Vacinação contra poliomielite
Holocausto Palestino
Sionismo é sinônimo de nazismo
o que é o amor?
Lula: vou continuar chorando a morte de crianças
Presidente Lula: "Não é porque o Hamas cometeu um ato terrorista contra Israel, que Israel tem que matar milhões de inocentes! Não é possível que as pessoas não tenham sensibilidade"!
— CostaJr2023 (@CostaJr2023) November 11, 2023
"Podem me criticar o quanto quiserem, o Lula vai continuar falando em paz, o Lula vai continuar… pic.twitter.com/rKtpFecIln
Estado terrorista
OMS - Organização Mundial da Saúde - afirma que 20 hospitais na Faixa de Gaza foram atingidos por bombardeios israelenses.
Quanta diplomacia. O certo seria afirmar:
Vinte hospitais palestinos foram bombardeados pelo Estado terrorista de Israel.
Mas, terroristas são sempre os outros.
Corja!
Terroristas são os outros
O Estado terrorista e genocida de Israel impede que cidadãos do mundo inteiro saiam da Faixa de Gaza e ninguém diz que eles mantém milhares de pessoas como reféns, por que será?
Talvez porque terroristas são sempre os outros...
Qual a diferença do holocausto judeu (?) e o palestino?
Apenas uma, o nazismo classificava aleijados, ciganos, negros eetcetera como "raça inferior".
Os nazistas judeus e israelenses se julgam superior, principalmente aos arabes árabes.
Tanto os nazistas alemaẽs quanto os israelenses ou de qualquer parte do planeta Terra estão absolutamente errados.
E, jamais serão vencedores.
As vitórias que imaginam ter será sempre uma homenagem a Pirro.
O tempo vai mostrar quem está certo.
Holocausto palestino
Estado de Israel deixa mais de 600 mil humanos sem água e pode causar um dos maiores genocídios da história.
E terroristas são os outros.
Corja!
Imagem real vale mais que milhões de palavras
Mapa Palestina x Israel
Parafraseando o Google AdSense
Aviso importante: atualização sobre Israel
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Já aplicamos medidas relacionadas a declarações sobre a guerra na Ucrânia quando elas violam as políticas existentes. Por exemplo, a política de conteúdo perigoso ou depreciativo proíbe a monetização de conteúdo que incite a violência ou negue eventos trágicos. Esta atualização tem como objetivo esclarecer e, em alguns casos, ampliar nossas orientações para editores relacionadas a este conflito. |
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Holocausto palestino
Arrogância como arma de guerra
"Os judeus têm 155 Prêmios Nobel. Os muçulmanos têm dois. Isso parece uma espécie de grande vantagem para a equipe hebraica".Este tipo de posicionamento está na raiz do sentimento de superioridade racial que hoje inspira segmentos hegemônicos das comunidades judaicas e dá suporte às ações genocidas em Gaza, numa internalização de símbolos dos seus algozes nazistas, o que tem assustado até a sionistas convictos, como Roger Cohen, que expressou essa preocupação no New York Times há alguns dias: "O que não posso aceitar, no entanto, é a perversão do sionismo que tem visto o crescimento inexorável de um nacionalismo israelense messiânico reivindicando toda a terra entre o Mar Mediterrâneo e o Rio Jordão; que, durante quase meio século, produziu a opressão sistemática de outro povo na Cisjordânia; que levou à expansão constante dos assentamentos israelenses; que isola os palestinos moderados em nome de dividir para reinar; que persegue políticas que tornam impossível continuar a ser um Estado judeu e democrático; que busca vantagem tática ao invés do avanço estratégico de uma paz baseada em dois Estados; que bloqueia Gaza com 1,8 milhão de pessoas trancadas em sua prisão e depois é surpreendido pelas erupções periódicas dos detentos; e que responde de forma desproporcional ao atacar de uma forma que mata centenas de crianças".Há uma estreita ligação ideológica entre orgulhar-se da "liderança" de judeus no Nobel e a arrogância com que Israel reagiu à atitude corajosa da presidenta Dilma Rousseff, que condenou os massacres recentes com atos concretos, seguida por outros países indignados. Mandar um funcionário do quarto escalão polemizar com a chefe de Estado do Brasil com insultos grosseiros reflete a convicção de Israel de que o Brasil é titica diante da superioridade emanada de um "Estado superior", inflado por uma estratégia colonial que visa o domínio total e absoluto de toda uma região rica em petróleo. A arrogância é uma perigosa opção de natureza compensatória, mas é também um calculado posicionamento destinado a informar ao mundo que Israel não está nem aí para a opinião pública internacional, para a ONU e até para Washington. É como se estivesse mandando um recado sugerindo a existência de um esquema autônomo para dar continuidade ao projeto expansionista da conquista de novas áreas com vistas ao aumento da população israelense. Esquema que tem poderes inclusive sobre os Estados Unidos, que continuam derramando milhões de dólares nos subsídios de guerra ao aliado: na sexta-feira, dia 1, o Congresso norte-americano aprovou por unanimidade um reforço de mais U$ 325 milhões para gastos militares de Tel Aviv. Essa arrogância calculada se fez sentir mais uma vez neste domingo, dia 3, quando uma terceira escola da ONU foi bombardeada, obrigando o secretário geral da ONU e o governo norte-americano a encenarem reprovações para o consumo da opinião pública. O mais chocante é que a popularidade de Netanyahu em Israel e nas comunidades judaicas articuladas aumenta na proporção do maior número de vítimas civis entre os palestinos. Em sintonia com o massacre, sionistas ocupam as redes sociais de todo o mundo com um bombardeio de postagens destinadas a dar cobertura ao que consideram atos de legítima defesa. Isto é, apesar de algumas vozes discordantes, é com orgulho e determinação que os apoiadores assumem suas próprias trincheiras de comunicação, indicando o longo alcance dos objetivos do Estado de Israel. Essa arrogância é responsável por um balanço que pode mudar a cada instante: Até este domingo, o número de mortos em Gaza desde o início da ofensiva chegou a 1.737 e o de feridos a 9.080, segundo Ashraf al Qidra, porta-voz do Ministério da Saúde. Na Faixa de Gaza, mais de 520 mil pessoas foram desalojadas, mais de um quarto da população local (1,7 milhão).
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EUA, e demais Estados que apoiam o massacre que Israel pratica na Palestina, são cúmplices
A palestina apagada do google maps
Às escuras, sem refúgio seguro nem hospitais e com cadáveres espalhados entre os escombros da destruição – este é o retrato da faixa de Gaza.
É possível uma posição de neutralidade? Só para os hipócritas. Neutralidade perante a barbárie e o genocídio equivale a tomar posição a seu favor. Não há meio termo possível em relação a Israel.
O colunista desta Folha Ricardo Melo teve a coragem de defender que a única solução para a questão é o fim do Estado terrorista de Israel. Foi bombardeado pelos sionistas de plantão e pelos defensores da neutralidade. E, como não poderia deixar de ser, acusado de antissemita.
Um pouco de história faz bem ao debate.
O movimento sionista surgiu no final do século 19, movido pelo apelo religioso de retorno à “Terra Prometida”, em referência à colina de Sion em Jerusalém. A proposta era construir colônias judaicas na Palestina, que então já contava com 600 mil habitantes. Ou seja, não se tratava de uma terra despovoada, mas de um povo lá estabelecido há mais de 12 séculos.
Nem todos os sionistas defendiam um Estado judeu na Palestina. Havia formas de sionismo cultural ou religioso que reconheciam a legitimidade dos palestinos sobre seu território. Albert Einstein, por exemplo, foi um dos que rechaçou em várias oportunidades o sionismo político, isto é, um Estado religioso na Palestina e contra os palestinos.
No entanto prevaleceu ao longo dos tempos a posição colonialista. Seu maior representante foi David Ben Gurion que, diante da natural resistência dos palestinos, organizou as primeiras formas de terrorismo sionista, através dos grupos armados Haganá, Stern e Irgun – este último responsável por um ataque à bomba em um hotel de Jerusalém em 1946.
Os palestinos eram então ampla maioria populacional, com apenas 30% de judeus na Palestina até 1947. Porém, por meio das armas, a partir de 1948 – quando há a proclamação do Estado de Israel – a maioria palestina foi sendo expulsa sistematicamente de seu território. Cerca de metade dos palestinos tornaram-se após 1949 refugiados em países árabes vizinhos, especialmente na Jordânia, Síria e Líbano.
A vitória militar dos sionistas só foi possível graças ao contundente apoio militar de países europeus e dos Estados Unidos.
Em 1967, Israel dá o segundo grande golpe. Após o Presidente egípcio Abdel Nasser fechar o golfo de Ácaba para os navios israelenses, os sionistas atacam com decisivo apoio norte-americano, quadruplicando seu território em seis dias, tomando inclusive territórios do Egito e da Síria. Desta forma bélica e imperialista – como corsários dos Estados Unidos – Israel foi formando seu domínio.
Depois de 1967 foram massacres atrás de massacres. Um dos mais cruéis – ao lado do atual – foi no Líbano em 1982. Após invadir Beirute, as tropas comandadas por Ariel Sharon – que veio a ser primeiro-ministro posteriormente – cercaram os campos de refugiados palestinos em Sabra e Chatilla e entregaram milhares de palestinos ao ódio de milicianos da Falange Libanesa. Após 30 horas ininterruptas de massacre, foram 2.400 mortos (de acordo com a Cruz Vermelha) e centenas de torturados, estuprados e mutilados – incluindo evidentemente crianças, mulheres e idosos.
Hoje há 4,5 milhões de refugiados palestinos segundo a ONU. Este número só tende a aumentar pela política higienista de Israel.
Caminhamos neste momento em Gaza para o maior genocídio do século 21. E há os que insistem no cínico argumento do direito à autodefesa de Israel. Quem ao longo da história sempre atacou agora vem falar em defesa?
Tudo isso perante a passividade complacente da maior parte dos líderes políticos do mundo. O Brasil limitou-se a chamar o embaixador para esclarecimentos. Foi chamado de “anão diplomático” pelo governo de Israel e nada respondeu. Romper relações políticas e econômicas com Israel é uma atitude urgente e de ordem humanitária.
A hipocrisia chega ao máximo quando acusa os críticos do terrorismo israelense de antissemitas. O antissemitismo, assim como todas as formas de ódio racial, religioso e étnico, deve ser veementemente condenado. Agora, utilizar o antissemitismo ou o execrável genocídio nazista aos judeus como argumento para continuar massacrando os palestinos é inaceitável.
É uma inversão de valores. Ou melhor, é a história contada pelos vencedores. Como disse certa vez Robert McNamara, Secretário de Defesa dos Estados Unidos durante a Guerra do Vietnã, se o Japão vencesse a Segunda Guerra, Roosevelt seria condenado por crimes de guerra contra a humanidade e não condecorado com títulos e bustos pelo mundo. A história é contada pelos vencedores.
É possível que Benjamin Netanyahu, comandante do massacre em Gaza, ainda receba o Prêmio Nobel da Paz. E que os palestinos, após desaparecerem do mapa, passem para a história como um povo bárbaro e terrorista.
O massacre em Gaza e a retórica da auto defesa
Apesar das centenas de mortes (30% de crianças) e dos milhares de feridos que aumentam a cada dia, após a intensificação dos ataques por terra, mar e água das Forças Militares de Israel contra Gaza (prisão a céu aberto), o que mais se ouve é que Israel tem o direito de se defender. Ou então as atitudes se assemelham ao estilo da diplomacia brasileira, que condenou o “ataque desproporcional” à Faixa de Gaza e diz apoiar os direitos dos palestinos, mas intensificou o seu comércio e ações de cooperação militar com Israel nos últimos anos.
A versão espalhada por Israel, e prontamente incorporada pela grande mídia, é a de que o “novo ciclo de violência” teve inicio com o sequestro que culminou na morte de três jovens judeus. Mas como há cidadãos em Israel comprometidos com os direitos humanos e com a verdade, descobriu-se que o governo israelense segurou a informação de que os jovens judeus sequestrados já estavam mortos. O primeiro-ministro Netanyahu deu ordens para que o serviço de inteligência escondesse a noticia e divulgasse ao público que Israel estava “agindo no pressuposto de que eles estivessem vivos”. Uma mentira para prolongar o estado de incerteza em relação aos jovens com o objetivo de induzir o sentimento de vingança, além de justificar ação de busca em milhares de casas, prendendo e interrogando (varias denúncias de tortura) centenas de pessoas.
De repente, sem apresentar nenhuma prova, o porta-voz do Exército israelense, brigadeiro-general Moti Almoz, aparece num programa de rádio declarando: “Fomos instruídos pelo escalão político para atacar duramente o Hamas”. E assim tiveram início os ataques em Gaza, numa clara demonstração de punição coletiva a todos os palestinos naquele território.
Ora, dirão alguns que o cenário atual não difere em nada do que acontece há muito tempo. Sim, tem todo sentido a irritação do jornalista inglês Robert Fisk quando este lembra que, desde 2000, as forças israelenses mataram por volta de 4 mil palestinos e feriram outros 20 mil, e que quase não se faz menção a isso nas inúmeras reportagens que lemos sobre o mais recente massacre em Gaza.
De certa forma sim, é bem semelhante, mas agora nota-se uma vigorosa e orquestrada estratégia de mídia que pode ser encontrada em documento elaborado (The Israel Project’s 2009 Global Language Dictionary) após a guerra de Gaza de 2008, cujo objetivo principal é orientar os partidários das ações de militares de Israel a usar certas perguntas, palavras e frases com a intenção de ganhar os corações e mentes do público. Um código de conduta que nos ensina a desviar a atenção, ou mesmo justificar, os mortos, feridos e desabrigados palestinos.
Reparem que vocês vão encontrar, de uma forma geral, essas orientações tanto em declarações diplomáticas de vários governos, em textos de analistas e jornalistas, como também nos debates nas redes sociais.
Frank Luntz, um sionista republicano, foi encarregado por líderes políticos dos EUA e de Israel de preparar um guia de mídia (media guide) a fim de neutralizar os críticos do uso da força por parte de Israel e, ao mesmo tempo, promover a imagem de país agredido na mídia. No texto constam as palavras e frases que “funcionam” e as que não funcionam quando a mensagem de justificativa do uso da força se dirige à opinião pública ocidental. Vejam alguns exemplos: “os norte-americanos concordam que Israel tem o direito de defender suas fronteiras. Mas evite tentar definir como as fronteiras deveriam ser… não faça referência às fronteiras antes ou depois de 1967, pois isso só serve para lembrá-los da história militar de Israel”.
O guia chama atenção aos detalhes que terão impactos significativos para ganhar o apoio do público. Preste a atenção, diz o manual, que é bem diferente afirmar que “Israel não deve bombardear Gaza” do que dizer “Israel não deve ser forçado a uma situação na qual terá que bombardear Gaza”. Notem que a construção da frase tem o objetivo de mostrar que Israel tem por objetivo a paz e, portanto, se reage com o uso da força, é porque não há alternativa possível diante de um inimigo que só deseja a guerra (veja).
Da mesma forma, o manual solicita, novamente, atenção quando vai se referir ao Hamas e seus foguetes. Não diga que o Hamas “dispara aleatoriamente contra Israel”. A palavra chave é “deliberada”. Diga “Hamas deliberadamente lança foguetes contra cidades israelenses, comunidades e populações civis”. Além disso, o guia indica que você deve “pintar um quadro vívido de como é a vida de civis israelenses sob a constante ameaça de ataque de foguetes”. Sugere ainda algumas perguntas que induzem a pessoa a não ter outra alternativa a não ser consentir com o que Israel faz. “Imagine se milhares de foguetes fossem disparados em sua comunidade todos os dias e todas as noites. O que seu país deveria fazer? O que você deveria fazer? Não temos o dever de proteger os nossos cidadãos?”.
O manual alerta que não se deve entrar nos debates sobre proporcionalidade ou ações preventivas – em vez disso, use outra palavra, mais importante para o público, que gera imensa credibilidade: Paz. Tente promover empatia: “Toda a vida humana é preciosa. Entendemos que a perda de uma vida palestina inocente é tão trágica como a perda de uma vida israelense”; admita que “a ação de Israel nem sempre é bem sucedida em impedir mortes de civis”; mencione que Israel está “comprometido a fazer tudo ao nosso alcance para a prevenção de mortes de civis.”
Já ouviu ou leu algo parecido com isso? Acredito que sim. Do presidente dos EUA ao blogueiro especialista, a cartilha é seguida, às vezes de forma sutil, em outras nem tanto. Notem que o manual abomina o bom senso e o contexto histórico. Experimente fazer algumas perguntas.
Afirmação repetida ad nauseam: Israel tem o direito de se defender. Perguntas: alguém disse algo em contrário? É um direito de Israel, ou é de todos os povos e nações, incluindo os palestinos? Alguma vez Israel foi impedido de realizar esse direito? Ora, se não há nenhum sentido nessa pergunta, por que ela é feita?
Sem os fatos, a propaganda nos induz a elaborar hipóteses a respeito das supostas intencionalidades, sem imputar as responsabilidades políticas a quem criou um ambiente propício à violência. Os jornalistas não deveriam partir de fatos estabelecidos? A Palestina é um território ocupado? Gaza está sitiada? São fatos verificáveis. É possível analisar qualquer acontecimento separadamente de uma das formas mais violentas de domínio político e econômico que é a ocupação? Ocupação refere-se às questões relacionadas a muçulmanos, judeus e árabes ou é um modelo de dominação histórica que independe de questões étnicas ou religiosas?
Sejamos francos, é possível delimitar com precisão quando teve início o “novo ciclo de violência”? Foi com o ato de terror que culminou na morte de três jovens judeus, ou quando dois adolescentes palestinos foram assassinados por franco-atiradores israelenses no dia de Nakba? Ou, ainda, com os 19 palestinos mortos pelo exército israelense nos três primeiros meses de 2014?
Parafraseando Eliot, é forçoso reconhecer que, depois de percorrer todo esse tenebroso caminho com milhares de mortos, feridos e refugiados, deveríamos voltar ao inicio, quando tudo começou, como se fosse a primeira vez. Esse início chama-se OCUPAÇÃO, que foi muito bem ilustrado por Robert Fisk abordando o recente episódio.
“Os israelenses de Sderot estão recebendo tiros de rojões dos palestinos de Gaza, e agora os palestinos estão sendo bombardeados com bombas de fósforo e de fragmentação pelos israelenses. É. Mas como e por que há hoje 1 milhão e meio de palestinos apertados naquela estreita Faixa de Gaza?”.
Reginaldo Nasser - professor do curso de Relações Internacionais da PUC-SP e do programa de Pós-Graduação San Tiago Dantas (Unesp, Unicamp e PUC-SP). Mantém o blogue “As palavras e as coisas” no Portal Fórum.
Rodrigo Vianna: Massacre em Gaza
“É evidente que o governo brasileiro não busca a “relevância” que a chancelaria israelense tem ganhado nos últimos anos. Menos ainda a “relevância” militar que está sendo exibida vis-à-vis populações indefesas. Como temos posições claras sobre a situação do Oriente Médio – reconhecimento do direito de Israel e Palestina a viverem em paz e segurança – temos sido igualmente claros na condenação de toda ação terrorista, parta ela de grupos fundamentalistas ou de organizações estatais.”
A vitória da Palestina
No discurso que fez à nação o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu reconheceu ontem que a guerra contra Gaza é uma batalha pela existência do Estado Judeu. Netanyahu está certo. E Israel não pode vencer essa batalha; não pode sequer definir que vitória poderia advir dessa batalha. Claro que a batalha não se trava pela posse dos túneis ou pela operação subterrânea da resistência: os túneis são armas da resistência, não são a resistência. Os militantes do Hamás e de Gaza atraíram Israel para uma zona de batalha na qual Israel jamais vencerá; e o Hamas impôs as condições, escolheu o campo e escreveu os termos que exige para concluir esse ciclo de violência.
Por dez dias, Netanyahu fez tudo que pôde para evitar a operação por terra, pelo exército de Israel. Ele sabia que Israel não conhece resposta militar à resistência palestina. Netanyahu sabia que uma derrota em solo erradicaria o pouco que resta do poder de contenção que o exército israelense ainda tem.
Há cinco dias, Israel – pelo menos aos olhos dos próprios apoiadores – estaria no comando da situação. Via seus cidadãos convertidos em alvos de fogo infinito de foguetes, mas ainda mostrava alguma moderação, só matando palestinos civis bem de longe, o que ajudava a preservar uma fantasia de força, de poder. Tudo isso mudou rapidamente, a partir do início da operação em terra lançada por Israel.
Agora, mais uma vez, Israel está envolvida em colossais crimes de guerra, crimes contra a humanidade, crimes contra população civil. E, pelo menos estrategicamente, seus comandos de elite da infantaria estão sendo dizimados nas batalha cara-a-cara em Gaza.
Apesar da clara superioridade tecnológica de Israel e do maior poder de fogo, os militantes palestinos estão derrotando Israel na guerra de solo. E já conseguiram levar a guerra para território israelense. E a chuva de foguetes sobre Telavive não dá sinais de arrefecer.
A derrota do exército de Israel em Gaza deixa sem qualquer esperança o Estado Judeu. A moral é simples. Se você insiste em viver em terra dos outros, a força militar é ingrediente essencial para impedir que os roubados lutem pelos próprios direitos.
O nível de baixas no exército israelense e as filas de soldados da elite israelense voltando para casa em caixões é mensagem muito clara para israelenses e palestinos: a superioridade militar de Israel é coisa do passado. Não há futuro para o Estado-Só-de-Judeus na Palestina. Se quiserem, que tentem noutro lugar.
[*] Gilad Atzmon (músico e escritor) nasceu em Israel em 1963 e estudou na Academia Rubin de Música, Jerusalém (Composição e Jazz). Multi-instrumentista, toca saxofones, clarinete e instrumentos de sopro étnicos .Seu álbum Exile foi o álbum de jazz BBC do ano em 2003. Ele foi descrito por John Lewis no The Guardian como “o mais hardest-gigging homem do jazz britânico”. Atzmon viaja extensivamente pelo mundo tocando em festivais, salas de concertos e clubes. Até 1994, foi produtor-arranjador de vários projetos de dança e rock israelenses, realizando na Europa e nos EUA a reprodução de música étnica, bem como rock e jazz. Anima seu blog com vários artigos políticos.
Tradução: Vila Vudu
"Palestinos querem morrer", Israel faz o favor de mata-los!
William Westmoreland, comandante das tropas norte-americanas na Guerra do Vietnã - na qual os EUA mataram 4 milhões de homens, mulheres e crianças -, disse certa vez: "os orientais não colocam um preço tão alto quanto os ocidentais na vida. A vida é barata no Oriente".
O general britânico Banastre Tarleton (1754-1833) se levantou no Parlamento e defendeu o tráfico de escravos baseado no fato de que os africanos não se importavam em ser escravos.
William McKinley, presidente norte-americano de 1897 a 1901, disse que os filipinos "marronzinhos" apreciam ser conquistados e dominados.
A culpabilização das vítimas, visão de que os oprimidos não se importam em serem abusados, tem um longo histórico de uso afim de desviar os olhos do mal que está sendo feito.
Poderosa igualmente é a visão de que nenhum mal está sendo feito: Diane Sawyer do ABC News disse aos seus espectadores que as cenas de destruição em Gaza eram, na verdade, em Israel e foi forçada a se desculpar, mas ainda sem evidenciar que cenas como aquela não existem em Israel. Preferiu deixar a impressão que um simples erro trocou fotos similares de um país para outro.
Pesquisas descobriram que boa parte da população norte-americana crê que o Iraque se beneficiou com a guerra que os destruiu e que os iraquianos são agradecidos, enquanto os EUA sofreram com a guerra.
É com bilhões de dólares em armamentos fornecidos como cortesia pelos contribuintes estadunidenses que os militares de Israel estão bombardeando bairros na Gaza ocupada. A ocupação contínua está na raíz da crise, mas essa reviravolta para uma violência em maior escala foi produzida por fraude. O governo de Israel soube que 3 israelitas foram mortos, culparam o Hamas e falsamente alegaram que os jovens ainda estariam vivos. Essa fraude foi usada para justificar uma 'missão de resgate' que deixou vários mortos e presos.
A violência em pequena escala da Palestina não se compara com a brutalidade israelense. Essa comparação é profundamente imoral assim como absurdamente contraprodutiva. Mas se assassinatos individuais justificaram a matança das guerras, os EUA teriam que iniciar uma guerra contra si mesmo todos os dias. E são os armamentos norte-americanos, fornecidos sob o pretexto de 'ajuda', que estão destruindo casas de inocentes em Gaza.
David Swandon é jornalista e ativista político norte-americano. A tradução é de Isabela Palhares.