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Frase do Dia

Honestidade é fazer a coisa certa mesmo que não haja testemunhas.

Dilma desafia golpistas

Agência Reuters - 
A presidente Dilma Rousseff voltou a subir o tom nesta quarta-feira 12/10, como fez em evento com sindicalistas na véspera, e desafiou aqueles que chamou de "golpistas" a encontrarem alguma irregularidade em sua vida política ou pessoal.
Em discurso durante congresso de pequenos agricultores em São Bernardo do Campo (SP), Dilma retomou o tom elevado adotado em evento da CUT - Central Única dos Trabalhadores - e disse ser um golpe e uma irresponsabilidade querer interromper o curso democrático do país.
Eduardo Simões - São Paulo

Paulo Moreira Leite - agora é oficial, Fhc sabia e não fez nada



Ao registrar em seu livro de memórias a confissão de que tinha todos os meios para investigar um esquema de corrupção na direção da Petrobras e não tomou nenhuma providência a respeito, Fernando Henrique Cardoso prestou um inestimável serviço ao país.
Embora o caso possivelmente possa ser considerado prescrito, se tivesse sido descoberto e denunciado durante seu mandato, entre 1995 e 2002, o então presidente poderia ter sido enquadrado no crime de prevaricação, tipificado no artigo 319 do Código Penal ("Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal").

Tudo que sabemos até agora sobre os sigilos da gestão de Geraldo Alckmin (Psdb-SP)

Para quem olha de fora, pode parecer novidade, mas os sigilos especiais decretados pelo Governo do Estado de São Paulo acontecem há um bom tempo – embora, só agora que parte da imprensa resolveu testar os limites da Lei de Acesso à Informação de dados relacionados à administração do Estado, todos estejam embasbacados com uma prática tão espalhada e aprofundada junto aos órgãos mais sensíveis relacionados a recentes escândalos (Sabesp, metrô, polícia) que isso parece até fruto de teoria da conspiração.
Tudo começou quando a Folha de S. Paulo descobriu que havia um sigilo de 25 anos imposto sobre diversos dados relacionados às obras do metrô e dos trens em São Paulo.

Mensagem da Vovó Briguilina

Aquele que não luta pelo futuro que quer
Acaba por aceitar o futuro que vier
E quase sempre não combina com seus desejos
Portanto
Lute bravamente para construir o futuro que pretende.
Boa Noite!

Em breve Eduardo Cunha estará na cadeia

Da RBA - Em entrevista exclusiva ao Seu Jornal, da TVT, o deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), autor do mandado de segurança impetrado no Supremo Tribunal Federal (STF), que deteve manobras do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, para abrir processo de impedimento contra a presidenta Dilma Rousseff, diz que os que tramam o golpe são "moralistas sem moral", e que quem vai "pôr freio" à escalada golpista vai ser "o Supremo Tribrunal Federal e o povo brasileiro".
"É engraçado isso, a presidenta Dilma sendo julgada por um presidente da Câmara dos deputados que tem contas na Suíça, que mente na CPI e, em breve, estará encarcerado", critica o deputado Wadih, em entrevista à repórter Marina Vianna, que diz ainda que mais da metade dos deputados que subscreveram o pedido de impeachment da presidenta Dilma tem ou teve problemas com a Justiça. "Uma presidenta da República eleita por milhões de brasileiros pode vir a ser julgada por esse tipo de gente", lamenta.

Em 96 FHC já sabia da roubalheira na Petrobras, e não fez nada

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso revela, em "Diários da Presidência – volume 1″, que foi alertado em 16 de outubro de 1996 de que um "escândalo" acontecia na Petrobras. O assunto foi tratado num almoço entre FH e o dono da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Benjamin Steinbruch. O executivo havia sido nomeado por Fernando Henrique para o conselho da estatal.
"Eu queria ouvi-lo sobre a Petrobras. Ele me disse que a Petrobras é um escândalo. Quem manobra tudo e manda mesmo é o Orlando Galvão Filho, embora Joel Rennó tenha autoridade sobre Orlando Galvão", diz FH no livro, que será lançado no dia 29.
Galvão Filho era presidente da BR Distribuidora e foi diretor financeiro da Petrobras. Rennó era o presidente da estatal.
FH cita que o mais grave na estatal era "que todos os diretores da Petrobras são os mesmos do conselho de administração", sugerindo um uma má prática de governança e um jogo de cartas marcadas nas decisões da empresa.
"São sete diretores e sete membros do conselho. Uma coisa completamente descabida", segue o relato do ex-presidente sobre a conversa com Steinbruch.
FH relata que havia necessidade de "intervenção" na estatal, mas, apesar da gravidade do fatos, ele não a faria.
"Acho que é preciso intervir na Petrobras. O problema é que eu não quero mexer antes da aprovação da lei de regulamentação do petróleo pelo Congresso, e também tenho que ter pessoas competentes para botar lá", confidencia o ex-presidente.

Briguilinkis

Existem dois FHC

Luis Nassif, no jornal GGN

Existem dois FHC. Um que fala para os iletrados - classe média, empresários pouco politizados, leitores da mídia - e outro que ambiciona falar para os historiadores.

O primeiro se vale de um moralismo rasteiro, primário e de uma falsa indignação. O segundo tenta se mostrar o homem de Estado, frio e calculista, dominando as regras da real politik.

Pelos trechos até agora divulgados, as memórias de governo de Fernando Henrique Cardoso - frutos de gravações que fez durante sua gestão - visam a história. Dê-se o devido desconto para algumas passagens repletas de indagações hamletianas sobre dar e receber. Essas cenas FHC provavelmente gravou olhando-se no espelho e fazendo pose. Nas demais, emerge o político esperto, o homem de Estado cujo maior papel foi ter garantido a governabilidade para que seus economistas implantassem o modelo neoliberal.

Acomodado, pouco ambicioso na implantação de políticas de corte, com baixíssima capacidade de entender os fenômenos do desenvolvimento ou da massificação das políticas sociais, FHC cumpriu competentemente o papel que lhe caiu no colo, de viabilização política de um modelo neoliberal de economia.

Ele admite, então, que em 1996 foi alertado por Benjamin Steinbruch, dono da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) sobre a corrupção na Petrobras, então presidida pelo notório Joel Rennó. Havia a necessidade de intervenção na empresa mas, apesar da gravidade dos fatos, ele nada fez. Segundo ele, não queria mexer no vespeiro antes da aprovação da lei do petróleo.

Em relação ao presidencialismo de coalizão, tem a honestidade de admitir que, sem as concessões, não se governa.

É curioso analisar o discurso atual de FHC, enfático contra o loteamento político, e suas alegações na época, enfáticas na defesa do loteamento político.

"A responsabilidade é minha, a decisão é minha, mas não vou fazer um ministério sem levar em consideração a realidade política. Com a experiência dos últimos anos sei que, se não existe base de apoio político, é muito difícil o governo fazer as modificações de que o Brasil necessita".

"Não estou loteando nada. Estou simplesmente fazendo o que disse que faria: buscaria o apoio dos partidos políticos, das forças políticas da sociedade, e o faria para poder governar tendo em vista a competência técnica", relatou.

É o mesmo presidente que loteou a Petrobras para o grupo de Joel Rennó e admitiu que nada faria para mudar a situação.

É igualmente curiosa sua indignação contra uma CPI dos Bancos, preparada por José Sarney e Jader Barbalho para investigar as jogadas com o Econômico e o Nacional. Taxou a CPI de "falta de juízo absoluto (...) Foi uma manobra para abalar meu poder, para me limitar politicamente, me atingir indiretamente".

É retrato de outros tempos, a maneira como enfrentou as denúncias da Pasta Rosa - com documentos comprovando o financiamento de campanha de vários políticos pelo Banco Econômico. A Polícia Federal intimou o presidente da Câmara, Luiz Eduardo , filho do senador Antônio Carlos Magalhaes. A reação de FHC foi imediata: "A Polícia Federal foi além dos limites desse tipo de mesquinharia (...) Em todo caso, o procurador Brindeiro colocou um ponto final nisso".

Por tudo isso, não se tenha dúvida que, em um ponto ele foi nitidamente superior a Lula: na capacidade de entender o jogo dos demais poderes de Estado - Polícia Federal, Ministério Público, Justiça - e saber conservá-los sob redea curta.