Mostrando postagens com marcador Mercado Financeiro. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Mercado Financeiro. Mostrar todas as postagens

Banco Mundial e agências de risco fazem manipulação explícita, por Paulo Kliass

Acontecimentos recentes apenas confirmam que o FMI - Fundo Monetário Internacional -, BIRD - Banco Mundial - e Agências de rating são todos ele filhos bastardos e não assumidos do mesmo sistema perverso e amoral do financismo internacional. Para tais instituições o importante é perpetuar os interesses dos que lucram com as atividades dentro do mercado financeiro global. Às favas com questões "menores e inferiores" como ética, justiça social, soberania nacional, desigualdade socioeconômica ou igualdade de tratamento.

Quadrilhão de Michê é quadrilhinha diante do Mercado Financeiro

Resultado de imagem para quadrilha temer


Os fortes indícios de corrupção apresentados contra Michel Temer, apontado pela PGR como chefe da quadrilha do PMDB, estão sendo praticamente ignorados pelo mercado; embora o noticiário político tenha esquentado nos últimos dias, o tom geral do mercado financeiro foi positivo; diferentemente do que acontecia até algumas semanas atrás, investidores têm demonstrado menor sensibilidade aos eventos vindos de Brasília; uma das razões para esse relativo descolamento entre economia e política, dizem gestores e economistas, são os sinais de que a atividade pode ter um ritmo de recuperação mais acelerado do que se previa, o que ajuda a melhorar tanto o cenário fiscal como as condições para as próximas eleições.

Economia


\o/
Bovespa tem maior alta em sete anos e dólar cai 2,65%.
Isso é reflexo da nomeação de Lula como ministro da Casa Civil.
O mercado financeiro e econômico aposta que o ex-presidente conseguirá ajudar a presidente Dilma a superar a crise atual (política e econômica).
Pelos números, dá pra ver que ele tem credibilidade.
Ficou complicado para os golpistas.
Melhor para oposição é construir um discurso e escolher um bom candidato a presidente em 2018.
Essa tese e prática de quanto pior melhor não ganha eleição. E no tapetão, também ganha não.
A coisa tá bicuda para os emplumados.
Se a eleição presidencial fosse hoje, eles não iriam nem para o segundo turno.

Mercado preocupado com a i-piauí Herald

Geneoplexado - A Operação Caça-Gazeteiro, deflagrada pela Polícia Federal, descobriu que o piauí Herald não é atualizado desde novembro. "Tem dedo do PT nessa história", apressou-se um blogueiro liberal. "Demos autonomia para a Polícia Federal, não para a imprensa!", declarou Dilma, antes de vociferar: "Que bandalheira é essa? Tudo tem limite!" A inconstância do quase diário preocupou os mercados. A bolsa caiu 50%, a Tele Sena acumulou e as barras de ouro já não valem mais que rapadura.




Pois bem, registremos que são falsos os rumores de que Garotinho assumirá a vice-presidência do piauí Herald. Também sem fundamento são os boatos de que Polícia Legislativa vem impedindo a entrada dos jornalistas na vasta redação do periódico. A verdade é que o Diário Mais Elegante do País já vinha operando com apenas um rim desde o último sucesso musical de Lobão.

No momento, todos os redatores deste tabloide foram varridos pelo furacão Alice. Trancafiados em um bunker, conseguem apenas passar horas a fio na companhia do Peixonauta e das canções de "Toquinho no Mundo da Criança".

Para não correr o risco de sofrer impeachment ou intervenção militar, a redação anuncia que os trabalhos serão retomados em 2015. O recesso será interrompido se e somente se Guilherme Fontes lançar "Chatô" nesse meio tempo. A partir do dia 22, contudo, nossa retrospectiva entrará no ar.


Vapt-vupt sobre a Petrobras com Dilma Invocada

Briguilino: Presidenta, que tem a dizer sobre os liberais estarem propagando aos gritos a privatização da Petrobras por causa das roubalheiras na empresa?

Dilma Invocada: Riso irônico - A iniciativa privada que eles - liberais - são, rouba a Petrobras. Depois faz campanha condenando a vítima e exigindo que o Estado doe a eles a empresa roubada. Seria engraçado, se não fosse roubo, cinismo e canalhice. Mas, o que tenho para dizer a essa gentalha é:
Continuem a desvalorizar as ações da Petrobras. Na hora certa a gente começa a recomprar e recompor o patrimônio nacional.
Briguilinks>>>

Marcos Coimbra - As “previsões” do mercado

Uma das peculiaridades do momento atual é a intensa e despropositada divulgação das especulações do mercado financeiro a respeito da eleição presidencial. Quase todo dia, a mídia oposicionista faz circular prognósticos eleitorais de bancos e consultorias. E trata-os como se merecessem crédito especial. Talvez considere que nessas empresas existam especialistas notáveis da vida política brasileira, cujas opiniões e pontos de vista precisariam ser conhecidos por todos.
Sem subestimar a competência dos profissionais do mercado financeiro, é fantasia imaginar que possuam grande habilidade analítica em assuntos políticos e eleitorais. Ao contrário, a regra é que estejam improvisados circunstancialmente no papel de “analistas políticos”, o que deixarão de ser tão logo passe a eleição. Em três meses, lá estarão de volta aos afazeres que conhecem, na interpretação de cenários do agronegócio no Piauí, da indústria de calçados ou do comércio de bebidas.
Os bancos, as consultorias econômicas e outras instituições financeiras, nacionais ou não, claro está, têm o direito de elaborar análises da situação política brasileira. E não é de hoje que monitoram os processos eleitorais, para avaliar o impacto dos resultados em seus negócios. Desde a eleição de 1994, muitos dos mais importantes tornaram-se clientes de institutos de pesquisa, às vezes por meio da contratação de pesquisas próprias, às vezes na busca de assessoramento técnico.
Duas coisas são diferentes neste ano. De um lado, há uma proliferação de atores menores, pequenas empresas que buscam espaço no campo das “previsões eleitorais”, algumas no esforço de vender um know-how que não possuem. Quem dispuser de dinheiro para jogar fora que as compre.
De outro, e mais importante, temos atualmente, na imensa maioria dessas “análises”, um extraordinário predomínio do desejado em relação ao observado. Nas “previsões eleitorais” disponíveis, o que encontramos é o retrato do que seus autores gostariam de ver, não do que é mais provável.
Isso fica claro no uso seletivo das pesquisas e na relutância em aceitar o que elas mostram de fato. É o inverso do que o mercado fez em eleições passadas, quando recebia os números com a cautela devida, mas não brigava com eles.
Hoje, a regra passou a ser não acreditar no que as pesquisas dizem e procurar pretensos significados “ocultos”, escondidos nas entrelinhas.
A larga vantagem de Dilma Rousseff, que tem, sozinha, mais intenções de voto do que a soma dos adversários? O fato de ela ter o dobro do segundo colocado e quase cinco vezes o obtido pelo terceiro? A constatação de que os “outros candidatos” sempre terminam com desempenho modestíssimo na urna e são irrelevantes para propiciar o segundo turno? A dianteira da presidenta ante todos em um possível segundo turno? Não dizem nada para quem gasta tempo a perscrutar tabulações e cruzamentos de dados à cata de algum sinal negativo para a presidenta.
E nossa história eleitoral, que indica que quem mais cresce quando começa a propaganda eleitoral na tevê e no rádio são os candidatos à reeleição? E a experiência internacional, que mostra que o “tempo de antena” é um fator decisivo nas eleições modernas? Nada, tudo seria irrelevante, pois viveríamos agora em um hipotético mundo pós-televisivo, no qual o eleitorado conheceria e selecionaria os candidatos por meio das redes sociais.
Engraçado: nas pesquisas esses analistas enxergam apenas o que lhes interessa: a “vontade de mudança”, a “rejeição a Dilma”, o “desgaste do PT”. Para isso serviriam, mas, para qualquer outra coisa, poderiam ser desconsideradas.
As “análises eleitorais” do mercado são hoje pouco mais que exercícios de wishful thinking (quando não são armações para lucrar à custa dos incautos). Os responsáveis por elas fazem “previsões” com base nos desejos de um determinado resultado. Preferem a derrota de Dilma e a anunciam ao mundo.
Lembram o que alguns “analistas” brilhantes da mídia oposicionista ofereceram aos diplomatas norte-americanos na última eleição e o WikiLeaks revelou: um monte de interpretações equivocadas e previsões furadas. No fundo, são muito semelhantes aos comentaristas e colunistas da mesma mídia hoje em dia. Apenas torcedores. Nada mais.

Já não se fazem mais socialistas como antigamente

Pois não é que o deputado Beto Albuquerque, líder do PSB - Partido Socialista Brasileiro - na Câmara Federal, está a defender os , agiotas, parasitas - rentistas - nacionais e internacionais?...

Vejam:

 "O Mantega versão 2014 evoluiu da contabilidade criativa para a contabilidade do calote. Não paga as contas e diz que fez superávit."

Beto Albuquerque, Deputado (RS)

O capitalismo financeiro é uma utopia

Em 1997 o  PFF - Produto Fictício Financeiro - era 15 vezes o PIB mundial. Passado 15 anos é de 60 vezes mais. Qualquer pessoa com o minimo de inteligência e bom senso sabe que isto não se sustenta é uma mentira deslavada esta " riqueza ".

Quando isto vai acabar, quando pelo menos os governos começarão a regular este mercado?

Quando não sei. Mas, que isto será regulado...será!

Porém, antes disto haverá muito sofrimento, dor para nós pobres  [ pobres mortais ].

Tem mais: 
A potência mundial do futuro será a que resolver esta questão da banca que joga sem dinheiro para pagar as fichas.


por Carlos Chagas


Eu sou você amanhã, diz a Grécia ao Brasil e demais países do mundo que seguem a receita neoliberal da banca mundial

A receita tem sido a mesma há milênios: quando as nações ricas defrontam-se com dificuldades por elas mesmo criadas, recorrem às nações pobres, seja para aumentar-lhes os encargos, seja para surripiar ainda mais seu patrimônio. Vai ecoar até o final dos tempos o conselho da bruxa inglesa aos endividados do terceiro mundo: “vendam suas riquezas”.
                                                      
A crise na Grécia deve-se mais aos empréstimos que o mercado financeiro internacional oferecia e impunha aos governos de Atenas do que à óbvia  imprevidência de seus dirigentes. Agora, quando  os gregos chegaram à insolvência anunciada, assiste-se à rotineira vigarice dos credores: os  aportes de bilhões de euros jamais sairão dos bancos alemães, ingleses e franceses, muito menos dos organismos internacionais que fingem destiná-los sob o rótulo de ajuda emergencial. Ficarão nos respectivos cofres e até engrossarão, por conta dos juros cobrados.
                                                    
Em compensação, exigem da população sacrificada a redução de 22% no salário mínimo, o corte de 10% nos salários de quem tem menos de 25 anos, o congelamento dos demais salários, a demissão de 150 mil funcionários públicos, a diminuição das isenções fiscais, a privatização das empresas estatais e cortes no orçamento, com ênfase para os investimentos sociais. Como em séculos passados já roubaram a maior parte do patrimônio artístico da Antiga Grécia, só falta agora exigirem a exportação do Partenon, inteiro ou aos pedaços. 
                                                     
A sociedade grega paga a conta, mas o mundo mudou e povo está na rua. Nas telinhas e páginas de jornal assistimos a sagrada ira dos que não tem  mais nada a perder, pois perderam tudo, ou quase tudo. Queimam a sua capital, botam a polícia para correr e depõe sucessivos governos. O mesmo aconteceu e acontecerá na Irlanda, Portugal e adjacências, pela simples razão de estar-se  esgotando o modelo canibalesco dos ricos. Vai demorar um pouco, ainda, até o advento de uma nova ordem econômica européia e mundial, mas outra saída não existe.
                                                       
Toda essa tragédia se expõe por conta daquela propaganda de vodca. Nós somos eles, amanhã? Apesar de toda a cortina de fumaça publicitária e da ilusão dos atuais detentores do poder em termos superado o subdesenvolvimento, que ninguém se iluda: aumentando as agruras do sistema financeiro internacional, em especial americano, mas sem esquecer o nacional, onde seus mentores buscarão alívio senão na população e nas riquezas  aqui no quintal? Quantas vezes em nossa História repetiram a fórmula mágica de desviar  recursos brasileiros para sustentá-los em suas aventuras? Já foi pau-brasil, depois cana-de açúcar, ouro, diamantes, café, borracha, areias monasídicas, biodiversidade, petróleo, terras e muito  mais. Se bobearmos, até água, de que dispomos em profusão.
                                                                
Salários, já os temos estrangulados. Vá qualquer banqueiro tentar  viver com 622 reais por mês. Privatizações? Chegamos ao limite, ou melhor, o PT chegou. Cortes orçamentários? Dona Dilma que responda. É bom tomar cuidado.

As cordas e os marionetes

Crise na Europa e Mercado Financeiro

Na recente reunião do G20, em Cannes, na França, a presidente Dilma Rousseff falou claramente que a crise econômica global, que afeta sobretudo a Europa, não pode ser combatida com desemprego e arrocho. Não sei se foi ouvida ou se não quiseram ouvi-la, mas é importante que o Brasil reafirme essa posição, no momento em que o discurso neoliberal tenta recuperar sua hegemonia numa Europa combalida e põe e dispõe de governantes.

O cenário que assistimos agora é alarmante. O capital financeiro, causador da crise que atinge severamente a Europa, e também os Estados Unidos, consegue se dissociar dos males que causou e cobra por eles. As populações, perplexas, não conseguem reagir e consideram natural esta completa inversão de valores. A velha cantilena da redução do Estado aparece com força total, com a banca ditando o que os países podem e devem fazer.

O primeiro-ministro grego George Papandreu cogitou promover um referendo para ver se a população do país concordava com os sacrifícios que lhe são impostos pela União Européia e foi levado a abandonar o cargo e substituído por outro, que aplique as medidas de austeridade exigidas para a continuação da ajuda financeira que reduza a dívida impagável. Só que estas medidas – cortes de gastos, principalmente os sociais, mais impostos e privatizações – resultam justamente na falta de crescimento do país e no aumento do desemprego. Nenhum país sai da crise com política recessiva. Só quem tem a ganhar com essas medidas são os credores.

A bola da vez agora é a Itália e seu bufão primeiro-ministro Silvio Berlusconi, que também está pela bola sete. Não por ser contra o mercado, mas por ter perdido a confiança interna e se tornado incapaz de impor a agenda recessiva estabelecida pela banca. Papandreu e Berlusconi são os exemplos mais recentes das marionetes em que se transformaram os governantes de Estados fracos, que abdicaram de suas soberanias.

As populações, que elegeram democraticamente seus governantes, os vêem sem poder e desconectados de suas aspirações. O sacrifício que lhes é imposto não retorna para eles e nem para seus países. Vão direto para os bancos. O que parece em jogo não é uma recuperação econômica e a melhoria das condições de vida, e, sim o pagamento das dívidas. O nome crise da dívida é significativo. Trata-se de pagá-las a qualquer custo e não equacioná-las para que ocorram sacrifícios dos dois lados em nome de um bem comum. Este simples valor desaparece diante da cobiça e da fúria liberal.

O perigo desta situação é a descrença na própria democracia e em suas formas de representação. Os governantes à frente dos países em crise são de diferentes matizes e isso não impediu que tivessem ou venham a ter o mesmo destino: o descarte. Os atores principais não são os mandatários das nações nem as populações. O jogo é jogado a portas fechadas pelos donos do capital, que puxam as cordas das marionetes.
A situação só pode mudar se o controle das cordas mudar de mãos. Como cantava o compositor português Sergio Godinho numa canção antiga, mas que não perde a atualidade, “o mandão é que põe e dispõe, mas o povo é que manda no povo, isso é claro, claro, mais claro que a gema do ovo”.
Por Mair Pena Neto

7 Coisas que o Ratenberg me ensinou ontem


  1. Pagar a maior taxa básica de juros do mundo... faz bem ao Brasil.
  2. Se o BC aprova mais juros ainda...é livre.
  3. Se o BC aprova menos juros...é tutelado.
  4. Que a presidente [eleita com mais de 60 milhões de votos]...não tem direito de sequer falar sobre juros.
  5. Que o Deus " mercado " é somente o mercado financeiro...mercado de trabalho, mercado produtor não conta.
  6. Que pagar juros reais de quase 100% a mais que a inflação é ótimo para o Brasil.
  7.  Que é verdade: "Todo homem que se vende, recebe sempre mais do que o que vale".

O mercado financeiro é um problema


A economia brasileira está crescendo mais devagar, mas o governo está reduzindo seus gastos para aumentar seu superavit primário, algo que pode desacelerar a economia ainda mais.
A produção industrial caiu 1,6% em junho, e a atividade econômica caiu pela primeira vez desde 2008.
Embora as cifras mensais sejam erráticas e não necessariamente indiquem qualquer tendência, o quadro maior provoca perguntas sobre se a política seguida pelo governo é apropriada, diante dos crescentes riscos e ventos contrários na economia global. Não me interprete mal. A política e os resultados econômicos do Brasil desde que Lula foi eleito, em 2002, têm tido uma melhora imensa em relação a FHC.
Este, que foi objeto de muito amor e afeto em Washington por ter implementado as políticas neoliberais do “Consenso de Washington”, presidiu sobre um fracasso econômico. 

A economia cresceu meros 3,5% por pessoa durante seus oito anos. A performance de Lula foi imensamente melhor; com crescimento per capita de 23,5%, com um aumento real de 60% no salário mínimo e reduções consideráveis no desemprego e na pobreza, realmente não existe comparação. É provável que o mandato de Dilma tenha resultados ainda melhores.
Mas o Brasil tem um problema estrutural que é semelhante a um dos problemas maiores que temos nos EUA: o setor financeiro é grande demais e detém poder excessivo.
Como este setor não tem muito interesse no crescimento e desenvolvimento -é muito mais obcecado por seus próprios lucros e por minimizar a inflação-, seu controle sobre o Banco Central e a política macroeconômica impede o Brasil de realizar seu potencial. E o potencial do país é imenso: entre 1960-1980, a economia brasileira cresceu 123% por pessoa. Se o Brasil tivesse mantido esse ritmo de crescimento, os brasileiros hoje teriam padrões de vida europeus.
A inflação está em queda no Brasil no momento -nos últimos três meses foi de 4% ao ano, contra 7% no ano passado. Tirando os interesses estreitos do setor financeiro, não existem razões para sacrificar crescimento ou emprego para reduzir a inflação. O setor financeiro é também o maior vilão por trás da sobrevalorização do real, que está prejudicando a indústria e o setor manufatureiro brasileiros. O Banco Central combate a inflação elevando o valor do real, com isso barateando as importações. Mesmo quando o governo tenta puxar o real para baixo, a nível mais competitivo, o fato de o setor financeiro negociar com vários derivativos impede de fazê-lo.
Entre os anos 2002-2011, a Argentina cresceu 90%, o Peru, 77%, e o Brasil, 43%. Não há razão pela qual o Brasil não possa ter uma das economias de mais rápido crescimento da região, ou mesmo do mundo.
Nos últimos quatro anos, o setor financeiro do Brasil cresceu cerca de 50%, três vezes mais que o setor industrial. Hoje os salários dos gerentes de alto nível estão mais altos que os dos EUA.
Isto não é apenas um enorme desperdício de recursos -é muito mais destrutivo ainda devido à influência política desse setor.

por Mark Weisbrot 
Tradução de CLARA ALLAIN

O pacote cambial e a jogatina financeira

A  decisão mais contundente do pacote cambial anunciado 4º feira ficou um tanto escondida por configurar, ainda, apenas uma possibilidade. A Medida Provisória 539 dá ao Conselho Monetário Nacional a prerrogativa de, a qualquer momento, exigir que os especuladores do mercado futuro de dólar elevem a margem relativa ao valor das apostas. Ou seja, façam depósitos de garantia em dinheiro vivo proporcionalmente  maiores que os percentuais vigentes. 

Em qualquer cassino o apostador compra fichas no valor correspondente  ao seu lance. Na roleta do mercado futuro de câmbio não é assim.  O especulador só precisa depositar 8% do valor da aposta, o que lhe dá enorme poder de 'alavancagem': com menos de US$ 1 milhão, pode reunir contratos de US$ 10 milhões --multiplicando por 10 os ganhos com eventual queda do dólar. Graças às facilidades concedidas aos jogadores, passam por essa roleta diariamente mais de US$ 15 bilhões, cerca de dez vezes o volume físico de dólar negociado no país, exercendo um poder desproporcional sobre as cotações . 

O cassino do dólar é um dos brinquedos do parque temático rentista instalado no país, cuja principal atração chama-se 'carry trade': consiste em tomar empréstimo a juro zero lá fora e aplicar aqui a uma taxa real de 6,8%, a maior do planeta. Esse, na verdade, é o grande vilão da taxa de câmbio, que transforma a economia numa esponja, com dólares que entram por todos os poros em busca de rentabilidade sem igual num mudo mergulhado em recessão e liquidez.

O pacote cambial ergue a comporta do dique e dá ao governo, ao Conselho Monetário, o poder de manejar para cima o mecanismo quando for o caso. Mas não ataca o vertedouro inclinado dos juros que atrai massas descomunais de dinheiro especulativo para a economia.

 É difícil separar o joio do trigo nesse caudal em que especuladores e tesourarias de bancos e empresas --inclusive nacionais-- muitas vezes se confundem. 

O conjunto forma uma avalanche que barateia o dólar e impulsiona as importações com dois efeitos contraditórios: arrefece a inflação com o ingresso de mercadoria barata, mas transfere emprego e produção para o exterior.É um corner estratégico para o qual não existe resposta estritamente técnica. No fundo trata-se de escolher a sociedade que se quer construir no Brasil. 

A desordem cambial reflete um desarranjo mais amplo nos preços básicos da economia --entre os quais a taxa de juros se sobressai como um aspirador que suga recursos ao rentismo, em detrimento de outras prioridades. Reordenar essa equação requer uma negociação política mais ampla. O governo teme que uma redução abrupta do fluxo de dólares, decorrente de um efetivo controle cambial, encareça subitamente as importações, prejudicando o combate à inflação. Por isso age na margem. O risco existe. Mas existe também alternativa: uma repactuação política das bases do crescimento, coisa complexa, mas talvez menos fluida do que controlar caso a caso a esponja da especulação cambial.
Carta Maior

por Zé Dirceu

Cinismo e pantomima na Europa
zé dirceu - um espaço para discussão no brasil
Continuamos a assistir uma pantomima patrocinada pela Alemanha e pela França, cujos bancos e governos são os responsáveis por tudo o que aconteceu na Grécia, ainda que joguem toda culpam nas autoridades e empresários gregos. A verdade é que os bancos alemães e franceses quebrariam se a Grécia quebrasse. Todo o resto é pura encenação.

A crise Europeia tem suas raízes na norte-americana e nos mesmo modelo de endividamento das famílias e empresas - via especulação imobiliária e financeira, ou via consumo irreal, estimulado pelos bancos e empresas. Agora só resta a farsa e a conta para os trabalhadores, que pagarão duas vezes a crise, no endividamento dos Estados para salvar os bancos e, agora, no ajuste para salvar o Estado.

O cinismo alemão não tem limite. Um dos seus bancos, o Helaba, de atuação regional, simplesmente se retirou do teste quando se deu conta que seria reprovado. Na verdade são dezenas de bancos no limiar da reprovação. E, na verdade, são 50 bilhões de euros o capital necessário para dar garantias ao sistema. Não se trata apenas 9 bancos e 2,5 bilhões de euros, como alegam algumas manchetes de jornal. Tudo não passa de uma encenação que não resistira aos fatos.

Quintal republicano

Já, nos Estados Unidos, assistimos um espetáculo só maior que o de 2009, quando o governo e o elite financeira americana jogaram no lixo toda pregação e teoria que nos enfiaram goela abaixo durante décadas. Foi como salvaram seus bancos: endividando o pais até o limite. Só não contavam com o fanatismo Republicano, que não aceita o aumento do limite de endividamento do país. Colocam em risco o próprio sistema e a credibilidade da maior economia do mundo. Como vemos cada um cuida de seu quintal e que se dane o mundo...

Bacanal financeiro

 O mundo animal, mineral e vegetal sabe que os States estão falidos e não pagam. Esta do presidente Barak Obama exigir do congresso americano  aval para contrair mais dividas  é uma piada de péssimo gosto. Os yanques não tem dinheiro para pagar o que deve e ainda tem quem empreste mais ainda, qual é a lógica?...

A do malandro brasileiro: "Devo não nego. Pago quando puder. Se Deus quiser  e a polícia permitir""... diz a velhinha Briguilina


por Paul Krugman


"LIÇÕES DA CRISE FINANCEIRA DE 2008 ESTÃO ESQUECIDAS"!
            
1. Com uma rapidez vertiginosa, as lições da crise financeira de 2008 foram esquecidas, e aquelas mesmas ideias que nos jogaram nesta crise – a regulamentação é ruim, aquilo que é bom para os banqueiros é bom para os Estados Unidos e as reduções de imposto são a cura universal para todos os problemas – recuperaram a sua influência.  A economia do trickle-down (doutrina econômica baseada no estímulo à prosperidade dos mais ricos, que “gotejaria” para os mais pobres) – e especificamente a ideia de que tudo o que fizer aumentar os lucros das corporações é bom para a economia – está retornando ao cenário econômico.
          
2. Esse fato parece ser bizarro. Nos últimos dois anos, os lucros das companhias dispararam, enquanto o desemprego continuou em níveis desastrosamente elevados. Por que alguém deveria acreditar que a entrega de mais dinheiro às corporações, de forma incondicional, provocaria a criação mais rápida de empregos?  O argumento básico é que tudo aquilo que deixar mais dinheiro nas mãos das corporações significará mais empregos. Ou seja, temos a teoria do trickle-down na sua forma pura.
          
3. As corporações dos Estados Unidos deveriam pagar impostos sobre os lucros das suas subsidiárias no exterior – mas somente se esses lucros forem transferidos para a sede da companhia. Agora há um movimento solicitando que seja oferecida uma anistia segundo a qual as companhias poderiam repatriar os seus lucros sem praticamente pagarem impostos. E até mesmo alguns democratas estão apoiando essa ideia, alegando que isso criaria empregos. Um presente fiscal similar foi oferecido em 2004. E o fracasso foi total. As companhias de fato tiraram proveito da anistia para transferir bastante dinheiro para os Estados Unidos. Mas elas usaram esse dinheiro para pagar dividendos, saldar dívidas, adquirir outras companhias, comprar de volta as suas próprias ações – ou seja, para tudo, menos aumentar os investimentos e criar empregos.
          
4. Todos sabem que as corporações já estão com reservas enormes de capital e que elas não estão investindo esse dinheiro nos seus próprios negócios. É pura besteira afirmar que um presente fiscal para as corporações criaria empregos ou que a suspensão dos cortes de impostos para jatos executivos destruiria empregos.  A nossa economia necessita é da criação direta de empregos pelo governo e de um alívio da dívida de hipotecas para os consumidores estressados. Mas ela não necessita de uma transferência de bilhões de dólares para corporações que não têm a menor intenção de contratar ninguém, a não ser mais lobistas.




Mercado financeiro

A ganância e impunidade do sistema financeiro vai levar o mundo a uma crise muito pior que a de 29, é questão de tempo [e pouco tempo]...

Os States a muito faliu, a Europa vai pelo mesmo caminho, o que fazer para evitar?...

A única coisa que pode ser feita é esperar para ver o caos, nada pode ser feita para evitar a desgraceira.

Vai chegar a hora dos banqueiros, agiotas e especuladores tomarem os mesmos remédios que eles receitam e dão aos outros [nós pobres mortais].

Quem estiver vivo, verá!

por Brizola Neto

O economista Paulo Nogueira Batista Jr, publica um artigo hoje em que, delicadamente, chama de “pensamento grupal” o que mereceu o nome – fora de moda, hoje – de pensamento único.
Diz ele:

Nas últimas semanas, tivemos um exemplo extraordinário de pensamento grupal – a forte reação do mercado à decisão do Banco Central de aumentar em “apenas” 0,25 ponto percentual a taxa básica de juro. Se bem percebi daqui de longe, foi uma unanimidade ululante. O aumento foi considerado “insuficiente” para o controle da inflação, indício de fraqueza do BC e até mesmo da sua suposta subordinação ao “desenvolvimentismo” que domina o Ministério da Fazenda.Fantástico. Quem ouve esse coro de especialistas e financistas e não tem acesso a certas informações básicas pode ficar completamente desorientado. Na realidade, entre os bancos centrais de economias emergentes, o do Brasil está entre os que reagiram mais rapidamente, em termos de política de juros, ao risco de aquecimento. Desde abril de 2010, a meta para a taxa Selic passou de 8,75% para 10,75% no final do ano. No governo atual, os aumentos continuaram, com a taxa alcançando 12% depois da última decisão do Copom”.
E essa, acrescenta ele, é uma taxa gorda, pra rentista nenhum botar defeito. Dá o triplo da taxa real de juros de qualquer país do mundo, mostra ele, assinalando que, de 40 grandes economias, hoje 36 praticam taxas negativas – isto é, os juros públicos são menores que a inflação.
Então, o que é a política financeira que o “pensamento único” defende para o Brasil, tão original quanto a jaboticaba, que só dá aqui?
Acho que se compõe de três fatores.
O primeiro, o crônico “subalternismo” de nossas elites e das camadas intelectuais que a elas aderem, porque reproduzem com elas o mesmo tipo de atitude.  Quem não tem, nem digo a capacidade, mas ao menos o desejo de pensar por sua própria cabeça, repete o que ouve, com a genialidade do papagaio.
O segundo, o poder avassalador e a natureza homogênea de nossa mídia – um monolito que é apenas triscado pelas exceções na imprensa, como o próprio artigo de Nogueira Batista e a blogosfera independente – que trabalha exclusivamente sob a ótica do capital e, mais, sob a visão de que a prosperidade brasileira é a prosperidade colonial, que depende de sermos agradáveis, disponíveis e dóceis às metrópoles – e a metrópole é o capital, nem mesmo as economias centrais, que agem diferente do que suas lições nos apregoam.
E o terceiro é o fato – bom e ruim, ao mesmo tempo – de sermos um país tão vasto, tão rico e tão capaz que, mesmo sangrado impiedosamente, é capaz  não apenas de sobreviver como de,  mesmo com pequenas e pífias defesas, agigantar-se.
Então, o pensamento grupal a que se refere Nogueira Batista é mesmo, como ele próprio diz, o pensamento – e a defesa dos interesses – da “turma da bufunfa” e dos satélites tecnocráticos e midiáticos que gravitam em torno dela. E é difícil fugir do poder de atração deste “buraco negro” da inteligência econômica, que a tudo devora, como um vórtice.
As razões do lobo se autoconstróem e, se deixarmos nossos pensamentos e atos seguirem por sua lógica, seremos sempre a presa a ser devorada.
Não tenho muita esperança de que se forme, espontaneamente, uma corrente majoritária de pensamento econômico fora desta “ordem mundial”, que tem duas regras diferentes para os dois personagens da fábula.
A nossa sorte é que, de um lado, passamos a ter governos que, mesmo sem romperem com ela abruptamente, deixaram de balir como cordeiros e, já agora, procuram dizer que ela faliu em seus próprios pressupostos, pois o lobo mal dá conta de se manter de pé.

EuroBank

[...] é comprado pelo Banco do Brasil por US$ 6 milhões

Foto

O BB informou hoje (25) que fechou contrato para aquisição de 100% do capital social do banco americano EuroBank, pelo valor de US$ 6 milhões. 
A aquisição contribuirá para a expansão dos negócios do BB nos Estados Unidos e lhe permitirá atuar no mercado de varejo americano, com foco no atendimento das comunidades brasileira e hispânica residentes naquele país. 
O BB afirma que os ativos do EuroBank estão avaliados em US$ 102,1 milhões, enquanto a carteira de crédito e os depósitos totalizam US$ 74,8 milhões e US$ 91,4 milhões, respectivamente. Já o patrimônio líquido do banco é de US$ 5,5 milhões.

por José Paulo Kupfer

As voltas que o mundo dá
As manchetes dos principais portais de notícias do mundo nesta segunda-feira parecem surreais. Quem poderia imaginar que, um dia, uma agência de classificação de riscos, no caso a Standard & Poor’s, poderia diminuir a nota dos Estados Unidos?
Em linguagem técnica, os analistas dessa tão prestigiada quanto polêmica empresa mudaram a perspectiva para o rating do governo americano de estável para negativa.
Em língua de gente, significa dizer que essa agência, em tese especializada em avaliar a capacidade de pagamento de emissores de dívida (sejam governos ou empresas), está alertando o mercado que a situação fiscal dos Estados Unidos inspira cuidados no longo prazo.
No limite, a S&P, como é conhecida, diz que os EUA, ainda considerados o porto-seguro do mercado financeiro mundial, não são assim tão seguros. Ou ao menos não são confiáveis hoje como eram num passado nem tão distante.
Há dez anos, quando Bill Clinton deixou o governo, em 2001, o Tesouro americano estava recomprando dívida. Ou seja, a quantidade de títulos públicos do país em circulação no mundo diminuía ano a ano. E a confiança fazia caminho oposto: só crescia.
Bush filho assumiu e, de cara, lançou mão de estímulos fiscais para tirar a economia da recessão em que se encontrava. A política de aumento de gastos públicos e frouxidão monetária foi amplificada em 2008, na crise que aquela política ajudou a produzir.
Só com muito dinheiro do governo – põe dinheiro nisso – os EUA conseguiram evitar que a crise fosse tão grave como a de 1929. Praticamente sem alternativa, Barack Obama manteve e ampliou mais um pouco a política frouxa que herdou.
Vá lá que a S&P, bem como suas principais concorrentes (Moody’s e Fitch), ficou com credibilidade para lá de arranhada depois de comer bola na crise asiática dos anos 90 e, principalmente, na própria crise do subprime americano em 2008. Mas, para o bem ou para o mal, suas avaliações são acompanhadas de perto pelos investidores.
Ver a nota da dívida americana rebaixada nem em histórias de ficção era considerado possível. Mas o mundo econômico, desde a quebra do Lehman Brothers, tem dando voltas. Mais do que voltas, tem dado cambalhotas.
A mensagem é clara e socrática: tudo o que sabemos da economia internacional hoje é que nada sabemos.