Clik no anúncio que te interessa, o resto não tem pressa...

Twitter do dia

Fracassa tentativa de colocar um exo-cérebro no Reinaldo Azevedo. Cientistas descartam novas tentativas: "Fede muito quando a gente mexe".

St

Os piores conselhos que podemos dar

Dizem os "especialistas" que são estes abaixo:

“Pare de ser pessimista, pense positivo!”
Apenas pensar positivo não soluciona os problemas. O jornalista britânico Oliver Burckeman, autor do Manual Antiautoajuda (Ed. Paralela), defendeu em entrevista ao Delas que o pessimismo pode salvar uma situação e até controlar as decepções já que equilibra as expectativas. Além disso, não é agradável ouvir sobre o próprio pessimismo em um momento de tristeza. Caso use a expressão “pense positivo”, procure apontar situações favoráveis para provar que nem tudo está perdido.
“Várias cabeças pensam melhor do que uma”
Dois é mais do que um somente na matemática, garante o coach Nasc. No ambiente profissional, colocar duas pessoas que não rendem trabalhando juntas pode ser desastroso. O conselho pode ser ainda pior se aplicado na vida pessoal já que, em grupo, muitos depositam confiança no consenso e não consideram as opiniões individuais, que são as mais importantes. 
“Nunca desista dos seus sonhos. Você vai chega lá!”
Muitos abandonam a racionalidade na hora de aconselhar alguém. Prometer ao outro que todos os sonhos serão realizados é uma armadilha. Se a amiga falhou ao tentar conquistar algo, ela precisa avaliar as reais chances de conseguir antes de tentar de novo. Às vezes, o caminho é investir em outras metas e buscar a felicidade por outros caminhos.
“O aconselhado precisa saber qual é a realidade para ele chegar lá. Uma melhor ajuda é sugerir os passos que ela deve seguir para melhorar o futuro”, defende Nasc.
“Não se preocupe tudo dá certo no final”
A frase tem um tom acolhedor, mas pode provocar gerar uma possível decepção. Muitos usam esse conselho quando não sabem o que falar para o outro. Para Alessandra, antes de despertar esperanças no aconselhado, assuma que considera a situação delicada e que não sabe o que fazer.
"O tempo cura tudo"
“Um caminho é pedir um tempo para refletir melhor sobre o problema. Isso irá mostrar que você terá algum cuidado ao colocar a sua opinião”. E por fim, não tenha vergonha de falar que não se sente confortável para aconselhar. 
Usar esse conselho significa considerar que todas as pessoas lidam com o tempo da mesma forma. E pode ainda prejudicar uma ação mais rápida para resolver o problema ao promover a ideia de que um fator externo – o tempo – guarda todas as respostas e soluções. Muitas vezes, segundo especialistas, a saída está na transformação interna do indivíduo.
“Chore e coloque a raiva para fora”
Os sentimentos negativos não escorrem com as lágrimas. Ao extravasar a tristeza e a raiva, a pessoa ativa uma rede de emoções e ações agressivas e não conquista a calma. Gritar, chorar e explodir pode até trazer uma leveza momentânea, mas Nasc garante que a prática só fortalece seus impulsos agressivos. Um copo com água e um respiração profunda valem mais do que este conselho.
“Continue pedindo aumento para o chefe”
O ambiente profissional pode ser um perigo para o funcionário vulnerável. Alessandra explica que é comum ouvir orientações equivocadas na hora de lidar com a chefia.
“É até irresponsável dizer tal coisa sem considerar todos os lados dessa história e porque ele ainda não conseguiu o esperado aumento”. Como o trabalho é um local competitivo, é preciso ter atenção para não ser manipulado. 
“Sempre se faça de difícil”
O amor é um dos assuntos que mais sofre com os conselhos-clichês em busca de um relacionamento duradouro. Abandonar antigos hábitos e “manuais do namoro perfeito” pode resultar em uma interação mais original e sincera com um novo pretendente, diminuindo as chances de decepção. 
“Busque um novo amor para curar uma desilusão”
Um clássico conselho que o pode levar a um novo desastre amoroso. Depositar as frustrações e esperanças no novo pretendente poderá sentenciar a relação ao fim. Para os especialistas, a melhor ajuda nos casos desilusão amorosa é indicar ao amigo programas atraentes que não exijam um companheiro amoroso. 

Oração de agradecimento

Senhor diante de Ti me coloco neste momento para te agradecer pela minha vida. Te agradeço porque deitei e dormi em paz e Tu me sustentastes. Te agradeço pela vida de cada um que esta ao meu lado, Te agradeço por ser sua filha e por saber que Tu cuidas de mim.

Obrigado Senhor, porque sei que estás comigo na alegria, mas, principalmente porque Tu me sustentas na hora da angustia e do desespero, Pai Amado abençoe o meu dia e que eu venha sempre a cumprir o Teu querer, que eu possa ouvir Tua doce voz me ensinando o caminho que eu deva andar e que eu não me desvie nem para a esquerda nem para direita mais que eu siga sempre reto em Sua direção. Me ajude Senhor a ajudar os meus semelhantes, que eu possa fazer o bem e agir com justiça.

Muito obrigado por tudo DEUS, e cuide de todos aqueles que eu amo, abençoe as famílias...

AMÉM!


Alexandra Sales da Silva


Causo matuto

O cumpadi e a preferênça

Era uma vez dois cumpadi. Um, muito rico, podre de rico; o outro, mísero roceiro, cheio de filhos pequenos. Sua esposa era magricela, como toda muié de roceiro pobre. Mas, apesar da diferente situação financeira, os dois cumpadi se amavam. Eram amigos pra valer. A única diferença estava naquilo que fala a verdade: o dinheiro.

Eis que um fatídico dia o cumpadi pobre tem lá um ataque qualquer e cai fulminado… mortinho mesmo. No velório, estava lá a viúva, acompanhada de mais uns cinco bruguelos, todos chorosos. O cumpadi rico, aos prantos de clamor exagerado, dispara ali, pra todo mundo testemunhar:

Cumpadi rico (para o defunto):

– Cumpadi Zeca! Aqui, diante da sua muié e de todos os seus filhos, eu quero fazer um juramento. Daqui pra frente, onde meus filhos estudam, os seus vão estudar também. Vou preparar uma boa casa pra sua família morar. Vou mandar todos os meses, através de um capataz, carnes e alimentos gerais. Hei de respeitar sua memória, meu cumpadi. E ninguém há de proceder mal com a sua muié!

Pois bem. Assim o cumpadi rico falou, assim cumpriu religiosamente. Ficou uns três anos sem ver aquela família. Lá um belo dia resolveu nosso cumpadi fazer uma visita à cumadi. Qual não foi a sua surpresa ao ser atendido por uma mulher recauchutada, linda que só vendo. Linda de fazer qualquer homem virar o dito juízo.

Cumpadi rico (emocionado, oiando pra foto do falecido na parede) 

– Cumpadi! Quero aqui repetir a promessa que fiz: Hei de respeitar sua memória, meu cumpadi. E ninguém há de proceder mal com sua muié! Mas no dia em que ela resolver proceder mal, que eu tenha a preferência!

Colaboração enviada por Daniela Vieira Bacelar

Swing politico na Rede

O presidenciável Eduardo Campos e sua vice Marina Silva foram ao Paraná nesta segunda-feira. Fizeram campanha juntinhos durante quase todo o tempo. Apartaram-se na hora do encontro com o governador paranaense Beto Richa, que disputa a reeleição pelo PSDB. Marina incluiu-se fora dessa.

Campos encontrou-se com Richa em Londrina. Declarou apoio à recandidatura do tucano. Contrária à parceria com o PSDB, Marina foi procurar sua turma no jardim botânico da cidade. Aos pouquinhos, PSB e Rede vão descobrindo que a harmonia é muito difícil. Em política, a fidelidade político-conjungal só é possível a três. Ou a quatro, Ou a cinco…

O conto do vigário da Oi

Rio de Janeiro, 16 de junho de 2014 O CONTO DO VIGÁRIO DA OI Caros amigos(as) no mês passado um atendente da OI ligou para a minha casa falando que tinha um plano para abaixaria a minha conta de telefone. Disse que  invés de pagar mais caro, eu iria pagar menos no meu OI Fixo, só que eu pagava R$ 57,OO de assinatura e esse mês pulou para R$ 143,00. Liguei para lá reclamando e uma atendente falou que teria, que esperar 45 dias para cancelar esse plano, logo terei que pagar novamente, R$, 143,00. Amigos (as) quanto a OI vai arrecadar com esse Conto do Vigário, recomendo quando algum atendente da OI ligar para vocês, que tomem cuidado e não caiam nesse conto, e para cancelar a linha é uma novela. 

O pior é que as teles não pagam as multas da Anatel, e é por isso, que tratam os clientes brasileiros como cachorros, batendo o telefone até na sua cara.  

by Claudio José

Luiz Carlos Azenha

Aos poucos, realidade vai matando o "Imagine na Copa" 

Quando Vladimir Safatle escreveu um artigo intitulado Não Teve Copa, publicado na Folha, que reproduzimos — aliás, com uma argumentação convincente para alguém que defende aquele ponto-de-vista –, acrescentei um adendo como PS do Viomundo, que dizia:
O meu conhecimento (do Azenha) da Copa do Mundo, de ter vivido algumas pessoalmente nos países-sede, é de que depois de duas semanas o país literalmente enlouquece pelo evento. Tenho a impressão de que o Safatle desconhece o poder do futebol no imaginário do brasileiro.
Ainda é cedo para declarar a organização da Copa como tendo sido absolutamente bem sucedida. Muita água ainda vai rolar.

Porém, as pessoas estão começando a se encantar com o evento, para dizer o mínimo — e a primeira rodada nem terminou.

Há mesmo algo de especial num acontecimento que consegue arrastar 35 mil colombianos para ver uma partida de futebol no Mineirão, bem longe de casa.
Enfatizemos: a Copa privatizada é um evento frequentado majoritariamente por ricos e classe média alta. Mas isso não diminui o encanto nas cidades que sediam as partidas, por conta do clima criado por gente do mundo todo, cujas interações são baseadas unicamente na paixão pelo esporte. De repente, você se descobre falando sobre futebol  com um camaronês, um nigeriano e dois norte-americanos que nunca viu antes na vida…

Em Belo Horizonte, num aeroporto, o jogo Uruguai vs. Costa Rica juntou norte-americanos, colombianos, brasileiros, chineses e japoneses na plateia, além de gregos de cabeça inchada (haviam perdido de 3 a 0).

Só tenho como comparar o evento do Brasil às três Copas que acompanhei bem de perto: Itália, em 1990, onde passei 40 dias; Estados Unidos, onde eu vivia em 1994; França, em 1998, de onde fiz viagens aos países adversários do Brasil.

Dessa vez a qualidade do futebol e o número de gols nos surpreendeu positivamente.

Mas a mídia corporativa, que por motivos políticos promoveu a maior campanha já vista contra um evento esportivo em nossa História, jamais vai admitir o que também está se confirmando: no essencial, a organização foi bem sucedida.

É possível apontar erros e obras inacabadas, mas nada que comprometa o essencial para os torcedores: capacidade de transporte, comunicação e qualidade dos estádios — em termos de conforto e visão dos jogos.

Em Belo Horizonte, por exemplo, há transporte bom e barato entre os aeroportos e o Mineirão, o que facilita muito para aqueles que acompanham suas seleções e fazem viagens rápidas, num país continental.

Embora falte sinalização em inglês e espanhol em muitos lugares, há um grande número de pessoas fornecendo informações, especialmente mas não apenas nos aeroportos.

Em Confins, turistas estrangeiros no saguão reclamaram do sinal de transmissão dos jogos, baixado pela internet (depois descobrimos tratar-se de algo bancado por um patrocinador). Um dos visitantes pediu que eu reclamasse em nome dele. Fui fazê-lo e, para nossa surpresa, descobrimos que havia um ambiente especial para os passageiros em espera (retratado abaixo).
Tudo muito bacana, bem organizado.
Ah, sim, algo absolutamente essencial existe em grande quantidade nos aeroportos: torres para recarregar aparelhos eletrônicos. Ninguém merece ficar sem bateria no meio de um jogo, né mesmo?

É óbvio que você pode fazer uma longa lista de problemas, aqui e ali, coisas que acontecem em eventos complexos como a Copa.

Mas parece que nas questões absolutamente essenciais — estádios, aeroportos e comunicação — as coisas estão funcionando num padrão que não deve nada aos eventos anteriores que acompanhei de perto.

Muito cedo, a Copa brasileira já é bem mais empolgante que a dos Estados Unidos; já teve exibições brilhantes em campo, melhores que as da Copa da Itália e, pelo jeito, logo vai arrastar as multidões que promoveram festas empolgantes nas ruas de Paris na segunda fase do Mundial de 1998.

Obviamente que aqueles que sofrem da síndrome de vira-latas vão fazer uma lista dos motivos pelos quais prefeririam ver a Copa em outro país. Mas, como escrevi anteriormente, isso não tem a ver com as condições objetivas da organização. É a necessidade da classe média de se diferenciar dos outros pelo status social, de imaginar que fez algo que seu interlocutor jamais conseguirá fazer.

Tirando isso, lentamente o “imagina na Copa” vai sendo enterrado.

Aécio Neves por inteiro

[...] Em pose de absoluta transparência e sinceridade

Paulo Skaf começa campanha atacando falta d'água em São Paulo

O candidato do PMDB à sucessão de Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo, Paulo Skaf, utilizou as redes sociais no início da tarde desta segunda-feira (16) para informar sua campanha começa a disparar uma série de vídeos atacando os principais problemas no Estado. A candidatura do peemedebista foi homologada no último sábado (14).
O primeiro vídeo, já divulgado pelo presidente licenciado da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), trata da crise de abastecimento de água na Região Metropolitana de São Paulo, em função do colapso do Sistema Cantareira - responsável por atender a demanda de cerca de 8 milhões de pessoas. Hoje, o sistema opera com menos de 25% de sua capacidade de armazenamento.

Isso os vips que xingaram a presidente, não aprendem

Torcida do Japão ajuda a limpar estádio depois do apito final

Captura de Tela 2014-06-15 às 18.30.01
torcida_japao_limpaestadio_facebook1
torcida_japao
Após a derrota da seleção japonesa para Costa do Marfim, por 2 a 1, neste sábado, os torcedores japoneses deram um verdadeiro exemplo de civilidade. Logo após o apito final, a torcida nipônica ajudou a coletar e ensacar o lixo produzido por eles nas arquibancadas da Arena Pernambuco.

Ataques à greve dos metroviários são símbolo da criminalização das lutas trabalhistas

Boletim de notícias da Rede Brasil Atual - nº64 - São Paulo, 16/jun/2014
http://www.redebrasilatual.com.br/trabalho/2014/06/ataques-a-greve-dos-metroviarios-sao-simbolos-da-criminalizacao-dos-trabalhadores-no-pais-595.html

Ataques à greve dos metroviários são símbolo da criminalização das lutas trabalhistas

Para sindicalistas e especialistas, repressão policial, multas pesadas, limitação a novas paralisações e autorização para demitir grevistas podem intimidar mobilizações de outras categorias
http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/copa-na-rede/2014/06/blog-do-secador-messi-fez-um-golaco-e-dai-9831.html

Tá fraca, Argentina... Blog do Secador - Messi fez um golaço. E daí?

http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/helena/2014/06/para-parte-da-imprensa-estrangeira-copa-e-a-melhor-dos-ultimos-tempos-7191.html

Para parte da imprensa estrangeira, Copa é a melhor dos últimos tempos

Leia também
::
Mantega anuncia incentivo a empresas de médio porte no mercado de capitais
:: Com tom moralista e apelos à 'confiança do povo', PSDB oficializa Aécio
:: Com Padilha confirmado em São Paulo, Lula ressalta luta entre 'esperança e ódio'
:: Randolfe Rodrigues desiste da campanha e Psol está sem candidato à presidência

O jogo fora do campo

Respira-se futebol nos ares brasileiros e dirigentes ávidos por recompensas econômicas e políticas seguem controlando um dos maiores negócios comerciais do planeta
http://www.redebrasilatual.com.br/mundo/2014/06/as-guerras-erradas-de-obama-podem-condena-lo-ser-um-pato-manco-1031.html

Guerras erradas podem condenar

Obama prometeu concentrar-se no Afeganistão. Agora, nas eleições parlamentares, corre risco de perder apoio do Congresso
http://www.redebrasilatual.com.br/revistas/96/o-mercado-faz-suas-apostas-5960.html

O mercado faz suas apostas

Assim como em 2002, preferência ou rejeição em torno de candidaturas alimenta onda especulativa. O país está ruim assim?
É permitida a reprodução, integral ou parcial do conteúdo (áudios, imagens e textos), desde que citados o nome do autor e da Rede Brasil Atual.

Nosso email:
rba@redebrasilatual.com.br

Clique aqui se não quiser receber mais este boletim
Clique aqui para atualizar seu cadastro

Mais uma vez o tucaninho cai como um pato

FHC acusa o golpe, reage a Lula e vem para campanha

Nada doí tanto quanto tocar numa ferida que jamais foi cicatrizada - investigada - 


Isso é o que explica a reação de Fernando Henrique Cardoso às declarações de Lula, dizendo que  não ia “vestir a carapuça”  em relação a corrupção da compra de votos na emenda que, no governo tucano, instituiu a reeleição.
Nem a mais simpática imprensa tem qualquer dúvida de que houve um “mercado do voto” para instituir a releição sem, ao menos, fazer disso uma regra válida para o futuro, mas beneficiando diretamente ao então ocupante do Palácio do Planalto.
Fernando Henrique, no fundo, se vê como  um D. Pedro I, que fez um “imenso favor” ao povo brasileiro em permanecer mais quatro anos.
Só que como o “proclamador da Dependência”, dedicado a completar sua missão de destruir todas as aspirações deste país em ter um destino próprio.
A vaidade é a pior das armadilhas.
Fernando Henrique vai exatamente para onde Lula o quer.
Para um embate entre os dois.
Porque, afinal, é este mesmo o embate, embora os “bundinhas” da análise política torçam o nariz para a personalização da política.
Na sua pobreza mental, elitista e fria, não conseguem ver que os personagens servem ao enredo, não ao contrário.
Quanto às queixas do grão-tucano ao “baixo nível”, sugiro que ele dê um pulinho à área vip do Itaquerão, para falar com aquela gente “diferenciada” que o apóia.
por Fernando Brito - Tijolaço

Mercado de Voto


Deputado diz que vendeu seu voto a favor da reeleição por R$ 200 mil

13/05/97 
Editoria: BRASIL 
Página: 1-6

FERNANDO RODRIGUES 
da Sucursal de Brasília 

O deputado Ronivon Santiago (PFL-AC) vendeu o seu voto a favor da emenda da reeleição por R$ 200 mil, segundo relatou a um amigo. A conversa foi gravada e a Folha teve acesso à fita.
Ronivon afirma que recebeu R$ 100 mil em dinheiro. O restante, outros R$ 100 mil, seriam pagos por uma empreiteira -a CM, que tinha pagamentos para receber do governo do Acre. 
Os compradores do voto de Ronivon, segundo ele próprio, foram dois governadores: Orleir Cameli (sem partido), do Acre, e Amazonino Mendes (PFL), do Amazonas.
Todas essas informações constam de gravações de conversas entre o deputado Ronivon Santiago e uma pessoa que mantém contatos regulares com ele. As fitas originais estão em poder daFolha.
O interlocutor do deputado não quer que o seu nome seja revelado. Essas conversas gravadas com Ronivon aconteceram ao longo dos últimos meses, em diversas oportunidades. 

Outros venderam 
Nas gravações a que a Folha teve acesso, o deputado acreano diz não ser o único parlamentar que se vendeu na votação da reeleição, no último dia 28 de janeiro, quando a emenda foi aprovada, em primeiro turno, com 336 votos favoráveis na Câmara.
''O Amazonino marcou dinheiro para dar (R$) 200 (mil) para mim, 200 pro João Maia, 200 pra Zila e 200 pro Osmir'', diz Ronivon na gravação. 
Os personagens citados são os deputados federais João Maia, Zila Bezerra e Osmir Lima, todos do Acre e filiados ao PFL.
Outro parlamentar também recebeu dinheiro para votar a favor da reeleição, conforme explicação de Ronivon.
Eis como Ronivon menciona esse fato em suas conversas: ''Ele (Amazonino) foi e passou (o dinheiro) pro Orleir (...) Mas no dia anterior ele (Orleir) parece que precisou dar 100, parece que foi pro Chicão, e só deu 100 pra mim.''
Na gravação, Ronivon fazia referência a deputados do Acre. O único deputado do Acre conhecido como Chicão é Chicão Brígido (PMDB), que, sempre segundo as conversas de Ronivon, entrou no negócio na última hora. Por isso, Orleir Cameli precisou de mais dinheiro e teve de dividir uma das cotas de R$ 200 mil.
Em alguns momentos, entretanto, o deputado sugere que Chicão Brígido e João Maia também receberam apenas R$ 100 mil. 
Dos 8 parlamentares acreanos na Câmara, 6 votaram a favor da emenda da reeleição e 2 contra. 

Venda corriqueira
Ronivon tem comentado a sua venda de voto a favor da reeleição como se fosse algo corriqueiro. Fala com vários colegas deputados. Algumas dessas conversas casuais é que foram gravadas. 
Nessas gravações, o deputado revela detalhes de toda a operação.
Primeiro, Ronivon diz que foi contatado pelo governador do Acre, Orleir Cameli. Em troca do voto a favor da emenda da reeleição, cada deputado recebeu R$ 200 mil. O pagamento foi por meio de um cheque pré-datado -deveria ser depositado só depois de a votação ter sido concluída favoravelmente ao governo. 
As fitas apontam que, nos dias que antecederam a votação, cheques nesse valor foram entregues para, pelo menos, quatro deputados acreanos: Ronivon Santiago, João Maia, Osmir Lima e Zila Bezerra.
Na gravação, Ronivon afirma que os cheques eram do Banco do Amazonas, em nome de uma empresa de Eládio Cameli, irmão de Orleir Cameli.
Apesar de tudo acertado, a operação acabou não agradando aos deputados nem ao governador acreano. O arrependimento se deu na véspera da votação da reeleição. Era uma segunda-feira, dia 27 de janeiro passado.

''Você é infantil'' 
De acordo com Ronivon, em conversas posteriores à venda de seus votos, os parlamentares começaram a avaliar que poderiam ser logrados depois da votação. Nada impediria, pensaram, que os cheques fossem sustados. 
Já aos ouvidos de Orleir Cameli chegou um alerta importante do seu colega do Amazonas, o governador Amazonino Mendes.
Segundo Ronivon relata a seu amigo, Amazonino foi precavido e disse o seguinte a Cameli: ''Você é tão infantil, rapaz. Vai dar esse cheque para esse pessoal? Pega um dinheiro e leva''.
Depois dessa sugestão de Amazonino Mendes, conta Ronivon Santiago, o governador do Acre ''pegou todo mundo e deu a todo mundo em dinheiro''.
O dinheiro, emprestado a Orleir por Amazonino Mendes, só foi entregue aos parlamentares na manhã do dia da votação do primeiro turno da emenda da reeleição, 28 de janeiro, uma terça-feira, conforme a gravação.
A entrega dos R$ 200 mil, em dinheiro, para cada deputado, foi feita mediante a devolução dos cheques pré-datados -que foram rasgados na frente de Orleir, segundo relato de Ronivon . 
A troca dos cheques por dinheiro ocorreu em um local combinado em Brasília. Cada deputado se apresentou, rasgou seu cheque na hora e recebeu o pagamento em dinheiro dentro de uma sacola.
''Aí chegou o Osmir, estava lá com a sacola assim... (risos). João Maia com a outra'', relata Ronivon, de bom humor, a cena da manhã que antecedeu a votação.
''Sou leso?'' Endividado, Ronivon diz que usou o produto da venda de seu voto para diminuir débitos bancários. O deputado disse que saldou uma dívida de ''196 pau'' (R$ 196 mil) que tinha contraído em bancos. Nas suas conversas, o deputado cita quatro bancos onde contraiu dívidas: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco de Brasília e Banacre (do governo do Acre).
Ronivon diz que aproveitou também o dinheiro obtido com a venda de seu voto a favor da reeleição para resgatar cheques sem fundos que havia emitido.
Cauteloso, não quis fazer os pagamentos logo depois da votação da reeleição. ''Sou leso?'', pergunta aos risos para seu interlocutor em uma das gravações.
''Leso'', segundo o ''Novo Dicionário Aurélio'', significa ''idiota'' e ''amalucado''. A pronúncia correta pede que a primeira sílaba seja tônica: ''lé-so''.
Para evitar que fosse rastreado o dinheiro, Ronivon explica que saldou totalmente suas dívidas apenas no início de março -quando dá a entender que já teria recebido todo o pagamento pelo seu voto.