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Nota do Instituto Lula sobre as novas revelações do The Intercept


O Instituto Lula sempre recebeu doações oficiais e registradas. Mesmo assim, foi alvo de uma investigação implacável, que durou anos e resultou em uma multa ilegal e milionária. Nesse período, o Instituto chegou a ser fechado por decisão judicial, o que foi corrigido pela própria Justiça diante da manifesta ilegalidade da medida.
Agora, surgem à luz conversas entre procuradores e juiz que, buscando atingir politicamente Lula e o projeto político que ele representa, combinaram proteger um adversário partidário em troca de seu apoio.
Mais do que isso, procuradores expressamente confessam nas conversas que impediram uma investigação em outro instituto porque isso causaria embaraço em sua perseguição ao Instituto Lula.
Diante dessas revelações, espera-se que as evidências sejam usadas para anular as injustas condenações contra o Instituto e contra o ex-presidente Lula.

Paulo Okamotto - Diretor-presidente do Instituto Lula

"As vezes caio, mas me levanto e sigo em frente, nunca desisto, porque a mão que me ampara não é a do cão, é a de Cristo" 
Vida que segue...

Novo capítulo da Vaza Jato

Terça-feira, 18 de junho de 2019
Lava Jato fingiu investigar FHC apenas para criar percepção pública de 'imparcialidade', mas Moro repreendeu: 'Melindra alguém cujo apoio é importante'

Um trecho do chat privado entre Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol revela que o ex-juiz discordou de investigações sobre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na Lava Jato porque, nas palavras dele, não queria "melindrar alguém cujo apoio é importante". O diálogo ocorreu em 13 de abril de 2017, um dia depois do Jornal Nacional ter veiculado uma reportagema respeito de suspeitas contra o tucano.

Naquele dia, Moro chamou Deltan Dallagnol em um chat privado no Telegram para falar sobre o assunto. O juiz dos processos da Lava Jato em Curitiba queria saber se as suspeitas contra o ex-presidente eram "sérias". O procurador respondeu acreditar que a força-tarefa – por meio de seu braço em Brasília – propositalmente não considerou a prescrição do caso de FHC e o enviou ao Ministério Público Federal de São Paulo, segundo ele, "talvez para [o MPF] passar recado de imparcialidade".

À época, a Lava Jato vinha sofrendo uma série de ataques, sobretudo de petistas e outros grupos de esquerda, que a acusavam de ser seletiva e de poupar políticos do PSDB. As discussões haviam sido inflamadas meses antes, quando o então juiz Moro aparecera sorrindo em um evento público ao lado de Aécio Neves e Michel Temer, apesar das acusações pendentes de corrupção contra ambos.

Moro – 09:07:39 – Tem alguma coisa mesmo seria do FHC? O que vi na TV pareceu muito fraco?
Moro – 09:08:18 – Caixa 2 de 96?
Dallagnol – 10:50:42 – Em pp sim, o que tem é mto fraco
Moro – 11:35:19 – Não estaria mais do que prescrito?
Dallagnol – 13:26:42 – Foi enviado pra SP sem se analisar prescrição
Dallagnol – 13:27:27 – Suponho que de propósito. Talvez para passar recado de imparcialidade
Moro – 13:52:51 – Ah, não sei. Acho questionável pois melindra alguém cujo apoio é importante

FHC foi citado na Lava Jato pelo menos nove vezes (1234 e 5678 e 9). Caso fossem investigados e comprovados, nem todos os possíveis crimes cometidos pelo ex-presidente estariam prescritos.

Naquele dia, antes de responder a Moro, Dallagnol encaminhou a dúvida do juiz para um chat em grupo chamado Conexão Bsb-CWB, no qual estavam procuradores das duas cidades. Foi de Brasília, onde o caso tramitava, que ele recebeu a resposta de que a documentação foi encaminhada a São Paulo sem a análise sobre a prescrição.

Dallagnol – 11:42:54 – Caros o fato do FHC é só caixa 2 de 96? Não tá prescrito? Teve inquérito? Sérgio Bruno Cabral Fernandes – 11:51:25 – Mandado pra SP
Sérgio Bruno Cabral Fernandes –11:51:44 – Não analisamos prescrição
Dallagnol – 13:26:11 – 👍👍😉

A acusação que Dallagnol classificou como "recado de imparcialidade" já era de conhecimento interno do Ministério Público desde o final de 2016, graças à delação de Emílio Odebrecht, que afirmou que deu "ajuda de campanha" a FHC para as eleições vitoriosas de 1994 e 1998. "Ajuda de campanha eu sempre dei a todos eles. E a ele também dei. E com certeza teve a ajuda de caixa oficial e não oficial", afirmou o empresário, falando sobre caixa dois. "[E]u dava e dizia que era para atender mesmo. Então vai fulano de tal lhe procurar, como eu dizia também para Marcelo, e eles então operacionalizavam. Ele me pediu. Todos eles." O valor dos pagamentos não foi divulgado.

O depoimento permaneceu em segredo de justiça até abril de 2017, quando foi enviado para ser investigado pela Procuradoria da República de São Paulo e virou notícia. Mas já nasceu morto: os fatos estavam prescritos, e a investigação não poderia terminar em uma denúncia formal. Foi arquivada pela Justiça três meses depois.

Essas revelações sugerem mais uma vez a parcialidade na Lava Jato, que tanto Moro quanto a força-tarefa negam veementemente. Na nota oficial divulgada pela força-tarefa em resposta à primeira série de reportagens do Intercept no último domingo, por exemplo, eles insistiram que seu trabalho sempre foi movido pela "imparcialidade da atuação da Justiça". Em entrevista ao Estadão na semana passada, o ministro Moro disse que não via "[n]enhum viés político nas mensagens que me foram atribuídas."

Mas, aqui, Moro estava explicitamente preocupado com investigações da Lava Jato contra um apoiador político de seu trabalho. E Dallagnol admitiu acreditar que outros procuradores da força-tarefa passaram adiante uma investigação que sabidamente não resultaria em processo, a fim de fabricar uma falsa percepção pública de "imparcialidade", sem, no entanto, colocar FHC em risco.

As conversas agora reveladas fazem parte de um lote de arquivos secretosenviados ao Intercept por uma fonte anônima (leia nosso editorial e entenda). Os arquivos publicados até agora mostram, entre outras coisas, que a Lava Jato sempre teve muita preocupação com sua imagem pública, e seguia conselhos informais do então juiz Moro, o que é ilegal.
 

'Porra bomba isso'


Para os procuradores, era importante incluir o PSDB no rol de investigados para acalmar o ânimo dos críticos. Eles já falavam sobre isso muito antes de Moro alertar Dallagnol sobre evitar "melindrar" FHC.

Em uma conversa no dia 17 de novembro de 2015, o procurador Roberson Pozzobon mandou uma sugestão em um grupo do Telegram chamado FT MPF Curitiba 2: investigar, num mesmo procedimento, pagamentos da Odebrecht aos institutos de Lula e FHC. "Assim ninguém poderia indevidamente criticar nossa atuação como se tivesse vies partidário", justificou Pozzobon. "A da LILS [empresa que agencia as palestras de Lula] vocês já sabem os indícios para a investigação, mas vejam essa fratura expostas da Fundação iFHC", disse ao grupo. Nesse caso – diferentemente daquele que virou notícia na imprensa sobre caixa 2 nos anos 1990 –, os pagamentos ao iFHC aos quais Pozzobon se referia não estariam prescritos, caso fossem propina.

Depois de comentar sobre o instituto de FHC, Pozzobon postou duas imagens no grupo.

A primeira é uma troca de e-mails de 2014 entre a secretária de FHC e dois interlocutores: um representante da Associação Petroquímica e Química da Argentina, a Apla, identificado como Manuel Diaz, e um empresário do ramo cultural, Pedro Longhi. A secretária fala para verificarem com a Braskem – empresa do ramo petroquímico controlada pela Odebrecht – qual a "melhor maneira para [a empresa] fazer a doação [para o iFHC]".

A secretária dá duas opções para o que ela chama de "doação". Uma delas seria fazer uma doação direta, ou seja, depositar dinheiro na conta bancária do instituto. A outra seria a contratação de um serviço não especificado. "Não podemos citar que a prestação de serviço será uma palestra do presidente", afirmou. Manuel respondeu que poderia fazer ser doação direta. Poucos dias depois, Helena Gasparian, então assessora de FHC, enviou outro e-mail à Braskem dizendo que o ex-presidente não iria comparecer ao evento.

A segunda imagem encaminhada por Pozzobon era de um laudo da Polícia Federal daquele mesmo ano, que mostrava que a Odebrecht havia feito pagamentos mensais que somaram R$ 975 mil ao iFHC entre dezembro de 2011 e de 2012.

Os policiais federais que fizeram o relatório explicaram que não foram atrás desses pagamentos ao iFHC porque os dados da Braskem não foram colocados à disposição deles. Mas ressaltaram: "É possível que outros pagamentos tenham sido feitos e não tenham sido encontrados" por causa das limitações dos dados ou caso tenham sido feitos por "meio de triangulação entre Grupo Odebrecht, o contratante do serviço (exemplo do evento APLA) e o Instituto Fernando Henrique Cardoso".

Após enviar as imagens, Pozzobon sugeriu ao grupo aprofundar a investigação sobre as doações. Ao contrário da investigação referente aos recursos recebidos nos anos 90, esses fatos, se investigados, não estariam prescritos e poderiam apontar caixa 2 em campanhas do PSDB. Os procuradores reagiram com empolgação:

Paulo Galvão – 20:35:08 – porra bomba isso
Roberson – 20:35:20 – MPF Pois é!!!
Roberson – 20:35:39 – O que acha da ideia do PIC?
Roberson – 20:35:47 – Vai ser massa!
Paulo Galvão – 20:35:51 – Acho excelente sim Robinho
Roberson – 20:36:47 – Legal! Se os demais tb estiverem de acordo, faço a portaria amanha cedo
Roberson – 20:38:08 – Acho que vale até uma BA na Secretaria da iFHC que mandou o email. Ela é secretária da Presidencia!
Laura Tessler – 20:38:36 – Sensacional esse email!!!!
Roberson – 20:38:48 – Mais, talvez pudessemos cumprir BA nos três concomitantemente: LILS, Instituto Lula e iFHC

A euforia durou pouco, e os procuradores começaram a ponderar que o caso teria chance de ser enquadrado apenas como crime tributário – e que os argumentos de defesa de FHC poderiam também ser usados por Lula. O argumento: Lula também poderia alegar que os pagamentos feitos ao Instituto Lula e à LILS, sua empresa de palestras, não escondiam propinas ou caixa dois.

Diogo – 21:44:28 – Mas será q não será argumento pra defesa da lils dizendo q eh a prova q não era corrupção?
Welter – 21:51:24 – 149967.ogg
Roberson – 22:07:24 – Pensei nisso tb. Temos que ter um bom indício de corrupção do fhc/psdb antes
Dallagnol – 22:14:24 – Claro
Dallagnol – 22:18:00 – Será pior fazer PIC, BA e depois denunciar só PT por não haver prova. Doação sem vinculação a contrato, para influência futura, é aquilo em Que consiste TODA doação eleitoral

Quase um ano e meio depois dessa conversa, o fim do sigilo da delação de Marcelo Odebrecht, filho de Emílio, mostraria que o esquema de remessa de dinheiro aos institutos de FHC e de Lula tinha um modus operandi semelhante. A Fundação FHC – ex iFHC – disse ao Intercept que os valores recebidos foram regularmente contabilizados e que "não tem conhecimento de qualquer investigação ou denúncia do MPF tendo por base as doações feitas pela Odebrecht".
 

'Dará mais argumentos pela imparcialidade'


No ano seguinte às conversas do procuradores, em 2016, FHC ainda apareceria em outras três delações (123). Em uma delas, ele apareceu na boca do operador ligado ao MDB Fernando Baiano, por causa do suposto beneficiamento da empresa de um filho do ex-presidente, Paulo Henrique Cardoso, em contratos com a petroleira. Em junho, o caso do filho de FHC foi mencionado no chat FT MPF Curitiba 3. A preocupação dos procuradores era, novamente, criar a percepção pública de imparcialidade da Lava Jato: 

Dallagnol – 09:54:59 – Viram do filho do FHC?
Dallagnol – 09:55:01 –  http://pgr.clipclipping.com.br/impresso/ler/noticia/6092614/cliente/19
Dallagnol – 09:56:20 – Creio que vale apurar com o argumento de que pode ter recebido benefícios mais recentemente, inclusive com outros contratos ... Dará mais argumentos pela imparcialidade... Esses termos já chegaram, Paulo? Esse já tem grupo?
Paulo Galvão – 10:00:38 – Chegaram vários do Cervero, mas não sei se esse especificamente desceu
Paulo Galvão – 10:00:59 – Nos temos de qq forma todos os depoimentos na pasta
Dallagnol – 10:24:20 – Algum grupo se voluntaria? Eu acho o caso bacanissimo, pelo valor histórico. E recebendo naquela época pode ter lavagem mais recente pela conversão de ativos ou outro método como compra subfaturada de imóvel o que é mto comum.... Seria algo para analisar
Paulo Galvão – 10:26:33 – Deixa ver antes se desceu. Pode ter sido mandado p outro lugar, como os que foram p o rio (e isso é um dos temas q eu quero tratar na reunião)

Três dias depois, no mesmo grupo, o assunto voltou a ser discutido.

Paulo Galvão – 11:42:39 – Mas vejo que, sobre o filho do FHC, é um termo que ficou no STF por conta do Delcídio e teria vindo para cá por cópia. É o mesmo termo que trata da GE, lembrando que a GE protocolou petição querendo colaborar e está fazendo investigação interna
Dallagnol – 12:04:38 – se veio pra cá, é nosso
Dallagnol – 12:04:40 – se veio pra cá com cópia, é nosso
Dallagnol – 12:04:46 – se pensaram em mandar pra cá, é nosso tb

Nós perguntamos ao Ministério Público Federal do Paraná, sede da força-tarefa da Lava Jato, quais são os ex-presidentes investigados e em que fase está cada um dos procedimentos. Também questionamos quais fatos envolvendo os ex-presidentes foram mandados para outros órgãos. Eles não responderam aos questionamentos e se limitaram a enviar as notas já divulgadas pela instituição, que dizem que não há ilegalidade nas trocas de mensagens reveladas pelo Intercept.

Em uma conversa com os procuradores Paulo Galvão e Carlos Fernando Santos Lima, em 20 de maio do ano passado, no entanto, Deltan Dallagnol relembrou quais foram os ex-presidentes investigados pela operação. Dilma Rousseff e FHC são os únicos que ficam de fora:

Dallagnol – 01:46:42 – CF, só tem 2 (ex) presidentes presos: Lula e Humala no peru
Dallagnol – 01:48:12 – Opa o Jorge Glas no equador tb
Dallagnol – 01:48:38 – No BR, vou considerar como investigados Temer, Collor, Sarey e Lula
Dallagnol – 01:49:07 – (excluindo Dilma e FHC - não lembro de investigações sobre eles fora o que tá bem sigiloso da dilma, sem conclusão)
 

Antes da publicação desta reportagem, o Intercept procurou as assessorias do ministro Sergio Moro, do MPF no Paraná e em São Paulo, da Procuradoria Geral da República e da Fundação Fernando Henrique Cardoso, antigo iFHC.

A PGR disse que não vai se manifestar.

A assessoria de Moro respondeu que ele "não comenta supostas mensagens de autoridades públicas colhidas por meio de invasão criminosa, que podem ter sido adulteradas e editadas e que sequer foram encaminhadas previamente para análise. Cabe esclarecer que o caso supostamente envolvendo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso nunca passou pelas mãos do Ministro, então juiz da 13 Vara Federal de Curitiba, sendo encaminhado diretamente pelo  Supremo Tribunal Federal a outros fóruns de justiça. Então, nenhuma interferência do então juiz seria sequer possível e nenhuma foi de fato feita". 

Já o MPF do Paraná, em um segundo contato, afirmou que "a divulgação de supostos diálogos obtidos por meio absolutamente ilícito, agravada por um contexto de sequestro de contas virtuais, torna impossível aferir se houve edições, alterações, acréscimos ou supressões no material alegadamente obtido." Para o MPF, os diálogos inteiros podem ter sido "forjados pelo hacker". Eles disseram também que "um hackeamento ilegal traz consigo dúvidas inafastáveis quanto à sua autenticidade, o que inevitavelmente também dará azo à divulgação de fake news", dizendo que há uma "uma agenda político-partidária" nas reportagens. 

Intercept reafirma que as reportagens da série são publicadas assim que produzidas, editadas e checadas dentro de princípios editoriais rigorosos, e que o material é autêntico. 

Na época em que foi citado na delação de Emílio Odebrecht, Fernando Henrique Cardoso disse que não tinha "nada a temer" e defendeu a operação Lava Jato. "O Brasil precisa de transparência. A Lava Jato está colaborando no sentido de colocar as cartas na mesa", afirmou. Ao Intercept, o ex-presidente disse, por meio de sua assessoria, que não teve conhecimento de nenhum inquérito ou denúncia relacionados à delação de Cerveró. Também afirmou desconhecer as menções sobre seu filho e a compra de votos nas eleições – por isso, "não sabe se teriam resultado em investigação ou denúncia". A única confirmada pelo ex-presidente foi a investigação que terminou arquivada.

Após a divulgação da primeira leva de reportagens sobre as mensagens secretas da Lava Jato, FHC fez uma defesa pública de Moro: "O vazamento de mensagens entre juiz e promotor da Lava-Jato mais parece tempestade em copo d'água. A menos que haja novos vazamentos mais comprometedores...", disse.

ACESSE A MATÉRIA E LEIA AS CONVERSAS NA ÍNTEGRA → 

Editor Contribuinte Sênior

A fábula do rato


Um homem entrou numa loja de antiguidades e se deparou com uma belíssima estátua de um rato. Bestificado com a beleza da obra de arte, ele correu ao balcão e perguntou ao vendedor:

- Quanto custa?
- A peça custa R$ 100.00 e a história do rato custa R$ 1.000.00.
- O quê? Mil reais a história? Vou levar só a obra de arte.

Alegre e satisfeito o homem saiu da loja com sua estátua debaixo do braço. À medida que ia andando, percebeu mortificado que inúmeros ratos saíam das lixeiras e bocas de lobo na rua e passaram a segui-lo. Correndo desesperado, o homem foi até o cais do porto e atirou a peça no mar. Incrédulo, viu aquela horda de ratazanas se jogarem atrás e morrerem afogadas. Ainda sem forças, o homem voltou para o antiquário e o vendedor disse:
- Veio comprar a história da estátua? 
- Não. Vim saber se você tem estátuas de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol pois assim posso limpar o judiciário e o ministério público.

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Por que Moro nunca quis ouvir Tacla Durán, propina?


Rodrigo Tacla Durán voltou ao centro do noticiário no fim de semana, quando novas escutas revelaram que Deltan Dallagnol articulava com os americanos para deflagrar uma operação que envolvia o ex-advogado da Odebrecht.
“Não é muito tempo sem operação?”, perguntou o então juiz Sergio Moro ao procurador Deltan Dallagnol em 31 de agosto de 2016, segundo o site The Intercept. “É sim. O problema é que as operações estão com as mesmas pessoas que estão com a denúncia do Lula. Decidimos postergar tudo até sair essa denúncia, menos a op do taccla [Tacla Durán] pelo risco de evasão, mas ela depende de articulação com os americanos (Que está sendo feita)”.
Os bastidores daqueles dias são contados por Tacla Durán no livro que ele começou a escrever depois que passou quase três meses no presídio Sotto Del Real, nos arredores de Madri, para onde foi levado depois que Sergio Moro expediu uma ordem de prisão contra ele.
O primeiro capítulo do livro ficou disponível na internet alguns dias, em 2017, tempo suficiente para que a imprensa tomasse conhecimento de sua existência e fizesse as primeiras reportagens sobre Tacla Durán.
Na série “A indústria da delação premiada”, realizada pelo DCM em parceria com o GGN, o conteúdo do livro foi divulgado e nele se lê que Tacla Durán prestou depoimento a autoridades americanas como colaborador.
Esta seria a razão pela qual as autoridades dos Estados Unidos se recusaram a cumprir o mandado de prisão assinado por Sergio Moro.
O depoimento dado aos americanos ajudou o Departamento de Justiça a fechar com a Odebrecht um acordo que previa a devolução de cerca de 2,5 bilhões de dólares, feito que a administração de Barack Obama celebrou como o maior já realizado com uma empresa estrangeira.
Tacla Durán viajou de Miami e Madri com seu passaporte espanhol, sem ser incomodado pela polícia de fronteira. Ele seria preso dois dias depois de chegar à capital da Espanha, no final de 2016, em razão de um novo mandado de prisão assinado por Moro.
O juiz brasileiro queria sua extradição, mas ela foi negada alguns meses depois, em razão da dupla nacionalidade de Tacla Durán — o pai dele é espanhol.
Tacla Durán, no entanto, já estava colaborando com a Justiça da Espanha e também com a de Androrra, país vizinho, onde a Odebrecht, e ele próprio, tinha contas.
Seus depoimentos ajudaram na investigação de pelo menos sete países, incluindo os EUA, mas, no Brasil, ele é tratado com muita hostilidade pela Lava Jato.
Qual seria a razão?
Uma possibilidade é a recusa de ter feito acordo de delação premiada nas condições que a Lava Jato queria. E que condições eram estas?
Tacla Durán exibiu extrato de sua conversa com o advogado Carlos Zucolotto Júnior, em que este teria pedido 5 milhões de dólares para fechar um acordo de delação premiada em condições favoráveis.
Zucolotto propôs que, dos 15 milhões de dólares bloqueados por Sergio Moro em Singapura, Tacla Durán ficasse com 5 milhões, desse 5 milhões à Lava Jato, de maneira oficial, como acordo para recuperação de ativos, e pagasse 5 milhões por fora aos advogados.
Tacla Durán confirmou essa história nas entrevistas que realizei com ele em Madri duas vezes. Procurei também Zucolotto, no escritório dele em Curitiba, mas ele se recusou a falar.
Outro ponto dessa história cabeluda foi revelado hoje pelo jornalista Jamil Chade, em reportagem publicada pelo UOL.
O jornalista, que mora em Gebebra, na Suíça, teve acesso a um documento enviado por advogados de Tacla Durán ao Ministério Público da Suíça, que investigava uma transferência suspeita de 612 mil dólares realizada por ele.
“Tacla foi extorquido e ameaçado […] e temor por sua vida o levou a pagar uma parte da extorsão. O advogado Marlus Arns, que recebeu o pagamento -dinheiro que é apontado como uma das justificativas para o bloqueio das autoridades suíças– já tinha trabalhado com a mulher do [ex] juiz Sergio Moro, sendo outro sócio o advogado Carlos Zucolotto Junior, que também foi sócio da mulher de Moro, e que hoje trabalha com lobista profissional”, dizem os advogados à Suíça, associando a extorsão ao tráfico de influência dentro da operação.
A ligação de Marlus Arns com Rosângela Moro foi descrita em reportagem publicada pelo DCM, feita em parceria com o GGN. que apontava o elo da Lava Jato com a máfia das falências do Paraná.
Os dois atuaram juntos na falência da GVA,  fábrica de placas de madeirit, em Guapuava, no Paraná. A falência da GVA é citada no livro Poder, Dinheiro e Corrupção — Os bastidores da CPI da Falências”, escrito pelo ex-deputado estadual Fábio Camargo, hoje conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.
Marlus também é advogado da Federação das APAEs do Estado, entidade da qual Rosângela Moro é procuradora. 
O elo não termina aí. O irmão de Marlus, Luiz Carlos, é dono de um curso de especialidade em direito à distância, onde pelo menos um integrante da Força Tarefa da Lava Jato deu aula.
É uma panela, da qual faziam parte Marlus, Carlos Zucolotto Júnior, Rosângela (e por extensão Sergio Moro), Deltan Dallagnol e outros procuradores.
O dinheiro transferido da Suíça para a conta Marlus Arns pode ser rastreado. Pode estar aí a explicação para a recusa sistemática do então juiz Sérgio Moro de tomar o depoimento de Tacla Durán, como testemunha arrolada pela defesa de Lula.

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Sucesso econômico


Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre encerrado em abril. A política econômica do super ministro da economia, Paulo Guedes é um fracasso, na comparação com o trimestre anterior teve uma queda de 0,9%. No andar da carroça chegamos o fim do ano com pib negativo, não seria nenhuma surpresa.

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Pra desopilar

Você está pesando cem quilos.
Se tivesse em Marte pesaria trinta e oito quilos.
Se tivesse em Plutão pesaria seis quilos.

Conclusão: você não está gordo, você está no planeta errado.

Magoou, viu?


Eu, petista da gema que brigou com parentes, amigos e vizinhos, por dizer que Sérgio Moro e Deltan Dallagnol eram picaretas. Aí aparece um tal de Gleen Greenwald, fala a mesma coisa e leva a fama, é?
Emanoel Messias
***
Papagaio come o milho e periquito leva a fama.

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Direito e Justiça

Nenhum ato praticado pelo Sistema de Justiça pode ser considerado legítimo se incompatível com a garantia constitucional do devido processo legal, incluindo a imparcialidade do juiz. O cruzamento das revelações do @TheInterceptBr com atos processuais é muito esclarecedor.

Zanini

Marcianos

- De todos os dados coletados
no planeta Terra, qual te chamou
mais atenção?
- Ele dá 
muitas voltas!

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