Antes de exigir que a corrupção seja combatida a qualquer custo e por quaisquer meios, é preciso revisitar a história e lembrar que foi sob o pretexto de extirpar a corrupção que Robespierre instituiu o Terror e o genocídio na França, a Alemanha nazista produziu o Holocausto e a ditadura militar brasileira torturou e matou seus opositores. O que uma sociedade que vive sob um real Estado Democrático de Direito precisa perseguir é o equilíbrio entre um sistema impessoal de combate à corrupção e a garantia aos direitos fundamentais do acusado. Só assim será possível afastar o perigo da barbárie e da incivilidade que nos ronda.
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Distorções no combate a corrupção
Antes de exigir que a corrupção seja combatida a qualquer custo e por quaisquer meios, é preciso revisitar a história e lembrar que foi sob o pretexto de extirpar a corrupção que Robespierre instituiu o Terror e o genocídio na França, a Alemanha nazista produziu o Holocausto e a ditadura militar brasileira torturou e matou seus opositores. O que uma sociedade que vive sob um real Estado Democrático de Direito precisa perseguir é o equilíbrio entre um sistema impessoal de combate à corrupção e a garantia aos direitos fundamentais do acusado. Só assim será possível afastar o perigo da barbárie e da incivilidade que nos ronda.
Reforma política
- De preferência financiamento público e exclusivo de campanha. Não passa? Então que seja misto. Doações de empresa seriam depositados em um fundo. A distribuição seguiria as mesmas regras do financiamento público.
- Fim de coligações partidárias.
- Os parlamentares seriam eleitos proporcionalmente a votação do candidato ao executivo - prefeito, governador, presidente -. Isso garantiria a maioria no parlamento (governabilidade).
- Extinção do Senado.
- Fidelidade partidária.
Escândalo: petistas subornam Coca-Cola
Por que invadir a intimidade do outro nos fascina tanto?
Superação da extrema pobreza é só um começo, afirma presidenta Dilma
, afirmou.
Paulo Nogueira: Por que a Folha criticou a maneira amiga como a Justiça trata o PSDB?
Ora, e então vemos um alvoroço na internet com um editorial em que a Folha admite que a Justiça favorece o PSDB.
A razão do editorial foi o completo abandono do chamado Mensalão Tucano.
Bonito isso.
Agora, para ficar completo, só falta a Folha fazer um segundo editorial em que denuncie a proteção, pela mídia, do PSDB.
Ambas as proteções, a jurídica e a jornalística, caminham alegremente de mãos dadas, e servem para que milhões de analfabetos políticos sejam manipulados e acreditem que a corrupção é monopólio do PT.
Servem, também, para desviar o foco da sociedade. Nosso maior problema, uma real tragédia, é a desigualdade social, e a mídia e a Justiça se combinam para que ingênuos sejam levados a crer que o mal maior é a corrupção.
A mídia favorece o PSDB de diferentes formas.
A Veja é descarada, escandalosa, despudorada. É aquela marafona que anda pelas ruas com um cartaz no qual anuncia seu preço e condições.
Não pretende enganar ninguém.
A Globo é a marafona que faz algum esforço para disfarçar a sua atividade, e às vezes chega mesmo a vestir roupa de colegial, mas que mesmo assim deixa claro seu ofício e suas intenções.
Quer enganar, mas não engana ninguém.
A Folha é a marafona que se faz de virtuosa. Chega a dar lições de moral.
É, talvez, o pior tipo. Pois acrescenta hipocrisia ao vício.
Leva na bolsinha nomes como Josias de Sousa, Reinaldo Azevedo, Pondé, Ferreira Gullar, Demétrio Magnolli e editores capazes de dar uma manchete errada com Dirceu e repará-la, aspas, com uma nota de rodapé num espaço que ninguém lê.
De vez em quando, a Folha faz um editorial como este em que critica um antigo descalabro brasileiro – o caráter partidário da Justiça, algo que mina a crença da sociedade nos bons propósitos dos senhores magistrados.
Virou uma coisa tão indecente que já nem causa surpresa descobrir nas redes sociais juízes fazendo, ostensivamente, agressivas campanhas políticas antipetistas.
A Folha, eu dizia, de tempos em tempos, faz um editorial daqueles.
Mas apenas para que possa continuar a usar o marketing que diz que o jornal "não tem rabo preso com ninguém", e por nenhuma outra razão que mereça algum tipo de elogio.
(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.Zé Dirceu: Por que a mídia silência no escândalo do Carf?
A grande mídia até deu no 1º dia – no da execução da Operação Zelotes desfechada pela Polícia Federal (PF) para apurar o que está sendo visto como o escândalo financeiro de maior volume da história do país. Os cálculos iniciais indicam que envolve nada menos que R$ 19 bilhões. A roubalheira funcionava no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) e era patrocinada por um conluio de funcionários da Receita Federal com grandes multinacionais e empresas gigantes nacionais.
O CARF é a instância que resolvia litígios tributários, o conselho a que podem recorrer os que se julgam – pessoas e empresas – grandes vítimas do Fisco nacional, que tenham recebido multas milionárias aplicadas pela fiscalização da própria Receita Federal. Lá, o recurso que interpõem é julgado por juntas presididas por servidores do Ministério da Fazenda e por mais três outros servidores públicos, mais outros três representantes dos sindicatos patronais.
No CARF, segundo um levantamento publicado ontem em sua coluna pelo jornalista Elio Gaspari, tramitam atualmente 105 mil processos com R$ 520 bilhões em autuações contestadas. Na ofensiva de agora para desbaratar a quadrilha a A PF já achou 70 processos com desfechos suspeitos. Qual a suspeita, praticamente confirmada: os grandes autuados com multas "engraxavam", pagavam por baixo do pano funcionários do CARF para que eles reduzissem as altas multas a pequenos valores.
Isso tudo a grande mídia, obrigada, deu no 1º dia da Operação Zelotes, na segunda metade da semana passada. E ficou por isso mesmo. De lá para cá fazem de tudo para esquecê-lo ou, se dão alguma notinha, o fazem de forma escondida.
Será que isso tem a ver com a lista de empresas que recorreram ao CARF? Vocês viram a lista? Tem nomes: Bradesco, Santander, Safra, Pactual, BankBoston, Ford, Mitsubishi, BR Foods, Petrobras, Camargo Corrêa, Light, grupo Gerdau, Rede Brasil Sul de Comunicações (RBS…e por ai vai.
Lama e sangue, por Aldir Blanc
Tucanos não diferem tanto assim de seus pares
Está uma confusão tão grande que a gente já não sabe quem é corrupto e quem também é.
Registro uma declaração do professor da PUC-SP, economista e consultor na ONU Ladislau Dowbor: "(O ataque à Petrobras) faz parte da mesma guerra que levou à invasão do Oriente Médio e às tentativas de desestabilizar a Venezuela, outra fonte de petróleo. No nosso caso, é o pré-sal que desperta o interesse internacional, apoiado por forças locais." O grifo é meu. As tais "forças locais" lutam, como já fizeram na privataria selvagem, roubalheira nos trens metropolitanos de São Paulo e sucateamento das empresas estatais, contra os interesses do povo brasileiro. Agora, manobram criminosamente pela volta da inflação. Retiraram, em operação de guerra, a Petrobras do índice Dow Jones, como se aqueles ladrões tivessem algo a ensinar. Quebraram o mundo, na monstruosa fraude de 2008, e ninguém foi preso.
Dito isso, meu abraço a Cid "Charise" Gomes, pela dança de pontapés contra os achacadores. É isso aí, mesmo: "Larguem o osso!" Poderia ter acrescentado: "Não cuspam no chiqueiro em que rebolam, não chutem as tetas em que mamam, porcos!", etc etc.
Também dei uma olhadinha na folha corrida do — me faz até gaguejar — Cucunha: foi aliado de Bumbum Garoto e seus pastores. Brigaram. Pulou com a varinha para a presidência da exemplar Telerj, envolveu-se com fundos de pensão, Furnas, Eletrobras, mutretas na hidrelétrica de Serra do Facão, rolos na também modelar Cedae, e enfiou os chifres numa jogada em Angra com traficantes colombianos. Dá-lhe, Cucunha. É o cara!
Passemos ao Exmo. Juiz Moro. Sr. Juiz, não tema uma Wanderléa barbuda e careca gritando "Pare, agora!" Também acho "assustador que Duque receba propina durante a Lava-Jato". Quanto ao confisco de 130 obras de arte do suspeito, data venia, nunca vi confiscarem CHONGAS de Mamaluf. A primeira vez em que li sobre a possível prisão desse lídimo representante da classe política foi em 1991!!! Em todo caso, um abraço sincero por ter visto indícios de tucanos envolvidos com propinas. Quebrou o tabu...
Tucanos não diferem tanto assim de seus pares. Até os filhos fora do casamento deram bafafá — embora, justiça seja feita, Lula e Réu-nan não tenham perseguido profissionalmente a mãe da criança gerada, como fez gente educadééééérrima... Coragem e isenção, Sr. Juiz!
Sobre as contas de brasileiros no HSBC, é curioso que recebam tanto destaque enquanto o estrondoso escândalo do próprio banco, 180 bilhões de dólares (por baixo, muito por baixo), não, hum, se distribua pelo espaço que merece.
E ainda temos que aturar o senadô ex-(são sempre ex) comunista Aloysio "Menopausa" Nunes querendo o sangue de Dilma. É considerado o pitbullshit tucano. Lulu Menopausa deve protagonizar a nova série "Crepúsculo — O apodrecer". Vai de Viagra, senadô! Os lugares secos recebem o tal sangue ansiado, pinta a saudosa ereção e o furor melhora.
Não desesperem. Como diz meu neto Pedro: "O Polenguinho agora abre mais fácil".
Aldir Blanc é compositor
Briguilinks
Raio X da crise: as sinucas políticas de Dilma, por Luis Nassif Por base de apoio, entenda-se PMDB. Hoje em dia a base está esfacelada desde que Dilma Rousseff rompeu a aliança com o partido, e promoveu uma disputa radical pelo controle das ações públicas. Rebelado, o PMDB está ocupando todos os vácuos deixados pela Presidência. E são muitos. Em 2013, as manifestações de junho e a redução do ritmo de crescimento da economia deflagraram um apagão geral no |
Folha de São Paulo: Tanto faz que seja mentira ou verdade o importante é dar Manchete Faz tempo que tanto a Folha quantos os demais grandes jornalecos, rivistinha, rádios e teleborçais das maviosas famílias brasileira não estão nem aí para os fatos. O que interessa é espalhar a versão que agrade aos patrocinadores da roubalheira nacional. E quem são estes "patrocinadores"?... A banca, os rentistas e demais grandes grandes agiotas nacionais e internacionais. Onde encontralos?... |
Paulo Moreira Leite: Moro, MPF, doação ao Psdb é virtuosa?
247 Brasil: Psdb e "vemprarua abraça o terrorismo econômico
Twitter das 10:30
by Suposto primo - @humamad
Briguilinas da manhã
O Psdb é um túnel no final da luz.
Geraldo - linguísta tucano:
Não tem greve de professor em São Paulo. O que há é uma restrição laboral.
Aonde foram as indignadas de luto bater suas panelas?
#ZelotesdaZelite pic.twitter.com/k5jLnYizkf
— Toni Bulhoes (@ToniBulhoes) 28 março 2015
FHC adubou a corrupção
O segundo passo foi a resolução 2.766 em 1995 do BC - Banco Central - presidido por Gustavo Franco. O que veio a dar no Suiçalão.
O terceiro passo foi o decreto 2745/98 que desobrigou a Petrobras a cumprir a lei de licitação. O que agora é revelado na Operação lava jato.
Como podemos ver, facilitar sonegação e a corrupção em geral, é especialidade dos tucanos.
Paulo Nogueira: a agonia do pig
Os fâmulos das grandes empresas jornalísticas – Merval e Reinaldo Azevedo à frente — continuam em sua patética campanha para levar todo o dinheiro da publicidade do governo para seus patrões.
Eles fazem à luz do dia o que os donos da mídia fazem na privacidade dos gabinetes de Brasília.
É uma luta insana pela manutenção de mamatas e privilégios de anos, décadas. E pelo atraso também. O que os fâmulos querem é que o dinheiro público seja torrado em mídias em acelerado processo de declínio.
Vejamos o caso pelo lado técnico.
O Guardian deu, neste final de semana, um levantamento esclarecedor sobre a publicidade no Reino Unido.
Metade de todo o investimento publicitário dos anunciantes britânicos, em 2015, será na internet.
Uma em cada duas libras de um total de 16 bilhões vai terminar na mídia digital, portanto.
Todas as demais mídias – tevê aberta e fechada, jornais, revistas, rádio – terão que dividir a outra metade.
Outros países seguem na mesma direção. Na Noruega, a fatia da internet no bolo publicitário já é de 45%. Vamos para mercados emergentes, como o Brasil. Na China, a internet já responde por 43,6% de toda a publicidade em 2015.
Observe a tabela abaixo.
Digital ad spend percentage share of total advertising spend, by country, 2015.
1. UK 50%
2. Norway 45%
3. China 43.6%
4. Australia 43.3%
5. Denmark 43.1%
6. Netherlands 35.4%
7. Canada 34.3%
8. US 31.3%
9. Sweden 30.5%
10. South Korea 28.4%
E o Brasil nesta história?
Estamos consideravelmente atrasados. Não somos uma sociedade assim tão desenvolvida, é verdade.
Mas o principal fator de retardamento é a ação predadora das grandes empresas jornalísticas.
Elas sempre tiveram enorme influência junto aos anunciantes. A Globo, com sua propina legalizada, o infame BV, é um caso à parte.
Funciona assim. A Globo adianta para as agências a verba que elas planejam gastar no ano.
Muitas agências dependem desse adiantamento. E então elas se vêem compelidas a colocar dinheiro na Globo.
Isso ajuda a entender por que, com audiências em queda constante nos últimos anos, a receita publicitária da Globo, paradoxalmente, cresce a cada ano.
Até quando os anunciantes vão aceitar a parte ruim que lhes cabe num enredo em que apenas a Globo e as agências se dão bem?
Não eternamente, com certeza. Sobretudo quando a internet é uma mídia que cresce explosivamente entre os consumidores.
O pedaço da internet na publicidade nacional é ainda pequeno, embora crescente. Deve ser algo entre 12% e 15% em 2015, um terço do que acontece na esperta China.
Nas estatais, este índice é ainda pior. Algumas das maiores delas não colocam sequer 5% de seus investimentos publicitários nos meios digitais.
É, evidentemente, um problema que tem que ser resolvido. O mundo se digitalizou, e a Secom, até aqui, não.
Gerencialmente, não faz sentido.
Basta olhar para as melhores práticas no mundo. Ou mesmo observar o comportamento do público no Brasil. A internet é disruptora – vai liquidando todas as mídia, incluída aí aquela que pareceu inexpugnável: a tevê.
Até Silvio Santos disse que vê Netflix, e não tevê convencional.
As estatais — e não só elas, de resto — têm que se encontrar, em sua publicidade, com o presente e com o futuro.
Os fâmulos das grandes e decadentes empresas de mídia querem a Secom fixada num passado da qual elas foram absurdamente beneficiárias. Combatem o mau combate. Defendem a fortuna de seus patrões e seus próprios empregos.
Seus argumentos são indecentes — e por isso esses gerentes gerais do atraso não haverão de vencer.
Crônica de A. Capibaribe Neto
Quanto dura o nunca
Por mais que as lições amargas ensinadas pela vida sejam mostradas mil vezes por dia, alertando para os perigos das promessas de "para sempre" nas histórias dos amores, ninguém, ou a maioria, não as assimilam. Quando um homem ou uma mulher gravam a tatuagem com um nome do "pressuposto amor para toda a vida" na pele, têm consciência da dor do durante como preço à vista para uma promessa seja lá o que for. Depois, quando esse para sempre chega ao fim, também seja lá pelo motivo que for, a dor do tentar apagar é grande. Pode até apagar ou disfarçar, mas fica a cicatriz, e mesmo quando se consegue disfarçar o que se gravou ou gravar uma bobagem por cima, o próximo candidato ao novo "para sempre tua ou teu" não deixa de ficar zoado com a desculpa do quê esteve escrito ou prometido ali. Melhor tatuar o desenho de um coração, um trevo, umas estrelinhas, meia lua, por aí. Pior são as tatuagens em regiões mais reservadas, onde o que atualmente se ufana de ser o novo dono do pedaço está sempre diante de uma escritura de "cessão de posse" do para sempre antigo. Melhor teria sido confessar amor ou paixão fantasiada de para sempre em um dedo que nas imediações do que um dia foi exclusividade de outro. Nem toda a força do arrependimento exposto no prato mal lavado do que escreveu diminui o incômodo tolo das cobranças furiosas do que vem depois como o novo dono justificaria arrancar a pele de um dedo, imagine-se o quanto seria tolo exigir arrancar a pele na marca do biquíni, em cima de um colo farto as tolices de duplo sentido gravadas no couro da nuca. Por mais que o novo amor candidato a um novo "para sempre" exija ou determine, que o o antigo dono fique a trezentos metros ou trezentos quilômetros de distância da sua pretensa propriedade, nunca dará paz ao ciúme ruminante do que chegou depois, principalmente se é um inseguro. É impossível apagar um antes, um passado ou a consequência viva desse passado, enquanto é sempre fácil prometer um novo para sempre. Todo homem e toda mulher tem direito a um passado e ao pacote completo de erros e acertos ali cometidos e assumidos; e ninguém, por mais incivilizado que seja, pode alimentar a pretensão de apagar um segundo que seja desse passado onde os riscos foram assumidos ou mal calculados. Passados mal resolvidos, ou mesmo os bem resolvidos, os compensados, os aparentemente remendados, nunca deixam de estar lá, e dele, vez por outra, saltam fagulhas nos rompantes de cobranças pela insegurança que não desgruda. "Vida que segue", "a fila precisa andar"... Não interessa, o passado de cada um é uma tatuagem impossível de apagar, merece respeito. Existe uma tecnologia que emprega um tipo de raio laser para tentar apagar uma tatuagem arrependida, mas é apenas um remendo, um disfarce. Não existe nada capaz de apagar o que ficou gravado na alma, no coração, por mais irresponsável ou inconsequente que tenha sido a causa do arrependimento. Esse tipo de tatuagem, sim, é para sempre, só desaparece no derradeiro espetáculo do circo da nossa vida que chega ao fim, e onde cada um de nós fez, voluntariamente, o papel do domador, do leão, da bailarina, do trapezista e, na maioria das vezes, do palhaço. Como domador já fui acuado por inúmeras feras, inclusive raposas; como leão ou "leaozinho" só fiz rugir ingenuamente manso, na maioria das vezes, mas em outras fui passageiramente convincente na sessão fraca. Ninguém ruge para sempre, mas pode levar muito tempo a lamber as feridas de um machucado na vesperal.
Às vezes, basta um "meu amorzinho, desculpa, vai!" - e a gente senta, porque afinal o leão que pensamos que somos é geralmente muito manso. Como trapezista corri mil riscos das alturas e quase morri mil vezes, e em algumas me estatelei no chão e fui parar bem abaixo do picadeiro, no fundo de um poço que existe ali e precisei cuidar envergonhado dos machucados. Quando fiquei bom subi devagar e voltei acanhado para o mesmo picadeiro, para um novo espetáculo onde fui aplaudido, ovacionado tristemente vaiado quando a bailarina espelhosa foi embora dentro do mágico do telefone. "Basta um telefonema meu para fazer desaparecer uma pessoa!" - era a sua melhor apresentação. Foi na hora de fazer as malas e mudar de lugar, de cidade que o velho palhaço encontrou, no fundo de uma delas, escrito no pedaço do bilhete mais carinhoso, o resto de uma promessa do único "para sempre" que teve valor. Uma promessa assim, embora não tenha sido cumprida, foi a única que valeu a pena ficar remoendo resto de vida afora...
O nunca não sei quanto dura. Sei quanto dura o sempre.
Por que Luis Nassif faz o jogo da oposição?
O meu Cândido (Nassif) está jogando no time da oposição midiática do Brasil, tenho curiosidade, gostaria de saber, por que?...
Alguma razão ele deve ter. Qual?
De uns tempos prá cá ele critica a presidente por o que ela fez. Critica por o que ela deixou de fazer. Critica por o que está fazendo e também por o que ainda ainda possa fazer.
Eu só quero saber:
Nassif, por que isso meu Cândido?