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Boff: fazem com Lula o que fizeram com Dom Helder


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O teólogo e escritor Leonardo Boff denuncia uma repetição como farsa da história; ele diz que o golpe quer fazer com Lula o que os militares fizeram com Dom Helder; àquela época, o nome do bispo católico foi suprimido pela censura para que fosse viabilizada sua morte simbólica junto à população; Boff, no entanto, adverte: não vão conseguir pois Lula não está só na boca, mas no coração do povo.


A reconciliação da Igreja Católica com o Brasil, através dos jovens, passa necessariamente pela necessidade do Vaticano fazer as pazes com D. Helder Câmara


Joaquim Falcão
O silêncio é gritante.
D. Helder, que com certeza teria sido Prêmio Nobel da Paz se não tivesse sido vítima da aliança do regime militar com João Paulo II e Dom Dedé, o arcebispo quase anônimo que lhe substituiu na prestigiosa até então Arquidiocese de Olinda e Recife, talvez hoje estivesse se não entre os papáveis, pelo menos entre os santificáveis da Igreja.
Para que o Vaticano se reconcilie com os pobres brasileiros, é prudente pedir perdão aos próprios brasileiros pela censura eclesiástica que impôs a D. Helder e à Teologia da Libertação, ao ostracismo que D. Helder aceitou na sua desilusão calada e sofrida.
Enquanto isso João Paulo II fazia ostensivamente política ocidental capitalista em sua terra natal para derrubar o regime comunista polonês, amordaçava os padres e fiéis brasileiros, muitos torturados, que também queriam implantar a democracia no Brasil. E conseguiram, sem auxílio do Vaticano.


Hoje, o Papa Francisco corre atrás do prejuízo. Vamos saudá-lo e ajudá-lo. O elitismo político religioso de João Paulo II abriu as largas avenidas da fé e da esperança, não para o catolicismo, mas para as demais religiões, não tradicionais ao Brasil, como a dos evangélicos. Estes ocuparam o vácuo do desprezo e do medo das massas experimentado pelos cardeais e papas de Roma. Agora a Igreja Católica amarga uma perda de mais de 30% de seus fiéis para os evangélicos.
O Vaticano europeizado em sua distância, aprisionado pelos esquemas mentais da guerra fria – ou comunismo ou capitalismo – não foi capaz de ver D. Helder com a singularidade da esperança. Estigmatizou-o. Não percebeu que a Igreja Católica tinha sido, em nossa história, “o cimento de nossa nacionalidade”, como disse certa feita Gilberto Freyre.
Não me espantaria se um separatismo religioso se instaurasse progressivamente no Brasil com a expansão dos evangélicos. O que é um direito deles, sem dúvida.
Será possível que o Papa Francisco, que prega como pregava D. Helder, com simplicidade, a favor da pobreza, contra os ouros dos altares e os veludos carmim, vá silenciar, nesta longa viagem, sobre D. Helder? Não vá lhe estender a mão?
O quarto de D. Helder, em sua pequena casa no Recife, e não no palácio do Arcebispado a que tinha direito, era mais despojado do que este quarto, difundido no mundo todo, que o Papa Francisco tanto recomenda como simbolismo de expiação dos pecados da elite religiosa diante dos pobres. Já é algo em comum.

Projeto Anjos da Paz

Prezados senhores (as) 
O Brasil como um país membro e fundador da ONU, já teve como indicados ao prêmio Nobel da Paz, dois seres humanos maravilhosos, irmãos de coração e amigo dos pobres, Dom Helder Câmera e Chico Xavier. Infelizmente não venceram, mas a ONU não pode ignorar, esses seres de luz e de Paz, que fizeram muito, pelos seus irmãos, seguido o exemplo de Jesus Cristo e dando um belo exemplo de vida, para o mundo inteiro. Por isso, venho sugerir uma projeto, OS ANJOS DA PAZ, na qual na entrada do edifício da ONU- Brasil seria feita uma bela homenagem aos dois, com a colocação de duas estátuas, na qual os dois estariam conversando no céu, em cima de uma nuvem, como anjos de bondade, como sempre foram. Tenho certeza, que o povo brasileiro ficaria muito feliz com essa bela homenagem e reconhecimento por parte da ONU. O mundo precisa de Paz e Amor, e de mais seres de luz, como esses dois lindos brasileiros. Peço apoio para a essa campanha, enviando esse pedido para a ONU, para fazermos uma grande corrente do bem.
Atenciosamente:
Cláudio José, um amigo do povo.

Bispo recusa comenda no Senado em protesto contra reajuste de parlamentares

Uma solenidade de entrega de comenda no Senado [ontem] terminou em constrangimento para os parlamentares que estavam em plenário. Em protesto contra o reajuste de 61,8% concedido a deputados e senadores na semana passada, o bispo de Limoeiro do Norte (CE), dom Manuel Edmilson Cruz, recusou-se a receber a Comenda dos Direitos Humanos Dom Hélder Câmara.

Em discurso, ele destacou a realidade da população mais carente, obrigada a enfrentar as filas dos hospitais da rede pública. “Não são raros os casos de pacientes que morreram de tanto esperar o tratamento de doença grave, por exemplo, de câncer, marcado para um e até para dois anos após a consulta”.

Ao recusar a comenda, o bispo foi taxativo: 
“A comenda hoje outorgada não representa a pessoa do cearense maior que foi dom Hélder Câmara. Desfigura-a, porém. De seguro, sem ressentimentos e agindo por amor e com respeito a todos os senhores e senhoras, pelos quais oro todos os dias, só me resta uma atitude: recusá-la”. 

Nesse momento, quando a sessão era presidida por Inácio Arruda (PCdoB-CE), autor da homenagem, o público aplaudiu a decisão.

Após a recusa formal, o bispo cearense acrescentou:
“ela é um atentado, uma afronta ao povo brasileiro, ao cidadão contribuinte para o bem de todos com o suor de seu rosto e a dignidade de seu trabalho”. Ele acrescentou que o reajuste dos parlamentares deve guardar sempre “a mesma proporção que o aumento do salário mínimo e o da aposentadoria”.

Dom Edmilson Cruz afirmou que assumia a postura “com humildade, sem a pretensão de dar lições a pessoas tão competentes e tão boas”. Diante da situação criada, o senador José Nery (PSOL-PA) cumprimentou o bispo pela atitude considerada “coerente” com o que pensa.

“Entendemos o gesto, o grito e a exigência de dom Edmilson Cruz que, em sua fala, diz que veio aqui, mas recusará a comenda. Também exige que o Congresso Nacional reavalie a decisão que tomou em relação ao salário de seus parlamentares”, acrescentou o senador paraense.

O protesto contra o reajuste dos parlamentares não se resumiu, no entanto, à manifestação do bispo. Cerca de 130 estudantes secundaristas e universitários de Brasília foram barrados na entrada principal do Congresso quando preparavam-se para protestar contra a decisão tomada na semana passada pelos parlamentares.
por Marcos Chagas