Tucanos fizeram governo de poucos - diz Dilma


 Dilma Rousseff, pediu para ser eleita a primeira mulher presidente do Brasil e atacou os adversários do PSDB em discurso de quase 20 minutos na Praça da Sé, no centro de São Paulo, no início da tarde desta quarta-feira (7).
Do alto de um caminhão de som, em frente à Catedral da Sé, Dilma afirmou que um governo que só direciona políticas públicas para um terço da população "não é digno desse nome".
"É um governo de poucos e não de todos. Nós fizemos um governo para todos e obviamente olhamos mais para aqueles que mais precisavam", declarou.
Em seguida, a petista se utilizou do slogan do candidato rival José Serra (PSDB) para criticar os governos do tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-1998 e 1999-2002), antecessor de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Eles dizem que podem fazer mais. Como eles podem fazer mais? Quando eles estiveram no governo, e que podiam mais, eles fizeram menos", afirmou, acrescentando que o governo Lula "elevou as condições de vida do povo brasileiro".
Dilma também pediu votos para Aloizio Mercadante (PT) e disse que precisa que o senador petista seja eleito governador de São Paulo para que ela, caso eleita, tenha "uma boa equipe" nos estados.
"Não sou daqueles que acham que são capazes de fazer tudo, daquele tipo orgulhoso, presunçoso, que acha que tudo sabe e que tudo faz. Eu, não. Eu preciso de gente, de equipe", afirmou.
Em outro momento do discurso, Dilma recorreu à política externa para afirmar que atualmente o Brasil é respeitado no exterior.
"Nossa visão é diferente da visão deles. Acreditamos que o Brasil pode ser respeitado internacionalmente, como está sendo agora. Nós não vamos mais de joelhos ao FMI pedir dinheiro emprestado. Agora, emprestamos dinheiro a eles", declarou.
A candidata prometeu ampliar o número de postos de trabalho, construir policlínicas 24 horas e mais investimentos em educação. Ela começou o discurso lembrando que estava "a poucos metros de onde São Paulo começou", numa referência ao Pátio do Colégio, local de fundação da cidade.
"Não é justo que esta cidade que escolheu um colégio para ser seu ponto inicial trate seus professores sem dar a eles as duas coisas principais que vamos ter  que dar para este país ter educação de qualidade", disse. Segundo ela, essas duas coisas são o "reconhecimento e o incentivo aos professores". A fala de Dilma foi uma forma de criticar Serra, que enfrentou uma greve de professores pouco antes de deixar o governo do estado de São Paulo para se candidatar à Presidência.
Na caminhada que fez nesta quarta no centro de São Paulo, ela esteve acompanhada de Mercadante, do candidato a vice-presidente Michel Temer (PMDB) e dos candidatos ao Senado Netinho de Paula (PC do B) e Marta Suplicy (PT).
A caminhada comçou por volta das 12h20. Dilma e Temer iniciaram cerca de 15 minutos depois, quando o grupo já estavam na Praça da Sé.
Concentração
A concentração começou por volta das 11h, na Praça do Patriarca, ao lado da Prefeitura de São Paulo. Militantes com bandeiras tomaram conta da praça e candidatos a deputado ocuparam o microfone enquanto a candidata não chegava. O principal tema dos discursos era o voto em Dilma e em Mercadante, além de ataques ao “tucanato”.

Um candidato chegou inclusive a parodiar o nome de Serra, “José erra na educação e José erra na saúde”. Outros conclamavam os militantes a eleger “a primeira mulher para a Presidência da República” e o primeiro negro para o Senado, em uma referência ao vereador Netinho de Paula, candidato na chapa junto com Mercadante e Marta Suplicy.

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