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Datafolha: Possibilidade da presidente ser reeleita no 1º turno aumentou

Zero, um, três, sete e agora  13  pontos.
Essa é a progressão da diferença entre Dilma Rousseff e Marina Silva segundo o Datafolha, desde os dias 28/29 de agosto. Ou seja, um mês atrás.
Será que ainda é possível negar o óbvio: que a candidatura Marina Silva está se desmanchando, depois de ter surgido como um foguete midiático que subiu tão vertiginosamente quando caiu o avião – até agora mal explicado, aliás – de Eduardo Campos?
E como negar que Dilma está subindo?
Vamos ter nove dias selvagens neste final de campanha eleitoral.
Vendo que não poderão manter Marina Silva ou subir Aécio Neves, todo o esforço da direita será o de impedir o crescimento de Dilma.
E aí virá uma chuva de denúncias, as mais abjetas.
Criminosas, mesmo.
Prepare o seu estômago.
por Fernando Brito - Tijolaço

Fetiche não se discute

Acontece que a hipocrisia humana não conhece nem mesmo os limites sexuais. Pensei sobre isso outro dia, quando ouvi um diálogo – no mínimo – revoltante. “Eu já fiquei com mulheres.” “Sério? (cara de babaca assustado)”. “Sério. Você não curte?” Curto, mas só com as vagabundas. Você é minha namorada.” Não preciso nem dizer que, a partir de então, ela não era mais a namorada dele.
É lamentável, mas muitas pessoas – muitas mesmo – ainda cultivam talvez o preconceito mais incompreensível de todos: o preconceito sexual.
Gente como o ex-namorado babaca da minha amiga. Gente que vê gang bang na internet mas discrimina swingers, que tem preconceito com lésbicas mas ainda acha que precisam de um pau entre elas. “Não curto, mas se eu puder participar…”  Gente que faz um sexo idiota e limpinho e vai dormir a ponto de explodir de tesão, sonhando com a putaria louca que, na verdade, queria ter feito. Gente que arregala os olhos cheios de preconceito ao ouvir o fetiche alheio, enquanto guarda o seu bem escondido – afinal, o que é que vão pensar?
Acontece que fetiche não se discute. Não se dosa, não se controla, como fazem o sex shop e a indústria pornográfica, ao tentarem de convencer que o que te leva ao auge da excitação é uma cinta liga vermelha e bem lavada. Talvez seja, tudo é possível. Mas é muito mais provável que, se você procurar bem, seja um ménage, uma chuva dourada ou outra coisa inimaginável que só você conhece.
Não dá pra dizer que o fetiche alheio é nojento, esquisito ou bizarro – ou dá, vai ver é mesmo. Mas e daí? Costumo dizer que todo fetiche pode te libertar ou te enclausurar, a depender de como você lide com ele.
Do mesmo modo, é preciso respeitar o fetiche do outro – especialmente do seu parceiro. Aliás, se o seu parceiro não tem fetiche, desconfie – ele provavelmente tem, mas não quer dividir com você. E se não quer dividir, tem alguma coisa muito errada entre vocês. Pessoas que compartilham sexo têm que compartilhar por completo – aceitar o outro com tudo que vem junto, seja um fio terra ou um simples drive in. Isso não significa uma obrigação absoluta de sair por aí fazendo tudo o que o outro quer. Fetiche é uma coisa tão intrínseca que talvez nem Freud explique, ainda menos essa humilde colunista que vos fala (que, afinal, é aprendiz de tudo nessa vida, inclusive de fetiches).
Isso significa – tão somente – dividir os seus desejos com a (s) pessoa (s) que você escolheu para realizá-los. É natural que você queira escondê-los quando tudo te emite sinais de que isso é nojento e estranho. Estranho pode até ser, a depender do ponto de vista. Mas é humano, instintivo, e até irrepreensível – porque nasceu com você. Você não precisou ir ao sex shop comprar a vontade de praticar voyeur, como comprou aquela sua fantasia de coelhinho.
Mas nojento, não. O tesão que um bom fetiche proporciona – acredite – elimina qualquer sensação de nojo, repulsa, e até de dor (os sadistas que o digam). É o seu espírito e a sua mente compactuando com os tais ‘prazeres da carne’ e te dizendo que não tem nada de errado com seus fluidos, seu suor, suas caras, suas bocas. Então, ao invés de entrar em crise com aquele seu fetiche incomum, obedeça os seus desejos – eles sabem o que fazem.


Nathali Macedo
Sobre a Autora
Atriz por vocação, escritora por amor e feminista em tempo integral. Adora rir de si mesma e costuma se dar ao luxo de passar os domingos de pijama vendo desenho animado. Apesar de tirar fotos olhando por cima do ombro, garante que é a simplicidade em pessoa. No mais, nunca foi santa. Escreve sobre tudo em: facebook.com/escritosnathalimacedo

Condenação da Veja, uma decisão histórica do TSE

Histórica, deveria servir de exemplo e funcionar como um freio a tantos e tão escabrosos abusos da mídia, a decisão tomada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de condenar a revista Veja a dar em sua edição desta próxima semana direito de resposta ao PT. Por unanimidade, o TSE condenou a revista ontem e o partido terá, assim, uma página para se defender de reportagem publicada na edição do último dia 17, em que teve seu nome associado a um leque de cédulas de dólares. O texto, que tratava de denúncias sobre a Petrobras, dizia que o PT usou o dinheiro para “comprar o silêncio de um grupo de criminosos”.

Não se tem precedente de decisão de tal importância e envergadura relacionada à mídia, desde que o Supremo Tribunal Federal (STF), então presidido pelo ministro Carlos Ayres Brito, ao revogar o entulho ditatorial que era a Lei de Imprensa, equivocadamente revogou também a legislação que regulamentava o direito de resposta.

Desde antes, mas com mais força a partir de então, vivemos sob uma ditadura dos donos dos jornais, revistas, rádios e TVs. Eles censuram abertamente, publicam e/ou noticiam o que bem entendem. Caluniam, difamam, injuriam à vontade. Organizam verdadeiras campanhas contra cidadãos, organizações e entidades – partidos ou não.

Na 1ª instância judicial, há temor do poder da mídia

Escolhem os temas que mais vão explorar geralmente de acordo com os interesses particulares, empresariais e políticos deles e criam, fomentam e destacam problemas e crises a seu bel prazer. Tudo sem nenhum direito de resposta, até porque os juízes de 1ª instância, infelizmente, temem a mídia e suas decisões. Decidem e sentenciam, em geral, na contramão dessa decisão tomada ontem pelo TSE.

Daí a importância e relevância dessa determinação da justiça eleitoral à Veja. Esperamos que o STF vá na mesma linha e dê ao cidadão ou entidade, pessoa jurídica de direito privado ou público o direito de resposta toda vez que nossos donos da informação usarem a concessão de direito público que receberam para fazer política e acumular poder e destruir biografias e vidas, a pretexto de combater a corrupção. Ou pior pura e simplesmente por interesses comerciais e de poder.

Nossa esperança, agora, é que os juízes de 1ª instância, daqui em diante, se pautem por essa decisão do TSE e cumpram a Constituição que como bem lembrou o ministro Teori Zavascki, estabelece de forma muito clara que o direito de expressão é composto, também, pelo direito de resposta, duas garantias constitucionais que asseguram a liberdade de imprensa.

Veja publicou “ofensa infundada” ao PT

No julgamento no TSE, ontem, o relator do processo, ministro Admar Gonzaga, reconheceu que a revista publicou uma “ofensa infundada”, pois não há comprovação do uso ilegal do dinheiro retratado. Reconheceu, igualmente, que o texto prejudica o PT em meio ao processo eleitoral. “A revista não comprova a ligação das pessoas com os dólares ilustrados. Houve extravasamento da liberdade jornalística”, disse o relator.

Em seu voto, o ministro Teori Zavascki ponderou que o direito de resposta não é uma punição, e sim uma forma de garantir a igualdade de manifestação de ideias durante o processo eleitoral. “Não se trata de uma sanção de qualquer espécie e não se trata também de contrapor o direito de resposta ao direito de liberdade de expressão. Pelo contrário, o direito de expressão, tal como plasmado na Constituição, é composto também do direito de resposta. É um direito constitucional de se contrapor”, explicou.

Já a ministra Luciana Lóssio lembrou a importância dos órgãos de imprensa no processo eleitoral e, por isso, precisam ter compromisso com a veracidade das informações veiculadas. “As informações trazidas têm que ser calcadas na realidade dos fatos. A matéria traz informações contundentes sem indicar fonte, como se as pessoas já tivessem sido julgadas e condenadas. O papel da Justiça Eleitoral de punir esses excessos é importante para o amadurecimento da democracia”, afirmou

Material tinha cunho eleitoral

Último ministro a votar, o presidente da Corte eleitoral, ministro Dias Toffoli, enfatizou que o TSE e o STF têm “nojo” da censura à imprensa. E citou decisão recente do ministro Luís Roberto Barroso, do STF, que liberou a circulação da revista “IstoÉ”, contrariando a decisão de uma juíza de Fortaleza.

“Apreensão é censura, não permitiremos jamais. A lei eleitoral veda a manifestação favorável ou contrária a candidatos pelos meios de comunicação social concedidos: rádio e televisão. Os meios de caráter impresso podem até dizer: ‘não vote em determinada candidata’. Isso é lícito. O que não é permitido é ir para a calúnia, ir para algo que não se sabe até que ponto é ou não verdadeiro. (Veja) transbordou para a ofensa”, disse Toffoli. Antes dos votos dos ministros, a defesa da revista argumentou que a reportagem era jornalística com conteúdo verídico – e, em nome da liberdade de expressão, não poderia haver punição alguma. O argumento não convenceu nenhum dos ministros.

Vamos regular a mídia

Em entrevista a blogueiros sujos, a Presidenta Dilma Rousseff afirmou que o Brasil não pode vê-la como vítima nesse período eleitoral. Ela, sem citá-la, se referia à candidata adversária Marina Silva (PSB). "Não posso dar ao Brasil demonstração de que sou vítima. Tem pessoa que gosta de aparecer como vítima. Eu não gosto", respondeu ao ser indagada sobre a eleição deste ano. "Eleição é briga de posições, é contrapor posição", disse nesta sexta-feira (26).

Na sabatina, Dilma defendeu o cumprimento da Constituição Federal de 1988 em relação à regulamentação dos meios de comunicação no Brasil. Para ela, há uma demanda pela regulação do setor. "A Constituição diz que os meios de comunicação não podem ser objetos de monopólio e oligopólio. Eu acredito que a regulação tem uma base, que é a base econômica. Acho que é um ganho da sociedade a liberdade de expressão, e vocês, blogueiros, representam isso", afirmou, ao ser questionada por Miro Borges, do Blog do Miro. E continuou: "Todo mundo percebe que é um setor que tem que ser regulado".

"Não é que eu não fiz nada. Ninguém regulou até hoje, mas está maduro para fazermos isso (a regulamentação.). Fica claro que as pessoas demandam", ressaltou a Presidenta para quem, o Brasil, neste quesito, tem algumas vantagens diante a  outras democracias. "No Brasil tenta confundir regulação econômica com controle de conteúdo. Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Não há bolivarianismo nisso. O país tem uma vantagem: temos uma ótima Constituição, que é moderna".

Dilma ainda citou características do país para justificar a intenção. Aqui, existem duas coisas na regionalização: diversidade regional e cultural. "Além disso, a mídia é um grande negócio. Se for oligopolizada, ela não dará conta da diversidade cultural que temos", ressaltou a petista, para completar: "É um setor como qualquer outro, tem que ser regulado."

A Presidenta mencionou exemplos de outros países que enfrentaram o problema. "Regulou-se nos Estados Unidos e voltou a concentrar, por isso é preciso sempre estar atento. Eu acredito que esse é um dos temas do meu segundo governo", finalizou Dilma sobre o tema.


Alisson Matos
, editor do 
Conversa Afiada.

Humorístas midiáticos, por Mino Carta

Há momentos de puro humorismo propiciados pela mídia nativa. No momento a Folha de S.Paulo celebra a instituição do ombudsman há 25 anos, de sorte a estabelecer a autocrítica dentro do próprio jornal. O Folhão se apressa a esclarecer, pomposo, que o exemplo não foi acompanhado pelas demais publicações brasileiras enquanto em vários países do mundo a prática salutar é adotada. O nome ombudsman, admito, me soa desagradável. De todo modo, tivesse funcionado sempre para valer, viveria física e moralmente esgotado.



A leitura e a audiência que parcimoniosamente dedico à mídia nativa me revelam o autêntico responsável por todos os males no momento padecidos pelo Brasil. Ou melhor, a responsável, Dilma Rousseff, a começar, pasmem, pela crise econômica mundial, que ninguém poupa, até a inflação e o desemprego. Mas os porcentuais não são bastante baixos em relação aos números globais? Segundo o Cérbero da família Marinho, o cão de três cabeças à porta do Hades, a presidenta maquia os dados. Ou finge ignorá-los?

Tudo é culpa da Dilma, até, quem sabe, o 7 a 1 imposto pela seleção alemã aos canarinhos, ou o tráfego congestionado, ou falta de luz em casa. Só mesmo a crescente, inexorável escassez de água em São Paulo não pode ser atribuída à presidenta. No caso, entretanto, o culpado, o governador, Alckmin, é prontamente perdoado e se prepara ao passeio eleitoral.

Livro: o Brasil privatizado

A leitura de “Brasil Privatizado — Um balanço do desmonte do Estado” ajuda a reconstruir uma memória essencial para o debate da campanha de 2014.




Numa conjuntura em que a candidatura de Aécio Neves começa a dar sinal de vida, e Marina Silva mantem-se de pé graças a transfusão permanente de apoio de lideranças do PSDB, é sempre útil lembrar como se encontrava o Brasil no final de dois governos de Fernando Henrique Cardoso e entender por que o último presidente tucano deixou Brasília com 13% de popularidade negativa.
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A matemática da mulher perdida

Ser de humanas é não ter a prática das contas de cabeça. Antes de dormir, soma nos dedos as horas que possui até o despertador tocar na manhã seguinte. Na saída do bar com os amigos meio intelectuais e meio de esquerda, a velha batalha de saber quem paga o que, quanto dá pra cada um, álcool e falta de domínio numérico e aquele colega que ainda usa as artimanhas da faculdade e vai embora sem pagar enquanto todo mundo tá empolgado com o papo ou paga duas das trinta garrafas e deixa a segunda via do cartão “pra abater lá no final”.

Juros sobre juros, os rendimentos da poupança, quantas parcelas de quanto vai dar ao comprar um móvel novo ou o fuso horário das viagens para fora do país. Não temos esse dom do encaixe dos números em fórmulas.

Só que, em frente ao computador no fatídico final de tarde que lhes contarei, eu era um astrofísico a ser descoberto, tamanha rapidez e acerto na somatória.

Na tranquilidade do lar, com o advento da internet e, posteriormente das redes sociais, as pessoas chegam sem bater na porta com as boas novas de todos os calibres. Dessa vez, foi uma ex-namorada comemorando bodas do novo amor. Uma foto bonita dos dois, ela e seu cabelo novo, ele e seu sorriso desconhecido para mim, mas bem bonito. O fim do relacionamento, meu e dela, foi meio acelerado mas honesto. Não teve amizade posterior, mas nenhum percalço ou discussão adiante. Acabou e seguimos.

Tempos depois ela começou a namorar esse cara, um estranho para mim, mas juntamente com o fato, certo alívio me acometeu. Lá estava ela, com uma vida nova, um corte de cabelo diferente, alegre, não dependente de mim ou da relação que não mantínhamos mais comofora um dia. Legal ver que o amor aparece novamente, suavizou meus anseios de, um dia, mais pra frente, querer algo parecido também.

O tempo passou e chegamos a essa celebração fora de época redonda em que eles completaram “três anos e dois meses de um amor sem igual, calor de minh’alma e luz que guia meus caminhos por onde quer que eu vá”.

Meloso. Mas honesto. Quem sou eu para fazer crítica às sentimentalidades alheias.

Três anos e dois meses de um am…PERA UM POUQUINHO!

Me aproximei da tela para confirmar e a linha do tempo se fez diante de meus olhos, entre eles e o brilho do monitor. Se a gente terminou em… de dois mil e… se eles estão desde… então..




ESPERA UM POUQUINHO!
Não teve calculadora e nem dedos, muito menos risquinhos no caderno. Só a mente mesmo. Pá e pum e puxa daqui cai um vai três e o resultado. Me botou um par de chifres nessa brincadeira. Batata. Não tinha como errar. Pois se diabos eles tão juntos há três anos e dois meses e a nossa paradinha acabou há dois anos e onze meses, então tem aí um trimestre de baba trocada.

Não que a preocupação fosse a traição de mais de anos. Não foi a primeira e, se deus existe e possui o senso de humor estranho que eu acho que ele possui, não será a última. O ponto era perceber a interseção entre o meu fim e o começo deles, a derrocada dos meus sentimentos que adubaram o entusiasmo dos encontros que eles tinham. Olha só que curioso. Dois amores não ocupavam o mesmo espaço ao mesmo tempo e precisou o dela por mim morrer para brotar o que haveria de ter entre eles, num câmbio emocional que proporcionou a tranquilidade dos momentos finais entre nós e dos carinhos propícios entre eles.

E eu achando que não tinha nada a ver com isso quando fui, claramente, a fagulha que gerou esse amor. Se não fossem os meus descuidos, o meu egoísmo, as minhas manias escrotas e a falta de tato inerente à minha personalidade, isso nunca teria acontecido, essa paixão nunca haveria de explodir.

Fiquei feliz por fazer parte de algo importante.
do Jader Pires

Rede social Ello

Não há como discutir que o Facebook é um sucesso e estabeleceu um padrão de negócios para redes sociais baseado em publicidade direcionada aos gostos dos usuários. No entanto, uma rede social ainda pequena está tentando fazer o caminho oposto, oferecendo um serviço grátis e livre de publicidade. Parece quase impossível, mas é o que acontece com a Ello, que está ganhando usuários de forma rápida neste momento.

O serviço está recebendo cerca de 4 mil novos registros por hora, mas ninguém sabe muito bem o motivo. A rede social existe desde março deste ano e foi um fracasso total, até começar a ganhar força agora.

Aparentemente, pode ter a ver com a aceitação de nomes alternativos, o que é uma crítica recente feita ao Facebook. A comunidade LGBT estava reclamando que a rede social estava banindo drag queens que não utilizavam seu nome de registro e parece ter adotado o Ello, que é mais livre sobre isso. Ru Paul, que apresenta o reality show consagrado Ru Paul’s Drag Race chegou a divulgar a rede, o que pode ter ajudado a consagrá-la entre o público.

Outro fator que pode ter contribuído para a chegada de um novo público é o fato de ser livre de publicidade, o que gera uma experiência mais fluida de uso. Além disso, o criador Paul Budnitz garante que a Ello nunca irá vetar a pornografia na página, o que pode ser um fator decisivo para ganhar público. Não precisamos dizer como a pornografia movimenta  a internet, né?

Mas você vai se perguntar: “mas Olhar Digital, se eles não tem publicidade, como eles ganham dinheiro?”. Como a maioria dos serviços na internet, os responsáveis não estão fazendo caridade. O objetivo é ganhar dinheiro de outras formas, principalmente vendendo recursos extras, já que o modo gratuito de uso é extremamente simples. No entanto, a empresa promete melhorar recursos de privacidade para os usuários não-pagantes, entre outras ferramentas que estão para chegar.

Por enquanto, a rede social depende de convites para novos cadastros. 
Para conferir, clique Aqui.

Nova é esta Marina, por Mino Carta

Não há quem segure a candidata Marina Silva nesta caminhada final rumo à eleição. Em Florianópolis, subiu ao palanque de Paulinho Bornhausen e com empenho apaixonado pediu votos para sua candidatura a senador. Precioso trunfo para o filho de Jorge Bornhausen, governador biônico de Santa Catarina durante a ditadura, liderança do ex-PFL e patriarca de uma das mais ricas famílias do estado. Direita reacionária na sua acepção mais desbragada.




Esta adesão eufórica à velha política assinala a enésima contradição de pregadora da nova. Uma análise da personagem do ponto de vista psicológico exibe, isto sim, uma nova Marina. A contida, austera ambientalista na qualidade de candidata em campanha mudou radicalmente o seu estilo, a ponto de pôr em xeque as crenças professadas até ontem. A perspectiva do poder leva-a a renovar seu verbo e seus gestos e a buscar a companhia de quantos aparentemente haveriam de ser seus adversários, se não inimigos. Vale tudo para chegar lá, é o que se deduz sem maiores esforços.

Confesso minha surpresa. Marina Silva revela uma determinação obcecada que não imaginava. Certo é que a candidatura de Eduardo Campos, sua plataforma, suas ideias, seus projetos e propósitos, Marina conseguiu destruir. Receio que logre ir além, para demolir o próprio Partido Socialista. Em lugar da nova política, temos a nova Marina.

na Carta Capital

Papo de homem

Prisão sucesso
Muitas pessoas buscam fugir da mediocridade e ambicionam o sucesso.

Mas… fugir de qual mediocridade? Ambicionar qual sucesso?

Quando nossa definição de mediocridade é externa, quando nossos critérios de sucesso não foram escolhidos por nós, então até mesmo ser bem-sucedida pode ser uma prisão.

Talvez as pessoas mais bem-sucedidas sejam justamente as mais medíocres.

Talvez a resposta seja transcender essa dicotomia cartesiana entre sucesso e mediocridade.




A raiva do Betão
Era uma vez, digamos, o Betão.

Betão queria fazer X da sua vida. (Substitua X pelo sonho da sua infância.)

Mas o pai, a mãe, a sociedade, a mídia, as professoras, o Zé do 502, etc, disseram que Betão iria se dar muito mal se fizesse isso. Não ganharia dinheiro, jamais teria segurança, as mulheres não olhariam pra ele, viraria um pária social, o horror, o horror.

Aí, moço de bom-senso que sempre foi, Betão sacrificou seu sonho, recalcou suas vontades e viveu exatamente a vida que aconselharam ele a viver.

Um dia, apareceu o Claudio Gustavo.

Claudio Gustavo vivia exatamente a vida que o Betão sempre quis viver e, pasmem, Claudio Gustavo não se fodeu, se sustentava, tinha uma vida sexual e amorosa, etc — nenhum daqueles medos se realizou.

Hoje em dia, quando o Betão toma chope com outros homens que também viveram as vidas que lhes mandaram viver, a repulsa geral ao Claudio Gustavo é tão autoevidente que não precisa nem mesmo ser articulada ou justificada.

Como não odiar esse grandessíssimo babaca?


by Alex Castro

Ello - Rede Social

Marina mente sobre o BNDES

O BNDES é um dos principais instrumentos que o governo brasileiro dispõe para implementar sua política econômica. É o governo em exercício que escolhe as áreas prioritárias e as linhas de atuação do banco, que as executa por meio de um rigor técnico garantido por seu capacitado corpo funcional.




Para ficarmos em apenas dois exemplos: no governo Fernando Henrique Cardoso, o BNDES teve um papel fundamental nas privatizações e no governo Lula, respondendo à forte crise iniciada em 2008, expandiu o crédito à indústria e à infraestrutura.
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Aécio tenta importar eleitores do primeiro mundo

Três Pontas - Estacionado nas pesquisas eleitorais na faixa de 15%, Aócio Neves resolveu tomar medidas drásticas para conseguir um lugar no coração dos brasileiros. "Vou deixar a água acabar logo no primeiro dia de governo", anunciou. Em seguida, tomado pelo Espírito tucano, acertou em cheio o coração do eleitor médio: "Se eleito, prometo aumentar os engarrafamentos", discursou, provocando panelaços nos Jardins.




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Acordando a memória perdida de FHC, por Paulo Moreira Leite

A leitura de “Brasil Privatizado — Um balanço do desmonte do Estado” ajuda a reconstruir uma memória essencial para o debate da campanha de 2014.

Numa conjuntura em que a candidatura de Aécio Neves começa a dar sinal de vida, e Marina Silva mantem-se de pé graças a transfusão permanente de apoio de lideranças do PSDB, é sempre útil lembrar como se encontrava o Brasil no final de dois governos de Fernando Henrique Cardoso e entender por que o último presidente tucano deixou Brasília com 13% de popularidade negativa.

Em 254 páginas, Aloysio Biondi (1936-2000), mestre maior do jornalismo econômico brasileiro, deixou um trabalho único para se desfazer mitos criados naquela época. Enquanto os principais jornais e revistas atravessaram os oito anos de FHC multiplicando elogios de natureza ideológica — e também interesseira — à gigantesca transferência de empresas estatais para o setor privado, Aloysio Biondi enfrentava, há uma década e meia, o debate que interessava a maioria dos brasileiros.

Da mesma forma que foi um dos críticos mais competentes do milagre do regime militar, brigando com a esquerda que não queria enxergar o crescimento, e com direita que não admitia contradições que iriam gerar a década perdida de 1980, Aloyisio Biondi foi atrás dos fatos em vez de privilegiar opiniões e convicções. O livro mostra números e medidas de natureza política que permitiram a transferência de uma parcela imensa da riqueza construída por várias gerações de brasileiros para bolsos privados, em grande parte estrangeiros — a preços amigos e saldo em suaves prestações,além de muitas acrobacias contábeis que permitiram transformar perdas reais em ganhos fictícios.

Debatendo, em oito páginas de números e tabelas, aquilo que o governo dizia ter arrecadado com as privatizações — R$ 85,2 bilhões — e aquilo que era possível contabilizar como favorecimento aos novos proprietários na forma de investimentos prévios, dívidas perdoadas, juros não cobrados, e outros benefícios, Biondi mostra o seguinte: no final, se chegou a uma conta negativa — R$ 87,6 bilhões. Na prática, sustenta, o país perdeu R$ 2,4 bi. Você pode até achar que o investimento valeu a pena, que não havia outro jeito, que somos mesmo um país de vira-latas e botocudos. Também pode explicar que, mais uma vez, o que se queria era fazer o bolo crescer — com a farinha do povo e o fermento do contribuinte — para depois ser dividido, e que isso não aconteceu porque, sabe como é….Mas o dado está lá.
Na dúvida, o mestre escreve um artigo chamado “Como falsificar balanços.” Ajuda.

O livro permite acompanhar um processo de desnacionalização que não tornou o Brasil nem mais rico nem mais próspero, ainda que tenham ocorrido, mudanças, como a telefonia celular, que estavam na agenda do capitalismo global e dificilmente deixariam de chegar a um mercado como o brasileiro, de uma forma ou de outra. Biondi faz o favor de combinar a economia e a política. Fala de um país que tornou-se mais dependente e submisso, num processo que foi muito além dos negócios para envolver os poderes da nação definir seu destino com soberania. “Queremos o Brasil de volta”, proclamava Biondi, como lembra Janio de Freitas, autor do prefácio.

Para quem gosta de criticar Lula/Dilma pelos empréstimos do BNDES para empresas brasileiras investirem no Porto de Mariel, em Cuba, há uma surpresa desagradável. Ao mesmo tempo em que mantinha a proibição das estatais receberem empréstimos do BNDES, medida que tinha o efeito óbvio de contribuir para sua asfixia e sucateamento, em 1997 Fernando Henrique Cardoso, assinou decreto — que Biondi trata ironicamente como “revolucionário” — autorizando o BNDES a conceder empréstimos a grupos estrangeiros. Dias depois, recorda, um grupo norte-americano usou dinheiro do BNDES para tornar sócio da CEMIG, a estatal mineira de energia.

Em outra medida de última hora que mostrou-se de inteiro agrado aos novos proprietários, e logo se revelaria uma péssima ideia para consumidores, o governo decidiu mudar o modelo das empresas de energia. A novidade principal é que o Estado deixou de participar ativamente da gestão das empresas privatizadas, ampliando a liberdade dos novos proprietários para definir prioridades e políticas de crescimento conforme suas metas de lucro. Abandonando qualquer função interna — salvaguarda que fora prometida ao Congresso Nacional — o Estado ficou na função de fiscalização, assegurando “autonomia total para as multinacionais agirem de acordo com seus interesses,” diz Biondi, que registra a medida como um “passa-moleque” dos novos proprietários nas autoridades brasileiras. ” Curiosidade. Você pode nem acreditar mas os textos do livro se encerram dois anos antes do Brasil enfrentar o apagão e os rigores do racionamento.

“A sociedade brasileira ainda não acordou para uma “brutal realidade”, escreve Biondi, refletindo o pessimismo da época: “o Brasil já se tornou um país inviável.”




Antecipando o ambiente de velório que marcou os anos finais de Fernando Henrique, ele afirma: “o Brasil já está com o futuro comprometido. Já foi colocado num beco sem saída pela política de terra arrasada a que se deu o nome de plano Real.”

Um ponto relevante do livro é mostrar que o governo FHC estava longe de receber apoio unânime à política de privatizações, ainda que ela fosse apresentada como único caminho possível para o desenvolvimento e a atualização tecnológica.

Enquanto os aliados de FHC tratavam protestos de vários setores da sociedade como puro folclore de “dinossauros do Muro de Berlim”, Biondi reproduz longos trechos de um artigo do ex-ministro Luiz Carlos Bresser Pereira que ajuda a dar realismo a discussão. Ele próprio fundador do PSDB, interlocutor dos principais debates econômicos de sua geração, em janeiro de 2000 Bresser faz afirmações que ajudam a entender por que, em 2014, ele declarou que irá votar em Dilma Rousseff. Três frases de Bresser, há 14 anos:

“Não percebemos que o liberalismo econômico é muito bonito em teoria mas que na prática nenhum país desenvolvido o pratica integralmente.”

Ou ainda: “O princípio seguido pelos países ricos é simples: faça como eu digo, não como eu faço. E o princípio adotado por nossas elites é igualmente simples: ‘Faça como eles dizem que eu eu devo fazer, não como eles fazem.”

E mais: “Nós permitimos a desnacionalização de grandes empresas brasileiras e de grandes bancos. Decididamente, enlouquecemos.”

Falando de um governo que ainda se encontrava no início do segundo mandato, Biondi acusou FHC de destruir a alma nacional, o sonho coletivo.” Foi um dos primeiros a registrar que, do ponto de vista social, a privatização a brasileira mostrou-se mais iníqua que o processo conduzido por Margaret Tatcher na Inglaterra — onde trabalhadores e parcelas menos endinheiradas da população puderam ficar com uma parcela considerável do bolo, enquanto no Brasil os subsídios foram utilizados para permitir o controle de grandes grupos econômicos sobre as empresas privatizadas, com poucas concessões para a plebe, em casos bem específicos. Mais conservadores do que Tatcher? Pois é.

Num artigo escrito em junho de 2000, poucos meses antes de sua morte, Aloysio Biondi fala do ambiente político do país. Denuncia matérias pautadas pelo governo para desmoralizar a oposição. Adverte: “quem quiser saber realmente o que está acontecendo com a economia do país deve ler sempre as últimas quatro linhas das notícias. É ali que os jornalistas escondem o que é importante.”
Mas o mestre se permite algum otimismo. “Pode-se sentir que há mudanças no ar,”escreve, antes de acrescentar: “O longo período de passividade — de longe, muito mais tenebroso do que os anos da ditadura militar — parece aproximar-se do fim. ”

A primeira edição de Brasil Privatizado foi lançada pela Fundação Perseu Abramo, ligada ao Partido dos Trabalhadores, e atingiu uma venda espetacular, de 126 000 exemplares. Aloysio Biondi era um jornalista sem partido político, mas este fato ilustra as dificuldades para se travar um verdadeiro debate de ideias no Brasil daquele tempo. Em 2014, o livro é publicado pela Geração Editorial, que também publicou me livro A Outra História do Mensalão.”

Depois de assumir funções executivas nos principais jornais do país, Aloysio Biondi tinha uma coluna no Diário Popular, escreveu textos na Bundas, de Ziraldo.

Na Caros Amigos ele publicou o texto em que dizia que “o longo período de passividade parece encontrar-se no fim.”

Blablarina mente sobre o BNDES

O BNDES é um dos principais instrumentos que o governo brasileiro dispõe para implementar sua política econômica. É o governo em exercício que escolhe as áreas prioritárias e as linhas de atuação do banco, que as executa por meio de um rigor técnico garantido por seu capacitado corpo funcional.

Para ficarmos em apenas dois exemplos: no governo Fernando Henrique Cardoso, o BNDES teve um papel fundamental nas privatizações e no governo Lula, respondendo à forte crise iniciada em 2008, expandiu o crédito à indústria e à infraestrutura.

É, portanto, absolutamente legítimo que o papel do BNDES seja debatido na campanha eleitoral. O próximo presidente terá a responsabilidade de manter ou modificar as prioridades do banco nos próximos anos, decisão que poderá afetar todo o financiamento ao setor produtivo brasileiro.

Mas esse necessário debate eleitoral seria mais proveitoso para o país se fosse lastreado por um correto diagnóstico por parte dos candidatos. Como corrigir rumos se não conseguimos entender a atual direção? Esse parece ser o caso da candidata do PSB à Presidência, Marina Silva. Senão, vejamos.




Nesta quinta-feira (25), em entrevista ao programa “Bom Dia Brasil”, da TV Globo, a candidata disse que “o que enfraquece os bancos é pegar o dinheiro do BNDES e dar para meia dúzia de empresários falidos, uma parte deles, alguns deles que deram, enfim, um sumiço em bilhões de reais do nosso dinheiro”. O número de imprecisões só dessa frase é impressionante.

Em primeiro lugar, o BNDES não “dá” dinheiro a ninguém, ele empresta. Isso significa que o banco recebe de volta, corrigidos por juros, os seus financiamentos. Sua taxa de inadimplência é de 0,07% sobre o total da carteira de crédito, segundo o último balanço, sendo a mais baixa de todo o sistema bancário no Brasil, público e privado.

Isso nos leva a outra imprecisão da fala da candidata. A qual “sumiço” de recursos ela se refere se o BNDES recebe o dinheiro de volta e obtém lucros expressivos de suas operações? O lucro do primeiro semestre, de R$ 5,47 bilhões, foi o maior da história do banco.

Em relação aos empresários “falidos”, talvez a candidata, em um esforço de transformar em regra a exceção, esteja se referindo ao caso Eike Batista. Se isso for verdade, temos mais uma imprecisão: seja por causa de um eficiente sistema de garantias das operações, seja porque grupos sólidos assumiram algumas empresas, o BNDES não sofreu perdas frente aos problemas enfrentados pelo empresariado.

Por fim, nada mais falso do que dizer que o BNDES empresta para “meia dúzia”. No ano passado, o banco fez mais de 1 milhão de operações, sendo que 97% delas para micro, pequenas e médias empresas.

Embora o BNDES não tenha a capilaridade dos bancos de varejo, a instituição aumentou seus desembolsos para as pequenas empresas de cerca de 20% do total liberado na primeira década de 2000 para mais de 30% no ano passado. Se retirássemos as típicas áreas onde os pequenos não atuam (setor público, infraestrutura e comércio exterior), os financiamentos para os menores representariam 50% dos desembolsos do banco.

Das cem maiores empresas que atuam no Brasil, 93 mantém relação bancária com o BNDES. Entre as 500 maiores, 480 são seus clientes. Como sustentar que o BNDES escolhe “meia dúzia” se o banco apoia quase todas as empresas brasileiras dos mais variados setores de nossa economia?

A candidata Marina lembrou recentemente que uma mentira repetida diversas vezes não a transforma em verdade. Isso também vale para o papel que o BNDES vem desempenhando nos últimos anos.

FÁBIO KERCHE, 43, doutor em ciência política e pesquisador da Fundação Casa de Rui Barbosa, é assessor da Presidência do BNDES. Foi secretário-adjunto e secretário de Imprensa da Presidência da República (governo Lula)

Aécio estuda importar eleitores do 1º Mundo

Três Pontas - Estacionado nas pesquisas eleitorais na faixa de 15%, Aócio Neves resolveu tomar medidas drásticas para conseguir um lugar no coração dos brasileiros. "Vou deixar a água acabar logo no primeiro dia de governo", anunciou. Em seguida, tomado pelo Espírito tucano, acertou em cheio o coração do eleitor médio: "Se eleito, prometo aumentar os engarrafamentos", discursou, provocando panelaços nos Jardins.




Após tentar, sem sucesso, fazer uma transfusão da popularidade do avô Trancado Never, Aócio foi além: "Também me comprometo, pessoalmente, a desentortar todos os iPhones do Estado de Minas Gerais", tuitou, enquanto lançava as bases do Bolsa Selfie.

Ele reconheceu que os entraves da desadministração Fhc fizeram o sentimento antibicudo crescer no país inteiro. "Estamos cogitando importar alguns milhões de eleitores primeiro mundista, ingleses, estadinudenses e europeus", completou.

Quer ter uma ideia tamanho da roubalheira que o pig esconde?

Só para não atrapalhar um "negócio" Paulo Roberto Costa recebeu uma propina de 3,6 milhões.

Os jorna-listas pena-paga da grande imprensa sabem qual foi a empreiteira que pagou, por que não nominam a imunda?...

É assim que caminha nossa corrupta mídia, esconde, protege os corruptores e denúncia os corruptos - desde que não seja muy amigos -.

Veja perde de 7 a 0 no TSE e irá reparar dano ao PT

Revista foi condenada a publicar direito de resposta em decisão tomada na noite da quinta-feira 25, no Tribunal Superior Eleitoral; reportagem dizia respeito a suposta chantagem, paga em dólar, para que dirigentes do partido, incluindo o ex-presidente Lula, não fossem arrastados para a Operação Lava-Jato; derrota da revista da Marginal Pinheiros foi acachapante; contou com parecer favorável do procurador-geral Rodrigo Janot, os votos de três ministros do Supremo Tribunal Federal (Dias Toffoli, Teori Zavascki e Rosa Weber), além dos outros quatro integrantes do tribunal; "Não está em jogo a liberdade de expressão, mas sim o direito de resposta", ressaltou Toffoli; Veja tem histórico de derrotas na Justiça


247 - Foi pior do que Brasil e Alemanha na Copa do Mundo. Por sete votos a zero, a revista Veja foi condenada, nesta noite, a reparar o dano causado ao Partido dos Trabalhadores por uma reportagem publicada há duas semanas.
No texto "O PT sob chantagem", Veja acusava lideranças do PT, incluindo o ex-presidente Lula e o ministro Gilberto Carvalho, de terem sido submetidos a uma chantagem para que não fossem arrastados para o escândalo da Petrobras. Segundo a revista da Marginal Pinheiros, o PT teria pago US$ 6 milhões, em dólar, ao financista Enivaldo Quadrado para que os nomes de seus dirigentes não fossem envolvidos no caso.
Como a reportagem não apresentava qualquer prova ou indício da denúncia que fazia, o PT representou contra a publicação no Tribunal Superior Eleitoral. Além de contar com parecer favorável do procurador-geral Rodrigo Janot, a posição do relator Admar Gonzaga foi acompanhada pelos outros seis ministros do TSE – entre eles, três representantes do Superior Tribunal Federal: Dias Toffoli, Teori Zavascki e Rosa Weber.
O direito de resposta, de uma página, deverá ser publicado nesta ou na próxima edição de Veja – a depender da intimação dos dirigentes da editora, hoje conduzida por Giancarlo Civita e Fabio Barbosa. "Não se discute aqui qualquer restrição à liberdade de imprensa, mas apenas o direito de resposta", enfatizou Dias Toffoli.
Com a decisão desta quinta-feira, crimes de imprensa – que se tornam mais comuns em períodos eleitorais – começam a ser punidos.

Charge do dia

Garganta de ouro
Que desse garganta valiosa saia os nomes de todos os ladrões do nosso suado dinheirinho.
De todos, sem exceção.
Dos corrompidos e também - principalmente, poderiamos dizer - dos corruptores.

Josias de Souza: Para Janot, Lava Jato forçará a reforma política

O procurador-geral da República Rodrigo Janot avalia que a Operação Lava Jato funcionará como um marco redentor no país. Sem revelar detalhes sobre as fraudes e roubalheiras já detectadas na Petrobras, ele disse a um grupo de parlamentares que as ações penais que estão por vir terão como subproduto inexorável a reforma do sistema político-eleitoral. O Congresso será compelido a fazer por pressão o que não faz por opção.
Janot prepara o relatório que enviará ao ministro Teori Zavascki, do STF, recomendando a homologação do acordo de delação premiada com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Acomodados em 68 folhas, os depoimentos do delator chegaram às mãos do procurador-geral na última segunda-feira. Quem conhece o teor diz ser devastador. Expõe as entranhas do esquema de corrupção montado na maior estatal brasileira.
O que já era assombroso ficou ainda mais aterrador a partir da decisão do doleiro Alberto Youssef de se tornar, também ele, um colaborador premiado. No primeiro contato que manteve com membros da força-tarefa da Lava Jato, Youssef revelou-se disposto a preencher as lacunas do quebra-cabeça montado a partir das revelações de Paulo Roberto. No momento, o doleiro e a Procuradoria tentam chegar a um acordo sobre o tempo de permanência de Youssef na cadeia. Disso depende a delação.
Na expressão de um advogado envolvido no caso, Paulo Roberto faz parte do tronco do escândalo. Youssef é a raiz. Nessa versão, o ex-diretor da Petrobras entregou aos investigadores um lote de dinamites. O doleiro dispõe dos fósforos que acendem os pavios. Youssef quer abrir o baú de segredos porque percebeu que virara um boi de piranha, aquele bicho que é empurrado no rio para ser comido, enquanto o resto da boiada passa.
Yossef dobrou os joelhos num instante em que a higidez da Lava Jato corria riscos no Superior Tribunal de Justiça. O doleiro havia contratado o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, para representá-lo nos tribunais superiores de Brasília. O doutor estava convencido de que obteria uma liminar favorável à suspensão de todos os inquéritos abertos a partir da operação da PF. Porém, aderindo à delação, Youssef tem de abdicar dos recursos judiciais que movia.
“Nós tínhamos um acordo”, contou Kakay. “Se o Alberto Youssef decidisse fazer a delação, mandaria me avisar em primeiro lugar. Foi o que ele fez. Foi muito correto comigo. E eu deixei a causa. Não quero julgá-lo. As pressões são muito grandes, inclusive familiares.. Mas algo me deixa muito contrariado como advogado e até como cidadão.”
Como assim? “É que a tese principal que nós levamos ao STJ dizia respeito à suspeição do juiz Sérgio Moro” [responsável pela Lava Jato]. O magistrado havia se declarado impedido de cuidar de um inquérito em que o Alberto Youssef é mencionado. Alegou razões de ‘foro íntimo’.''
E daí? “Toda a jurisprudência, sem exceção, diz que, a partir do momento que um juiz declina de julgar um processo alegando foro íntimo, ele nunca mais pode julgar nada em relação ao mesmo acusado. Isso parece obvio. Mas, infelizmente, com a delação, não será apreciado.”
O que dizia a petição protocolada no STJ? “Tínhamos requerido uma liminar para paralisar a Operação Lava Jato, com a consequente soltura dos réus. A chance de prevalecermos era fortíssima. Toda a jurisprudência é favorável.”
Para desassossego de Kakay e dos encrencados da Petrobras, Youssef optou pela delação num instante em que se discutia no STJ, há dez dias, quem seria o relator do caso. A República treme de expectativa. O pior é que a curiosidade generalizada só deve ser saciada bem depois do segundo turno das eleições de 2014.

Briguilinks do dia passado a limpo