Brasil, deixa quebrar, por Vladimir Safatle

Alguém precisa salvar o Brasil de seus salvadores. Neste momento em que, pela primeira vez em sua história, o país tem um presidente em exercício denunciado por crime, é sintomático a quantidade de vozes a ocupar a imprensa a fim de falar da "responsabilidade para com a nação", do "temos um compromisso com o país", do "não podemos deixar o país parar".

Tais vozes são sustentadas por um coro de analistas, juízes e jornalistas que entoa a cantilena do "não devemos desqualificar a política", do "é perigoso quando um povo já não acredita mais na política".

Mas estes que assim falam não são exatamente parte da solução. Eles são parte do problema. Há um exercício de tradução que se faz atualmente necessário quando se ouvem afirmações como essas. Pois onde se lê "temos que ter responsabilidade para com a nação", leia-se, por favor, "deixemos os negócios continuarem como sempre e deixemos o poder nas mãos dos que sempre o detiveram".

Já onde se lê: "não devemos desqualificar a política", entenda: "continuem a acreditar nas instituições deterioradas da república e seus ocupantes". Ou no lugar de: "é perigoso quando um povo já não acredita mais na política", entenda: "as acusações estão chegando muito perto de mim mesmo".

No entanto, o melhor que pode acontecer ao Brasil neste momento é, de certa forma, deixar tudo quebrar. A consciência de que o país entrou em colapso e de que nenhuma de suas instituições funciona de maneira minimamente adequada pode ser a única saída real do fracasso.

O filósofo Theodor Adorno uma vez afirmou: "O medo do caos, em música como em psicologia social, é superestimado". Isso vale para nós neste momento.

Muitos temem o avanço de um protofascismo aberto ou do populismo conservador que assombra o Brasil desde os idos de Jânio Quadros. Mas a única forma efetiva de combatê-los é tomar deles o discurso da ruptura e ir em direção a uma ruptura real, em vez de se deixar absorver por esses simulacros produzidos pela associação explícita de "novas figuras" com a antiga linha de comando da economia nacional.

Há ainda aqueles que reclamam do vazio político. Eles dizem que não há força de transformação alguma no horizonte e, por isso, qualquer movimento brusco será ainda pior.

Mas está evidente que tal "vazio" tem uma função clara: paralisar toda demanda social através de um raciocínio: "Ou isso que temos ou o vazio, o caos". Aqueles que se servem desse raciocínio agem como alguém que não sai de uma casa em chamas por não ter uma nova casa.

No entanto, só é possível construir outra casa quando se decide sair da antiga. Só quando os tijolos da antiga forem deixados para trás, o vazio desaparecerá. Há uma criação imanente de política no interior da vida social. O vazio é apenas uma ilusão vinda da fixação em um tempo arruinado.

Nesse sentido, não é verdade que estaríamos agora diante do risco da desqualificação geral da política. De certa forma, a verdade é que a política já não existe há muito em nosso país. O discurso gerencial, que é o discurso antipolítico por excelência, já fora utilizado na primeira eleição de Dilma Rousseff. Política é indissociável do exercício irrestrito da soberania popular e isso, há de ser honesto, nunca ocorreu no Brasil.

Mas a estratégia atual consiste em amedrontar a população com o discurso do futuro caótico, em vez de permitir que a imaginação política aja e crie o que o país ainda não sabe como fazer existir. Se isso continuar, no lugar de uma destruição criadora teremos apenas uma desagregação sem fim.

Não se pode temer que tudo fique estagnado para que o país entre em movimento com novos ritmos, novas intensidades.

Não temos outra saída a não ser terminar o que não quer morrer, recusar mais um acordo espúrio e confiar em nossa própria capacidade. Mas a confiança no povo é algo que o poder no Brasil sempre procurou impedir.

Boa noite

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Mensagem da noite

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Algumas pessoas te procuram apenas quando precisam de você? Em vez de sentir-se incomodado com isso. Muito pelo contrário, sinta-se privilegiado, iluminado, pois você é a luz quem vem aos olhos, coração e alma delas no instante que estão na escuridão.
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Desabafo de Paulo Coelho


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O país [Brasil] parece anestesiado com um escândalo atrás do outro. Cansei! Não adianta, os três [podres] poderes são mais fortes. Bravo, bandidos!

Via seu Twitter @paulocoelho
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*Eugênio Aragão - o STF não se dá o respeito

Ao apagar das luzes do semestre judiciário assistimos o Supremo Tribunal Federal (STF) soltar o Sr. Rocha Loures e devolver o exercício do mandato a Aécio Neves. Dirão alguns que essas decisões foram monocráticas e não refletem a posição da corte em sua composição plena. Bobagem.
As decisões individuais tomadas pelos ministros vão para a conta do STF sim. É importante não cairmos na cilada de divisar entre ministros sérios e outros nem tanto. O STF é uma instituição que abriga, protege e blinda seus componentes de modo a torná-los intocáveis.
Não importa a suspeição escancarada de Gilmar Mendes, ele se arroga o direito de relatar os processos de seu amigo íntimo Aécio Neves e nenhum de seus pares dá um ai. Fala mal de colegas em entrevistas, reúne-se com réus, dá conselhos e consultoria a investigados e tudo fica por isso mesmo.
A presidenta da corte não acha nada de mais proclamar que o STF não ficará alheio ao apelo das ruas por “justiça” e, com isso, afirma o consenso de seus pares de que é preciso jogar para a plateia. A pieguice venceu a sobriedade e a imparcialidade.
Muitos juristas que se querem “do bem”, isto é, críticos ao golpe que assola o Brasil, insistem em que as bondades da véspera do recesso foram acertadas e marcam uma virada garantista do STF. O fato de as decisões beneficiarem os de sempre não viria ao caso, porque, ao apagar das luzes, beneficiaria também aqueles que foram caça do inquisidor de Curitiba e terminaria por devolver o Direito aos seus trilhos.
Não compartilho o otimismo. O que se constata é apenas mais do mesmo. Já vimos o então ministro Carlos Velloso abraçado às gargalhadas com o advogado de Paulo Maluf, depois de soltá-lo da preventiva que perdurava cinquenta dias. Não era necessariamente a decisão que estava incorreta. Era o tom. O aparente deboche.
Ao fundamentar seu despacho, o ministro Marco Aurélio justifica o retorno de Aécio ao Senado com a seguinte laudatória ao político que, por não ter aceitado o resultado das urnas, colocou o Brasil na pior crise de sua história republicana:
“É brasileiro nato, chefe de família, com carreira política elogiável – deputado federal por quatro vezes, ex-presidente da Câmara dos Deputados, governador de Minas Gerais em dois mandatos consecutivos, o segundo colocado nas eleições à Presidência da República de 2014 – ditas fraudadas –, com 34.897.211 votos em primeiro turno e 51.041.155 no segundo, e hoje continua sendo, em que pese a liminar implementada, senador da República, encontrando-se licenciado da Presidência de um dos maiores partidos, o Partido da Social Democracia Brasileira”.
Marco Aurélio Mello (foto Ascom/STF) e Aécio Neves (foto Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Marco Aurélio Mello (foto Ascom/STF) e Aécio Neves (foto Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Menos, ministro Marco Aurélio! Assim passa a impressão de que se deixou levar pela tietagem por Aécio Neves e joga o dever de imparcialidade no lixo. Sua Excelência não se importou, como seus pares, com os 54 milhões de votos triturados pelo golpe, achando oportuna aquilo que o ministro aposentado Ayres Britto cinicamente chamou de “pausa democrática”.
Eleições fraudadas? Não é esse o resultado do julgamento do TSE. Por duas vezes afirmou a regularidade dos votos dados a Dilma Rousseff. Uma, quando à unanimidade aprovou as contas de campanha e, outra, quando rechaçou as ações que queriam atribuir à chapa vencedora abuso de poder econômico e político.
Ou será que o Ministro Marco Aurélio, no ensejo de cortejar Aécio Neves, estará antecipando seu voto em recursos anunciados pelo PSDB da decisão que julgou improcedentes suas ações, que não passavam de “encheção de saco”, como definiu o próprio Aécio, mau perdedor e moleque que não respeita nem a democracia e nem a Constituição?
João Vaccari (foto Luis Macedo/Câmara dos Deputados)
João Vaccari (foto Luis Macedo/Câmara dos Deputados)
Tristes tempos. Tudo leva a crer que o STF não se dá o respeito, nem disfarça suas preferências. Enquanto parecem “melar” qualquer reação ao golpe, dão suporte à turma de Curitiba que massacra o PT e Lula. O homem da mala de Temer é solto após quarenta dias; Vaccari, o tesoureiro do PT, porém, contra quem nada de concreto se conseguiu apontar, fica preso por dois anos, por conta de indícios criados com suposições e convicções sem base empírica. Laudatória a Vaccari? Nem pensar!
A decisão que favorece Aécio não está, no seu dispositivo, errada. De fato, nada há na Constituição da República que autorize o judiciário a afastar preventivamente um senador do exercício de seu mandato. Mas não é isso que vem ao caso.
O que escandaliza qualquer jurista que não tenha ainda perdido sua sanidade mental é a extrema politização por detrás da opção do julgador. Será  que faria o mesmo se o afastado não fosse de sua predileção, ante tantos elogios pegajosos – e desnecessários – a Aécio Neves? Não seria ilegítimo supor que não.
Causa espécie que esse “neogarantismo” no STF vem no momento em que os golpistas de 2016 começam a ser chamados à responsabilidade. E olha que essa chamada também só se dá, por parte do MPF, por absoluta falta de alternativa, dado o vulto da sujeira posta a nu, difícil de ser escondida debaixo do tapete.
deltan na Igreja Batista foto Marcelo Auler

Nunca é tarde? Enquanto isso, os abusos contra Lula não cessam em Curitiba. E nada se faz. No CNJ, reclamações contra o inquisidor da província do Paraná não são tratadas nem com pressa e nem com presteza. Mais de uma dezena já foi arquivada. Agora, a derradeira, caminha a passos de cágado.
O vaidoso Dallagnol se dá ao trabalho de produzir alegações finais no não-caso do triplex, com mais de 300 páginas. Quem tanto escreve sobre um não-fato singelo mostra a absoluta falta de certeza sobre tudo. Trata-se de peça cheia de especulações, em que provar é o que menos interessa. Consegue-se chegar ao ápice do cinismo de confundir prova com argumento. Para provar, segundo Dallagnol, basta argumentar. Pouco interessa se suas premissas não têm apego à verdade, sua conclusão pretende ser sólida para condenar.
É a velha mania do MP moralista de construir castelos nas nuvens. Montam, seus aprendizes de feiticeiros, teorias desenhadas com complexos organogramas e, depois, esforçam-se por recortar testemunhos para encaixar nos seus construtos mentais. Se o testemunho não confirma a teoria, é dispensado. A teoria é simples: Lula é culpado. Para sustenta-la, basta um PowerPoint. Aqueles que dizem o contrário são confinados até dizerem que Lula é culpado. Leo Pinheiro precisou de meses para mudar de ideia, Marcelo Odebrecht de dois anos.
Mas Rocha Loures é solto rapidamente. Afinal, estava prestes a entregar seu patrão, Michel Temer, para quem carregava uma mala com 500 mil reais...
Esse mesmo STF que solta Rocha Loures não se preocupou com Marcelo Odebrecht. Sua petição de habeas corpus foi negada. Eis o ponto da questão. Que Fachin esteja certo em pontificar que prisão preventiva não serve para forçar delação, ninguém vai refutar. O problema é a seletividade que carcome a imparcialidade da justiça e aniquila a segurança jurídica.
É o descaso até com as aparências; são as adjetivações, os vários pesos e as várias medidas, as simpatias descaradas e as antipatias mal disfarçadas; são as alianças políticas expostas midiaticamente e as omissões interesseiras: tudo isso corrói a institucionalidade e transforma a prestação jurisdicional num grande faz-de-conta. Pouco importa se às vezes os magistrados acertam; é inaceitável a quantidade maior de vezes em que derrapam sem se importarem com a imagem da corte.
A compostura e o apego à liturgia por parte de membros do judiciário não são uma “frescura”. São, em verdade, a maior garantia de incolumidade dos juízes. Enquanto forem respeitados como pessoas fora de qualquer suspeita não serão tangenciados. A aura de respeitabilidade cria um natural temor reverencial.
Com esses escorregões e essas  contradições no seu portfólio, o STF não tem o direito de se queixar quando lhe atribuem papel decisivo no golpe parlamentar contra a Presidenta Dilma Rousseff. E, quando no futuro olharmos para trás, a imagem da corte neste trágico período estará irremediavelmente associada à politização partidária e ao pouco caso com a missão de fazer justiça. Mas, o pior de tudo é a confiança nas instituições que fica definitivamente comprometida e esta, como um vaso precioso, quando partido, não volta ao que era antes, nem que o melhor restaurador consiga artisticamente colar seus cacos.
(*) Eugênio José Guilherme de Aragão –  Ex-Ministro da Justiça, Subprocurador-geral da República aposentado, Professor da Universidade de Brasília e Advogado.
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Poesia do dia

E me chega não sei de onde
E se vai sem dizer nada
E volta do mesmo jeito

Calado, distante...

Fecha a cara quando peço risos
Muda os olhos
Quando quero cama...

E sem toques
Se repetem desejos...

Vivemos o mesmo drama.

Leônia Teixeira

O Temer da Odebrecht é Tremito do Jaburu?

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A PGR - Procuradoria-Geral da República -, pesquisa se o Tremito, alcunha associada a 19 milhões de propina que a Odebrecht pagou é Michel Temer, o traíra, golpista e corrupto que se aboletou no Palácio do Planalto com sua quadrilha.

A dúvida é...nenhuma!

Mas, quanto a ter prova cabal? isso não vem ao caso. Assim como Aécio Neves ele é um chefe de família e um político de carreira elogiável, como bem disse o comediante Marco Aurélio de Mello.
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Edison Brito - conforme Marco Aurélio de Mello (STF), o golpe será anulado

   Não foi de todo ruim a decisão do ministro Marco Aurélio de devolver o Aécio Neves ao senado. Basta olhar por um outro lado.
Primeiro. O STF acaba de dar um tapa na cara dos "coxinhas".
E não foi com luva de pelica não! foi com a de açougueiro, de aço. O juiz rebaixou-os a outra categoria, a de trouxinhas. Muitos questionam os "paneleiros", cadê vocês agora? por que não batem panela? Podem esperar sentado, essa turma só irá se manifestar novamente com a prisão do Lula.
Experimente. Dê uma de joão-sem-braço e questione o seu amigo, ou ex, que votou no Aécio, o que ele acha dessa decisão. Ou fica mudo, ou sai com a resposta chavão: sou contra todos os corruptos, roubou? tem que pagar. E dará as costas. Só o deus PATO AMARELO para salvá-los.
De qualquer forma, uma significativa parcela dessa turma começa a desconfiar que foi manipulada. Pela Globo. Segundo. O pau que bate em Francisco, bate em Chico. Quando julgarem o mandado de segurança que pede a anulação do impeachment de Dilma Rousseff já saberemos que defesa da presidenta tem um voto a favor, a do ministro Marco Aurélio, certo? Questão de coerência. Porque as loas e argumentos que usou para devolver o mandato ao Aécio serve para reconduzir Dilma ao poder, também.
O ministro contrapõe ainda que Aécio "É brasileiro nato, chefe de família, com carreira política elogiável – deputado federal por quatro vezes, ex-presidente da Câmara dos Deputados, governador de Minas Gerais em dois mandatos consecutivos, o segundo colocado nas eleições à Presidência da República de 2014 – ditas fraudadas –, com 34.897.211 votos em primeiro turno e 51.041.155 no segundo, e hoje continua sendo, em que pese a liminar implementada, senador da República, encontrando-se licenciado da Presidência de um dos maiores partidos, o Partido da Social Democracia Brasileira".
Bem, qual dos corruptos do primeiro escalão não é "brasileiro nato, chefe de família, com carreira política elogiável..."? Se o senador é tudo isso e foi pego exigindo dinheiro da JBS, ameaçando matar se algum "mula" o delatasse, quais os elogios seriam tecidos sobre a Dilma pelo sr. Marco Aurélio? Sim, porque ela em questão de lisura, honestidade e ética é infinitamente superior a qualquer quadrilheiro que se assenhorou do poder. Aliás, não tem nem comparação. Pena que a decisão chegou tarde para Delcídio do Amaral, senador do PT. Terceiro. Aécio é uma batata quente. Ninguém segura, se não houver proteção. O senado não é bem visto pelos brasileiros, com o Neves então a coisa piorou.
Os parlamentares terão que se desdobrar pra proteger o menino mimado. Agora, é de se desconfiar essa complacência com o PSDB. Quais as relações do tucanos com o judiciário? Com o MPF? Os usurpadores acabam com o Brasil. Todo dia rasgam a constituição.
O impeachment foi tão esdrúxulo que os criminosos subverteram até um dos ditados mais enraizados na cultura popular, "pros amigos, tudo. Pros inimigos, a lei". Se a lei for seguida Dilma Volta. E Lula não será preso. E o poder devolvido ao povo.
Comentário: Caro Edison Brito, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.  A decisão de qualquer togado do Brasil ou procurador da República depende de quem for o acusado ou réu. Se for tucano, é absolvido, mesmo que tenha todas provas cabais. Quanto a se for petista, o contrário é verdadeiro.
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Rir é o melhor remédio


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Segredos para fazer um casamento durar
Duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida e um bom companheirismo. Ela vai às terças-feiras e eu, às quintas. 
Nós também dormimos em camas separadas: a dela é em Fortaleza e a minha, em SP. 
Eu levo minha mulher a todos os lugares, mas ela sempre acha o caminho de volta. 
Perguntei a ela onde ela gostaria de ir no nosso aniversário de casamento, "em algum lugar que eu não tenha ido há muito tempo!" ela disse. Então, sugeri a cozinha. 
Nós sempre andamos de mãos dadas...Se eu soltar, ela vai às compras! 
Ela tem um liquidificador, uma torradeira e uma máquina de fazer pão, tudo elétrico. 
Então, ela disse: "nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar".
Daí, comprei pra ela uma cadeira elétrica. 
Lembrem-se: o casamento é a causa número 1 para o divórcio. Estatisticamente, 100 % dos divórcios começam com o casamento. Eu me casei com a "senhora certa". Só não sabia que o primeiro nome dela era "sempre".
Já faz 18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-la. Mas, tenho que admitir: a nossa última briga foi culpa minha. 
Ela perguntou: "O que tem na TV?" 

E eu disse: "Poeira".
por Luis Fernando Veríssimo
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Segredos para fazer um casamento durar, por Luís Fernando Veríssimo

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1º) Duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida e um bom companheirismo. Ela vai às terças-feiras e eu, às quintas. 
Nós também dormimos em camas separadas: a dela é em Fortaleza e a minha, em SP. 
2º) Eu levo minha mulher a todos os lugares, mas ela sempre acha o caminho de volta. 
3º) Perguntei a ela onde ela gostaria de ir no nosso aniversário de casamento, "em algum lugar que eu não tenha ido há muito tempo!" ela disse. Então, sugeri a cozinha. 
4º) Nós sempre andamos de mãos dadas...Se eu soltar, ela vai às compras! 
5º) Ela tem um liquidificador, uma torradeira e uma máquina de fazer pão, tudo elétrico. 
Então, ela disse: "nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar".
Daí, comprei pra ela uma cadeira elétrica. 

Lembrem-se: o casamento é a causa número 1 para o divórcio. Estatisticamente, 100 % dos divórcios começam com o casamento. Eu me casei com a "senhora certa". Só não sabia que o primeiro nome dela era "sempre".
Já faz 18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-la. Mas, tenho que admitir: a nossa última briga foi culpa minha. 
Ela perguntou: "O que tem na TV?" 
E eu disse: "Poeira".

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Fernando Horta - entre violas e cartolas, o Brasil que se repete

Parafraseando Luís Fernando Veríssimo: Brasil, esse estranho país de judiciário e ministério público corrupto sem juízes nem procuradores na prisão 
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E não se pense que tudo isto aí é novo.
Enquanto hoje discutimos se brancos podem compor e cantar samba (que Noel Rosa não nos ouça), na década de 20, 30 e 40 o Brasil era sim dividido. Claramente, claramente dividido.
Quem usava cartola era cartola, quem tocava viola que usasse panamá.
O "malandro" (que era diferente do “mané”) era quem precisava da picardia para dobrar a lei e viver no seu limite. Fazendo isto, equiparava-se um pouco com quem tinha a lei sempre ao seu lado. O mané era aquele que nem tinha a lei por si (por sobrenome, cor ou posses), nem tinha a esperteza para viver com garbo à margem dela.
Uma sociedade dividida em cartolas, malandros e manés. Naquela época, a estética, a retórica e a geografia eram sinceras. Os três grupos tinham seus nichos próprios. Os encontros eram fortuitos, raros. O malandro e o mané se encontravam no lusco-fusco do final do dia quando um retornava da "labuta" e o outro ia para a "cantoria". Nos bondes, nas estações ou nos bares que se encontravam os brasis. O mané e o cartola também se viam pouco. Os cartolas nunca gostaram de se dar a conhecer. A geografia ajudava, colocando os brasis em distância urbana regulamentar.
O malandro e o cartola, estes viviam às turras. Existia o encontro moral mediado pelo samba e o físico mediado pela polícia. Enquanto o primeiro machucava os cartolas, o segundo os malandros. Ambos os encontros passaram para a posteridade, mas acho que o samba atingiu o mundo num grau de contemplação maior do que a violência da polícia atinge os brasis não cartolares, até hoje.
Sempre, portanto, se soube que a polícia era dos cartolas. Nunca foi segredo que os juízes também. Apenas que, naquele tempo, os sambas eram mais verdadeiros e as decisões judiciais menos cínicas. Até hoje, se estudam os sambas para conhecer a sociedade e os registros policiais e decisões jurídicas para se evidenciar as diferenciações sociais. A História não se engana e costuma não exigir algo de quem não pode dar.
O terrível dos tempos atuais é que o samba foi deslocado pelos chamados "ritmos comerciais". Perdeu-se o intérprete-mor da sociedade, cujos versos eram quase fotografias dos tempos. O patrulhamento dos cartolas é tão grande que quando surgem pensadores nestes novos ritmos, a denunciar a sociedade, são imediatamente perseguidos aos gritos de "manipulação ideológica". Como se algo no mundo não fosse ou pudesse não ser. Os cartolas acusam, a bem da verdade, a força do samba. Sabem que um gênio com uma viola faz sentir a realidade. Mesmo para aqueles que padecem de muita realidade, tanta que lhes amortece os sentidos.
Talvez aqui esteja o motivo do atual ataque à cultura, ao carnaval, à história. Todas formas epidérmicas de contar o mundo e os tempos. Todas com meios quase invisíveis de tocar as almas. Os cartolas nunca gostaram de violas ou livros. E isto diz muita coisa. Desde o poema musicado ou o pensamento prensado, todos falam de um mundo que é até um mundo que poderia ser. E nada mais perigoso para a realidade do que o sonho. Nada mais perigoso para uma cartola do que a descrição nua e crua do que ela é.
Também as estéticas se confundem. Ninguém mais usa cartola. Mas os cartolas se certificaram que muitos usassem gravatas. E hoje é difícil discernir as italianas feitas à mão das compradas na banca da praça. As cartolas guardavam uma sinceridade que os cartolas não. As gravatas são mais discretas, fugidias. O uso da gravata é como a invenção das S.A. (sociedades anônimas), não se sabe mais de onde vem o tapa da tal "mão invisível". Alguns manés (até por serem manés) ostentam orgulhosos as gravatas. Até lutam para usá-las. Queriam estar usando, na verdade, as cartolas. Mas isto jamais conseguirão. As violas se aprendem a tocar, as cartolas não. E sempre tem a caixinha de fósforo como remédio ao excesso de realidade e alguma falta de talento.
Bom que hoje temos juízes menos capazes do que outrora. Diminuiu a vontade de se parecer legal. A empolação das citações latinas ou o formalismo do "the rule of law" jogavam um papel importante. Do hermetismo. Inaudita altera partis, os juízes falavam para si. Havia, contudo, que colocar uma frase afirmativa que contivesse o que os cartolas queriam ouvir. "Pelo exposto, (que ninguém mais precisa entender) torno sem efeito decisão anterior contra o nobre senador". É tudo o que realmente se importa dizer. Se o é por um garantismo oportunista ou por um estrabismo político, pouco interessa.

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Fecha a latrina maga patológica

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Piada da semana é do comediante Marco Aurélio de Mello (*)

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"Chefe de família" e "Carreira elogiável"...
Marco Aurélio de Mello - um dos mais divertido e cínico dos comediantes do STF - São Todos Farsantes - sobre o graúdo e honestíssimo tucano Aécio Neves

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Supremo de Patópolis


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A “guerra sem gerra” no Brasil. Por Francisco Carlos Teixeira (*)

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Muitos brasileiros tinham esperança, ou ao menos expectativas, na atuação da Justiça. Mesmo sabendo que os tribunais brasileiros são lentos, formais e que se expressam num leguleio que poucos entendem – mesmo assim! – esses brasileiros tinham esperanças. Não podíamos crer, materializar, o dito antigo de que a Justiça no Brasil é feita – e com dureza! – apenas para ladrão de galinhas. “Para os amigos tudo, para os inimigos a Lei!”.
Muito menos podíamos imaginar que seria através de tribunais brasileiros que interesses estrangeiros declarariam guerra ao Brasil.
Uma guerra de novo tipo: uma guerra sem guerra, ou seja, uma guerra que usa meios não-bélicos para destruir, solapar, aniquilar a capacidade do adversário. Assim, utilizando-se de modernos meios tecnológicos – mídias digitais, propaganda massiva, formação de quadros de elite em universidades estrangerias, sistemas de estágios e bolsas de estudos em centros de treinamentos, etc… arma-se uma elite para atuar a serviço, consciente ou inconscientemente, desse poder estrangeiro.
O Brasil não seria o primeiro alvo. Na verdade Ucrânia, Líbia, Egito, Tunísia, Síria, Geórgia e Turquia foram alvos anteriores desse modelo novo de guerra – uma guerra que não precisava recorrer aos custosos meios tradicionais de luta com canhões, bombardeios e destruição de cidades. Podia-se fazer a guerra a bem dizer… sem guerra. Por outros meios. Não era exatamente uma “guerra híbrida” ainda. A guerra híbrida misturaria meios novos e meios tradicionais. Por enquanto, nas chamadas “primaveras”, a guerra seria “sem guerra”.
Para funcionar a “guerra sem guerra”, precisa-se conhecer bem o ponto fraco do inimigo. No caso brasileiro foi fácil: homens do talho de Victor Nunes Leal e Raymundo Faoro já apontavam para a chaga aberta do país – o caráter patrimonial do Estado brasileiro. O patrimonialismo, no perfeito conceito de Max Weber, permitiu que uma elite parasitária colonizasse o Estado e cooptasse tudo e todos que se apresentem como “o novo”, “o transformador”, “o renovador”. Trata-se do velho “transformismo” das elites, e de seu poder de cooptação, tão bem descrito por Jorge Amado em seu personagem “Doutor Mundinho”, de “Gabriela, Cravo e Canela”.
Cabia,assim, utilizar-se dos males propiciados pela elite corrompida do país como brecha para iniciar o ataque à soberania nacional. O interessante é que tal ataque a nossa soberania seria feita pela parcela, aparentemente, não corrompida dessa mesma elite. Estrangeirada, imbuída do élan “renovador”, tal elite embora inteiramente colonizada, vestida, como no dizer de Frantz Fanon, com a máscara do colonizador para impor ao seu próprio povo um modelo importado e alienado. A elite “renovadora”, capacitada em centros estrangeiros,em nome de uma pureza que só o “outro perfeito”, “o estrangeiro”, “o espelho” em que devemos nos mirar e, assim, deixar de ser o que somos para ser a cópia mascarada do “Outro” colonizador, renega sua própria gente, sua história e suas tradições.
Com tudo isso destrói as bases da própria soberania nacional.
A Operação Lava-Jato abriu, sim, para muitos, a esperança de que as coisas mudariam: o patrimonialismo de mais de quatro séculos seria arrancado pelas raízes e o país seria “passado a limpo” – mas, infelizmente, só miravam no espelho do Outro, do estrangeiro. Depois de seus cursos e estágios no exterior se sentiam prontos para a hercúlea tarefa de “limpar” o Estado brasileiro, tomando-a como “missão”. De qualquer ponto que puxassem o fio viria o novelo de pecados da história-pátria: propinas, sinecuras, prebendas, filhotismo, estelionato, favoritismo, peculato, e tanto mais… Contra uma “história feia”, a nossa, a da própria pátria, considerada viciosa, antepunham a história virtuosa d´“Outro”, sem saber que a história desse “Outro” é uma pura construção mítica, ideológica, benzida na pia da religião.
Incultos na sua erudição, tomaram o mito d´Outro como história.
Iniciaram-se, então, os procedimentos jurídicos, o flanco da “guerra sem guerra”, a primavera do Brasil: afinal poderosos iriam para prisão. E realmente foram. Foram mesmo? Bem, Eduardo Cunha – uma unanimidade nacional, uma espécie de “meu malvado predileto” da Nação – mas, só depois que cumpriu seu papel, o de defenestrar Dilma Rousseff do seu cargo via acusações que seriam nos meses seguintes “fichinha”, “crime” de freira de colégio interno, face ao chorume a vazar do Congresso Nacional nos meses seguintes ao seu impeachment.
Bom, prendeu-se Cunha com seu aspecto melífluo, sua voz dissimulada, suas mãos felinas e seu cabelo oleoso e com aparência de caspa severa – está lá! Condenado a 15 anos de prisão! No entanto, sua esposa – uma jornalista de grande experiência foi considerada inocente, pois não sabia de onde caía o dinheiro no seu generoso cartão de crédito… Há quem mais? Ah, não… Esse está livre; este outro… Fez delação e foi solto; aquele… hum, foi liberado e…. acolá outrem está em prisão domiciliar.
O próprio Cunha é personagem central de tramas noturnas da República e continua sendo personagem central no “esquema” (ou será “organização”, um sinônimo talvez de “quadrilha”) que sustenta com propinas e malas cheias o presidente em exercício. Portanto, é, em verdade, um homem mais livre que a maioria dos 204 milhões de brasileiros que não escolheram seu presidente e com passes de equilibrista esticam seus salários até o mês seguinte!
Ah, temos sim um prisioneiro da Lava-Jato: o Almirante Othon Silva, condenado a 43 anos de reclusão. Um homem que prestou inúmeros serviços à Pátria, que enfrentou terríveis forças internacionais para dotar o país de uma tecnologia única e avançada, resistindo heroicamente às pressões ocultas de grandes potências. Envergonhado, após a prisão, tentou o suicídio. Mostra caráter! Sérgio Cabral, Eduardo Cunha, qual outro político escreveu sequer uma linha de arrependimento? Nada!
Muito pelo contrário continuam, com recursos escusos, conspirando contra a ordem constitucional da República. No entanto o tribunal entendeu que o homem que dotou o país de alta e exclusiva tecnologia de ponta, um saber estratégico para a Nação, merecia uma pena 3.7 vezes superior ao mago do mal que presidiu o Congresso Nacional, o senhor Eduardo Cunha. Decidiu-se punir um Almirante muito mais do que quaisquer um dos malfeitores que roubam não só o dinheiro, mas principalmente o bem maior do povo, roubam o voto dos cidadãos.
Temos, contudo, como explicar mais esse paradoxo: como permitir que um país com tantas riquezas como o Brasil pudesse se dotar de uma tecnologia nuclear autônoma? Tinha-se que exemplificar em alguém o castigo para parar, deter e nunca mais permitir a ousadia de uma mera colônia neo-extrativista de ser, de fato, um país verdadeiramente soberano.
Como se não bastasse, o mesmo tribunal, aliado a governos estrangeiros, condenam as empresas brasileiras. Isso mesmo, as empresas. Não condenam apenas os executivos responsáveis pelos atos de corrupção, condenam as empresas. Ou seja, em vez de julgar “CPFs”, o tribunal julga “CNPJs”. Condenando as empresas com multas bilionárias a serem pagas a governos estrangeiros, conseguem gerar desemprego massivo, destruição de postos de trabalho, extinção de modernas tecnologias, subdesenvolvimento e a retirada do Brasil de mercados duramente conquistados. E os executivos? Bem, esses são “premiados” e vão para casa! Uma tornozeleira aqui, outra ali; uma retenção de passaporte de um e de outro não… e para outros nenhuma punição! Ou seja, as empresas, os “CNPJs”, são condenadas, caminham para extinção, o desemprego campeia, os trabalhadores sofrem e os executivos – “CEOs”, gostam de dizer! – vivem feliz o resto da história!
Nem as empresas que colaboraram, e mesmo colocaram em funcionamento o Holocausto durante o Terceiro Reich, foram punidas desta forma. A punição recai sobre seus proprietários e executivos e hoje são orgulho da nova Alemanha. Aqui, como se não bastasse a contaminação de valores intangíveis das empresas, devora-se a própria capacidade das empresas sobreviverem. Assim, a engenharia, a pesquisa geológica, a mineral, agropecuária, ferroviária, a engenharia de alimentos, os laboratórios das universidades, transportes e logística passam a ser alvo de uma operação profunda de desmonte.
Enquanto isso, outros produtores/fornecedores internacionais, concorrentes do Brasil, ocupam fatias crescentes de mercados tradicionalmente do país. A capacidade de agregação de valor despenca e cada vez mais nos aproximamos de uma situação de colônia neo-extrativista.
Trava-se, assim, uma “guerra sem guerra” na qual o futuro da soberania nacional está em jogo. E o mais triste de tudo é que o povo brasileiro nada sabe sobre guerras.
(*)Francisco Carlos Teixeira da Silva é professor titular e História Moderna e Contemporânea da UFRJ e do departamento de História da UCAM. Foi o fundador do Laboratório de Estudos Presente e da Rede Brasil de Estudos do Tempo Presente; Professor-Emérito de Estratégia Internacional da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército Brasileiro
PS: Dentre estes "muitos" brasileiros e brasileiras que tinham esperança na Justiça, eu desde sempre estive fora. E para que não fique nenhuma dúvida lembro uma velha frase minha: O judiciário é o mais corrupto dos poderes...mas o MPF tá chegando lá.***

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