CARTEIRA ASSINADA - Mercado formal reage, e país cria 101 mil vagas em agosto
Resultado do mês foi determinado pelo comércio e setor de serviços. Indústria cai, em ritmo menor. Total desde o início do governo chega a 5,6 milhões
por Redação RBA
– Depois de três meses de declínio, o mercado formal de trabalho mostrou alguma recuperação em agosto, com a criação de 101.425 empregos com carteira assinada, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na tarde de hoje (11) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). No ano, são 751.456 vagas a mais, crescimento de 1,85% no estoque, de 41 milhões. Desde janeiro de 2011, primeiro mês do atual governo, o total chega a 5,6 milhões (5.631.534), expansão de 12,78%.
O resultado do mês passado foi determinado, basicamente, pelo setor de serviços, com 71.292 postos de trabalho criados (variação de 0,41%), e pelo comércio, com 40.619 (0,44%). A indústria de transformação voltou a recuar, embora em ritmo menor: menos 4.111 vagas (-0,05%). A agropecuária, por fator sazonal (principalmente relacionado ao cultivo de café), fechou 9.623 (-0,57%). A construção civil abriu 2.239 (0,07%).
O saldo de agosto, resultado de 1,7 milhão de contratações formais e 1,6 milhão de demissões, ficou abaixo de igual mês do ano passado (127.648), mas pouco acima do resultado de 2012 (100.938). O melhor ano da série histórica foi 2010, com 299.415 empregos a mais.
Todas as regiões tiveram alta no nível de emprego em agosto: o maior número de vagas com carteira foi aberto no Nordeste (42.079), seguido de Sudeste (32.551), Sul (10.581), Centro-Oeste (8.110) e Norte (8.104).
Nos primeiros oito meses do ano, os serviços criaram 491.910 empregos formais, expansão de 2.92%. O maior crescimento percentual (7,41%) é da agropecuária, que teve acréscimo de 115.692 vagas. O comércio fica perto da estabilidade, com variação de -0,07% (6.405 postos de trabalho a menos). A construção civil abre 86.767 (2,78%), enquanto a indústria de transformação cria 28.159 (0,34%). Outros 28.097 empregos formais foram abertos na administração pública (3,09%).
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Não é à toa que são expressivos o apoio ao governo e à presidenta Dilma Rousseff, além das vitórias eleitorais do PT e do prestígio do ex-presidente Lula. Tudo isso faz parte de uma herança que construiu uma base econômica e social forte. Apesar da crise e da queda dos investimentos, o Brasil criou quase 1,8 milhão de empregos formais de janeiro a novembro deste ano.
De janeiro, a novembro, tivemos a geração de 1,77 milhão de vagas no Brasil, de acordo com o Ministério do Trabalho. Houve, em certa imprensa, quem quase comemorasse o fato de esse número ser 23,6% menor que o do mesmo período do ano passado. Pura torcida contra o país.
O fato é que continuamos a gerar um número muito significativo de vagas mesmo com a crise mundial e a queda dos investimentos públicos. E mais: estamos quase no pleno emprego.
Além disso, no mês de novembro deste ano, houve melhora frente ao ano de 2011,com 46 mil empregos com carteira assinada, o que representa uma alta de 7,86%.
Junto com os números sobre a educação dos quais eu vou tratar daqui a pouco neste blog, esses dados sobre o emprego ajudam a explicar o apoio ao governo e à presidenta Dilma Rousseff, além das vitórias eleitorais do PT e do prestígio do ex-presidente Lula.
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