O consumo humano do leite de origem animal começou há 11.000 anos com a domesticação do gado durante o chamado "ótimo climático". Este processo se deu em especial no Oriente Médio, impulsionando a Revolução Neolítica. O primeiro animal domesticado foi a vaca, e em seguida a cabra, aproximadamente na mesma época; finalmente a ovelha, entre 9000 e 8000. Veja mais aqui.
Hoje, devido à industrialização, o leite é vendido nos grandes centros com sua constituição, tanto química como física, muito diferente do que possuía na sua fonte.
Em tempos remotos o consumidor vivia quase ao lado da vaca, então era propício o seu consumo in natura. Hoje existem leis que proíbem esta prática, e são estas leis que estão sendo alvo de críticas dos pequenos produtores e de defensores do alimento natural.
Nos Estados Unidos, pressionados pelas indústrias de alimentos bovinos, os órgãos de controle FDA , USDA, FBI e outras organizações governamentais, chamadas de organizações terroristas por alguns, invadem, bem ao estilo SWAT, pequenas propriedades familiares onde produzem o leite puro ou cru retirado de vacas que se alimentam de pastagem e vendem seus produtos na sua própria cidade ou no próprio local. Tudo isso em nome de proteger o público contra os “males” do desenvolvimento da eco-agricultura praticada por tais agricultores ou criadores, que assumiram uma maldição sobre a qualidade dos alimentos que fazem e vendem aos consumidores que preferem os produtos naturais. Um novo filme, chamado Farmageddon, promete lançar uma visão sobre como a liberdade da alimentação está sendo substituída pelo fascismo das grandes indústrias para eliminar a concorrência de livre mercado, onde se incluem as pequenas fazendas americanas de exploração sustentável. Veja esta reportagem aqui. E otrailer do filme aqui.
O Regulamento da distribuição comercial de leite cru varia em todo o mundo. Alguns países têm proibição total, mas muitos têm proibições parciais que não restringem a compra de leite cru diretamente do produtor. O leite cru é distribuído através de um programa de compartilhamento da vaca, em que o consumidor possui uma parte do animal ou do rebanho leiteiro, e pode ser considerado como consumir do leite do seu próprio animal. O leite cru, por vezes, é comercializado para o consumo animal, ou para outros usos, tais como fabricação de sabão em lugares onde as vendas para o consumo humano são proibidas.