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Líbia

UM NOVO ATOLEIRO?
          
1. As tropas de Gadafi realizaram, ontem, repetidos ataques contra Misrata, a terceira cidade do país. Não cessaram também os combates nas cercanias de Benghazi.   Mesmo diante das críticas da Liga Árabe, da Rússia e da China, o Ministro dos Negócios Estrangeiros da França, Alain Juppé, qualificou a operação militar de “sucesso”, uma vez que ela teria evitado um “banho de sangue”. A opinião pública francesa começou a criticar a posição belicosa de Sarkozy, num momento em que se amplia o desgaste interno de sua imagem.
          
2. Começaram a aparecer fissuras nas posições dos EUA e dos países europeus. Consta que a OTAN apoiaria a operação militar dentro de poucos dias. Mas isso é visto com preocupação pela França, pois os países árabes de uma maneira geral são contrários à intervenção da aliança atlântica.  As operações da coligação (EUA, França e Reino Unido) estão sendo coordenadas pelos QGs norte-americanos de Ramstein (Alemanha) e Nápoles (Itália).
         
3. A Itália chegou mesmo a ameaçar a retomar o controle da base norte-americana posta à disposição da coligação. "Isso não deveria ser uma guerra contra a Líbia, mas a estrita aplicação da resolução da ONU”, considerou ainda o Ministro dos Negócios Estrangeiros da Itália, Franco Frattini. O Secretário de Defesa dos EUA manifestou o interesse de a coordenação das operações militares passar para a França, ou para o Reino Unido, ou mesmo para a OTAN.
          
4. Os canais de televisão norte-americanos estão começando a criticar a operação na Líbia, que estaria segundo eles a se transformar em mais um campo de batalha dos EUA sem desenlace no curto prazo. Chegam mesmo a lembrar os casos do Iraque e do Afeganistão, onde suas tropas estão atoladas há alguns anos. Deputados pedem que o Congresso dos EUA, debata a situação. A Noruega suspendeu sua participação nas operações da Líbia, retirando da base na Itália seus aviões F-16. A Alemanha e, sobretudo a Turquia reiteraram que não desejam o envolvimento da OTAN, “se for para intervir com bombardeios como ocorreu nos últimos dias”.
          
5. A União Europeia adotou, ontem, sanções reforçadas contra a Líbia e se afirmou preparada para conceder ajuda humanitária. Porém, não escondeu as profundas divisões em seu seio no tocante à forma das operações militares conduzidas ate agora. Embora a Rússia não tivesse aposto seu veto à resolução do Conselho de Segurança, Vladimir Putin observou parecerem as operações militares “a um apelo às cruzadas na época da Idade Média”.    
          
6. O Secretário Geral da Liga Árabe, Amr Moussa, que havia apoiado a instauração da zona de exclusão aérea, agora está contra os bombardeios indiscriminados, que inclusive atingiram alvos civis.  O Conselho de Segurança da ONU deve reunir-se  para reexaminar a situação na Líbia. De acordo com o Quai d'Orsay, uma vintena de aviões franceses e quatro aviões canadenses realizaram 55 missões desde o sábado. Porém, ontem, segunda-feira, não se efetuou nenhuma missão... Por quê?
          
7. O Brasil pediu um cessar fogo geral na Líbia.

Petróleo

...é o alvo

Não podendo invadir o Irã e sofrer revés mais humilhante que o do Vietnã, o presidente dos Estados Unidos, no Brasil, decretou guerra da Otan à Líbia, todos de olho em seu ouro negro e na mesma riqueza recém-descoberta pelo Brasil. Há 40 anos, a tirania de Kadafi está no poder sem que o governo americano se lembrasse de poupar seus governados de torturas e de maus-tratos. Só agora se preocupa com isso. Por que não poupou a população do Iraque das centenas de milhares de mortos, apenas para se apoderar de sua riqueza? O que os americanos querem mesmo é tomar o petróleo do pré sal. Contra isto, devemos todos nos prevenir.
Lustosa da Costa

Dicas e programas que podem ajudar a aumentar a velocidade de seu computador

A primeira coisa que a gente aprende ao comprar um computador é que não importa o quanto você investe no equipamento: em pouco mais de 2 anos, ele estará defasado ou pelo menos, um pouco mais lento do que você gostaria. E, por outro lado, a gente está sempre procurando maneiras de aumentar a velocidade e tirar o máximo proveito do que temos em mãos, não é mesmo?

Uma das primeiras coisas a se fazer para manter seu PC em ordem é desinstalar programas que você não utiliza mais. Para isso, clique em iniciar – Painel de Controle – Programas e Recursos. Lá, o computador lista tudo o que está instalado em seu computador. Ao encontrar algum software que você não utiliza mais, clique nele e, logo em seguida, na opção “Desinstalar”. A partir daí, é só seguir as mensagens do sistema.

Quando um programa é instalado em seu computador, algumas linhas de comando são incluídas, automaticamente, em uma espécie de arquivo chamado "registro" do Windows. Só que, ao ser desinstalado, nem sempre essas linhas são retiradas. O resultado é que vários comandos inválidos continuam escritos por lá, fazendo com que o Windows encontre dificuldades ou mesmo tenha seu desempenho prejudicado por conta disso na hora da inicialização. É para limpar o registro do seu Windows e eliminar essas linhas que não fazem mais sentido que existe o programa Ccleaner. Basta fazer uma varredura para que o seu PC fique ainda mais limpo.

Agora, se ainda assim o seu computador demora ao inicializar, preste atenção nesta outra dica. O aplicativo, chamado Soluto, tem um papel muito simples: desativar os programas que fazem a sua máquina ficar mais lenta na hora de ligar. O software não desliga tudo o que está instalado. Antes, ele te mostra três opções a partir de uma classificação por cores. A verde indica que aqueles programas podem ser desativados na inicialização sem comprometer o funcionamento do computador. A cor laranja, por sua vez, se refere aos aplicativos que podem ser desativados caso não estejam sendo usados. Nem ouse mexer nos programas com a cor cinza, pois eles são considerados essenciais para o que o Windows funcione corretamente. Ainda tem a cor azul, que indica os softwares que podem ser reativados.

Cássia Eller

"Não tem diferença entre você se apaixonar por homem ou por mulher. Todo mundo quer ser feliz... estar bem com o outro"


Game

E se o jogo do Super Mário fosse no estilo Counter Strike? Já parou para pensar, o velho "encanador" estourando os miolos dos cogumelos em busca de salvar a princesa? Irado! Pois trataram de matar nossa curiosidade, confira: http://bct.im/1R0 

do Tijolaço

Os economistas do “Brasil da Roda Presa” – nome genial dado por Dilma Rousseff aos que vivem nos “advertindo” contra o risco do crescimento econômico –  vão ter de inventar uma nova rodada de explicações sobre o que, para eles, é inexplicável.

Os defensores da tese do “esperem o bolo crescer para depois repartir” e do “arrocho contra a crise” não têm o que dizer diante de cada dado que surge sobre a distribuição e crescimento da renda no Brasil.
Desta vez, foi uma insuspeita pesquisa encomendada pelo BGN Cetelem – sucursal do francês BNP Paribas - um dos maiores conglomerados financeiros do mundo – que mostra não apenas que é enorme a ascensão social no Brasil no segundo governo Lula como esta se tornou gigantesca com a opção pelo aumento da renda, do consumo e da produção que fizemos a partir de meados de 2009 e durante o ano de 2010.
Entre 2005 e 2009, no Brasil, 26 milhões de brasileiros deixaram as classes DE e alcançaram a classe C. Dos que estavam na classe C, quatro milhões saíram dela para se integrarem às classes AB.
Pois bem: só em 2010, esse movimento quase igualou os números daqueles cinco anos em matéria de saída de brasileiros da pobreza: quase 19 milhões de pessoas deixaram as classes DE. E mais expressivo ainda foi o trânsito de pessoas em direção às classes média/alta e alta: apenas em 2010 ,12 milhões de brasileiros alcançaram as classes AB.
É por isso que a distribuição da população do Brasil por renda deixou de ser uma pirâmide, onde uma enorme base suportava um pequeno contingente e passou a ter o formato de balão, onde o crescimento econômico em geral impulsiona para cima todo o conjunto da sociedade. Repare o gráfico: em 2005, as classes AB e C juntas correspondiam a 49% da população; em 2010, elas somavam 74%. Já a pobreza, nas classes DE, mesmo com o acréscimo populacional, diminuiu à metade no mesmo período.
Quem quiser baixar a pesquisa na íntegra, compactado, pode clicar aqui.

Correção tributária

Dilma Rousseff se aproximou das lideranças sindicais concordando com negociações destinadas a assegurar o estabelecimento de normas sobre a correção da tabela do imposto de renda até 2015. Antes, ela não se mostrara simpática à ideia, dispondo-se a corrigir a tabela em 4,5% até 2011. Dentro de tal linha, suas lideranças no Congresso atuavam para conter os ânimos daqueles que defendiam a correção da tabela a médio e longo prazo. Diante da mudança de posição da presidente, o governo parece inclinado a concluir uma negociação com as lideranças das centrais sindicais prevendo que os reajustes futuros, como o de 2011, levarão em conta o centro da meta da inflação.
Tarcísio Holanda

MAÇÃ


Quero-te instintiva,
Harmoniosa,
Quero-te não somente nua...
Libidinosa,
Fêmea, louca, desvairada...
Delirando,
Cheiro desejável da maçã,
Destilando,
Quero teus palavrões
Expressos,
Corpo molhado...
(Des)compassos
Em gestos, olhares e voz
Frêmida
Quero em minhas mãos,
Pétala úmida...!

Marly Bastos

por Zé Dirceu

Europa fecha com os EUA na Líbia e mete-se numa enrascada

Image
símbolo da ONU
A Europa mais uma vez acompanhou a diplomacia norte-americana e deu aval para a decisão do Conselho de Segurança da ONU (CS-ONU), que autorizou na 6ª feira pp. uma intervenção na guerra civil na Líbia.

O eufemismo "zona de exclusão aérea" não durou nem 12 horas. Na prática, o que assistimos a partir do sábado foi uma intervenção pura e simples dos Estados Unidos e de várias outras potências (França, Inglaterra, Itália, Canadá) no país.

Tanto é assim que, iniciada a ofensiva, agora sob o pretexto de fazer o governo Muamar Kaddhafi respeitar a intervenção adotada sob o pomposo nome de "zona de exclusão aérea", a Liga Árabe foi a 1ª a botar a boca no mundo e a protestar que o ataque à Líbia difere do que foi acordado e aprovado na ONU.

Países eram ingênuos, não sabiam o que os EUA queriam?

O texto, lembrou a Liga, diz que o objetivo da zona de exclusão aérea era proteger a população civil, e não bombardear mais objetivos civis. Mais do que isso, com exceção do Qatar, nenhum país árabe quer apoiar a aventura norte-americana e anglo-francesa.

Além da Liga, outros países do bloco chamado de "aliado" se rebelam contra a distorção do que foi aprovado no CS-ONU. Até parece que alguns deles eram ingênuos e não sabiam o que os EUA e as outras potências parceiras pretendiam...

Já que os EUA, pela voz de seu presidente, Barack Obama, apressa-se em querer passar o comando das operações para outra potência ou instituição, a Turquia, inclusive, impediu com seu veto que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) assumisse a coordenação dos ataques. Ela insiste em negociar diretamente com Kaddhafi (leiam o post "Civis e Direitos Humanos: defesa só na Líbia").

por Alon Feuerwerker

Ocupação burocrática de espaços 


O Brasil buscou para si um lugar na zona de conforto. A custo zero. Quis sair bem com todos os lados, sem sujar as mãos e livre para poder reclamar depois. Mas sem desafiar as posições hegemônicas

Em uma passagem do discurso na cerimônia planaltina com o colega Barack Obama a presidente Dilma Rousseff disse que "não nos move o interesse menor da ocupação burocrática de espaços de representação. O que nos mobiliza é (...) que um mundo mais multilateral produzirá benefícios para a paz e a harmonia entre os povos".

Ou seja, a reivindicação brasileira por um lugar no Conselho de Segurança não expressa ambição, apenas desejo de ajudar o mundo. Um gesto de grandeza.

O que seria, precisamente, uma eventual "ocupação burocrática de espaços"? A expressão não tem maior significado. Uma cadeira no CS é sempre política, nunca burocrática.

No dia em que o Brasil for membro permanente da instância maior da ONU vai estar ali como qualquer outro no mesmo nível, votando de acordo com as convicções e conveniências.

A fala presidencial teve um aroma de uvas verdes.

Há quem pense, inclusive no governo, que só não somos ainda membros permanentes do CS porque nos falta força militar, talvez uma bomba nuclear.

A Coréia do Norte tem a bomba e o Japão não. Quem está mais perto da vaga?

Outro país bem posicionado é a Alemanha, e ela quer distância da bomba.

Talvez o caminho para um assento permanente dependa mais da capacidade de definir nosso papel exato, o que desejamos ser no mundo.

China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia estão lá por razões objetivas, historicamente determinadas. E cada um pagou pela filiação com muito sacrifício e sangue.

A China saiu um tempo, mas acabou voltando, por motivos óbvios e bem realistas.

Ainda sobre o Conselho de Segurança, vale olhar para o que aconteceu na segunda votação sobre a crise líbia.

Dez apoiaram a intervenção militar e cinco abstiveram-se. Votaram a favor o árabe Líbano -um governo onde o Hezbollah é a força decisiva- e os africanos Nigéria, Gabão e África do Sul.

Duas abstenções autoexplicam-se. Se China ou Rússia votassem contra inviabilizariam a resolução, pois têm poder de veto. Os votos russo e chinês foram, portanto, a favor, mas assim meio disfarçados.

Uma neutralidade a favor. Para poder reclamar depois.

Como fez o Brasil.

Ninguém quis pagar o preço político de ficar sócio de Muamar Gadafi no massacre da oposição líbia.

Zona de exclusão aérea é ato de guerra. Quando alguém propõe uma guerra, ou você fica a favor ou fica contra. Guerra não é algo que suporte "apoio crítico".

O Brasil preferia uma resolução que permitisse às potências agir, mas de leve. Talvez para manter o status quo, livrar a cara da "comunidade internacional" e também oferecer uma bela saída para o amigo Gadafi.

Como a resolução aprovada permite tudo, menos tropas terrestres (1), é possível às potências desenhar uma estratégia em que a intervenção se dá no ar e no mar, para abrir espaço em terra ao avanço dos rebeldes anti-Gadafi rumo ao poder, ou pelo menos rumo ao equilíbrio estratégico.

Que também será um cadafalso para Gadafi, talvez mais lento.

Se o Brasil desejava preservar o líbio, era razoável o Brasil votar contra a resolução.

Mas deu a lógica. Nosso país enveredou pelo caminho tradicional, e não apenas deste governo. Tanto que a abstenção recebeu elogios do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

O Brasil buscou para si uma área na zona de conforto. A custo zero. Quis sair bem com todos os lados, sem sujar as mãos e livre para poder criticar depois.

Mas sem confrontar as posições hegemônicas.

Deve ser a tal "ocupação burocrática de espaços".

por Alon Feuerwerker

Ocupação burocrática de espaços 


O Brasil buscou para si um lugar na zona de conforto. A custo zero. Quis sair bem com todos os lados, sem sujar as mãos e livre para poder reclamar depois. Mas sem desafiar as posições hegemônicas

Em uma passagem do discurso na cerimônia planaltina com o colega Barack Obama a presidente Dilma Rousseff disse que "não nos move o interesse menor da ocupação burocrática de espaços de representação. O que nos mobiliza é (...) que um mundo mais multilateral produzirá benefícios para a paz e a harmonia entre os povos".

Ou seja, a reivindicação brasileira por um lugar no Conselho de Segurança não expressa ambição, apenas desejo de ajudar o mundo. Um gesto de grandeza.

O que seria, precisamente, uma eventual "ocupação burocrática de espaços"? A expressão não tem maior significado. Uma cadeira no CS é sempre política, nunca burocrática.

No dia em que o Brasil for membro permanente da instância maior da ONU vai estar ali como qualquer outro no mesmo nível, votando de acordo com as convicções e conveniências.

A fala presidencial teve um aroma de uvas verdes.

Há quem pense, inclusive no governo, que só não somos ainda membros permanentes do CS porque nos falta força militar, talvez uma bomba nuclear.

A Coréia do Norte tem a bomba e o Japão não. Quem está mais perto da vaga?

Outro país bem posicionado é a Alemanha, e ela quer distância da bomba.

Talvez o caminho para um assento permanente dependa mais da capacidade de definir nosso papel exato, o que desejamos ser no mundo.

China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia estão lá por razões objetivas, historicamente determinadas. E cada um pagou pela filiação com muito sacrifício e sangue.

A China saiu um tempo, mas acabou voltando, por motivos óbvios e bem realistas.

Ainda sobre o Conselho de Segurança, vale olhar para o que aconteceu na segunda votação sobre a crise líbia.

Dez apoiaram a intervenção militar e cinco abstiveram-se. Votaram a favor o árabe Líbano -um governo onde o Hezbollah é a força decisiva- e os africanos Nigéria, Gabão e África do Sul.

Duas abstenções autoexplicam-se. Se China ou Rússia votassem contra inviabilizariam a resolução, pois têm poder de veto. Os votos russo e chinês foram, portanto, a favor, mas assim meio disfarçados.

Uma neutralidade a favor. Para poder reclamar depois.

Como fez o Brasil.

Ninguém quis pagar o preço político de ficar sócio de Muamar Gadafi no massacre da oposição líbia.

Zona de exclusão aérea é ato de guerra. Quando alguém propõe uma guerra, ou você fica a favor ou fica contra. Guerra não é algo que suporte "apoio crítico".

O Brasil preferia uma resolução que permitisse às potências agir, mas de leve. Talvez para manter o status quo, livrar a cara da "comunidade internacional" e também oferecer uma bela saída para o amigo Gadafi.

Como a resolução aprovada permite tudo, menos tropas terrestres (1), é possível às potências desenhar uma estratégia em que a intervenção se dá no ar e no mar, para abrir espaço em terra ao avanço dos rebeldes anti-Gadafi rumo ao poder, ou pelo menos rumo ao equilíbrio estratégico.

Que também será um cadafalso para Gadafi, talvez mais lento.

Se o Brasil desejava preservar o líbio, era razoável o Brasil votar contra a resolução.

Mas deu a lógica. Nosso país enveredou pelo caminho tradicional, e não apenas deste governo. Tanto que a abstenção recebeu elogios do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

O Brasil buscou para si uma área na zona de conforto. A custo zero. Quis sair bem com todos os lados, sem sujar as mãos e livre para poder criticar depois.

Mas sem confrontar as posições hegemônicas.

Deve ser a tal "ocupação burocrática de espaços".

Crônica de duas farsas que se entrelaçam no cinismo e na covardia



Os bombardeios da Líbia liberaram os poderosos para novas agressões



  “Eu não sei o que será da Líbia nas próximas horas. Mas lamento profundamente que os governos pusilânimes com assento no Conselho de Segurança da ONU tenham cedido às pressões da França, Inglaterra e Estados Unidos, aprovando uma resolução que permite tudo, inclusive a intervenção militar, para o gáudio dos senhores das armas desse ocidente decadente e sem pudor. Fal
ar de zona de exclusão aérea é balela, é eufemismo típico de quem não tem o menor recato e acha que tem algum mandato divino para meter o bedelho no país dos outros, sobretudo quando esse país dos outros é um reservatório incomensurável de petróleo”.
Da minha coluna de 17 de março de 2011  


Confesso que estou em dúvida sobre qual farsa comentar: se a representação burlesca protagonizada pelo preposto do grande ditador invisível, que destacou a renúncia gaiata de nossa soberania, estuprada pelo FBI por dois dias; ou essa macabra tragédia que configura a mais pérfida agressão estrangeira de alguns países sob batuta da fina flor do crime oficial.

Os dois embustes se entrelaçam até fisicamente: Barack Obama deu a entender que determinou os bombardeios da Líbia (já decididos antes mesmo da Resolução do Conselho de Segurança)  quando trocava figurinhas com nossa surpreendente presidente Dilma.  Em ambos os casos, que consagram o cinismo e a covardia, nossa mídia deu mostras da sua essência irresponsavelmente mercenária e irremediavelmente comprometida, ao ponto de noticiar o massacre de inocentes em Trípoli como ações para proteger civis.

Desde o sábado, dia 19 de março, mergulhei numa profunda crise existencial provocada pela mais dramática impotência. Quarenta e oito horas antes havia escrito que aquela resolução da ONU era uma carta branca para dar um verniz “legal” à agressão tramada desde  as primeiras agitações no mundo ára be. Disse que a agressão estava em marcha.

Tinha razão e isso me abalou. Mergulhei numa terrível depressão ao constatar que nada podia fazer para mudar o rumo dos acontecimentos. Entre uma data e outra fiz aniversário, sem festas, como seria aconselhável. Mas a folhinha andou. E mostrou que hoje o mundo está mais degenerado do que antes. O desrespeito pela verdade campeia como uma massa envenenada irradiada aos quatro ventos. A vida humana se animalizou na renúncia dos valores essenciais que sempre serviram de bússolas.

Tudo o que vi e ouvi nesses dias me provocou torturantes sensações de vômito. Teve um certo momento em que tive vontade de chorar. Não podia imaginar jamais que o nosso governo se agachasse a tanto. Um vexame. Policiais alienígenas revistando ministros de Estado brasileiros, aqui, onde se crêem autoridades.

O histrião foi recebido num ritual da mais flagrante insolência. Exibiu-se e foi-se sem dizer a que veio. Não disse ele, nem disseram igualmente seus anfitriões. Mas a gente conseguiu ler nas entrelinhas o grande golpe que armou e que só explicitou entre quatro paredes no secreto colóquio com a nossa inexperiente chefa do Estado brasileiro. 

Ele veio aqui em busca do ouro e faz qualquer negócio para dele se apoderar, inclusive brindar algumas vantagens pessoais para os que facilitarem a cobiça. Está mal na fita por lá e conta com uma reviravolta às nossas custas. Faz bico com as nossas pretensões e joga pesado com a idiotia que grassa.

Já nossa chefia parece que bebeu e ainda está de porre. Quer por que quer um apoio a algo que decididamente significa COISA NENHUMA.Ou você vê algum ganho significativo em sentar como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU?

Se souber, pelo amor de Deus, me informe. Até prova em contrário, essa parece uma tremenda conversa fiada, uma cortina de fumaça, & nbsp;um desejo diversionista absolutamente despropositado. Mas que é usado com a chancela até de professores de relações internacionais, que, igualmente, não explicam patavina, revelando as fábricas de encher linguiças em que se transformaram nossas universidades.

Mesmo se fosse top de linha, o Conselho de Segurança da ONU não confere a nenhum país permanente poderes capazes de melhorar a vida dos seus cidadãos. Não tem serventia conforme sua carta e ainda só serve para dar uma casca protetora ao decidido no complexo de poder das grandes corporações, representadas por indignos chefes de Estado, sempre de olho no alheio e no mar das propinas em dólares.

Agora mesmo, esse Conselho de Segurança, com o Brasil presente e acovardado, chancelou a fraude bélica que está tentando o que uma súcia de mercenários não conseguiu: afastar os obstáculos à conquista dos poços de petróleo líbios, instalando naquele país um governo títere e manso, como no Iraque e nesses sultanatos de nababos devassos e opressores.

Não adianta aqui repetir o óbvio sobre o cinismo que reveste a violação da soberania de um Estado constituído. Todo mundo sabe que a gana do Ocidente é a Líbia, que estava reconquistando uma posição proeminente no mundo do petróleo, graças a investimentos consideráveis em sua infra-estrutura, na educação e nas áreas sociais.

A derrubada de Muamar Kadhafi e a implantação de um regime fantoche têm preocupações mais qualitativas do que quantitativas. Obtém-se com o milionário bombardeio (cada míssil custa um milhão e meio de dólares) o repeteco da “legitimação” do “direito de agressão internacional”, conferido aos Estados Unidos e associados.

A próxima bola da vez, se essa agressão vingar, será a Síria e, no embalo, o Irã. Por estas paragens, a Venezuela está na mira, tanto como Cuba, que nunca teve paz e sossego e vive até hoje sob o mais criminoso bloqueio econôm ico. Tenho medo de estar certo mais uma vez. Infelizmente, porém, a voracidade dos poderosos não tem freio.

Enquanto isso, uma corriola de imbecis encastelados continuará possuindo o controle da mídia e inundando de sandices as descuidadas mentes cidadãs.

E mais: veja em Porfírio Livre cenas que a mídia não mostra: a execução de soldados líbios prisioneiros dos insurgentes que se apresentam como a inocente população civil. 

Poema do Amigo

POEMA DO AMIGO APRENDIZ

Quero ser o teu amigo.
Nem demais, nem de menos.
Nem de tão longe nem de tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.

Mas amar-te sem medida,
e ficar na tua vida
da maneira mais discreta que eu souber.

Sem tirar-lhe a liberdade.
Sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar quando for hora de calar, e sem calar quando for hora de falar.

Nem ausente nem presente por demais, simplesmente, calmamente, ser-te paz...

É bonito ser amigo.
Mas, confesso, é tão difícil aprender e por isso eu te suplico paciência.

Vou encher este teu rosto de lembranças!
Dá-me tempo de acertar nossas distâncias! 

Esoterismo

ÁRIES

Os pontos fortes dos aniversariantes desta data são a confiança, perseverança, ambição, coragem, autonomia, astúcia e habilidade. Seus pontos fracos são o desejo de dominação, destemperos emocionais, dificuldade de reconhecer os erros e a insensibilidade. São pessoas contraditórias, mas possuem diversos talentos. A carta do Louco representa essa personalidade de muitas facetas e pouca consistência. O anjo Sitael protege contra os perigos. Invocado pelo salmo 90, das 0h40 à 1h.