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Caiu a máscara do conspirador


Esta foi a frase dita pela presidente Dilma Rousseff, ao saber do vazamento de um áudio do vice-presidente Michel Temer, em que ele fala como se já fosse presidente da República e pede "sacrifícios" à população; o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, também reagiu; "Estou estupefato. Ele está confundindo a apuração de eventual crime de responsabilidade da presidente Dilma com eleição indireta. Está disputando votos e transformou o processo numa eleição indireta para conseguir votos em favor do impeachment. Esse áudio demonstra as características golpistas do vice"; no áudio, Temer diz ainda que pretende manter programas sociais como o Bolsa-Família, o Fies e o ProUni; senador Lindbergh Farias (PT-RJ) classificou Temer como "golpista trapalhão"; colunista Jorge Bastos Moreno, do Globo, afirma que Temer deu "um tiro mortal" no impeachment.

Brasil 247 - Planalto tem votos de folga para evitar o golpe

Embora deva ser derrotado na votação da comissão que trata da admissibilidade do impeachment, o governo tem maioria para evitar, em plenário, a cassação da presidente Dilma Rousseff; hoje, o Palácio do Planalto conta com 216 votos, 45 a mais do que o necessário, e o número pode crescer nos próximos dias, com a articulação que vem sendo conduzida pelo ex-presidente Lula e com o crescimento das manifestações contra o golpe, como a que ocorrerá hoje no Rio de Janeiro, com a presença de diversos artistas e do compositor Chico Buarque de Holanda; segundo o deputado Wadih Damous (PT-RJ), mesmo uma eventual derrota do governo na votação prevista para esta tarde por uma diferença de poucos votos "significaria que a oposição não tem os dois terços para ganhar no plenário"; o também petista Arlindo Chinaglia (SP) disse que a diferença do resultado deve ficar em no máximo cinco votos de um total de 65 membros da comissão, seja a favor de Dilma ou contra a presidente.