Clik no anúncio que te interessa, o resto não tem pressa...
Raridade nas amizades verdadeiras
E dizia mais: "Quem não tem amigos, merece encontrá-los; quem não tem nenhum, nunca os desejou". De mim, confesso: sempre fui muito seleto com amigos, e tive-os poucos, desde a juventude distante. Sei daqueles que nos cumprimentam com a ponta dos dedos, quase com nojo, e sei dos que nos procuram por interesse profissional ou pessoal.
Não confundo amigos com meros conhecidos, aproximados sem nenhuma razão especial. Esqueço-os no dobrar da esquina. Outro dia, dei-me ao trabalho de fazer uma lista dos amigos mortos. De amigos que só voltarei a encontrar dentro de mim, trazidos pela memória. Valha-me Deus! São 5, 10, 15... Um cemitério!
Ainda bem que os levo comigo, por onde quer que vá, e os ressuscito na luz de minhas recordações. É isso mesmo a saudade: -- o dom privativo de reviver os amigos mortos. Lembra-me poucos, bem poucos, alguns apenas pelo apelido, mas os vejo todos de olhos fechados, através das luzes de um passado já distante.
Agora, de todo afastado das ruas, preso a trabalhos no computador, numa espécie de exílio voluntário (com os telefones desligados), vivo na paz doméstica, com a família que eu amo, meus livros, minhas músicas, o cachorrinho Yorshire, meus pássaros. Tem coisa melhor? Não digo que me fecho aos colegas que me procuram.
Afinal, não sou homem de caverna. Mas repito: -- o tempo é seletivo, gosta de compor florilégios. Feita a escolha, aviva as imagens, banha-as de uma luz generosa, eliminando os excessos. A infância e a juventude constituem, por isso mesmo, suas inspirações prediletas, nem sempre rigorosamente fieis, já que a distância no tempo por vezes nos engana.
Mesmo assim, conservam para sempre as linhas fundamentais das amizades verdadeiras. Hoje, da minha geração, resta apenas um, com quem almoço a cada 15 dias. Como observa Henry Adams. "Um amigo durante a vida é muito; dois é demais; três, quase impossível. A amizade exige um certo paralelismo de vida, uma comunhão de ideias, uma rivalidade de objetivos". leia http://hapassos.blogspot.com)
Briguilino
A Globo resolveu usar a triste situação da Região Serrana do Rio para fazer politicagem
Para isso recorreu a uma edição absolutamente tendenciosa, o que é comum naquela emissora, mas que não se esperava que chegasse a tanto.
No Jornal Nacional, desta sexta-feira, 14, os editores utiilizaram passagens da reunião ministerial convocada pela Presidente Dilma Rousseff e juntaram as imagens a um texto que tratava enfaticamente da ajuda aos desabrigados e às cidades atingidas.
No texto, a repórter dizia que a tragédia da Região Serrana ocupara boa parte da pauta do encontro interministerial. Mas as imagens mostradas eram de um momento de descontração dos ministros em que mesmo a presidente sorria. A intenção dos editores era mostrar uma cena de descaso com o drama do Estado do Rio.
Essas pegadinhas de edição são muito comuns entre amadores. No youtube, podem ser encontradas centenas delas.
Mas não é hora de profissionais responsáveis pela informação pública brincarem de pegadinha quando o assunto é tão sério.
Ali Kamel é o responsável último por esta falta de respeito ás vítimas da tragédia e por este uso político do drama de milhares de pessoas.
por Carlos Chagas
O ritmo acelerado de Dilma trabalhar
Prioridade da Defesa Civil é prestar socorro a áreas isoladas
O comandante da Defesa Civil estadual, coronel Flávio Castro, disse ontem que a prioridade é resgatar vítimas das enchentes na Região Serrana que estão em áreas isoladas desde as chuvas de quarta-feira passada.
O prefeito de Teresópolis, Mário Jorge, informou que, enfim, equipes de resgate começaram a chegar a três locais onde havia moradores ilhados, quantro dias depois da tragédia.
.
"Os helicópteros do Corpo de Bombeiros estão trabalhando diariamente, levando comida e água para as áreas isoladas e resgatando quem ficou lá", disse ele, acrescentando que o trabalho será feito até que as máquinas consigam desobstruir os acessos àquelas regiões.
O número de mortos na Região Serrana já chega a 555 na tragédia que é considerada uma das maiores do planeta.
A cidade com mais vítimas é Nova Friburgo, com 248. Em seguida, vem Teresópolis, com 238, Petrópolis registra 43 mortes e São José do Vale do Rio Preto tem quatro.
Ontem, o governador Sérgio Cabral decretou luto oficial no estado por sete dias.