante" e os levaria a considerar a possibilidade de votar no candidato. Minas é o segundo colégio eleitoral do país.

Quem paga o pato

Tudo bem que os americanos estão quase despejando dinheiro de helicóptero e já inundaram a economia, principalmente o setor financeiro, com trilhões de dólares do contribuinte, sem contrapartidas. Mas a ajuda às montadoras de veículos, que, finalmente, saiu nesta sexta-feira, tem regras e modos que deveriam ser lembrados e elogiados.

Para pegar o dinheiro, a GM e a Chrysler terão de apresentar um programa de reorganização de seu negócio. Até o fim de março, terão de mostrar o caminho das pedras para reduzir seus débitos em dois terços, e entabular negociações com a central de trabalhadores na indústria automobilística, para cortar salários e definir condições de emprego e trabalho. E, atenção para o detalhe: enquanto estiverem devendo ao governo, as empresas não poderão distribuir dividendos. Se a coisa falhar, vem a concordata e o governo se habilita, na frente dos demais credores, ao ressarcimento.

Em resumo, socorro com dinheiro público, só com o compromisso simétrico de todos os entes envolvidos – acionistas, executivos, trabalhadores.

Aqui, a proposta que surgiu até agora para enfrentar a redução do nível de atividades, patrocinada pelo governo Serra (o governador está mudo, mas seu secretário de emprego e relações do trabalho, Guilherme Afif Domingos, topou ser o mestre-sala da proposta e não se pode acreditar que não tenha combinado com o chefe), prevê um golpe na legislação trabalhista, a demissão na prática de trabalhadores, sem o pagamento de seus direitos, e o ônus para o governo de manter os “temporariamente” desocupados com uma extensão do salário-desemprego.

Em resumo, acionistas e executivos se beneficiam do socorro público e os trabalhadores pagam a conta. Depois, tem gente que não entende como o Brasil é um dos campeões mundiais de concentração de renda.

 José Paulo Kupfer

Puta e cabaré

O que me espanta é a mania de algumas pessoas de viver esculhambando o Brasil. Acho que essa gente chama a própria mãe de puta e considera seu lar um cabaré.

Depende de nós