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Mensagem II
Entrevista com Dilma
O que aconteceu com Eduardo Cunha?
Contra Lula a Receita é um The Flash
A velocidade da Receita contra Lula e o sonegador de R$0,06
Roubalheira legalizada
Atraso está antes no Judiciário que em recursos da defesa, por Janio de Freitas
Um caso excepcional, pela variedade de atos criminais reunidos, em operações entre governo e sistema financeiro, e pelo forçado desfecho libertário dado às condenações. Improbidade, falsidade ideológica, desvio de finalidade, associação ilegal, fuga e, claro, corrupção. Mas excepcional não só por isso, senão sobretudo pelo desafio ao argumento do Supremo Tribunal Federal para determinar, na semana passada, a prisão de condenados em segunda instância, ainda que tenham direito a recorrer aos níveis superiores.
A modificação repentina do valor do real, no que ficou conhecido como o "estelionato eleitoral" de Fernando Henrique, ao iniciar seu segundo mandato com um ato contra a tese central da campanha, gerou o célebre escândalo com o Banco Central e os bancos privados Marka e FonteCindam. Como os dois quebravam com o aumento do dólar, o BC vendeu-lhes a preço reduzido uma fortuna da moeda, salvando-os da intervenção e da liquidação.
Não houve como livrar de processo os dirigentes dos dois bancos, embora salvar banqueiros ao custo de bilhões para o Tesouro Nacional fosse parte da peculiar moral do governo. Dirigentes do BC, por sua vez, deixaram rastros de conexões pessoais com os dois bancos, sendo por isso incluídos nos processos.
De 1999 a 2005, investigações múltiplas, processos, julgamentos e recursos não consumiram tempo anormal, considerados os tempos no Judiciário brasileiro. Naquele último ano, obtida uma redução das penas para quatro anos, a defesa recorreu ao Superior Tribunal de Justiça em busca de mais vantagem. Não a recebeu em razão do recurso. Mas recebeu.
Há pouco, a juíza Ana Paula de Carvalho, ao escavar na jazida judicial dos casos de corrupção em aberto, deu com o processo BC/Marka/FonteCindam. Para só poder aplicar-lhe a prescrição: o processo estava parado no STJ havia 11 anos, quase o triplo dos anos de condenação a serem rejulgados. Os processados do BC e dos bancos privados estão livres sem terem estado presos (com exceção de Salvatore Cacciola, preso preventivamente quando desfilava em Mônaco com sua garupa). Nem sequer devolução de uns trocados: o prejuízo de cerca de US$ 2 bilhões fica, todo, como um legado da feliz associação entre o governo Fernando Henrique e o Judiciário, ainda vigente com outros representantes do PSDB.
O argumento mais forte do Supremo, nos 6 a 5 votos com que estabeleceu a prisão precipitada, foi a dos recursos de defesa como causa da lentidão do Judiciário. Os últimos 11 anos do processo BC/Marka/FonteCindam dão prova inquestionável de que o atraso está antes no Judiciário. Mais que tudo, nas instâncias superiores.
Tijolada da hora
Carta Maior - Editorial
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O PT terá que cair na real e apoiar Ciro Gomes
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse que "o PT terá que cair na real" e apoiar a candidatura do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) à Presidência em 2018; em um balanço do primeiro turno das eleições municipais, Lupi lembra que o "PDT está maior que o PT" e manda um recado: "A candidatura de Ciro é irreversível"; Ciro tem buscado uma aproximação com o eleitorado do PT e tem dado demonstrações públicas de apoio a Lula e à ex-presidente Dilma Rousseff; segundo Lupi, Lula não descarta a possibilidade do partido apoiar outra candidatura; "Sinto o Lula com muita vontade de abrir"
247 - O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse que "o PT terá que cair na real" e apoiar a candidatura do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) à Presidência em 2018. Em um balanço do primeiro turno das eleições municipais, Lupi lembra que o "PDT está maior que o PT" e manda um recado: "A candidatura de Ciro é irreversível", em entrevista à Folha de S.Paulo.
Ciro tem buscado uma aproximação com o eleitorado do PT. O potencial candidato do PDT tem dado demonstrações públicas de apoio a Lula e à ex-presidente Dilma Rousseff.
"Segundo Lupi, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva –potencial candidato do PT em 2018– não descarta a possibilidade do partido apoiar outra candidatura. "Sinto o Lula com muita vontade de abrir. Ele acha que o PT precisa recuar para se reconstruir", diz.
O presidente do PDT diz que "mais do que o PT, a grande derrotada da eleição é a Marina Silva", cujo partido, a Rede, teve fraco desempenho na disputa. "Cadê a Marina? Cadê a Rede?"
Ainda segundo Lupi, Ciro está "todo feliz" e tem se dedicado às campanhas no segundo turno, sendo Osasco e Ribeirão Preto os principais Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o PDT elegeu 332 prefeitos no Brasil, crescimento de quase 10% em comparação a 2012. O PT elegeu 255 prefeitos neste primeiro turno. O PDT elegeu 3.749 vereadores, contra os 2.797 do PT.
Lupi rechaça ainda a tese de que Ciro não tem visibilidade nacional para a corrida presidencial. "Ele concorreu há 14 anos. É nacionalista e relativamente conhecido."
Moro: o Girolamo Savonarola seletivo brazileiro
Girolamo Savonarola, frei dominicano e fanático puritano, tornou-se ditador moral da cidade de Florença quando os Medici foram temporariamente expulsos em 1494. Enviado à cidade doze anos antes, ele construiu uma reputação de austeridade e sabedoria e tornou-se prior do convento de São Marcos (onde seus quartos ainda pode ser visitados).
Visionário, profeta e formidável pregador apocalíptico, obcecado com a maldade humana e convencido de que a ira de Deus estava prestes a cair sobre a Terra, ele detestava praticamente todas as formas de prazer e relaxamento.
Seus adversários chamavam Savonarola e seus seguidores de "piagnoni" — chorões —, e ele reprovava severamente piadas e frivolidade, poesia e tavernas, sexo (especialmente a variedade homossexual), jogos de azar, roupas finas, jóias e luxo de todo tipo.
Denunciou as obras de Boccaccio, pinturas de nus, imagens de divindades pagãs e toda a cultura humanista do Renascimento italiano. Pediu leis contra o vício e a frouxidão.
Colocou um fim aos carnavais e festivais que os florentinos tradicionalmente apreciavam, substituindo-os por festas religiosas, e empregou jovens na rua como uma Gestapo júnior para farejar itens suspeitos.
A famosa "Fogueira das Vaidades", em 1497, tinha jogos, cartas, máscaras de carnaval, espelhos, enfeites, estátuas, livros supostamente indecentes e imagens. O frei também desaprovava especulações financeiras e empresários.
Não surpreendentemente, Savonarola fez muitos inimigos poderosos. Entre eles estava o papa Borgia, Alexandre VI, que tinha boas razões para se sentir desconfortável com as denúncias de luxo da Igreja e de seus líderes e que acabou excomungando o dominicano.
No Domingo de Ramos de 1498, o convento de São Marcos foi atacado por uma multidão e Savonarola foi preso pelas autoridades de Florença juntamente com dois frades que estavam entre seus seguidores mais ardorosos, frei Silvestro e frei Domenico.
Todos os três foram torturados antes de condenados como hereges e entregues a dois comissários papais que viajaram diretamente de Roma em 19 de maio. "Teremos uma bela fogueira", disse o comissário mais velho, "pois trago a condenação comigo".
Na manhã do dia 23 daquele mês, uma multidão de florentinos se reuniu na Piazza della Signoria, onde um andaime havia sido erguido sobre uma plataforma (uma placa marca o local hoje). Um forca foi armada para para pendurar os três frades. Madeira para queimá-los foi acumulada embaixo.
Algumas pessoas da multidão gritaram xingamentos para Savonarola e seus dois companheiros, que foram deixados em suas túnicas, com os pés descalços e as mãos amarradas, antes de seu cabelo ser raspado, como era costume. Diz-se que um padre perguntou a Savonarola como se sentia sobre o martírio que se aproximava. Ele respondeu: "O Senhor sofreu o mesmo por mim", e estas foram suas últimas palavras registradas.
Frei Silvestro e frei Domenico foram enforcados primeiro, lenta e dolorosamente, antes de Savonarola subir a escada para ocupar o lugar entre eles. As chamas o engoliram e ele morreu de asfixia por volta das 10h. Ele tinha 45 anos de idade. Alguns dos espectadores explodiram em lágrimas e outros, incluindo crianças, cantaram e dançaram alegremente ao redor da pira, enquanto atiravam pedras contra os cadáveres. O pouco que restou dos três dominicanos foi atirado no rio Arno.
Richard Cavendish - historiador
Noutras palavras, votar pra que?
Somos governados por todos que você não elegeu
POR FERNANDO BRITO
A Folha noticia que Michel Temer "convidou para um almoço no Palácio do Jaburu nesta quarta-feira (12) o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, presidente de honra do partido. Também participaram do almoço o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e Gilmar Mendes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), onde tramitam cinco ações contra a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer".
Imagina-se o que deve ter sido o que se devorou neste banquete: a soberania nacional, a independência dos poderes, o espírito republicano e,num festim antropofágico dos "macunaíma" brancos, carnes, ossos e espirito do povo brasileiro
O povo brasileiro que não votou neles para dirigirem o país.
Diz a Folha:
"Foi uma conversa de velhos amigos. Foi uma conversa geral, uma avaliação de momento. O pessoal está otimista com o bom resultado da eleição, da aprovação da PEC [que limita gastos públicos] para refazer a situação muito difícil do país", afirmou Gilmar Mendes, segundo quem FHC disse que era preciso "ter rumo, que as pessoas precisam sentirem uma liderança".
É isso, uma convescote entre velhos amigos determinado o (des)caminho em que o Brasil seguirá.
Contrário ao que apontou o voto popular em 2014, pouco importa.
A receita para nos salvar vem do homem que nos quebrou, três vezes, ante o FMI.
O golpe não se marca pela forma, mas pelo conteúdo.
Você e eu somos uns idiotas: achamos que a maioria escolhia os caminhos do país.
Ou nem tão idiotas, porque percebemos, como eles percebem, que a vontade popular foi outra, a que eles usurparam.
Reuniram-se para delinquir, não contra a lei, mais contra o espírito da lei, que é a vontade popular.
Como tal, portanto, sujeitar-se-iam ao nome de quadrilheiros, não o fizessem de público, sem uma palavra de critica de nossos "democratas".
Para os quais a vontade popular é legítima, desde que seja a sua própria.
A sua, caro amigo eleitor, não vem ao caso.