A Câmara Federal pretende pretende acelerar o PL - Projeto de Lei - que permite um novo Refis - Programa de Recuperação Fiscal - que parcela e abate dívidas de impostos de empresas. Parlamentares querem estender por 20 anos o prazo de pagamento dos débitos. A criação do mais novo Refis foi incluída no projeto que regulamenta a venda de créditos da dívida ativa ativa da União, Estados e Municípios. Líderes dos partidos na Câmara assinaram requerimento de urgência para votação das duas propostas...Leia mais>>>
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Ironia do destino, a Vale vai pagar ao Governo brasileiro mais do que este recebeu quando Fernando Henrique entregou o controle da companhia
...E, de quebra, jogar um balde de água fria sobre o tucanato que está gritando sobre o seu querido "superavit primário", que é o único dinheiro que, na visão deles, não pode ser cortado nas despesas públicas.
É que a companhia resolveu ontem, antevéspera do prazo final, aderir ao Refis e acertar o pagamento de sua dívida de Imposto de Renda – acumulada desde 2003 – e que soma US$ 9 bilhões.
E não vai pagar por uma "vingança" do petismo.
A história, para quem não a conhece, é a seguinte.
Em 2001, Fernando Henrique Cardoso baixou uma Medida Provisória, que virou a Lei Complementar 104, determinando o pagamento de Imposto de Renda sobre o lucro apurado por subsidiárias das empresas brasileiras no exterior, quando este fosse internalizado, independente de sua distribuição aos acionistas.
A Vale realiza boa parte de suas exportações de nosso minério triangulando contabilmente as operações com suas controladas no exterior.
A mineradora era disparado a que mais se beneficiava deste artifício. Sozinha, detém mais da metade dos créditos devidos por este tipo de operações, avaliado em R$ 70 bilhões, incluídas as multas de 100% sobre o não-recolhimento.
O impasse se arrasta há mais de uma década e -mesmo com um placar de 5 a 4 para a União na ação de inconstitucionalidade movida contra a cobrança – ameaçava seguir por muitos anos mais, com o adiamento, na semana passada, de outra ação sobre o tema, no STJ.
Para evitar uma disputa interminável – e o risco de reversão das decisões judiciais, tamanho é o poder de "convencimento jurídico" das empresas – o Governo criou um programa – que despertou polêmica entre os auditores da Receita – liberando o crédito dos acréscimos sobre o principal devido – para o que for pago à vista – e, na parte parcelada, reduzindo em 80% o valor das multas e em 50% o dos dos juros.
Com isso, a Vale vai pagar à vista – hoje ou amanhã – R$ 6 bilhões, ou US$ 2,6 bilhões.
Recorde, quase o mesmo valor pelo qual Fernando Henrique a entregou.
E, ao longo de 15 anos, corrigidas pela taxa Selic, em 15 anos e mensalmente, outros R$ 16,3 bilhões, ou US$ 40 milhões por mês.
Portanto, as receitas do leilão de Libra e só a parcela da Vale no Refis vão somar perto de R$ 21 bilhões no resultado do Tesouro Nacional em novembro – os números de outubro saem hoje e já devem ser positivos – alcançando a cifra estabelecida no planejamento econômico.
Mesmo com os gastos extras de R$ 15 bilhões provocados pela seca deste ano, a maior parte devido à compensação dos valores da energia que teve de ser gerado pelas usinas termelétricas, as metas – exageradas e socialmente injustas, mas nas regras do "jogo jogado" com o mercado – serão cumpridas.
E o catastrofismo dos jornais e seus analistas, que pulou para da "explosão inflacionária" para as "contas públicas" depois que aquela não aconteceu, sai mais uma vez falando no vazio.
E os "Velhos do Restelo", mesmo quando de Minas e Pernambuco e jovens na aparência, vão continuar espalhando deu mau agouro em que só a mídia e os tolos acreditam.
PS. Para que ninguém fique com "peninha" de a Vale pagar tanto em impostos acumulados em uma década, uma informação. A empresa faturou com vendas nada menos que US$ 32 bilhões ano ano passado. E só pagou de royalties sobre o minério – que pertence à União e lhe foi concedido, carca de US$ 200 milhões.
Do Tijolaco
Mais uma herança maldita do desgoverno tucademo FHC
Uma dívida de R$ 860 milhões por conta da má administração no tucanato do ex-presidente no Palácio do Planalto, que a Petrobras terá de pagar ao Estado do Rio de Janeiro. E a Folha em sua permanente tentativa de blindar os tucanos, obviamente dá uma nota minúscula a respeito - e só publica porque julga que a divulgação prejudica a Petrobras.
O débito resulta do não recolhimento do ICMS pela importação da plataforma de produção P-36 que afundou em março de 2001. Certamente vocês se lembram disso. Com a perda do equipamento os impostos a serem recolhidos pelo Rio no futuro não seriam pagos.
Por isso O Estado, na época, entrou na justiça. A estatal fez um acordo com o governo fluminense, entrou no sistema Refis (diminuição e parcelamento da dívida) do Estado e obteve uma redução para cerca de metade do valor devido - R$ 450 milhões. Continua>>>>>
O débito resulta do não recolhimento do ICMS pela importação da plataforma de produção P-36 que afundou em março de 2001. Certamente vocês se lembram disso. Com a perda do equipamento os impostos a serem recolhidos pelo Rio no futuro não seriam pagos.
Por isso O Estado, na época, entrou na justiça. A estatal fez um acordo com o governo fluminense, entrou no sistema Refis (diminuição e parcelamento da dívida) do Estado e obteve uma redução para cerca de metade do valor devido - R$ 450 milhões. Continua>>>>>
A política das boas intenções
É boa a polêmica que se criou em torno do projeto que cria o Programa Estadual de Recuperação de Débitos Fiscais e Tributários (Refis) que ainda permanece em tramitação na Assembleia Legislativa.
A votação da mensagem enviada pelo governador Cid Gomes (PSB) deve ocorrer na manhã de hoje. O projeto tramita há apenas três semanas. Anteontem, ocorreu um movimento da bancada tucana.
A liderança do PSDB se posicionou contra a proposta de incluir na Serasa a lista de empresas que não cumprirem com suas obrigações fiscais.
O argumento é que a Serasa é uma instituição privada e que não seria adequada para esse fim.
A intenção do Governo com a medida é fazer com que as empresas devedoras dos impostos estaduais tenham o mesmo destino de um cidadão comum que não paga uma dívida contraída com o cartão de crédito, por exemplo.
A intenção é ótima. A questão a resolver diz respeito à legalidade da proposta.
Quanto ao PSDB, tomara que a postura do partido seja motivada apenas pela observação de um suposto preceito legal e não pelo desejo de proteger empresas que burlam o fisco estadual.
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