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Artigo dominical

Fantástico texto de Fernando Horta. Vale a pena ler e partilhar , oxalá todos lessem. Escreveu desenhando.

"Quando você tiver sido molestada ou estuprada e ninguém estiver ao seu lado, sabe quem vai lutar ao teu lado? As feministas aquelas esquerdopatas.

Quando você for demitido sem direitos e sem receber absolutamente nada para que possa sustentar sua família, sabe quem vai te defender? Os trabalhistas, aqueles esquerdopatas.

Quando você sofrer violência policial, for agredido intimidado, sequestrado... Sabe quem vai te ouvir, acolher e ajudar nesta luta? Os defensores dos direitos humanos, aqueles esquerdopatas.

Quando tirarem de você as escolas públicas ou a oportunidade de um ensino superior gratuito e de qualidade, sabe quem vai estar lá fazendo greve e apanhando da PM pelos teus direitos? Os professores, aqueles esquerdopatas.

Quando passarem a te servir comida transgênica sem pesquisas suficientes e inundadas de agrotóxicos, sabem quem está lá para te defender e lutar pela tua saúde alimentar? O MST, aqueles esquerdopatas.

Quando os juros forem tão altos e os salários tão baixos que você tenha perdido a dignidade social, sabe quem estará lá em greves, piquetes, estudos contrapondo os absurdos? Os partidos de esquerda, obviamente esquerdopatas...

Quando você estiver sendo agredido ou prejudicado em função do Deus que você ora, sabe quem estará lá ao seu lado encarando os fundamentalistas? Os ateus e defensores do estado laico, aqueles esquerdopatas.

Quando você estiver sem forças para negociar aumento de salário ou melhorias necessárias para o teu trabalho, sabe quem estará lá na linha de frente tomando bomba e gás na cara? O sindicalistas, aqueles esquerdopatas.

Quando você não acreditar que o governo, o judiciário o legislativo estejam retirando teus direitos, tua aposentadoria e vendendo as riquezas do teu país, sabe quem estará lá votando contra, xingando, travando votação e etc.? Os partidos de esquerda, cheios de esquerdopatas.

Enquanto isto sabe onde estão o teu deputado defensor da "família", o teu pastor defensor de "cristo", o teu senador defensor da "liberdade" ou o teu ídolo defensor do "livre mercado"? Estão em casa descansando, aproveitando o dinheiro que ganharam defendendo os que eram contra ti e prometendo continuar te entregando em troca de mais dinheiro e poder.
" Esquerdopatas" são como as mãos, os pés ou qualquer outro membro que você só sente falta quando perde. E este é o momento em que todos estamos perdendo. Pense."

Aventuras de Fernando Horta

Na juventude tive uma amiga que dizia fazer sexo 5 vezes ao dia. A turma fazia hora dessa mentira dela. Passado um tempo namoramos por mais ou menos um mês. Perdi uns 13 quilos, quase não conseguia se manter em pé. Meus amigos viram minha situação e me resgataram da casa dela. Por sorte escapei, mas com uma banda morta rsss.

Outra vez, eu ainda solteiro, meus amigos resolveram de dar um "presente" e me arranjaram um "date" com uma fitness. Foram os sessenta (60) minutos mais desesperadores e doloridos da minha vida. Por duas semanas tive dores nos ilíacos somente suportáveis com  analgésicos e anti-inflamatórios. 

Agora leio na linha do tempo de uma pessoa que é normal fazer sexo sete (7) vezes ao dia. Isso não é nem civilizado. Isso é coisa de bárbaros da libertinagem, selvagens da devassidão... essa gente (?) não é de Deus...
Fernando Horta - @FernandoHortaOf 
 
Lula Presidente! Para fazer + e melhor

Fala presidente


De Cavalo de Tróia à Rainha da Inglaterra, por Fernando Horta
O Brasil acordou hoje com a notícia de que já somos mais de 13 milhões de brasileiros desempregados. Em 2014, ainda no governo Dilma, tínhamos a menor taxa de desemprego da história, menos de cinco milhões de desempregados. Naquele momento a “intelligentsia” neoliberal, corporificada pelo proclamado ministro da economia de Aécio Neves, passou a peregrinar pelo Brasil informando que a pressão do aumento dos salários em pleno emprego reduziria a margem de lucro das empresas. A solução dada por Fraga? Baixar o salário e criar um “nível de desemprego” seguro, obviamente para rentistas e donos do capital.
Temer assumiu em maio de 2016 com pouco mais de 10 milhões de desempregados. Entre 2014 e 2016 uma série de erros políticos e uma imensa conspiração jurídica e legislativa atacaram o Brasil. Segundo estudo do IPEA, quando a Lava a Jato foi deflagrada o desemprego era de cerca de 7% (cerca de 6,3 milhões de desempregados), e sua atuação elevou diretamente o desemprego para algo em torno de 11 a 12 milhões de pessoas.
Depois de todo o jogo político para retirar Dilma e prender Lula, Temer entregou o país com cerca de 11 milhões de desempregados, em dezembro de 2018. O governo Temer foi, por assim dizer, nulo na recuperação prometida ao trabalhador. Não vamos entrar aqui no mérito de que sem a CLT os empregos criados são com salários menores do que os perdidos e, portanto, a massa salarial disponível na economia é reduzida diminui o consumo e, no médio prazo, nos coloca no caminho da recessão.
Quase 70 dias do (des)governo Bolsonaro e o que temos é o aumento médio de um milhão de desempregados por mês. A continuar neste caminho, ao final do (des) governo, teremos 45 milhões de desempregados ou quase 50% da nossa força produtiva.
Ao mesmo tempo, a ideologia impregnada nas ações de governo já impactou na venda de carne para o oriente, na soja (e sua liberação descontrolada de agrotóxicos), no trigo, no leite e caminhamos para diminuição de receitas exatamente nos produtos primários, que sustentam a economia brasileira.
Neste cenário de incertezas, o dólar bate quatro reais e o mercado financeiro (que vive da especulação) adota posturas conservadoras e se refugia na moeda norte-americana. O recado é claro e a “reunião” de empresários da FIESP com o vice-general Mourão apenas deixa o óbvio: Bolsonaro não tem a confiança do alto empresariado brasileiro mais. O “The Economist”, uma das vozes econômicas mais conservadoras e “pró-establishment” do mundo, já avisou que “o mercado não estava preparado para a incompetência de Boslonaro”.
O quadro é preocupante e os militares se dividem. Uma parte, que foi a responsável pela Operação Cavalo de Tróia de Bolsonaro, está muito incomodada com os desvarios, desmandos, incompetência e incapacidade de Bolsonaro e seus escolhidos. O plano inicial era arrumar um idiota qualquer, de baixa patente e com apelo populista para assumir o Brasil de forma democrática (no voto) e, em seguida, permitir que os militares o governassem. Bolsonaro era o candidato com quase todas as “qualidades” para ser o cavalo de Tróia. Contudo, como já informavam os relatórios de avaliação sobre o Capitão Bolsonaro, ele é um “mau militar”. Alguém com aversão à hierarquia, forte componente narcisista, argentário e, agora, deliróide.
No meio militar se sabe que “quem não sabe obedecer, não sabe comandar”. Bolsonaro, seus filhos e Olavo de Carvalho não estão podendo ser contidos. O establishment militar pensava em usar o Cavalo de Tróia como uma Rainha da Inglaterra. Deixaria Bolsonaro no twitter, atacando seus delírios de comunismo e tocaria o governo de forma “técnica”, já que a auto-imagem dos militares brasileiros afirma que eles são a quintessência da intelectualidade do país. E nacionalistas, ainda por cima.
Sem entrar no mérito da distância entre como os militares brasileiros se veem e como eles realmente são em termos de capacidades técnicas, o fato é que cada vez que um dos filhos de Bolsonaro fala, Olavo de Carvalho se manifesta em redes ou o presidente dá entrevista, os formuladores da “Operação Cavalo de Tróia” (na sua maioria generais) se apavoram. O medo é que sem conseguirem conter a famiglia Bolsonaro e o Rasputin de Richmond, não apenas o governo brasileiro, mas também a instituição das FFAA sairão diminuídas.
No caminho da serenidade política estão as veleidades políticas de vários personagens que não conseguem trabalhar em grupo. Moro e Bretas pretendem-se políticos de alta monta no curto prazo, no Brasil. Estão usando para este fim (há muito tempo) as togas. O ato contra Temer foi julgado pelo meio militar como “fora de tempo”, embora não totalmente fora de propósito. O atrito com Rodrigo Maia poderia ter sido evitado. Agora, depois da ameaça velada dos juízes aos parlamentares, dificilmente Maia terá alguma boa vontade com o governo, eis que o “Botafogo” sabe que sua “batata está assando”.
O Congresso deixa claras as linhas da negociação: é preciso parar com o ativismo dos juízes-celebridades e diminuir o poder do executivo. Sem isto não haverá nenhum avanço nas negociações no parlamento, apesar de que a ala fascista, eleita por Bolsonaro, ainda consegue manter o legislativo incapaz de contra-atacar. O problema é que começam a pesar as questões individuais.
Paulo Guedes tenta enxugar todos os recursos públicos e isto significa aumentar as crises econômicas pelas quais os estados passam. Mesmo parlamentares fiéis ao PSL não podem ignorar completamente seus estados e abraçar cegamente Bolsonaro, especialmente com a economia indo para o brejo na velocidade em que está. A ala evangélica acordou para o fato de que a imensa maioria do seu dízimo vem de pessoas que serão atacadas pela reforma da previdência como já o foram pelo fim da CLT. No médio prazo, “Deus vai ficar sem dinheiro”. E quando falta pão na mesa dos filhos e sobra carros e apartamentos de luxo na conta bancária dos pastores a realidade material fala mais alto que “o amor de Cristo”.
Em outras palavras, a Bolsonaro existem apenas duas saídas, ou se torna a Rainha da Inglaterra, restrita a acenar em carros abertos e perseguir os “comunistas” no twitter, sem colocar em risco o país, ou será defenestrado. Como nem o clã Bolsonaro, nem o Rasputin de Richmond conseguem ter uma ideia minimamente real do que está acontecendo, eu acho que o governo Bolsonaro subiu no telhado.
À oposição cabem duas coisas: impedir a qualquer custo a Reforma da Previdência, não apenas porque ela é venal para os trabalhadores e causará apenas miséria e mortes para nossa gente, mas porque ela é a única moeda de troca que Bolsonaro ainda tem com o capital. Negar ao fascista-presidente esta possibilidade é virtualmente acabar com seu governo. Em segundo lugar, este é o momento de ouvir Bolsonaro. Deixá-lo falar. Provocar-lhe. Perguntar, fazer entrevistas, e dar a famosa “corda para se enforcar”. Durante a campanha a “facada amiga” impediu que Bolsonaro se suicidasse politicamente. Agora, sendo presidente e tendo “todo o poder do mundo”, ninguém pode segurá-lo.
Fale presidente, fale! Nos conte sobre seus planos, suas ideias e sua visão de mundo!
***
Jair Bolsonaro, um asno falante. É o que tenho escutado por aí
Vida que segue
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Lula: o pior homem que já pisou neste país, por Fernando Horta


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Na década de 50, nos EUA, no auge das perseguições políticas do Macarthismo, os “condenados” por suas posições políticas eram colocados nas mesmas prisões que os piores criminosos daquele país. Estupradores, assassinos, e criminosos cuja imaginação comum apenas tangencia seus feitos eram mandados para prisões de “segurança máxima” e conviviam lado a lado com professores, trabalhadores e mesmo advogados que eram “julgados” comunistas.
A bibliografia sobre o período está recheada de casos neste sentido. Um condenado a prisão perpétua por crimes de assassinato e estupro, por exemplo, ao receber a visita da mãe ouviu dela um inusitado conselho: “Não se misture com aquela gente”. “Aquela gente”, nas palavras da mãe do apenado, eram os “comunistas”. Pessoas cujo único “crime” era pensar um mundo diferente, econômica e socialmente mais justo. “Aquela gente”, aos olhos da matriarca do apenado, estava abaixo, na escala de pecados, de seu filho que havia matado e estuprado várias pessoas.
A postura desta senhora, nos anos 50, não era um caso isolado. De fato, o macarthismo, através de uma campanha midiática e mentirosa, transformava seus alvos em indivíduos que as massas conservadoras julgavam não deveriam ter o direito sequer de respirar. A bestialidade chegava a tal ponto que não são poucos os casos de linchamento de pessoas nos EUA “suspeitos” de ligação com o comunismo. A violência das massas, legitimadas pela campanha de ódio, não se restringia apenas a comunistas, mas, como mostram os casos de Emmett Louis Till e Harry Hay, a questão racial e de sexualidade também atraíam o ódio e o desprezo.
“Comunista” era ligado narrativamente ao “negro vagabundo e ladino” e ao “homossexual depravado”.
Em 1953, num dos primeiros atos de seu governo, Eisenhower assinou uma lei que bania do serviço público norte-americano pessoas com “condutas sexuais pervertidas”. A designação de Eisenhower durou por quase 20 anos.
Comunistas, negros e homossexuais eram os piores dentre todos os que tinham pisado na Terra. A eles não era permitido que pensassem, que vivessem, que trabalhassem ... A presença da URSS evitou que muitas destas pessoas fossem sumariamente mortas, porque a propaganda seria péssima para o “mundo livre”, como os EUA faziam questão de serem chamados.
Suzanne von Richtofen foi condenada por manda matar os pais para ficar com a herança. Ela e os executores do crime (os irmãos Cravinhos) foram condenados a 39 anos e seis meses de reclusão. Suzanne tem garantidas as saídas da cadeia no Natal e até mesmo no dia dos Pais. Os irmãos Cravinhos, também são receptores da letra da lei e saem da cadeia no dia das mães além de darem entrevistas a jornais e televisões.
O ex-goleiro Bruno Fernandes foi condenado por ser o mandante do assassinato e destruição do corpo da mãe de seu filho, Elisa Samudio. Bruno, em conluio com comparsas, teria não apenas matado Elisa, mas dado seu corpo despedaçado para cães comerem. Em 2013, Bruno foi condenado a 22 anos e 3 meses de prisão. Durante os mais de seis anos que esteve preso, tanto Bruno, quanto seu cúmplice imediato “Macarrão” tiveram seus direitos respeitados quanto à “saída temporária” e até quanto a serem colocados em “regime semi-aberto”.
Numa república, a lei deve ser cumprida e parece que tanto Bruno, quando Suzanne, a despeito do quanto achemos selvagens seus crimes, tiveram respeitada sua humanidade. Humanidade que não lhes é dada (ou retirada) em função de seus comportamentos, mas que é – desde o século XVIII – a base do que se chama de “liberalismo político”. O homem tem direitos naturais que lhe assistem, indiferente ao que possa fazer ou pensar em vida. A base da sociedade contemporânea ocidental é o respeito inalienável a tais direitos como a vida, a inviolabilidade do corpo, à liberdade de pensamento e à propriedade privada.
Contudo, um homem que vive entre nós está na condição de ser o pior dos homens que já pisaram a Terra desde Adão e Eva. Segundo as duas juízas-carcereiras, colocadas para vigiar as portas da prisão do “mal encarnado”, este homem não merece sequer o custo das grades que lhe confinam ou da comida que come. Desrespeitar os direitos de alguém é dizer aberta e claramente que este sujeito não tem humanidade. Carolina Lebbos e Gabriela Hardt decidiram, entre turnos, manter “o pior homem entre nós” trancafiado sem poder sequer comparecer ao velório de seu irmão.
Para o judiciário brasileiro, que tem em Moro o símbolo-esperança e modelo de ação, Luís Inácio Lula da Silva está abaixo, na escala dos pecados, do que Bruno ou Suzanne. Lula está abaixo de Carlinhos Cachoeira, de Pimenta Neves (que em 2000 assassinou a esposa), dos irmãos Cravinhos, de Guilherme de Pádua (assassino de Gabriela Perez), entre outros.
O que fez o “pior dos homens” para merecer este tratamento? Quais crimes cometeu? Certamente crimes de imoralidade e desumanidade absolutas, que indicariam uma repulsa social acima de qualquer argumentação razoável. Que poderes tem este indivíduo, que deve ser proibido visitas, entrevistas e falas à imprensa? Que maldade e pecados encerra o homem a quem o judiciário brasileiro não permite sequer o cumprimento das suas próprias leis?
Lula foi condenado a 12 e um mês de prisão. Não há uma conta com dinheiro ilícito em seu nome. Não há um imóvel, carro, lancha, avião, iate ou joia que tenha sido aprendido ou descoberto em seu nome ou de familiares. Não há um documento seu assinado, uma ligação ou uma gravação telefônica sua ou de familiares que o tenham colocado em posição de ter cometido ato criminoso.
Lula foi condenado baseado num “powerpoint” de um procurador que na argumentação final usou teorias de probabilidade (que ele desconhece) para “provar” que Lula “tinha que ser culpado”.
Lula foi condenado por um ex-juiz que, após oito anos de investigações conseguiu apenas uma única palavra contra Lula. Moro reduziu a pena imposta por ele próprio a Léo Pinheiro, de 26 anos de prisão para pouco mais de dez anos, após Léo ter “colaborado” para a condenaçõa de Lula. Em segundo grau, o desembargador Gebran reduziu novamente a pena do empreiteiro de dez para três anos e seis meses de cadeia. E, enquanto você lê este texto, Léo Pinheiro está em casa, em “prisão domiciliar”.
Lula foi condenado por três desembargadores que, em suas sentenças finais, gastaram não mais do que cinco páginas para discutirem argumentos de acusação e defesa, e mais de quinze para elogiarem o colega ex-juiz Moro.
Lula foi condenado no processo mais rápido da história do TRF-4. Tempo suficiente para lhe retirar do pleito de 2018.
O pior dos homens entre nós, segundo o judiciário brasileiro, foi condenado por ter visitado um apartamento que lhe era oferecido para comprar. As provas se resumem a duas visitas e uma delação.
Este “monstro” precisa ficar enclausurado, longe da imprensa, da sociedade e do mundo, porque ele pode ser capaz das maiores insanidades sociais, como, por exemplo, chorar a morte do irmão ou, talvez, falar. E em falando, Lula pode vir a retirar o Brasil do coma induzido por nossas instituições. O perigo que representa a voz e o pensamento do homem que tirou 40 milhões de pessoas da pobreza, elevou o Brasil à sexta economia do mundo e deu escola e educação superior a mais gente do que todos os presidentes anteriores somados, é dele demonstrar a inaptidão, ignorância e incapacidade do atual governo. Este “inominável ser” deve ser mantido isolado, com focinheira e duas juízas especialmente designadas a ficarem monitorando as portas da cela.
Lula está preso sim ... se não estivesse o Brasil não estaria sendo governado por fascistas, exposto ao ridículo internacional e se submetendo aos desígnios da política externa de outros países.
Lula está preso sim e, graças às duas diligentes juízas, temos a certeza que a “pior criatura” que já pisou neste país não tem o direito sequer de velar seu irmão. E tudo isto pelo pavoroso crime de ter construído um Brasil mais justo e mais igual. Algo que a Justiça brasileira, a bem da verdade, nunca aceitou, em mais de 500 anos de história.
Fernando Horta -  Professor
Esta postagem vai para série: Gênio Total
Vida que segue...

Incendiários e Bombeiros, por Fernando Horta


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Durante a Guerra Fria, havia um cuidado tremendo com a política externa. Dado que o mundo andava no “fio da navalha”, segundo as narrativas da época, cada palavra e cada ato diplomático geravam reações em cadeia. O termo que se usava era “escalada nuclear”. Pequenas ofensas, pequenos conflitos ou mal-entendidos poderiam desencadear uma reação não querida por nenhum dos lados envolvidos, e que não poderia ser contida. Talvez algumas pessoas não saibam, mas o mundo hoje tem MAIS armamento nuclear e meios de uso, do que na guerra fria. E o Brasil, com a monarquia Bolsonaro, se tornou incendiário no sistema internacional ... O prognóstico não é bom.
A História mostra hoje que uma das maiores razões para o racha entre a União Soviética de Stalin e a Iugoslávia comunista do General Tito era a postura incendiária deste último. Tito buscava autonomia, não apenas econômica, mas também política, se afastando da URSS. Acontece que sua visão de “Revolução” de Tito era muito mais pragmática que a de Stalin. Tito agiu na defesa dos comunistas gregos, em seu levante, logo após o fim da segunda guerra. Stalin tinha empenhado a palavra com Churchill de que não atacaria os interesses do Ocidente. Tito trabalhou para desestabilizar toda a região dos Bálcãs, que levou à famosa “Doutrina Truman”, e o fez por cima das ordens de Stalin. As fontes atuais mostram que, na impossibilidade de conter o ânimo de Tito e com o medo de uma escalada nuclear, Stalin foi se afastando do líder iugoslavo a ponto de o ter como “inimigo”.

A Eminência Parda, por Fernando Horta

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O termo é bem conhecido de historiadores. Trata-se da figura que realmente detém o poder num governo e que prefere uma estratégia de anonimato para não ter que pagar os custos da utilização deste poder. Quem é a “eminência parda” de Bolsonaro?
Dentro do período da chamada “Belle èpoqué” (séculos XV ao XVIII), quando do absolutismo e mercantilismo na Europa, havia uma aliança aberta entre Igreja e Nobreza. Após um período grande de rusgas e disputas entre reis e papas (na Idade Média), a consolidação do Estado Nacional Moderno foi orquestrada de forma a ter no seu centro uma parceria entre as duas castas mais poderosas. À nobreza cabia o exercício duro do poder, frequentemente baseado na força das armas, e à Igreja era requerido, em primeiro lugar, a legitimação deste poder e das ações envolvidas e o controle das populações por meio da ideologia religiosa. A vantagem era mútua: os religiosos tinham assegurado seu espaço de existência, sem quaisquer questionamentos (e a Igreja católica atacou sem freios todas as críticas e os grupos desviantes), e a nobreza via sua dominação ter um custo político cada vez menor, na medida em que a força das armas só era empregada em último caso.
Nos momentos de maior resistência a este sistema, no caso francês ainda no século XVII, os reis Luís XIII e Luís XIV perpetraram níveis altíssimos de violência contra a própria nobreza e Igreja. Foi atacando os rivais que os criticavam que os reis franceses construíram o imenso poder que a história reconhece. O que pouca gente sabe é que para todas essas decisões e julgamentos havia, nas sombras, a figura de um Cardeal preceptor. No caso de Luís XIII chamava-se Cardeal Richillieu, e com Luís XIV, Cardeal Mazzarino. Ambos os reis iniciaram seus governos ainda muito jovens, sem muita legitimidade pessoal e inexperientes. Durante algum tempo, o poder era controlado por “suas Eminências” (pronome de tratamento dos cardeais) que se mantinham “nas sombras” e, assim, receberam o adjetivo “pardas”. O custo da violência perpetrada pelos jovens reis, a mando e indicação dos cardeais, recaía inteiramente na figura real.
O presidente fraco e inexperiente que é Bolsonaro retoma aliança semelhante. Sem qualquer plano de governo, sem experiência ou mesmo grupo intelectual que lhe cerque, Bolsonaro está apostando tudo em suas “eminências pardas”. Onyx pensou que exerceria este espaço, mas já foi colocado de lado. Mourão e Malafaia são hoje os que lutam pelo papel. Um é um religioso milionário de moral questionável, envolvido em inúmeros escândalos e lavagem de dinheiro e mesmo corrupção. Agressivo, inculto e autoritário, comanda uma legião de fiéis alienados que deram a Bolsonaro, ao arrepio da lei, a vantagem decisiva nas eleições de 2018. O outro é um general truculento, inexperiente e narcisista que tem planos próprios de revanche histórica e uma rede de relações inominadas com as forças de seguranças do país. Foi o Exército que permitiu Bolsonaro vencer as eleições, mantendo o STF cativo e Lula preso.

E o fascismo venceu..., por Fernando Horta


  

O que nos espera, A TODOS, nos próximos quatro anos, é de uma destruição impensada.
Em primeiro lugar, viveremos dois meses de selvageria. Entre o dia de hoje e o primeiro de janeiro, Bolsonaro não tem qualquer responsabilidade com o país, e Temer quer apenas uma passagem para uma embaixada, para não ir para a Papuda. Isto será rapidamente arranjado pelo fascismo, que em pouco tempo vai mudar seu discurso “contra a corrupção” para aceitar toda a corrupção que apoiar o fascismo. Temer deve entregar o comando virtual do país, iniciando já a destruição proposta pelo fascista, em troca do salvo conduto dele, antes de deixar a faixa.
Nestes dois meses, estamos sem nenhuma lei. As instituições brasileiras desceram a tal ponto que aceitaram terem tutores. Hoje, existem generais no STF, generais no executivo e, até mesmo, generais comandando poderosas tropas no Twitter e no Whatsapp. Os Juízes serão os primeiros afetados. Ou terão que se adequar e esconder o que pensam ou serão limados pela noção de “lei em movimento”. A ordem será “calar”.
A esquerda, em qualquer lugar e fazendo qualquer coisa, não está segura. Assistiremos a quatro anos de manobras e abusos fascistas para “acabar” com toda a esquerda. Deixemos agora aqui, para que o leitor possa depois ver, que o termo “esquerda” vai paulatinamente designar TODA A OPOSIÇÃO ao fascismo. Não é à toa que, de repente, a rede Globo virou comunista, a ONU virou comunista e o Papa também. Algumas das pessoas que agora estão felizes vão compreender rapidamente que a moral fascista é fluida, e que de posse dos meios de Estado, sempre haverá um motivo ou uma brecha para impor violência a quem dele discorda. Esta feliz aliança que elegeu o fascista, em pouco tempo estará desfeita e aprenderá que o fascismo não aceita parceria para impingir violência, manter-se no poder e acobertar a própria corrupção.

Colunista do dia - Fernando Horta

Como se enxugasse gelo

Há dezesseis dias, Lula é um preso político do Estado de exceção que tomou o Brasil.
O resultado prático desta prisão, contudo, não foi bem avaliada nem pelo judiciário, nem pelos opositores políticos de Lula. O tão abominado “jeitinho” brasileiro, marca por muitos anos dos nossos políticos, agora é usado pela Justissa em sua cruzada moralista contra a esquerda. Mostra, pois, que qualquer crítica a este nosso traço cultural é apenas preconceito. Desde o primeiro grau, até Carmem Lúcia, a prisão de Lula foi concertada unicamente a partir do princípio do “eu posso, eu faço”. Desde a falta de provas, apresentações espalhafatosas para a mídia, vazamentos ilegais até a decisão vergonhosa dos três desembargadores de Porto Alegre, havia ainda, internacionalmente, um fio de respeito pelas instituições brasileiras. Diversos jornais e analistas estrangeiros se postavam com cuidado para falar do tema. Era sim, o processo brasileiro, eivado de irregularidades e claramente político, mas era custoso ao mundo ocidental olhar para o Brasil e ver a história da Europa recontada. Tudo na lava a jato é semelhante às perseguições dos tribunais nazistas e fascistas. O Velho Mundo não estava preparado para aceitar que o fascismo estava de volta, e pelas mãos dos (supostamente) mais “educados” e “cultos”.

Fernando Horta: o gigante acordou?

- O gigante acordou? O gigante fez foi ser anestesiado por midiotas manipulados por interesses estrangeiros pela nossas riquezas - pré-sal e soberania -. Idiotas se colocaram a disposição e serviço de mercenários que colocam o país de joelhos diante da vontade dos EUA. Corja! -
***
Fernando Horta - Desde as famigeradas manifestações de 2013 estamos com esta frase rondando a política brasileira: “O Gigante acordou”. Mas o que ela realmente significa?

A ideia do “Gigante” ganhou capas de revistas internacionais, apareceu em sites mundo afora. Virou “trending topics” em redes sociais, e saiu da empolada letra de Osório Duque Estrada, composta em por volta de 1908-1909, para as faixas de rua misturado com um inglês mal escrito. Talvez pouca gente saiba, mas o hino brasileiro é composto por uma música em homenagem ao imperador Pedro I (composta em 1822) com um poema que enaltece de tudo um pouco; desde o lábaro, os campos e os bosques, as “lutas”, saindo de um passado mal explicado de “glórias” e chegando a um futuro que se “espelha” na grandeza do Gigante. No hino de 14 estrofes e 252 palavras, entretanto, o “povo” apenas brada no início. Nada mais.
Pode-se argumentar que os termos “dos filhos deste solo”, ou a visão do “filho” que ergue “da justiça a clava forte” carregam a ideia de “povo”. Mas a verdade é que a pátria-mãe brasileira, há mais de 500 anos, escolhe quem são seus filhos amados. E relega uma imensa maioria a condição de bastardos, sem direitos e sem proteção. Invisíveis a morrerem por todo este país. De morte matada ou de morte morrida. Muitas vezes pelas mãos da própria Mãe Idolatrada.
Duque Estrada escreveu: “Gigante pela própria natureza; és belo, és forte, impávido colosso; e o teu futuro espelha essa grandeza”. Em 2013, disseram eles que o “gigante acordou”. Isto significa dizer que esteve dormindo. E cabem as perguntas: (1) Dormiu por que quis ou foi colocado neste estado? (2) Quem o colocou ou manteve dormindo? (3) Por quanto tempo dormiu? E eu acrescentaria ainda a pergunta (4) Com o que, neste tempo, sonhou?
A frase “O Gigante acordou” encerra cinco diferentes ideias. Primeiro, a noção de um Brasil Gigante, se tomada como base a partir do hino, reflete o Brasil da elite. Um Brasil branco, rico, urbano e que sabe o significado das palavras “plácidas”, “resplandece”, “impávido”, “lábaro”, e etc. Convenhamos que o “Gigante” não se aplica a quem canta o hino como “Ouviram das pitangas a bergamota ...”. O “Gigante” é o Brasil sem o povo. Uma elite empoderada, “garrida” para quem a “igualdade” foi conquistada imaginariamente com “braço forte”. Uma elite “adorada”, e para quem o Brasil sempre foi “mãe gentil”.
Em segundo lugar, a ideia d’ “O Gigante acordou” remete a uma mudança de estado. Do sono letárgico ao acordar (frenético?). A compreendermos este sentido a partir do que se viu depois do despertar, temos que o povo nunca poderia ser o “gigante que acorda”. Isto porque desde 2013 são os mais pobres – o povo, pois – que tem seus direitos diariamente suprimidos. E a menos que tenha acordado bêbado, não é possível explicar como um “Gigante” consciente deixaria que anões lhe tomassem o futuro. O sentido do “gigante que acorda” remete, portanto, à elite que teria sido embalada em um sonho desde 2003. Talvez acreditando que um metalúrgico iria apenas lhes deixar mais ricos (como efetivamente o fez), mas jamais ousaria fazer dos pobres menos pobres. São os filhos deste solo, para os quais és a “Pátria amada”, que acordam com os serviçais se vestindo melhor, comendo melhor, comprando carro e virando doutor.
A terceira ideia escondida no “gigante que acorda” é que ele acorda para dar o Golpe. Ele acorda para ir contra a democracia. Ele acorda para retirar ilegalmente uma presidenta e interditar – também de forma ilegal – o metalúrgico. O “gigante” acorda e se dá conta que cansou de brincar desta coisa de “democracia”. Isto que presume isonomia. Mas a igualdade que, segundo o hino, foi conquistada com “braço forte” é apenas a igualdade entre os já “iguais”. De novo, é apenas para quem os “bosques tem mais vidas”, “campos tem mais flores” e a vida “mais amores”. Para aqueles que pisam na lama da sarjeta para pegar o ônibus numa selva de concreto, a vida não é risonha, a vida não é igual e o lábaro não é estrelado. Quando da construção da letra do hino, no início do século XX, “democracia” e “povo” eram o que de mais radical existia. A República foi fundada pelos “homens bons” e para os “homens bons”. Retomar a ideia do “gigante” é apenas deixar claro para quem a Pátria Amada realmente sorri.
Ora, depois de acordado o que faz o “gigante”? Ele afasta e subjuga os pobres. Retira-lhes qualquer noção de “paz no futuro” e ergue “da justiça a clava forte” para que nunca mais estes grupos venham a tentar um lugar ao “sol da liberdade”. Os que sempre puderam manejar a clava da justiça precisaram do Gigante acordado para garantir que a Pátria continue amada apenas para os escolhidos. Aqueles que podem – e sempre puderam – contemplar um “formoso céu risonho e límpido” “ao som do mar e à luz do céu profundo”. A Pátria Amada sempre se assegura de que estes não sejam importunados, garantindo-lhes as glórias do passado e a paz no futuro. Eis a quarta ideia do Gigante que acorda e, finalmente, toma uma atitude. Quer seu país de volta.
O gigante ultrajado pelo que lhe fizeram durante o sono é a derradeira noção escondida. Como puderam tornar menos belo este colosso? Como puderam fazer-lhe mais negro, com mais espaço aos suados e fedorentos? Como, por Deus, deixaram a Pátria e a Família nas mãos destes degenerados que mostram os seios em plena liberdade? Um ultraje que precisa ser vingado a golpes de Jornal Nacional e perdão das dívidas para os aviltados. Ó Pátria, para que serves senão para iluminar aqueles que sempre estiveram deitados em berço esplêndido? Como pretendes continuar amada e adorada, idolatrada e defendida se não reconheces dentre outros mil aqueles cujos sobrenomes estiveram sempre na tua defesa? De Canudos aos tribunais em 2018?
Não, meus amigos! Nós não somos o Gigante. Nunca fomos. O povo não se distingue por ser maior. O povo vence por ser igual. O povo é formiga que brota da terra suja ao milhões e não se vê gigante, nem único, nem diferenciado. Quando lhe falarem sobre o “Gigante”, saiba que não falam de ti, mas falam contra ti. Quando te disserem que finalmente ele acordou, lembra-te que enquanto esteve dormindo os iguais prosperaram. Enquanto o Gigante dormia, o povo cresceu e ele – o tal Gigante – ficou menor. E este é todo o medo que eles carregam.
Eu quero o Brasil dos iguais e não o Brasil do Gigante que acorda. Que sejamos mais porque somos muitos, mas que todos nos olhemos na mesma altura dos olhos. E que todos tenhamos, em janeiro, o nosso Porto Alegre.
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Fernando Horta escreveu desenhando


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"Quando você tiver sido molestada ou estuprada e ninguém estiver ao seu lado, sabe quem vai lutar ao teu lado? As feministas aquelas esquerdopatas.
Quando você for demitido sem direitos e sem receber absolutamente nada para que possa sustentar sua família, sabe quem vai te defender? Os trabalhistas, aqueles esquerdopatas.
Quando você sofrer violência policial, for agredido intimidado, sequestrado... Sabe quem vai te ouvir, acolher e ajudar nesta luta? Os defensores dos direitos humanos, aqueles esquerdopatas.
Quando tirarem de você as escolas públicas ou a oportunidade de um ensino superior gratuito e de qualidade, sabe quem vai estar lá fazendo greve e apanhando da PM pelos teus direitos? Os professores, aqueles esquerdopatas.
Quando passarem a te servir comida transgênica sem pesquisas suficientes e inundadas de agrotóxicos, sabem quem está lá para te defender e lutar pela tua saúde alimentar? O MST, aqueles esquerdopatas.
Quando os juros forem tão altos e os salários tão baixos que você tenha perdido a dignidade social, sabe quem estará lá em greves, piquetes, estudos contrapondo os absurdos? Os partidos de esquerda, obviamente esquerdopatas...
Quando você estiver sendo agredido ou prejudicado em função do Deus que você ora, sabe quem estará lá ao seu lado encarando os fundamentalistas? Os ateus e defensores do estado laico, aqueles esquerdopatas.
Quando você estiver sem forças para negociar aumento de salário ou melhorias necessárias para o teu trabalho, sabe quem estará lá na linha de frente tomando bomba e gás na cara? O sindicalistas, aqueles esquerdopatas.
Quando você não acreditar que o governo, o judiciário o legislativo estejam retirando teus direitos, tua aposentadoria e vendendo as riquezas do teu país, sabe quem estará lá votando contra, xingando, travando votação e etc.? Os partidos de esquerda, cheios de esquerdopatas.
Enquanto isto sabe onde estão o teu deputado defensor da "família", o teu pastor defensor de "cristo", o teu senador defensor da "liberdade" ou o teu ídolo defensor do "livre mercado"? Estão em casa descansando, aproveitando o dinheiro que ganharam defendendo os que eram contra ti e prometendo continuar te entregando em troca de mais dinheiro e poder.
" Esquerdopatas" são como as mãos, os pés ou qualquer outro membro que você só sente falta quando perde. E este é o momento em que todos estamos perdendo. Pense."

Pinçado do Facebook de Messias Gonçalves Cardoso 

O futuro

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Em algum lugar se perdeu, por Fernando Horta

O jogo dos tempos é um dos grandes desencontros da história. O homem só tem o presente. O passado o é por retenção, seja da memória ou da história. O futuro não é ainda, surge somente por projeção. Ao falar do passado, temos, nas palavras de Paul Ricoeur, um “presente-ausente”. O passado não está mais ali, embora dele falemos. Este processo de falar sobre o que já não existe configura um dos espaços da memória e, quando mediado por uma narrativa de alguém diferente de mim, chama-se História.
Parece simples, afinal nada soa mais inexorável ao ser humano do que o tempo. Contudo, a política é capaz de jogar com os tempos de forma a tornar confusa a orientação de todo um grupo de pessoas. Quando eu articulo um discurso de cunho nacionalista, que rememora símbolos, cores, personagens e etc., eu trago o passado de volta através de memórias que foram coletivamente construídas. Os sentidos sociais da memória atuam como mediadores de um tempo que não existe e que, quase sempre, nunca existiu para os que se valem deles.

Colunista do dia

Fernando Horta - a estética do fascismo
 Os regimes fascistas e nazistas foram os primeiros a entenderem a importância dos meios de comunicação de massa para a política. No final dos anos 20 e início dos anos 30, o rádio se constituía na grande novidade da tecnologia transformada em produto pelo capitalismo. O rádio, paulatinamente, diminuía de tamanho físico e se tornava um aparelho fundamental na vida das pessoas, em tempos de paz e, mais importante ainda, em tempos de guerra.

 O nazismo foi ainda mais além, reconhecendo, na segunda metade dos anos 30, a importância da comunicação, em todas as suas áreas. Hitler e Goebbels, por exemplo, conceberam a necessidade de uma comunicação efetiva, que transmitisse mais do que apenas o texto ou a narração. Contrataram a cineasta alemã Leni Riefenstahl porque, diziam eles, precisavam “aliar a arte à política”. Eis o ponto. Riefenstahl criou uma estética para representar o nazismo. Uma estética embebida em sentidos políticos e sociais que são replicados até os dias de hoje.
Walter Benjamim, estudando o fenômeno, afirmou que o cinema tinha sido “apropriado” pelo fascismo. A construção das massas como participantes pelo poder fascista se dá no sentido estético. Tão somente. É nos filmes, na retratação das festas nacionais, nos momentos políticos fabricados para consumo artístico que o fascismo se encontra com o povo. Este encontro tem sempre um sentido simbólico e estético que, nas palavras de Benjamim, captura “a aspiração por novas condições sociais” que as massas têm e a usa em benefício de uma “minoria de proprietários”.
O Führer tinha receio de que o nazismo fosse visto e compreendido como uma ideologia de ódio e guerra. A violência só poderia ser aceita, numa Europa que recém havia saído de uma guerra mundial (1914-1918), se ela tivesse um fim superior. Esta finalidade deveria ser entendida como imperativa, ética, boa e coletivamente significativa. O “povo” (volk em alemão) cumpriu este papel. Claro que o povo tinha que ser diminuído. Nem todos poderiam ser povo. As perseguições à todas as minorias éticas, aos homossexuais e aos dissidentes religiosos fizeram uma depuração do povo. A elitização da ideia de povo já estava constante na teoria da supremacia do ariano (alemão).
Trabalhar a comunicação sobre este “povo”, de forma mítica (criando uma história de superioridade) e estética (através da representação das lideranças como emergidas do “povo”), não era só uma questão lateral. O cerne da estética fascista é representar-se sempre como justo, e coletivamente bom. Várias são as estratégias para alcançar a “Força pela Alegria” (Kraft durch Freude), desde o aumento de festas e feriados nacionais, até a representação das lideranças sempre de forma sóbria, limpa e populares. O nazismo inventou o “João Trabalhador”. E o fez de forma consciente, eis que Hitler, no livro Mein Kampf, afirma que o objetivo central é brigar com os “vermelhos” pelo sentido dos termos “trabalhador”, “revolução” e “socialismo”.
As representações em imagens dos líderes fascistas obedeciam sempre ao mesmo padrão. Câmera posicionada abaixo do indivíduo, cores sóbrias e um jogo de luz e sombra que faziam a estética representar perfeitamente o discurso: um líder austero, superior e iluminado. A disputa de significados vinha sempre carregada contra os movimentos de esquerda. O fascismo é, antes de tudo, anti. Apresentava-se como uma solução viável ao capitalismo financeiro predatório (no contexto da crise de 29) através da exaltação da força do capitalismo nacional. Apresentava-se como uma alternativa à luta de classes, preconizada pelos socialistas e comunistas, através da noção de “todo”, de “pátria” e de “volk”. O povo é uno e indivisível. Para os fascistas, não há luta de classes, isto é uma invenção da esquerda para destruir a pátria.
A beleza do corpo, o belo como padrão estético das lideranças, foram explorados em todas as suas esferas, desde fotos até filmes. O filme de Riefenstahl sobre as Olimpíadas de 1938 (Olympia) tem como principal personagem o belo. O fascismo alimentava o estereótipo da perfeição não apenas esteticamente, mas como uma busca política. Hugo Boss foi o designer de todos os uniformes nazistas. A monstruosidade linda e bem vestida. Daquilo que é belo e uno surge ser também bom e correto. A estética fascista configurava a exata ideia da superioridade que o regime construía na cabeça de seus seguidores.
Não é difícil encontrar no Brasil atual a mesma estética. Líderes sóbrios, plano de foto inferior ao fotografado, cores neutras. O belo como predomínio do sentido, a austeridade da imagem que não guarda rasgos de cores, formas ou texturas. O jogo de luz e sombra a destacar a qualidade estética e transmuta-la em sentido social. A retórica acompanha a valsa com a estética. O líder anti luta de classes que vai unir o “povo” e fazê-lo trabalhar. Que cria, inova e faz renascer a ideia de país. Que “trabalha” e surge fisicamente em diversos papeis, aproximando-se esteticamente daquilo que não é.
Cria-se o anti.
Em qualquer banca, perto de você.***
É sempre bom lembrar que os paladinos da moral e ética, os arautos das ilegalidades do MP e Judiciário (contra seus inimigos), terminam por quebrar seus próprios espelhos, basta esta mesmas instituições (citadas acima), pisarem nos seus calos.


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Colunista do dia - Fernando Horta



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A história como arma
No início desta semana, o chefe da CIA no governo Trump, Mike Pompeo, sugeriu que a agência estaria trabalhando com o México e a Colômbia para depor o governo de Nicolás Maduro. A CIA tem inúmeras “covert actions” na sua história, e o que impressiona é que seu chefe tenha falado de uma delas. De fato, a ação na Venezuela não é mais “covert” há muito tempo. Tanto Capriles quanto Leopoldo López receberam auxílio logístico e até financeiro da CIA, faltava a confissão que Pompeo deu.
Muitos dirão que esta confissão demonstra, “mais uma vez”, que o Brasil também é alvo da CIA e que 2013-2016 seria, então, uma consequência da voracidade yankee. Eu creio que neste tipo de afirmação joga um papel forte o nosso complexo de vira-latas. Entendemos que sequer um golpe nós não temos capacidade de dar sozinhos. É muita falta de fé na nossa direita e nas nossas elites.
Não nego que estas ações possam realmente ocorrer, mas os maiores atores do golpe brasileiro são a elite capitalista (daqui e de qualquer lugar do mundo) e nossa elite política. Ainda vamos levar um tempo refletindo e pesquisando sobre os eventos no Brasil, mas, se vamos usar a Venezuela para pensar o Brasil, convém tomarmos um cuidado de ver tudo. Antes da CIA e, talvez, do próprio exército norte-americano agirem por lá, os conservadores norte-americanos já colocavam suas garras naquele país. Sempre primeiro os interesses privados se fazem estabelecer e só após, um tanto quanto relutante, o Estado norte-americano se movimenta.
Em 1999, assumia a presidência da Venezuela o coronel do Exército Hugo Chávez. Ele governaria durante 14 anos (até sua morte em 2013). Eleito com 56% dos votos em 1998, já em abril de 1999 houve a chamada de uma assembleia constituinte, que foi ratificada por voto popular em dezembro do mesmo ano, por 72% dos votantes. Em 2000, Chávez teve 60% dos votos (contra pouco mais de 37% do seu opositor), em 2004 a oposição chamou um “referendo revocatório” para tentar afastar Chávez do poder, e este teve mais de 5,9 milhões de votos de apoio, num total de 10 milhões.
Se é verdade que a abstenção seguiu crescendo nas eleições venezuelanas (em 2005, nas legislativas, chegou a 75%), também é verdade que Chávez seguia fazendo eleições e vencendo. Em 2006, foi eleito com 62% dos votos, em 2008 seu partido conquistou a maioria das eleições regionais e em 2009 Chávez emendou a constituição através de referendo para retirar o limite de reeleições, tendo obtido 55% dos votos. A oposição, já há muito articulada barrou a reforma constitucional de 2007 e comemorou em 2010 que Chávez não tinha conseguido 2/3 do parlamento. Em 2012, Chávez foi reeleito com 55% dos votos (na vitória sobre Capriles) e nas eleições regionais (ocorridas em dezembro) o partido de Chávez ganhava 20 dos 23 cargos para governadores de regiões.
Nos 14 anos de governo de Chávez, ele propôs 13 sufrágios (entre eleições e referendos), a maioria acompanhado por observadores internacionais, como o próprio presidente norte-americano Jimmy Carter. Este foi o fenômeno que impressionou às elites norte-americanas. Especialmente entre 1999 e 2001, Chávez era o principal inimigo dos EUA, muito por ter implementado sua constituição bolivariana e lutado por aumentar os preços do petróleo venezuelano que se destinava aos EUA. Em setembro de 2000, Chávez dizia, com razão, que o barril de Coca-Cola era mais caro que o barril de petróleo. O barril de Coca Cola (se ela fosse vendida em barril) custava quase US$ 79, enquanto o de gasolina custava US$ 59 dólares.
Estes dois primeiros anos foram cruciais para os ataques a Chávez. A intelligentsia americana ficou sem entender como aquele coronel conseguia tanto apoio popular, parecendo desconhecer que em 1999 mais de 4,8 milhões de venezuelanos viviam em situação de extrema pobreza e sem acesso a saúde. Isto significava um quinto da população. Se contadas apenas sobre a parcela indígena, o grau de pobreza extrema atingia mais de 50% em 1999.
Não havia a necessidade de qualquer maior evidência do que os indicadores brutos econômicos, para se ver o fracasso do Estado venezuelano até 1998. Mas os think tanks dos EUA não podiam aceitar a realidade. Postaram-se a arrumar uma outra explicação para o “fenômeno” Chávez e vieram com um absurdo: a reutilização do termo “populismo”. A primeira arma contra a revitalização da América Latina no século XXI, se ancorava no colonialismo intelectual que nossas elites sempre compram.
Décadas foram necessárias para que os pesquisadores de América Latina conseguissem a construção de um arcabouço de teorias e conceitos que fossem genuinamente produzidos na região, com significação e correção empírica. O termo “populismo”, por exemplo, passou desde a conceituações dos italianos Gino Germani e Torcuato di Tella, ainda na década de 40, até chegar a Ernesto Laclau, no século XXI, por inúmeras correções, pesquisas e discussões. Terminou, totalmente enviesado, em textos de jornalistas que mal sabiam do que falavam. Dali eram consumidos por uma classe média desprovida de ferramental intelectual e capacidade crítica, para ser apresentado com um viés negativo. Uma mácula na América.
Não, a América Latina não se transformava em “populista” a partir de Chávez. O conceito partia de uma visão errada de traição. Era usado para designar uma política de perfídia em que um governante carismático enganava a população, obtendo seus votos. Foi esta a primeira arma da luta norte-americana contra as mudanças políticas e econômicas na América Latina. É significativo que hoje Trump seja conceituado como “populista”. Mostra o quanto o conceito serve apenas politicamente aos grupos que o usam. Na esteira do “enganar o povo”, a narrativa sobre a Venezuela nunca mudou, e, para piorar, toda a América Latina foi engolfada. Do “populismo” para o “período de maior corrupção da história” foi um passo. Mesmo jornalistas malformados e mal-informados, ainda hoje, repetem este discurso.
O Populismo foi um fenômeno latino-americano que teve seu auge entre as décadas de 30 e 50, na América Latina. Os nomes mais conhecidos são Getúlio Vargas no Brasil, Juan Domingos Perón na Argentina e Lázaro Cárdenas no México. Mas, o número de líderes populistas é muito maior, entrando no grupo o peruano Victor Raul Haya de la Torre, o equatoriano José Maria Velasco Ibarra ou o colombiano Jorge Gaitán, por exemplo. O conceito é baseado em cinco características: (1) ocorre em países em meio aos processos de industrialização e urbanização, (2) com o controle dos meios de comunicação na mão do Estado ou sujeitos a este (naquele momento o rádio), (3) aproveitando-se da formação dos primeiros núcleos de proletários para monopolizar as organizações sindicais através (4) da figura carismática de um governante conciliador por meio de (5) um discurso nacionalista de defesa tanto do trabalho quanto do capital. É preciso que se tenha TODOS estes pontos para se caracterizar o líder como “populista”.
A corruptela do termo, utilizado para deslegitimar as mudanças latino-americanas, falava apenas do líder carismático que enganava os trabalhadores. A assim foi feito. É fácil ver as diferenças para o fenômeno do final do século XX, e todas elas foram ignoradas numa campanha de difamação que atingiu diretamente Chávez, Rafael Correa, Evo Morales, os Kirchner e, depois, chegando a Lula. Não foi a CIA, ou o Departamento de Estado que lançaram os primeiros ataques às revoluções sociais na América Latina pós-neoliberalismo. Também as armas não eram agentes secretos ou pressões econômicas. As primeiras e mais profundas agressões vieram a partir de um colonialismo intelectual, usando erradamente o conceito de “populismo”. A primeira arma foi, portanto, a narrativa histórica.***

Fernando Horta - colunista do dia


A humanidade, de tempos em tempos, é acometida por um medo irracional de seu semelhante. Desde as muralhas construídas nas primeiras Cidades-Estado da Mesopotâmia, passando pela Muralha da China, pela Muralha de Adriano, o Muro de Berlim e chegando aos atuais muros da Cisjordânia, de Belfast, e a tentativa feita por Trump, na fronteira dos EUA e México. Existem inúmeros outros, com certeza. Em todos os continentes, em todas as culturas, em todos os tempos. Na prática, os muros sempre serviram para proteger algo que algumas pessoas julgavam valioso, de quem era julgado desprezível ou dispensável. Desde razões religiosas, econômicas e até, mais recentemente, culturais são invocadas para consecução material do nosso ódio ao outro: o muro.
Temos inúmeros muros no Brasil. Qualquer condomínio fechado, ou casa com cerca elétrica, é uma reprodução em miniatura deste ódio atemporal que cultivamos. Mas, como a História mostra que os meios mais baratos de contenção não são os físicos, existem muros, de palavras, de valores e até de vazios. Brasília é um bom exemplo. Quem conhece sua urbanística atual percebe que imensos espaços vazios afastam as populações mais pobres dos núcleos ricos ou de onde se exerce poder. Portanto, o muro pode ser de concreto, de pedra ou de vazios. Continuam sendo muros, cujo objetivo é separar e evitar que aqueles que estão fora, entrem.
É bem provável, também, que muitos dos governantes atuais adorassem a ideia de construir muros, Brasil afora. A História recente mostra que não há tijolo colocado sobre cimento e tapado com argamassa neste país que não tenha uma contraparte em dólar alguma conta no exterior. O problema é que nossos governantes não tem o poder do Imperador Romano Adriano, nem o tempo das dinastias chinesas ou o dinheiro da América do Norte de Donald Trump para construir muros. E, no Brasil, seriam necessários muitos muros, pois os indesejáveis estão nos sinais, nas periferias, nas favelas e nas ruas. Deixaram de respeitar o acordo tácito dos lugares em que podiam ou não ir. E por fazerem isto, são expulsos a cassetete, água gelada ou incêndios “acidentais”. Expulsões tópicas, porque caras e ineficientes.
Na impossibilidade material de se livrarem definitivamente dos indesejáveis, o vice-governo brasileiro atende às elites que o ajudaram no golpe e cria uma série de medidas-muro, cujo objetivo não é outro, senão afastar o jeguedé. O ministro da saúde já deixou bem claro que se deve arredar os indesejáveis do atendimento médico. “Não há orçamento”. Começaram atacando e destruindo o Programa Mais Médicos, as Farmácias Populares e, dentre tantas outras coisas, agora estão acabando com a distribuição de remédios para contenção do vírus HIV. Os diversos muros de Barros visam impedir que os malnascidos possam sobreviver. No entanto, ele Barros se esconde atrás de muros de escudos. Muros que só os ovos conseguem ultrapassar.
Na educação, muros de livros são erguidos. São muros “sem partido”. O muro de Mendonça, filho da ignorância de que a política desune, “reformou” o ensino para dividir. O público terá menos livros, menos professores, menos conhecimento, mas os indesejáveis filhos dos miseráveis brasileiros ficarão presos nas escolas por mais tempo. Presos nos muros da benevolência que esconde a vontade de separar. Os educadores, estes pobres diabos, que se virem com os pequenos trastes lá dentro. Crianças contra quem o governo claramente reergue o muro no ensino superior. Desmontam-se os financiamentos, destroem-se as bases curriculares e os filhos do Brasil pobre jamais saberão o que é uma “clava forte”, já que nunca deitaram em berço esplêndido. Se ousaram, um dia, diminuir os muros da desigualdade econômica, que criemos o meritocrático muro do conhecimento.
Por outro lado, construída com frágeis tijolos jurisprudenciais e muito cimento de convicção, ergue-se a muralha da justiça. Certamente com letra minúscula, como quem a tem aplicado. O Mouro e o Evangélico se unindo contra o Brasil que comia. Contra o Brasil que tinha emprego. Se a justiça já tinha em si muros imensos no Brasil, agora os têm convictos de que nada mais é necessário para encarcerar do que a vontade do encarcerador. Se nunca foi igual para todos, a verdade é que ousaram dizer – um dia – que pobre tinha direitos. Tem sim, eles nos lembram. Aquele direito que surge de velhice antes dos trinta, de emboscada antes dos vinte e de fome um pouco por dia. Aos amigos tudo, aos inimigos a covardia. Escondida nas togas que, atualmente, nada mais têm do que a legitimidade do tecido negro.
Mas, a maior das muralhas está sendo construída. Em silêncio. Tijolo por tijolo para se certificar que o poder seja, novamente, intocável neste país. Os desafortunados, os indigentes, os desprovidos tiveram a audácia de por quatro pleitos pensarem que eram brasileiros. Esqueceram-se de quinhentos anos da mesma história sendo repetida. A golpes de chicote, no pau-de-arara ou com spray de pimenta. Fingiram-se de desentendidos e chegaram a gritar “diretas já”. Temer, Mendes e Maia constroem o parlamentarismo no Brasil. Nosso “cordón sanitaire”. A certeza de que as urnas, quando abertas, represar-se-ão (e eis a beleza da mesóclise) na Brasília do vazio. Aquela. Um parlamentarismo distrital, com as listas fechadas e esta mendicância pedinte e maldotada, que tem o desplante de se achar digna do artigo 5º, voltará a entender o seu lugar no país. Separada por muros. Sem tocá-los. E sem grafite.
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