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Putin faz as perguntas certas, por que EUA é OTAN não respondem?

1. Existem sanções contra ISRAEL pelo assassinato e destruição de mulheres e crianças palestinas inocentes?
2. Existem sanções contra a AMÉRICA por matar e destruir vidas de mulheres e crianças inocentes no Iraque, Síria, Afeganistão, Cuba, Vietname, e até mesmo roubar os seus diamantes e ouro?
3. Houve alguma sanção contra a AMÉRICA/FRANÇA pelo assassinato de Muammar Gaddaf e a destruição da Líbia?
4. Alguma vez houve um soldado americano/OTAN alguma vez castigado por violar e torturar mulheres/crianças inocentes de todos os países acima mencionados?
5. Existem sanções contra a FRANÇA por causar crise e agitação em vários países africanos? Estes são muito crimes de guerra, a América e a OTAN deveriam ser punidos.
Talvez esteja na hora de entendermos que a OTAN, EUA e todos os seus aliados são os males mais perigosos do nosso tempo. Portanto, precisamos de mudar o equilíbrio de poder no mundo e garantir que todos tenham direitos iguais e parar os opressores.

Da TL de Delza Maria Frare Chamma

Lula: nosso governo adotará a política de Reciprocidade

Brasil para os brasileiros 

Se em outubro o povo brasileiro nos der a missão de presidir o país pela terceira vez, vamos trabalhar muito para reconstruir o Brasil e fazer mais e melhor que fizemos nos dois mandatos anteriores. Uma das medidas que tomaremos logo no início do mandato é implantar na prática a Política de Reciprocidade com demais nações que temos relações comerciais, exemplos:
  • Se a Rússia não nos impuser sanções na compra de qualquer uma das commodities que importamos, nós também não imporemos nenhuma sanção a eles.
Resumindo: Seja Rússia, China, Irã, Cuba, Venezuela, União Europeia ou qualquer outra nação, se não impor sanção ao Brasil, nós também não vamos impor sanções a ele. Se impuserem, também impomos. Não vamos seguir a política externa dos EUA, eles têm a deles, nós teremos a nossa. 

Os estadunidenses defendem os interesses deles. Nós defendemos os nossos!

A vida continua>>>

Em entrevista hoje a agência RT (russa) o ex-presidente Lula defendeu o multilateralismo e afirmou que os EUA não pode ser "o xerife do mundo". Ele condenou a demora da Anvisa para liberar a vacina Sputnik V no Brasil.
"É altamente visível que existe um impedimento político para comprar vacinas russa no Brasil". E também disse:

"os EUA querem um mundo onde eles são os únicos a determinar tudo. Em uma entrevista, o Biden disse que os EUA devem ser o 'farol do mundo'. Nós não precisamos disso. Queremos que todos os países desenvolvam parcerias. O Brasil deve ser um país soberano"

Vida que segue... 

Josias de Souza: Bolsonaro estende sua missão divina à Argentina


Em discurso para uma plateia de evangélicos, na cidade catarinense de Camboriú, Jair Bolsonaro disse que foi salvo da facada por "milagre". Grudou no seu governo o selo de "missão de Deus." Parece confiar que todos aceitarão as presunções que cultiva a seu próprio respeito. Em matéria de política internacional, isso inclui concordar que sua missão divina lhe confere a prerrogativa de tratar a América Latina como uma espécie de Brasília hipertrofiada. Como não consegue apressar a derrubada do ditador Nicolás Maduro, decidiu interferir nos destinos da democracia na Argentina. 

Numa de suas transmissões ao vivo pelas redes sociais, Bolsonaro disse que "ninguém aqui vai se envolver em questões de fora do país." Em seguida, meteu-se na eleição presidencial argentina, marcada para 27 de outubro. Disse ter "uma preocupação" com a hipótese de Cristina Kirchner, antecessora de Mauricio Macri, retornar ao poder. Ela "era ligada a Dilma, a Lula, à Venezuela e a Cuba. Se isso voltar, com toda a certeza, a Argentina vai entrar em uma situação semelhante à da Venezuela", declarou.

Mais cedo, numa entrevista ao SBT, Bolsonaro afirmara que considera o risco representado pela ascensão de Cristina Kirchner "mais importante" do que o flagelo da resistência de Nicolás Maduro no poder, pois a Argentina "seria uma outra Venezuela aqui no fundo." 

Quer dizer: o capitão comparou um ditador venezuelano, que se manteve no cargo graças a um simulacro de eleição, com o hipotético retorno de uma presidente ao poder graças à vontade soberana dos argentinos. Igualou uma farsa eleitoral a uma campanha presidencial regular. Nivelou um pleito precedido da prisão dos opositores de Maduro, sem fiscalização e marcado pela fraude, a uma eventual alternância de poder na qual os argentinos não farão senão imitar os brasileiros no exercício do sacrossanto e democrático direito de fazer tolices por conta própria.

Qualquer presidente pode sonhar com o mito da excepcionalidade. Mas é inédita essa pretensão de Bolsonaro de converter o Brasil numa espécie de versão tupiniquim dos Estados Unidos. Faltam-lhe o topete de Donald Trump e, sobretudo, os mísseis do Pentágono para impor algum grau de submissão dos vizinhos à sua missão evangelizadora. 

O mais assustador é que Bolsonaro aparentemente não está sendo cínico. Ele acredita mesmo que seu destino de glórias lhe dá o direito de exercer seu ineditismo no mundo para fins que desafiam a soberania alheia e o bom senso. Vá lá que se preocupe com a Venezuela. A ditadura de Maduro empurra para dentro do mapa do Brasil legiões de refugiados famintos. Mas o que justifica meter o bedelho na Argentina? 

No discurso aos evangélicos, Bolsonaro admitiu indiretamente que outras pessoas poderiam desempenhar melhor as funções de presidente do Brasil. Mas parece considerar que sua Presidência é mais ou menos como o vinho. E tomará a forma do jarro que o Todo-Poderoso providenciar para abrigá-la. "Vocês sabem que Ele não escolhe o mais capacitado, mas capacita os escolhidos", afirmou.

Deus, como se sabe, existe e está em toda parte. Entretanto, Bolsonaro está empenhado em demonstrar que Ele já não dá expediente full time. 

Vida que segue

Putin responds to Trump

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Sputnik - Russian experts are in Venezuela as part of the 2001 military-technical cooperation agreement with Caracas, which needs no further approval, the Kremlin reported after reports of two military aircraft arriving with troops and cargoes. In the face of Trump government relations, the Russian Chancellery responded that the United States still considers "Latin America an area of ​​its exclusive interests, its own 'backyard' and requires unquestioning obedience" as it was in colonial times under the Monroe Doctrine.

Russia develops its relations with Venezuela "in strict accordance with the Constitution of this country and in full respect of its legislation," said the official representative of the Ministry of Foreign Affairs, Maria Zakharova.

The existing agreement was ratified by both Russia and Venezuela, and "does not require additional approval from the Venezuelan National Assembly," he said.

Zakharova was responding to a request from the media to comment on Russia's alleged "meddling" in Venezuelan affairs.

Following reports that two Russian military aircraft carrying about 100 soldiers and cargoes landed in the country on Saturday, the Organization of American States (OAS) called it "an act prejudicial to Venezuelan sovereignty," while the US State Department insisted in which it was "an imprudent escalation of the situation" in the country.

One of the strongest supporters of the overthrow of Nicolas Maduro's government, US Security Adviser John Bolton was also outraged by writing on Twitter that "the US will not tolerate hostile foreign military forces by meddling in common goals of democracy, security and democracy of the Western Hemisphere, and the rule of law. "

Washington acknowledged opposition leader Juan Guaidó as the legitimate president of Venezuela and came to consider the so-called "humanitarian intervention" to overthrow Nicolás Maduro from power.

Zakharova responded to Bolton by saying that his words prove that the United States still regards "Latin America as an area of ​​its exclusive interests, its own 'backyard,' and requires unquestioning obedience" as it was in colonial times under the Monroe Doctrine.

The Monroe Doctrine, named after US President James Monroe, was a policy of opposition to European colonialism in the Western Hemisphere from 1823, with Washington essentially claiming the administration of the Americas. At the same time, the doctrine stated that the US would not interfere in the internal affairs of European countries.

If Americans deny access to the Western Hemisphere to other countries, it raises the question "what are they doing in the Eastern Hemisphere?" The Russian diplomat said, referring to the strong US military presence in Europe and its involvement in " colored revolutions "in the former Soviet Union and the Balkans.

"Maybe they will believe that people in this part of the world will be grateful when Washington intentionally shifts its leaders and kill the unwanted, or the US still believes that people are waiting for Americans to bring democracy to them on the wings of their bombers. Iraqis, Libyans or Serbs about it, "said the representative of the Russian Foreign Ministry.

Vida que segue
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Aroeira: o vinho é por sua conta Bolonsaro


O assessor de segurança dos EUA, John Bolton, no twitter mostrou de forma inequivoca o desprestigio de Jair Bolsonaro. Foi saudado como "presidente Bolonsaro".

O imundo envergonha o país.

Vida que segue

Sem reprocidade, fim do visto para estadunidende faz do Brasil cabaré sem madame


"(...) No ano de 2001, quando o inquilino da Casa Branca era George Bush e o Planalto era ocupado por Fernando Henrique Cardoso, a República Federativa do Brasil passou pelo constrangimento de ser informada que seu ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer, tivera de tirar os sapatos ao ser submetido a duas revistas em viagens aos Estados Unidos. Não se imaginou que, decorridos 18 anos, uma comitiva presidencial brasileira cruzaria a alfândega americana de joelhos. Sob Bolsonaro, o Brasil se oferece aos americanos como uma espécie de casa da sogra. Sem direito a reciprocidade."
Josias de Souza

***
Se há uma coisa que "o coiso" e seus seguidores que concordam com isso não tem é vergonha na cara. Infelizmente essa sabujice suja o país por inteiro, até mesmo os que são absolutamente contra lamber os ovos de Donald Trump ou quem quer que seja. 

Imundos!

Vida que segue

A Nau dos Insensatos por, Marcelo Zero




- Em submissão absoluta a Trump (EUA), Bolsonaro e as forças armadas embarcam filhos de mães gentis numa cruzada suicida contra a Venezuela. Quando vierem os corpos trucidados, veremos orgulhosos o Capitão homenageando nossos jovens patriotas, que deram a própria vida em defesa do Brasil -
Até pouco tempo, o Brasil era um país sem inimigos. Mantínhamos boas relações com todos os países, independentemente das ideologias políticas de seus governos circunstanciais, como são todos os governos.
Lula se relacionava bem com Chávez e Evo Morales, mas também tinha excelentes relações com Bush, Sarkozy e com Juan Manuel Santos, o conservador colombiano.
Nosso soft power era respeitado no mundo inteiro. O Brasil era visto como um país moderador, negociador, pacificador, que contribuía de forma muito positiva para a conformação de uma ordem mundial multipolar, menos assimétrica e mais justa.

Sempre que havia um conflito, especialmente em nossa região, o Brasil era visto como o ator mundial capaz de moderar e articular soluções negociadas e pacíficas para a crise, em consonância com os princípios constitucionais que regem nossa política externa.
Desde a época do Barão do Rio Branco, que nos tornamos especialistas na dificílima e delicada arte da negociação. Consolidamos nossas fronteiras sem disparar um único tiro.
Mas tudo isso está se perdendo.

4º Artigo do dia




Assombrações no Itamaraty, por Vinicius Torres Freire no Jornal Folha de São Paulo
Ainda é cedo para dizer que a nova política externa brasileira será ameaça à segurança nacional e à economia. Discursos ideológicos de posse são palavras, nada mais do que palavras, até que se verifique sua influência na prática da política internacional.
Além do mais, não sabemos quem terá voz nas negociações comerciais. Pode ser que o comércio exterior fique sob a alçada ou siga diretrizes do Ministério da Economia. Goste-se ou não do programa econômico do novo governo, nesse caso a conversa faz parte do universo da razão.
Ainda assim, causa consternação e ansiedade que o Itamaraty corra o risco de se integrar ao núcleo “Arquivo X” do novo governo (ao lado de Educação e Direitos Humanos).
Como talvez se recorde, “Arquivo X” era uma série de TV americana dos anos 1990 que contava histórias de dois agentes do FBI dedicados a investigar ETs e fenômenos paranormais, assim como as conspirações do establishment com o objetivo de ocultar essas ocorrências do outro mundo.
Isto posto, seria útil mostrar que “a verdade está lá fora” (mote do “Arquivo X”), dar outra vez exemplos de como as transações comerciais deveriam ser uma preocupação essencial do planejamento da política externa.
Acabam de sair os resultados do comércio exterior em 2018. A China, maior cliente dos produtos brasileiros desde 2013, se tornou ainda mais preponderante: 28% das exportações vão para lá (para os Estados Unidos, vão 12%). Desde o fim do século passado, quase 31% do aumento das vendas externas do Brasil se deveu ao consumo chinês.
Os chineses compram 57% do petróleo bruto brasileiro, 82% da soja em grãos, 54% do minério de ferro, 42% da celulose e 17% das carnes, entre os principais produtos brasileiros de exportação.
Os complexos soja, carnes, veículos, além minério de ferro, celulose e açúcar, fizeram 57% do valor das vendas no ano passado.
Cliente morto não paga, cliente arreliado não volta e, no caso da China, pode ser que, no limite, um atrito sério os leve a montar loja para novos amigos (bancar plantações e exploração de petróleo em outra parte). De mais concreto, o país pode perder dinheiro chinês ávido por financiar a nossa infraestrutura mambembe.
O Oriente Médio, na maior parte muçulmano, é outro freguês que pode ser insultado por essa ameaça inédita de maus modos na diplomacia brasileira e decisões equivocadas quanto ao conflito entre Israel e Palestina.
Leva apenas 4% das exportações brasileiras. Mas compra 20% das carnes que vendemos lá fora e 22% dos açúcares. Além do problema em si que é ficar sem voz e moral diante do imenso mundo islâmico, perder negócios nesses setores provoca um estrago que vai das plantações de grãos e cana às indústrias processadoras e fornecedoras do setor, um encadeamento econômico muito sério.
A União Europeia é, por definição, internacionalista, quando não globalista, ambientalista e, de quebra, centro e origem da tradição ocidental. Leva 17,6% do valor das exportações brasileiras.
É muito, mesmo com seus protecionismos, que terá mais desculpas ou motivos para continuar a existir caso o Brasil avacalhe instituições multilaterais de cooperação, achincalhe acordos climáticos e dê outros tiros no pé ou na cabeça, como arrasar o ambiente ou baixar a guarda da vigilância sanitária de suas criações.
Retórica jacu e bizarra não paga as nossas contas externas, mas pode ter troco, o de atrair conflitos exóticos para cá.
PS. Não sei se Vinícius sabia, mas o senhor Araújo, segundo o Estadão publicou em novembro, numa palestra ele (Araújo), depois de exibir um slide no qual dois discos voadores apareciam junto ao prédio da ONU, “passou a especular que seria importante discutir seriamente a “exodiplomacia” (diplomacia entre seres de diferentes planetas)“. Depois, disse que foi uma “típica blague diplomática, uma brincadeira para descontrair a plateia”. Deve ter sido: o chefe Olavo diz que esta história de ET é um golpe do globalismo. A nossa “exodiplomacia” cega é um problema bem terrestre.
Vida que segue>>> 
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Tal pai tal filho

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Os bolsonaros - pai e filho - puxam o saco, lambem os ovos de Donald Trump, presidente dos EUA e envergonham o Brasil.
Triste, muito triste ter gente desse nível representando nosso país.
***
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Rubens Ricupero: com quem mais o Brasil quer brigar?

O que vejo é que antes de ter a realidade do poder, esta é uma equipe que já está comprometendo o Brasil. E não estão comprometendo com pouca gente e com gente pequena. Com a China, com os árabes, com os muçulmanos — que são a maior religião do mundo –, com a Argentina, que é nosso principal vizinho, com a Noruega que é o principal financiador. Com quem mais o Brasil quer brigar?
Rubens Ricupero - Diplomata, ex-ministro da Fazenda e do Meio Ambiente (governo Itamar Franco)
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Pepe Escobar: o Brasil é alvo de uma guerra híbrida

Um dos principais especialistas do mundo em política internacional, o jornalista Pepe Escobar, correspondente do Asia Times, concedeu entrevista à TV 247, em que falou sobre "a guerra híbrida" promovida pelos Estados Unidos contra o Brasil, com objetivo de tomar riquezas, como o pré-sal; "esse ainda será um caso de estudo internacional sobre não apenas a derrubada de um governo, como também sobre como todo um país foi desestruturado", afirma; Escobar diz que o Brasil viveu o auge de seu prestígio internacional com o ex-presidente Lula e com o chanceler Celso Amorim e diz que, hoje, tem uma política de total subserviência aos Estados Unidos, o que foi decorrente da Lava Jato, conduzida por Sergio Moro. Leia mais>>>

Celso Amorim - Lula é líder do Povo e um homem de Estado


CelsoArmorim.jpg

Servi com um Estadista
Foi com enorme honra que recebi, em dezembro de 2002, o convite do Presidente Lula para ser seu Ministro das Relações Exteriores. Diplomata de carreira, eu fora chanceler de Itamar Franco e havia representado o Brasil,em diversos governos, perante às Nações Unidas, em Nova Iorque, à Organização Mundial do Comércio e outras organizações internacionais em Genebra. Quando recebi o convite, era Embaixador do Brasil junto ao governo britânico. 

A opção do presidente recém-eleito por um funcionário de carreira já denotava sua visão sobre como deveria ser conduzida a política externa em seu governo, já que não faltavam, nos próprios quadros do Partido dos Trabalhadores, pessoas com qualificações e com amplo conhecimento e experiência na realidade internacional. Mais do que qualquer outra coisa – uma vez que jamais tivéramos contato direto – , o Presidente Lula quis significar, com essa opção, que a política externa do Brasil, sem deixar de ser sensível aos anseios populares que o levaram ao poder, seria, sobretudo, uma política de Estado.

Vergonha internacional




Marigoni - algumas coisas sobre um grande camarada

1. Marco Aurélio Garcia era um sujeito atípico. Mesmo sendo um dos personagens centrais dos governos lulistas, tinha zero de pose ou vaidade. Sempre falou de forma franca e aberta e separava aliados de adversários com nitidez. Aliados não eram os que concordavam totalmente com suas ideias, mas os que se perfilavam num mesmo campo, independentemente de diferenças pontuais.
2. Marco Aurélio morava em um edifício dos anos 1950, na  praça da República, centro de São Paulo, que mereceria um trato na parte externa. Não tem luxos ou nome francês, marca de condomínio de classe média. O amplo apartamento é um caos em vias de organização, como ele definiu quando estive lá para um almoço, em março deste ano. Livros em profusão, DVDs e CDs - sim, MAG ainda não baixava filmes ou músicas -, posteres, papeis e mais papeis e uma cozinha repleta de garrafas de rum de variadas marcas. Um agradabilíssimo bunker para sua imensa cultura e vivências de militância, enfrentamentos, exílio, estudos, andanças e formulações no governo ou fora dele.
3. E o livro, Marco? Que livro? O livro que você deve estar escrevendo sobre o governo. Ele ri, maroto. Verdade, estou reunindo essa papelada, caixas e mais caixas, vou compilando, separando, pré-editando e tentarei dar forma. Para quando é, Marco? Não sei, pretendo ter tudo pronto lá para setembro do ano que vem. Cadê livro? Perdemos. Perdemos a memória privilegiada de quem colocou o Brasil no mapa-mundi, juntamente com Celso Amorim. Ele conta que ambos formaram uma dupla m impressionantemente afinada, que não raras vezes se encontrava em aeroportos, um vindo, outro indo ou vice-versa.
4. A partir daí, a conversa fluia. Qual a melhor versão do "Homem que sabia demais", de Hitchcock, o da fase inglesa ou o da americana? Ninguém fala muito, mas os chocolates venezuelanos se equiparam a alguns dos melhores suíços. Tintin é o que de mais divertido foi feito na Europa em matéria de quadrinhos, apesar do reacionarismo de Hergé. Queria escrever como Garcia Márquez. A prosa de Marco era refinada e divertida, mesmo quando não se debruçava sobre seu tema de interesse desde os tempos do movimento estudantil, a política externa.



5. Nunca soube porque Dilma não o nomeou chanceler. Talvez fosse falta de visão da mandatária numa área estratégica, como em todas as outras. Pois MAG consolidou uma vertente original nessa área, combinando interesses econômicos e políticos com uma visão anti-hegemônica clara. Sem fazer lobbies ou defender ganhos pessoais, firmou-se como leme de uma diplomacia que tinha o desenvolvimento e a construção de novas parcerias Sul-Sul como meta. É possível discordar de sua orientação, mas não duvidar de sua coerência.
6. No governo, desenvolveu agendas por vezes estafantes, mas nunca deixou de atender pedidos para palestras ou debates. Foi um entusiasta da Conferência de Política Externa que montamos na UFABC, em 2013, com o esforço exemplar - entre outros - de Giorgio Romano, Gonzalo Berron, Igor Fuser, Iole Iliada Lopes e dezenas de professores, alunos, ativistas que - de forma injusta, eu sei - não vou conseguir lembrar aqui.
7. Brincava comigo. Você é a direita do PSOL e eu a esquerda do PT. Ainda vamos estar no mesmo partido. Estivemos, por muito tempo, embora eu fosse um militante para lá de irrelevante. No fundo, Marco Aurélio era um dos raros que se batia por uma esquerda ampla, plural e afiada nos propósitos. Intelectual sólido, com trânsito entre vertentes políticas variadas de todo o mundo, MAG era de fato único. Não há outro semelhante ou substituto não apenas no PT, mas na esquerda brasileira.
8. Eu estava numa banca de mestrado, quando, meio por acaso, vi a notícia de sua morte no celular. Uma pancada. Isabel Lustosa chama atenção para algo de suma importância: "A gente não pode deixar de pensar em como esse massacre diário, ao longo de mais de doze anos, deve contribuir para a morte de gente como Marco Aurélio Garcia". Não podemos deixar de pensar nisso não. Ao mesmo tempo, é fundamental ver que, com toda a tensão, MAG jamais saiu da linha de frente dos combates, mesmo com custos políticos e pessoais altíssimos.
9. Quando alguém como Marco Aurélio Garcia se vai, vale a pena olhar para o lado de lá, o lado da escória que nos assalta, e ver como eles são mínimos, medíocres e rasteiros. Se não existe um substituto do lado de cá, o lado de lá não tem figura que a ele se ombreie.
Nós não perdemos Marco Aurélio Garcia. Nós o ganhamos por 76 anos.

As imagens não mentem



Com Lula e Dilma o Brasil conquistou respeito e importância mundia, depois do golpe o país passou a ser humilhado e desprezado pela comunidade internacional, e continuará assim, até que um presidente ou presidenta seja eleita democraticamente e tenha legitimidade para governar tendo como alicerce a soberania do voto popular.




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Celac - os maiores objetivos

- Integração e concertação política -



O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, destacou, nesta terça-feira (26), durante o terceiro dia da IV Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), a vocação consensual e política do fórum, ao diferenciá-lo de outros mecanismos internacionais.

“Estamos aqui para discutir a situação do mundo hoje, criar e estreitar mecanismos de cooperação que nos ajudem a crescer, desenvolver e superar as crises. A Celac existe para criar consenso e concertação política entre os países. Tenho certeza de que o objetivo maior, que é a integração, vai se sobrepor a qualquer diferença”, ressaltou Vieira.

Sobre o projeto da chamada Agenda 2020, que traça metas de desenvolvimento para os 33 países da região para o período, Vieira enfatizou a importância de não se criar redundância em relação aos objetivos de outros fóruns internacionais.

“Estamos discutindo, vendo o que se pode fazer para não haver uma multiplicação de foros. Já existe a agenda 2030 [dos objetivos de desenvolvimento sustentável] da ONU, então não faz sentido estabelecer uma nova, que crie padrões próprios para a região, mecanismos específicos”, disse o chanceler, que participa hoje do encontro ministerial da Celac.

“Não é questão de substituir ou de criar todo um mecanismo novo. É de aproveitar as iniciativas que existem nos diferentes organismos e trazê-las, multiplicá-las dentro da Celac”, acrescentou.

A Agenda 2020, proposta pelos presidentes pro tempore da organização em 2014 e 2015 (Costa Rica e Equador, respectivamente), aborda cincos eixos: redução da pobreza extrema e a desigualdade; educação, ciência, tecnologia e inovação; meio ambiente e mudança climática; infraestrutura e conectividade; e financiamento para o desenvolvimento.

Segundo Vieira, além da Agenda 2020, os 33 países também discutirão até esta quarta (27) a cooperação em diversas áreas, como saúde, educação e combate à fome e à pobreza.




Integração regional

Fotografia: Ricardo Stuckert/Instituto Lula Na manhã dessa quarta-feira (13), aconteceu a abertura do seminário “A integração das cadeias produtivas na América do Sul”, promovido pelo Instituto Lula

Cuba: o tempo mostra que a estratégia brasileira foi acertada

A visita de Raul Castro ao Papa Francisco e a de Francois Hollande a Cuba marcam o momento de não retorno para os USA. A Cúpula das Américas, com a presença de Cuba e o encontro Raul e Obama, indicava que o reatamento das relações entre os dois países era real. Falta o fim do bloqueio econômico, que na prática ainda existe apesar dos avanços em áreas importantes, e que estrangula Cuba e sua economia. Daí o pedido público do presidente francês pelo fim do odioso embargo. O tempo prova como foi acertada e estratégica nossa política externa com relação a Cuba. Hoje somos um interlocutor privilegiado e ocupamos um lugar especial nas relações políticas e comerciais com o país, entrada do Caribe e amanhã porta de entrada para os mercados dos Estados Unidos — começando pelo da Flórida, onde o Brasil já tem uma presença marcante.

José Dirceu


Na Cúpula das Américas, Obama elogia Dilma e diz que Brasil é exemplo de combate a corrupção


Por Redação – com informações do Estadão
A presidente Dilma Rousseff ouviu finalmente do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, um tipo de pedido de desculpas, ainda que não tradicional, pela espionagem levada a cabo pela National Security Agency sobre o governo e empresas brasileiras. Ao responder se a crise estabelecida em 2013 pela descoberta da espionagem estava superada pela marcação da visita aos EUA para junho deste ano, Dilma revelou o que o presidente americano lhe falou durante a reunião bilateral de hoje: ele lhe ligará quando quiser saber algo do Brasil.
“O governo americano não disse só para o Brasil, mas disse para todos os países do mundo que os países amigos, os países irmãos não seriam espionados. E também tem uma declaração do presidente Obama: ele falou pra mim que quando ele quiser saber qualquer coisa, ele liga pra mim. (Eu) não só atendo, como fico muito feliz”, contou.
O encontro dos dois presidentes durou cerca de meia hora. De acordo com a presidente, os dois trataram dos temas de cooperação que o Brasil quer ver avançar na visita, entre eles cooperação na área de energias alternativas, educação, defesa e o programa Open Skies para a aviação civil.
Em discurso na Cúpula das Américas, a presidente ouviu elogios do presidente Barack Obama: “Vejam só o exemplo do Brasil, em combate a corrupção… Precisou-se que uma mulher chegasse ao poder para se começar a limpar a corrupção”, disse ele.
Descontraída, a presidente agradeceu quando foi elogiada pela elegância. E, ao ser perguntada se o presidente americano havia comentado sua nova silhueta – Dilma perdeu 16 quilos -, respondeu: “Olha, ele não elogiou. Mas eu gostaria que tivesse elogiado.”
Confira o artigo original Aqui