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Veremos quem lida melhor com a crise


Desde que os efeitos da crise financeira global começaram a chegar ao país, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, passou a fazer jornada dupla. Além de coordenar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), acompanha de perto a elaboração e os resultados de cada uma das últimas medidas da área econômica. Dilma Rousseff é o nome preferido, mas ainda não declarado, do presidente Lula para disputar a sucessão em 2010, quando os efeitos da crise serão avaliados pelo eleitor. Na quinta-feira, depois de divulgar um balanço do PAC, a ministra recebeu ÉPOCA para esta entrevista. Ela aposta que o governo Lula vai se sair melhor que o anterior, de Fernando Henrique Cardoso, no enfrentamento da crise e no julgamento das urnas.
  
Anderson Schneider

 ÉPOCA – Os efeitos da crise econômica vão prejudicar o candidato do governo ao Planalto em 2010?  

Dilma Rousseff – Vou dizer o que espero de 2010 e acredito que meus companheiros de governo também esperam: que o povo reconheça o esforço feito por este governo para mudar as condições de desenvolvimento, fazer o país crescer e incluir milhões de brasileiros. A característica principal deste governo é que aumentamos a classe média brasileira em quase 20 milhões de pessoas, resgatamos da pobreza mais de 10 milhões de brasileiros. O governo será avaliado pelo que é.

ÉPOCA – Mas a crise será um componente dessa avaliação em 2010.  

Dilma – Tenho certeza de que esse componente será favorável ao governo, na visão do povo. Estamos mostrando que sabemos governar na hora mais difícil. Até lá, veremos quem sabe lidar melhor com a crise.

ÉPOCA – A senhora não acha que ela favorece a oposição?  

Dilma – Só se fosse uma oposição contra o Brasil. Como a crise pode favorecer a oposição, se ela é contra o país, se o governo está tomando as medidas para enfrentá-la? Desde 2003, construímos as condições para ter o melhor desempenho que este país já teve diante de uma crise dessa proporção. Quando começamos a acumular reservas, muita gente criticou, diziam que estávamos loucos. Isso foi possível porque mantivemos a inflação sob controle, fizemos superávit primário (a economia entre a arrecadação de impostos e os gastos do governo), enviamos ao Congresso as medidas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Foi isso que nos permitiu tomar as medidas preventivas agora.

ÉPOCA – O país foi abalado pelas crises no governo Fernando Henrique. Por que não seria no governo Lula?  

Dilma – Há muita gente achando que o Brasil hoje é o mesmo país de antes de 2003, quando ocorreram crises até pequenas se comparadas à atual. Eram crises de bilhões de dólares. A atual é de trilhões. Essas pessoas apostam que o governo vai falir, como faliu naquele período. Mas não vai. Naquela época, se havia crise, o governo quebrava, porque a dívida pública estava denominada em dólares e explodia. Não havia reservas suficientes e tinham de recorrer ao FMI e adotar políticas extremamente restritivas, ampliando a recessão que a própria crise já trazia. Naquela época, as crises implicavam uma apatia do governo. Ele estava quebrado, não tinha instrumental para agir e acabava realimentando a crise. Hoje, é completamente diferente: para começar, o governo não quebrou.

ÉPOCA – E por que não quebrou? Quais são as diferenças?  

Dilma – A primeira grande diferença é nossa robustez macroeconômica. Temos a inflação sob controle, as contas externas são robustas, acumulamos US$ 215 bilhões em reservas. Estamos fazendo um superávit primário maior até que a meta estabelecida. Fizemos superávits durante todo esse período. Apostamos no crescimento do mercado interno. A economia brasileira tem hoje mais condição de sustentar o crescimento diante de uma recessão na economia real de países desenvolvidos. E diversificamos bastante as relações comerciais com outros países.

ÉPOCA – A diferença está nas condições macroeconômicas do país?  

Dilma – Condições que nós construímos, mas não é só. Há uma diferença de atitude. Sabemos que a crise existe, é real e já nos afetou. Ela nos pega pela escassez mundial de crédito. Mas o governo tem perfeita tranqüilidade para lidar com isso. O presidente Lula não fica choramingando por um probleminha aqui, outro ali. Em vez de ficar apático, ou até de ser uma das maiores partes do problema, como nas crises antes de 2003, o governo hoje é um ator presente no cenário, com muitos instrumentos.

ÉPOCA – Por exemplo?  

Dilma – As medidas preventivas tomadas pelo BC e pela Fazenda mostram essa robustez. O uso de reservas para conter a especulação com a volatilidade do câmbio, o emprego dessas reservas diante de um crédito externo seco, quase desértico, a liberação do compulsório para irrigar o crédito. E as políticas setoriais, para a construção civil, a agricultura, com a ação do Banco do Brasil, da Caixa, do BNDES. São instrumentos de Estado para viabilizar o setor privado. Temos R$ 10 bilhões para o Fundo de Marinha Mercante, R$ 3 bilhões para a construção civil. Decidimos manter os programas sociais e os investimentos do PAC. Eles são importantes para nossa economia interna. 

ÉPOCA – O ex-presidente Fernando Henrique, entre outros, diz que os gastos do governo criarão um problema fiscal grave, com o cenário de queda da arrecadação.  
Dilma – Ainda vamos ter de avaliar. Mas é preciso levar em conta, primeiro, que a economia vai continuar crescendo em 2009, mesmo que haja redução no ritmo. Estamos fazendo seguidos superávits primários e temos o excesso de arrecadação. Poderemos contar com um instrumento apresentado antes da crise, o Fundo Soberano. É um fundo fiscal, a poupança que podemos fazer com o excesso de arrecadação para carregar no tempo. A gente poupa nos dias bons para usar na hora de pior desempenho. O Fundo Soberano foi aprovado pela Câmara. Acreditamos que ninguém pode deixar de aprovar (no Senado) algo que seja o melhor para o país.
 
ÉPOCA – A oposição aposta no pior?  

Dilma – Não sei. Tendo a achar que nenhum cidadão brasileiro consciente aposta nisso. Agora, temo que as pessoas, em suas paixões, podem às vezes perder a razão. Quem aposta no pior é aquele tipo de pessoa que diz: “Ah... Quero ver se esse governo se desempenha bem numa crise”. Asseguro: teremos um dos melhores desempenhos no enfrentamento da crise. E estaremos em melhores condições para receber investimentos que outras economias, quando houver a retomada.
 
ÉPOCA – Amigos comuns dizem que a senhora e o governador José Serra têm idéias semelhantes sobre economia. Como seria uma disputa com ele em 2010?  Dilma – Respeito muito o governador Serra. Que bom que tenhamos a mesma visão, mas andam imaginando coisas muito prematuramente. Como imaginar é livre, podem continuar imaginando. 

ÉPOCA – O que iria diferenciá-los numa campanha?  

Dilma – Não vou discutir o que me diferencia do governador Serra, mas não estamos no mesmo projeto. O governador estava no projeto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Eu estou no projeto do presidente Lula.

PMDB - falta um nome


Mauricio

O que falta ao PMDB não é “um nome de peso” para ser candidato a Presidente. 

O partido tem bons quadros, administradores competentes. 

Mas é um partido envolto no cipoal das lideranças regionais e não consegue chegar a um consenso sobre um candidato próprio. 

Nas próximas eleições, no Rio, poderá apoiar o candidato de Lula; em São Paulo, o candidato do DEM, que poderá ser Kassab. 

Falta ao PMDB um programa consistente; falta identidade política; falta ideologia e sobra fisiologia. 

O MDB era a antítese da ARENA.

Mudou o nome para PMDB, enquanto a ARENA mudou para PFL e agora, DEM. 

Com nova denominação, esses partidos estiveram plugados em vários Estados, em perfeita simetria de voltagem, fenômeno há algum tempo impensável. 

Essa tese de que a vitória do PMDB, no maior número de prefeituras, representa uma vitória da base governista é questionável: não se sabe ainda se os frutos dessas vitórias serão colhidos pelo governo ou pela oposição. 

Um dia você aprende

Um dia você aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem da vida.
E que bons amigos são a família que nós escolhemos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa - por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras carinhosas, pode ser a última vez que as vejamos.

Você sabe


Meu Garoto, você sabe que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
O que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem da vida.
Bons amigos são a família que escolhemos.
As pessoas mais importante das nossas vidas são tiradas da gente muito depressa - por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.

Ibop 2010

Resultado da pesquisa Ibop que perguntou: Se a eleição para presidente do Brasil fosse hoje, você votaria no candidato apoiado pelo governo, ou no candidato apoiado pela oposição?

Apoiado pelo governo 78%.
Apoiado pela oposição 22%.

PIG pensa em ressuscitar FHC


A julgar pelo que andam conversando em privado, o PIG acalenta uma idéia diabólica. Cogita patrocinar em 2010 a candidatura de um ex-presidente da república.

 

Leia-se, a propósito, a nota veiculada na seção Radar, de inVeja:

 

 

"- A solução FHC: O candidato do Grobo, Rolha de São Paulo, Restadão e inVja a sucessão de Lula é José Serra, certo? Em princípio, sim, e nada indica mudança de rumo por enquanto. Mas o PIG, daquele jeito safadão dele, tem dito algo parecido com isto: "Aos que acham que o nosso arsenal de possibilidades acabou, que esperem. Quer um exemplo? Imagine o nó na cabeça deles (base aliada) se lançarmos o [Fernando] FHC para a Presidência".

 

 

Difícil saber, por ora, se a coisa é séria ou mera fanfarronice. De todo modo, o signatário do blog suspeita que um eventual embate Dilma X FHC levaria ao menos um alento à alma do eleitor.

 

O brasileiro iria às urnas sabendo de antemão que, fosse quem fosse o eleito, o país não correria o risco de ter novamente ACM mandando no governo, é que ele já morreu.


Inspirada num delírio que saiu na rivistinha inVeja e Josias de Souza publicou e comentou.


Esta... é tão verídica quanto a deles.

2010 a corrida já começou



As avaliações do quadro político após as eleições deste ano mostram uma grande vantagem dos partidos da base aliada do presidente Luís Inácio Lula da Silva. 
Os governistas conquistaram 21 das 26 capitais e as prefeituras de 4.271 municípios, totalizando 85,7 milhões de votos. 
A oposição ´comeu poeira´, elegendo prefeitos de cinco capitais e de 1.413 municípios, totalizando 36,2 milhões de eleitores. 
A vitória acachapante da base aliada, porém não significa que 2010 já esteja ´no papo´ de um aliado de Lula, mesmo porque a base caminha para um rompimento natural dentro de dois anos. 
O PMDB, inflado com a vitória em 1.203 cidades, incluindo metrópoles como o Rio de Janeiro, Salvador e Porto Alegre passou a ser cortejado também pela oposição.
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), provável candidato a sucessão do presidente Lula, elogiou a performance dos peemedebistas nas urnas afirmando que uma aliança para 2010 não estaria descartada. 
Mas o PMDB, pelo que afirmam seus líderes, entusiasmados com o sucesso eleitoral, poderá lançar candidato próprio, isto é, se até lá surgir um nome de peso. 
Com o patrimônio de quase 30 milhões de votos, o maior partido do Brasil está podendo decidir seu futuro, sem ficar na sombra de ninguém.

Pra não esquecer jamais

Nos últimos doze meses o país pagou R$ 165.641 bilhões de juros da dívida interna, fez um superávit de R$ 128.798 bilhões, e ficou com um déficit nominal de R$ 36.843 bilhões, o equivalente a 1,32% do PIB.

Se as taxas de juros (a selic) do país estivessem alinhadas com os juros internacionais, e mesmo com nossa realidade interna - divida/PIB, inflação, contas externas, e reservas - poderíamos economizar esses R$ 36.843 bilhões ou mais de déficit que poderiam ser destinados à desoneração fiscal, ao abatimento da dívida ou a investimentos na infra-estrutura econômica e social do país. 

Como não estão, pelo contrário, nossas taxas de juros estão altíssimas em relação à média internacional, continuamos a pagar um desnecessário e elevado custo pela manutenção de uma política monetária errada e que só serve ao rentismo e não aos interesses nacionais.

José Dirceu