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Serra e Cia aprenderam alguma coisa com a derrota para Dilma

Antes da eleição presidencial de 2010 Serra, PSDB e Cia piguista usaram e abusaram de charges e textos ridicularizando o poste Dilma Rousseff, no final sabemos qual foi o resultado. Pesquisando imagens, charges e textos sobre a eleição municipal deste ano [ especialmente sobre SP ], é visivel a diferença de tratamento que estão dando ao pré-candidato do PT, Fernando Haddad. Parece que aprenderam alguma coisa. Pelo menos a não sentar na cadeira do prefeito, antes do tempo como fez FHC, quando perdeu para Jânio Quadros.

Acho que a disputa em SP este ano será bem equilibrada. De um lado o PT e o PSDB contando com a força partidária e do outro lado o PMDB com Gabriel Chalita e o PCdoB com Netinho tentando cativar os eleitores via carisma dos candidatos. Mas, ainda tem muita negociação política antes da refrega de fato ter início.

Já imaginaram o peso de um Gabriel Chalita ou Netinho como vice?...


Mercadante investe em maratona para chegar a 2º turno

Candidato tem visitado pelo menos cinco cidades por dia e seu vice viaja pelo interior para conquistar votos

Adriana Carranca , Flávia Tavares

O PT paulista vai concentrar todos os esforços na capital e Grande São Paulo na esperança de levar a disputa ao governo do Estado para o segundo turno. Na avaliação da coordenação de campanha, o candidato petista Aloizio Mercadante tem mais chances de ganhar votos rapidamente no “cinturão vermelho”, onde a maioria das prefeituras está nas mãos do partido.
Ayrton Vignola/AE
Ayrton Vignola/AE – Acelerando. Mercadante, Netinho e Marta contarão com o reforço de Lula e Dilma na reta final


Desde as 10 horas de ontem, Mercadante disparou uma série de compromissos, entre caminhadas e carreatas, por cidades no entorno da capital. Animado com a possibilidade de levar a eleição para novembro, quando indagado se tinha propostas específicas para a região de Itapecerica da Serra, Mercadante respondeu: “Hoje só quero falar de campanha.”
A programação começou em Taboão da Serra, seguiu para Embu das Artes, Itapecerica e culminou com um almoço em Cotia. De lá, a comitiva de Mercadante, que contava com Netinho de Paula (PC do B), candidato ao Senado, e Eduardo Suplicy (PT), passaria ainda por Itapevi e Jandira. Assessores do petista afirmaram que eles estão apostando principalmente em carreatas, que atingem mais pessoas do que caminhadas curtas.
Marta Suplicy e Netinho estarão ao lado de Mercadante na maioria dos compromissos. Nestes últimos três dias, o “trio do Lula” percorrerá as principais cidades da região metropolitana – a média prevista é de cinco cidades por dia. A estratégia da reta final inclui dois grandes eventos com o presidente Lula: o último comício da campanha, hoje, em São Bernardo do Campo, e uma “caminhada silenciosa” pelo centro de São Paulo na sexta-feira. A cidade onde Lula se fez politicamente marcará também a sua “despedida simbólica” do cargo de presidente. Dilma Rousseff não está confirmada no comício de hoje, por conta do debate na TV Globo. No sábado. Mercadante e seus escudeiros devem passar ainda por Campinas.
Para reforçar os eventos, a militância dos 11 partidos da coligação, liderada pelo PT, foi convocada para fazer um “porta a porta” nas 39 cidades da região.
Vice. O interior do Estado ficou a cargo do candidato a vice, Coca Ferraz (PDT). Desde o dia 6, o pedetista percorreu 59 cidades paulistas, quase três por dia – de Jaú a Lençóis Paulista, de Lins a Americana, de Araras a São João da Boa Vista, de Amparo a Cruzeiro, de Peruíbe a Araraquara, sua cidade natal. Para a coordenação da campanha, o ex-presidente do PSDB de Araraquara, que deixou o partido para se aliar à coligação petista, tinha mais chances do que Mercadante de abarcar votos do adversário tucano Geraldo Alckmin.
A última agenda no interior foi feita ontem. A partir de hoje, Coca Ferraz também se junta a Mercadante, Lula, Dilma, Marta e Netinho no esforço conjunto na Grande São Paulo.
A confiança dos petistas de levar a eleição ao segundo turno, segundo o coordenador da campanha, Emídio de Souza, vem da “tradição do PT de conseguir uma arrancada” na reta final da campanha. “Veja os casos de (José) Genoino, em 2002, e do próprio Mercadante. Em 2006, ele tinha somente 23% das intenções de voto e chegou a 32% no final. Agora temos uma aliança mais ampla e a imagem do presidente Lula muito mais consolidada. Não tem como não chegarmos ao segundo turno”, disse Emídio.
Pesquisas internas do PT paulista mostram Mercadante a apenas dois pontos porcentuais de levar a disputa ao segundo turno. Se isso ocorrer, e com a possível vitória de Dilma Rousseff já no domingo, o PT nacional promete concentrar todos os esforços para acabar com a hegemonia tucana em São Paulo.

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Tucanos fizeram governo de poucos - diz Dilma


 Dilma Rousseff, pediu para ser eleita a primeira mulher presidente do Brasil e atacou os adversários do PSDB em discurso de quase 20 minutos na Praça da Sé, no centro de São Paulo, no início da tarde desta quarta-feira (7).
Do alto de um caminhão de som, em frente à Catedral da Sé, Dilma afirmou que um governo que só direciona políticas públicas para um terço da população "não é digno desse nome".
"É um governo de poucos e não de todos. Nós fizemos um governo para todos e obviamente olhamos mais para aqueles que mais precisavam", declarou.
Em seguida, a petista se utilizou do slogan do candidato rival José Serra (PSDB) para criticar os governos do tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-1998 e 1999-2002), antecessor de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Eles dizem que podem fazer mais. Como eles podem fazer mais? Quando eles estiveram no governo, e que podiam mais, eles fizeram menos", afirmou, acrescentando que o governo Lula "elevou as condições de vida do povo brasileiro".
Dilma também pediu votos para Aloizio Mercadante (PT) e disse que precisa que o senador petista seja eleito governador de São Paulo para que ela, caso eleita, tenha "uma boa equipe" nos estados.
"Não sou daqueles que acham que são capazes de fazer tudo, daquele tipo orgulhoso, presunçoso, que acha que tudo sabe e que tudo faz. Eu, não. Eu preciso de gente, de equipe", afirmou.
Em outro momento do discurso, Dilma recorreu à política externa para afirmar que atualmente o Brasil é respeitado no exterior.
"Nossa visão é diferente da visão deles. Acreditamos que o Brasil pode ser respeitado internacionalmente, como está sendo agora. Nós não vamos mais de joelhos ao FMI pedir dinheiro emprestado. Agora, emprestamos dinheiro a eles", declarou.
A candidata prometeu ampliar o número de postos de trabalho, construir policlínicas 24 horas e mais investimentos em educação. Ela começou o discurso lembrando que estava "a poucos metros de onde São Paulo começou", numa referência ao Pátio do Colégio, local de fundação da cidade.
"Não é justo que esta cidade que escolheu um colégio para ser seu ponto inicial trate seus professores sem dar a eles as duas coisas principais que vamos ter  que dar para este país ter educação de qualidade", disse. Segundo ela, essas duas coisas são o "reconhecimento e o incentivo aos professores". A fala de Dilma foi uma forma de criticar Serra, que enfrentou uma greve de professores pouco antes de deixar o governo do estado de São Paulo para se candidatar à Presidência.
Na caminhada que fez nesta quarta no centro de São Paulo, ela esteve acompanhada de Mercadante, do candidato a vice-presidente Michel Temer (PMDB) e dos candidatos ao Senado Netinho de Paula (PC do B) e Marta Suplicy (PT).
A caminhada comçou por volta das 12h20. Dilma e Temer iniciaram cerca de 15 minutos depois, quando o grupo já estavam na Praça da Sé.
Concentração
A concentração começou por volta das 11h, na Praça do Patriarca, ao lado da Prefeitura de São Paulo. Militantes com bandeiras tomaram conta da praça e candidatos a deputado ocuparam o microfone enquanto a candidata não chegava. O principal tema dos discursos era o voto em Dilma e em Mercadante, além de ataques ao “tucanato”.

Um candidato chegou inclusive a parodiar o nome de Serra, “José erra na educação e José erra na saúde”. Outros conclamavam os militantes a eleger “a primeira mulher para a Presidência da República” e o primeiro negro para o Senado, em uma referência ao vereador Netinho de Paula, candidato na chapa junto com Mercadante e Marta Suplicy.

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