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Um tributo a Ibes Gandra, por Kiko Nogueira

A tragédia de ser um homem branco, hétero, rico e temente a Deus. Força Guerreiro!
***
DCM - A tragédia do jurista Ives Gandra da Silva Martins está comovendo o Brasil.
Num texto corajoso, em que o autor se desnuda por inteiro, ele expõe o drama de ser homem, branco, rico e heterossexual. Sim. É terrível. 
O desabafo foi publicado num blog do jornal O Povo, do Ceará, intitulado Portugal Sem Passaporte.
“Não Sou: – Nem Negro, Nem Homossexual, Nem Índio, Nem Assaltante, Nem Guerrilheiro, Nem Invasor De Terras. Como faço para viver no Brasil nos dias atuais?”, pergunta-se.
“Na verdade eu sou branco, honesto, professor, advogado, contribuinte, eleitor, hétero… E tudo isso para quê?”
Isso é apenas o começo, a protofonia da peça. É difícil conter as lágrimas. Uma pergunta primordial fica no ar: como é que Deus impõe a um fiel servo (ele é membro da Opus Dei) tal provação?
Mais: por que o Senhor, em sua infinita sabedoria, não fez de Ives uma mulher negra nordestina gay favelada da tribo ianomâmi? Por que não lhe concedeu essa bênção? Que desígnios misteriosos são esses?
Acompanhe o desabafo desse guerreiro:
Hoje, tenho eu a impressão de que no Brasil o “cidadão comum e branco” é agressivamente discriminado pelas autoridades governamentais constituídas e pela legislação infraconstitucional, a favor de outros cidadãos, desde que eles sejam índios, afrodescendentes, sem terra, homossexuais ou se autodeclarem pertencentes a minorias submetidas a possíveis preconceitos.
Assim é que, se um branco, um índio e um afrodescendente tiverem a mesma nota em um vestibular, ou seja, um pouco acima da linha de corte para ingresso nas Universidades e as vagas forem limitadas, o branco será excluído, de imediato, a favor de um deles! Em igualdade de condições, o branco hoje é um cidadão inferior e deve ser discriminado, apesar da Lei Maior (Carta Magna).
Os índios, que pela Constituição (art. 231) só deveriam ter direito às terras que eles ocupassem em 05 de outubro de 1988, por lei infraconstitucional passaram a ter direito a terras que ocuparam no passado, e ponham passado nisso.
Assim, menos de 450 mil índios brasileiros – não contando os argentinos, bolivianos, paraguaios, uruguaios que pretendem ser beneficiados também por tabela – passaram a ser donos de mais de 15% de todo o território nacional, enquanto os outros 195 milhões de habitantes dispõem apenas de 85% do restante dele. Nessa exegese equivocada da Lei Suprema, todos os brasileiros não-índios foram discriminados.
Aos ‘quilombolas’, que deveriam ser apenas aqueles descendentes dos participantes de quilombos, e não todos os afrodescendentes, em geral, que vivem em torno daquelas antigas comunidades, tem sido destinada, também, parcela de território consideravelmente maior do que a Constituição Federal permite (art. 68 ADCT), em clara discriminação ao cidadão que não se enquadra nesse conceito.
Os homossexuais obtiveram do Presidente Lula e da Ministra Dilma Roussef o direito de ter um Congresso e Seminários financiados por dinheiro público, para realçar as suas tendências – algo que um cidadão comum jamais conseguiria do Governo! Os invasores de terras, que matam, destroem e violentam, diariamente, a Constituição, vão passar a ter aposentadoria, num reconhecimento explícito de que este governo considera, mais que legítima, digamos justa e meritória, a conduta consistente em agredir o direito. (…)
Desertores, terroristas, assaltantes de bancos e assassinos que, no passado, participaram da guerrilha, garantem a seus descendentes polpudas indenizações, pagas pelos contribuintes brasileiros. (…)
E são tantas as discriminações, que chegou a hora de se perguntar: de que vale o inciso IV, do art. 3º, da Lei Suprema? Como modesto professor, advogado, cidadão comum e além disso branco, sinto-me discriminado e cada vez com menos espaço nesta sociedade, em terra de castas e privilégios, deste governo. (...)

O pato caiu na delação

por Bernardo Mello Franco 
As delações dos marqueteiros Duda Mendonça e João Santana ajudaram a desvendar os esquemas do PT. Agora é a vez de Renato Pereira abrir a caixa-preta do financiamento das campanhas do PMDB.
 
As confissões do publicitário atingem figurões do partido nas duas maiores cidades do país. No Rio, ele delatou Sérgio Cabral, Luiz Fernando Pezão e Eduardo Paes. O primeiro está preso, o segundo é o atual governador e o terceiro quer disputar a cadeira em 2018. O plano pode ser abortado se a doutora Raquel Dodge completar o serviço do antecessor.
 
Na delação, Paes é acusado de organizar um caixa clandestino com dinheiro de empreiteiras e da máfia dos ônibus. Numa passagem, o marqueteiro diz que o ex-prefeito o orientou a buscar R$ 1 milhão em espécie na sede das empresas de Jacob Barata Filho, que voltou a ser preso nesta semana. Paes nega as acusações.
 
Em São Paulo, Pereira delatou Paulo Skaf e Marta Suplicy. A dupla defendeu as cores do PMDB nas últimas eleições para o governo e a prefeitura. No ano que vem, Skaf pretende disputar o mesmo cargo. Marta tentará a reeleição no Senado.
 
Segundo o publicitário, a ex-prefeita usou um contrato do Ministério da Cultura para cobrir gastos eleitorais. Se as provas forem suficientes, ela pode ser denunciada por peculato.
 
Na terça-feira, o ministro Ricardo Lewandowski cobrou ajustes no acordo de delação. A decisão abre espaço para que Pereira esclareça alguns pontos cegos do depoimento.
 
No capítulo sobre Skaf, o marqueteiro diz que recebeu dinheiro da Fiesp e do Sistema S para promover o empresário "com vistas à disputa eleitoral de 2018". O desvio de finalidade está claro, mas o valor do serviço ainda é desconhecido.
 
Pereira também afirma que a campanha "Quem vai pagar o pato?", que ajudou a instalar o PMDB na Presidência, foi fruto de uma fraude. Ele conta que Skaf direcionou uma licitação para beneficiar sua produtora. Falta dizer quanto ganhou pela ideia.
- Folha de São Paulo

Caipirosca

A melhor caipirosca do Brasil, é a que eu faço. E para começo de conversa, não faço com vodka Smirnoff.
Quanto a receita? 
Não dou, não empresto, nem ensino.
Oraite?

Boa noite!

A imagem pode conter: pássaro, texto e atividades ao ar livre

"Não importa qual seja a verdade
As pessoas veem o que desejam vê!
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Propinoduto Global

(...) "Em sua amplas investigações interna [Grupo Globo], apurou que jamais realizou pagamentos [propinas] que não os previstos nos contratos"...trecho de uma das notas da Rede Globo.

Rejuvenesça e perca peso com os 5 Ritos Tibetanos

PT faz representação criminal contra a Globo

A que ponto chegamos. 
Os puxa-saco da PF, do MP e do Judiciário não movem uma palha contra a Rede Globo, é necessário um partido politica entrar com uma representação criminal, para pelo menos constar nos registros do ministério público. Pois como sabemos a corja fara cara de paisagem.
Corja!

Leia a nota do PT na íntegra:

O Partido dos Trabalhadores decidiu apresentar à Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, Representação Criminal para que seja apurada oficialmente a notícia de que a Rede Globo praticou crimes em série, valendo-se de empresas e bancos em paraísos fiscais, para obter vantagens ilícitas na compra de direitos de transmissão de torneios internacionais de futebol.
A representação tem base nos depoimentos do empresário argentino Alejandro Burzaco à corte de Nova Iorque. O delator coloca a Rede Globo no centro do escândalo da FIFA mencionando pagamento de propinas de US$ 15 milhões a dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol, da Conmebol e da Fifa.
O delator citou nomes, valores, locais de encontro, contratos, configurando sem dúvida os chamados "indícios robustos" de prática criminosa, expressão que os comentaristas da Globo gostam de utilizar, de forma leviana, para se referir às acusações por delações contra o PT e contra Lula.
É inexplicável para o Brasil que o escândalo da FIFA seja investigado judicialmente nos Estados Unidos, na Suíça, na França e em outros países, há três anos, e tudo o que temos aqui seja uma suposta "investigação interna" em que a Globo tenha apurado em silêncio e absolvido a si mesma.
O monopólio da Globo na transmissão de torneios nacionais e internacionais, supostamente obtido por meios ilícitos, faz um tremendo mal ao futebol brasileiro, uma paixão nacional que mobiliza milhões de torcedores e impulsiona grandes negócios, especialmente nos setores de publicidade e comunicações.
Atuando como dona da bola, a Globo impõe seus interesses comerciais, estipulando datas e horários de jogos, prejudicais os atletas, os clubes e o público; determinando quais partidas e de quais clubes serão transmitidas e quais serão ignoradas; interferindo diretamente nas decisões das federações estaduais e da Confederação Brasileira de Futebol.
O Ministério Público, que apresentou seis denúncias contra Lula com base exclusivamente em notícias de jornal jamais confirmadas ou provadas, que se mobiliza para investigar a morte do cachorro da ex-presidenta Dilma, não pode ficar inerte diante de fatos que realmente escandalizam a sociedade.
Temos certeza de que a abertura dessa necessária investigação terá efeito pedagógico para a Rede Globo e a mídia que a segue. Em primeiro lugar, porque será respeitado o princípio da presunção da inocência, que a Globo sistematicamente atropela ao acusar, julgar e condenar Lula e o PT.
Também será adotado certamente o equilíbrio editorial. Os argumentos da defesa e as eventuais provas de inocência da Globo não serão censurados no "Jornal Nacional", diferentemente do que ocorre em relação ao PT, Lula e Dilma, que tiveram até a prisão pedida em editoriais e artigos de sua rede.
A Globo aprenderá também que, no devido processo legal, quem acusa tem de provar e ninguém pode ser condenado com base apenas em delações premiadas.
E talvez aprenda, finalmente, que deve prestar contas de seus negócios à Justiça e de suas decisões editoriais ao público, pois, mesmo sendo uma empresa privada, opera, comercializa e lucra muito por meio de uma concessão que pertence ao país e não à família Marinho.
O PT considera que a investigação oficial do escândalo FIFA no Brasil é essencial para combater o crime e a impunidade, além de ser um gesto fundamental para devolver o futebol ao povo brasileiro.
Brasília, 16 de novembro de 2017

Linguagem de fumaça


Enquanto isso o MP pede sequestro de bens do ex-presidente Lula para desviar a atenção da roubalheira dos irmãos Marinhos.
Condução coercitiva para famiglia?
Nem em pensar.
Corja!
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Merval ainda não pediu a prisão dos irmãos Marinho


No dia 13 de maio deste ano, um ano após o golpe de 2016, o jornalista Merval Pereira, colunista do Globo, pediu a prisão da presidente deposta Dilma Rousseff, a partir de uma delação sem provas de Mônica Moura, mulher do publicitário João Santana; à época, Dilma reagiu duramente e demonstrou como a Globo tenta passar por cima do Poder Judiciário para promover linchamentos de adversários; "A cobertura das Organizações Globo, defendendo o justiçamento de adversários políticos, quer substituir o Judiciário – e todas as demais instâncias operadoras do Direito – pelo escândalo midiático. Julgam e condenam", disse ela; agora, com a Globo delatada no escândalo das propinas do futebol, Merval se mantém calado.

Tacla Duran diz que vai desmontar a farsa da lava jato, com provas

Na 7ª reportagem sobre a indústria da delação premiada da farsa jato, realizada em conjunto do GGN e o DCM, um aperitivo do que vai ser o depoimento do advogado Tacla Duran a CPI e a Justiça brasileira. Se quiserem ouvi-lo é claro. Confira:

A indústria da delação premiada



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Briguilinas

Marqueteiro diz que Marta Suplicy lhe pagou em dinheiro vivo, de caixa 2
E não é que ela saiu do PT mugindo: "não tenho como conviver com os escândalos de corrupção envolvendo o partido"
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Temer o coitadinho
A Folha de São Paulo publica que na propaganda do Pmdb o Michê vai posar de coitadinho. Que peninha...
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Caso Fifa
A Globo faz a diferença, com a cumplicidade da Polícia Federal, do Ministério Público e do Judiciário brasileiro.
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Corrupção e cumplicidade a gente vê por aqui

Xadrez da CBF, Fifa e a Globo faz a diferença na Justiça, por Luis Nassif

Peça número 1: As relações históricas com o Ministério Público Federal
Antes da Lava Jato e das jornadas de junho de 2013, já havia um acordo tácito entre a imprensa - Globo à frente - e procuradores.
Matérias penais sempre renderam leitura e audiência. A mídia ia atrás dos escândalos investigados, selecionava alguns e lhes dava visibilidade. Sua participação era duplamente vantajosa para o procurador contemplado. Dando visibilidade ao processo, reduzia as resistências dos juízes. E elevava o procurador, ainda que provisoriamente, ao status de celebridade.
Cunhou-se uma expressão no MPF: só vai para frente processos que a mídia bate bumbo.
Nas décadas 1990 e 2.000 a parceria produziu vários episódios de repercussão e algumas injustiças flagrantes, como o episódio do hoje desembargador Ali Mazloum.
No início do Twitter, era notável a quantidade de procuradores que colocava no perfil uma foto com um microfone da Globonews, como sinal de status, confirmando o extraordinário poder de persuasão dos holofotes da mídia.
Com o tempo, essa parceria foi institucionalizada. Os procuradores passaram a receber aulas de midia training - mais focadas em ensinar como poderiam impressionar o repórter e arrancar uma manchete, do que em discorrer sobre a missão do Ministério Público.
Gradativamente, o uso do cachimbo passou a entortar a boca do MPF. Ao se preocupar em atender às demandas da mídia, o treinamento ia amoldando sua forma de atuação àquilo que fosse mais atraente para os jornais. Um número cada vez maior de procuradores passou a buscar o endosso da mídia para seus processos.
Essa aproximação se ampliou com o endosso da Globo a prêmios como o Innovare – por si, uma iniciativa relevante – e “Faz a Diferença” - uma tentativa canhestra, provinciana (e eficiente) de cooptar pessoas através da lisonja.
No "mensalão" a parceria se consolidou.
O MPF descobre que, dando foco na aliança com a mídia, poderia passar do estágio das cooperações pontuais para uma parceria capaz de torna-lo um poder de fato, fugindo das limitações nem sempre legítimas impostas pelo Judiciário e Executivo.
Mundialmente, já estava em andamento a crise das instituições, atropeladas pela nova ordem midiática, com a velha mídia ou através das redes sociais.
A manipulação não veio de jovens procuradores deslumbrados, mas do cerne da organização.
 As figuras referenciais do MPF, aliás, nos devem explicações sobre essa primeira incursão no ativismo político, que se baseou em falsificação de provas - o tal desvio da Visanet que nunca houve - para tentar derrubar o governo.
Essa falsificação passou por dois PGRs – Antônio Fernando de Souza e Roberto Gurgel -, um ex-procurador – Joaquim Barbosa – e um grupo de procuradores de ponta atuando nos grupos de trabalho.
Barbosa escandalizou-se com os abusos do impeachment. Mas cabe a ele o duvidoso mérito de ter inaugurado a manipulação dos processos para fins políticos e de autopromoção.
A trajetória do Procurador Geral Antônio Fernando de Souza, aposentando-se e ganhando um megacontrato da Brasil Telecom de Daniel Dantas - a quem ele poupou na denúncia -, sem nenhuma reação da corporação, já era um indício veemente de que alguma coisa estranha ocorria no âmbito do MPF.  Tudo pelo poder passou a ser a bandeira.
O clima de catarse, proporcionado pela aliança com a mídia, contra um alvo fixo - o governo do PT - abriu um leque de possibilidades inéditas para a corporação. Gradativamente trocou a velha senhora, a Constituição, pelo deslumbramento com o novo mundo que se abria, ofertado pelo Mefistófeles do Jardim Botânico.
Quando eclodiram os movimentos de rua de junho de 2013, a parceria foi formalizada. A Globo montou uma campanha contra a PEC 37 - que ninguém sabia direito o que era, mas sabia que era de interesse do MPF. Quando veio a Lava Jato, assumiu as redes da corporação.
Peça número 2: O novo padrão de parceria
Com a Lava Jato consolida-se definitivamente o novo padrão de parceria. E o MPF se torna um instrumento da Globo, conduzido pela cenoura e o chicote. Bastava dar foco nas investigações de seu interesse, e jogar no limbo as investigações que não interessavam, para tornar o MPF um instrumento dócil de seus objetivos políticos.
O caso Rodrigo De Grandis é exemplar. Há indícios veementes de que o atraso na liberação de provas para o MP suíço visou blindar políticos paulistas envolvidos com os escândalos da Alstom.
Cobrado pelos suíços, o Ministério da Justiça solicitou diversas vezes os documentos, o que afasta definitivamente a hipótese de que a não entrega foi fruto de um esquecimento pontual da parte dele. Bastou a mídia tirar foco das investigações para o procurador ser inocentado.
A parceria consolidou-se com um padrão cômodo de acolhimento de denúncias por parte do MPF. Só é aceito como denúncia o que parte dos seus aliados da mídia. Denúncias de outras fontes, ainda que bem fundamentadas, são ignoradas.
Esse mesmo padrão viciado – embora menos óbvio – ocorreu com grupos jornalísticos de outros países. A ponto de os grandes escândalos recentes – do assédio sexual em Hollywood aos escândalos dos grupos de mídia com a FIFA – serem levantados por sites alternativos, como o BuzzFeedd e Intercept, bancado por bilionários do setor de tecnologia visando quebrar os tabus na cobertura da mídia tradicional.
No Brasil, essa estratégia, de só aceitar denúncias vindas da velha mídia, gerou o estilo viciado de investigações, com todo o sistema de investigação subordinado ao que é acordado pela Globo com o MPF e, subsidiariamente, com a Polícia Federal.
A maior prova dessa parceria foi a mudança da linha de cobertura do Jornal Nacional.
Dia após dia, passou a ser dominada pela cobertura policial-jurídica, de difícil compreensão pelo público mais amplo, mas essencial para o controle e direcionamento das ações do MPF.
Sacrificou-se a audiência em favor de um protagonismo político explícito, investindo na parceria com o MPF.

Peça 3 - as interferências diretas

O episódio da delação da JBS foi o corolário dessa atuação. Ocorreu dias depois do Ministério Público espanhol denunciar Ricardo Teixeira por corrupção na venda dos direitos de transmissão da Copa Brasil - da qual a única compradora foi a Globo.
Ou seja, um escândalo brasileiro, com personagens brasileiros, ocorrido em território brasileiro, e desvendado pelo Ministério Público espanhol. Outra parte do escândalo levantado pelo FBI. Uma terceira parte pelo Ministério Público suíço. E nada pelo Ministério Público Federal do Brasil.
Poucos dias antes, vazou a informação de que o Ministério Público espanhol tinha levantado a prova decisiva da corrupção da Globo: a compra dos direitos de transmissão da Copa Brasil, sem o uso de “laranjas”. Três pessoas sabiam disso na Globo: João Roberto Marinho, Ali Kamel e o vice-presidente de Relações Institucionais.
A saída foi o pacto de sangue com o Procurador Geral da República, dando endosso total à delação da JBS, levando a Globo a romper com a organização criminosa que ela levou ao poder.
No mesmo dia da conversa, o material foi encaminhado para o colunista Lauro Jardim. E à noite recebeu cobertura intensa e desorganizada, porque improvisada, do Jornal Nacional.
Quando teve início a campanha para a eleição da lista tríplice, dos candidatos a PGR, a Globo atuou como cabo eleitoral explícito de Rodrigo Janot, sendo cúmplice em várias armações contra Raquel Dodge. Como na reunião do Conselho Superior do Ministério Público, na qual Janot se baseou em interpretações falsas para acusar Dodge de pretender prejudicar a Lava Jato. E a manipulação foi endossada nas publicações da Globo.

Peça 4 - a organização criminosa

Têm-se, portanto, um poder de Estado sendo conduzido por uma organização privada, a Globo. Aí se entra em um terreno pantanoso: como se comporta essa organização na sua atividade corporativa?
É importante a diferença entre as palavras e os atos.
O gráfico abaixo foi produzido pelo relatório alternativo da CPI do Futebol, uma das muitas CPIs que apontavam explicitamente o envolvimento da Globo na corrupção esportiva. E que não deram em nada.
Ele se refere à quinta forma de corrupção na FIFA e na CBF, onde o ponto central, de onde fluíam os recursos para toda a cadeira criminosa, eram os patrocínios adquiridos pelas emissoras de TV.
Têm-se aí todos os ingredientes de uma associação criminosa. Conforme descrito pela CPI:
O núcleo diretivo da CBF está conformado nos seus principais dirigentes (presidente, vice-presidentes e diretores) que, com unidade de desígnios, executam planos criminosos, objetivando o enriquecimento ilícito.
O núcleo empresarial está assentado nas empresas contratualmente ajustadas com a entidade nos acordos comerciais, com combinação de preços para pagamento de vantagens indevidas.
O núcleo financeiro comporta determinadas empresas responsáveis pela transferência dos ativos ilícitos aos dirigentes e funcionários da CBF, além daquelas interpostas nos acordos comerciais celebrados entre a CBF e as contratadas (núcleo empresarial), cabendo as postadas de permeio o repasse de parte das comissões ao núcleo diretivo, como forma de propinas.
O esquema montado pela organização criminosa extremamente sofisticado e de difícil elucidação. Por isso, a atuação do FBI na prisão do ex-presidente JOSÉ MARIA MARIN, na Suíça, por crimes relacionados ao FIFA CASE, mesmo caso em que RICARDO TERRA TEIXEIRA, MARCO POLO DEL NERO e outros brasileiros foram denunciados pelo Departamento de Justiça Americano.
O papel da Globo não foi apenas o de provedora inicial dos recursos distribuídos pelas diversas peças da engrenagem criminosa. Foi fundamental também para a blindagem política de Ricardo Teixeira.
Na CPI da Nike, em 2001, o Senado Federal levantou 13 imputações de crime a Teixeira. Nada resultou no âmbito do Ministério Público Federal. Houve outras CPIs, outras descobertas retumbantes, enterradas sob o silêncio do MPF e da mídia.
Houve apenas um início de investigação, que parou em uma juíza da 1a instância.

Peça 5 – a hora da verdade

Dia desses saiu a notícia, sem muito alarde, de que o ex-procurador Marcelo Miller vibrou quando a Lava Jato chegou em Aécio Neves. Miller não era um petista, longe disso; nem um anti-aecista. Mas estava nítido, para parte relevante da corporação, que a blindagem de Aécio tornava o MPF uma instituição de segunda categoria, porque restrita a um espaço delimitado.
Pelas redes sociais foi visível o alívio de procuradores, tirando de si (na opinião deles) a carga de terem espaço para agir apenas contra o PT.
Agora, se chegou à hora da verdade em relação à Globo.
As evidências de crime são enormes, e não apenas na confissão do lobista Alejandro Burzaco, à corte de Nova York. Há os inquéritos na Espanha, batendo direto na Copa Brasil. Há as investigações na Suíça.
E há uma nova Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, no maior desafio que um PGR enfrentou, provavelmente desde a Constituição: provar que o MPF é um poder de Estado de fato, e que não existem intocáveis na República.
São tão abundantes as informações que jorram do exterior, que não será possível esconder o fato debaixo do tapete, como foi feito em outros tempos com tantos inquéritos.
Do desafio de investigar a Globo se saberá se o MPF se assumirá como poder de Estado, ou se continuará atrelado a uma organização criminosa.***

Frase do dia

Enquanto eu tiver a consciência limpa
- Para mim -
O julgamento dos outros sobre o que faço e falo
Não tem a menor importância.



Bom dia!



Que os versos do meu canto sirva de inspiração para os seus sonhos e que os seus sonhos tornem-se reais !
Bom dia!

Bom dia!

Que os versos do meu canto sirva de inspiração para os seus sonhos e que os seus sonhos tornem-se reais!
Bom dia!
(Leônia Teixeira)