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De bem intencionados
Agora sim
Mãos dadas espremidas
Caras de cansados
Procurando os restos
dos corações mastigados
Histórias meio esquecidas
Quase ciúme de tudo passado
sem tanta ilusão, sem tanta sede
sem tanto medo, sem tanta fé
e o amor ter o tempo
Estrela Leminski – Escritoras Suicidas
Blog do Charles Bakalarczyk: Como administração tucana (não) combate surto de d...
Um erro para ser corrigido e um artigo a ser lido
Assinou, sim, professor! O PT assinou e participou dela como poucos partidos o fizeram. Apresentou inclusive um anteprojeto de Constituição e foi o único partido a fazê-lo. Meu partido disputou ponto por ponto de cada capítulo na elaboração, discussão e votação da Carta vigente.
O PT mobilizou e participou, ativamente e como nenhum outro partido, de todas as iniciativas populares. Foi o responsável por transformar e fazer daquela Constituinte um movimento nacional e popular. O que acontece é que para marcar e demarcar sua posição, o PT votou contra o texto com uma declaração de voto em separado, na qual explicava exatamente porque teve e mantinha aquela posição.
É este voto em separado que, desde então (1988) induz a erro sobre a posição do partido. E leva muitos a confundir e a embarcar na lenda criada e difundida à exaustão pelos nossos adversários e pela oposição em geral, de que o PT não assinou a Carta de 1988.
Seria importante para o autor do artigo a leitura dessa declaração de voto em separado do PT, até porque este erro não invalida seu excelente artigo, que vale a pena ser lido. Por isso, a ele eu peço essa leitura do voto do PT; aos meus amigos leitores aqui do blog eu recomendo que vejam o texto publicado pelo professor na Folha de S.Paulo hoje.
Banco Pérola
Alessandra França fundou o Banco Pérola aos 23 anos para ajudar jovens empreendores das classes C, D, E a conseguirem capital para financiar seus projetos
Essa massa de pessoas que sobraram é um dos principais problemas da nossa sociedade. A abordagem dos séculos passados era de mandar as pessoas que sobraram para lugares subdesenvolvidos e fingir que aqueles “lixões de refugo” não existiam. Com a globalização, entretanto, até mesmo os lugares mais atrasados começaram a sofrer pressões modernizantes: o mundo todo entrou na dança. Para o capitalismo do século 21, é necessário criar novos lugares para o maior número de pessoas possível. Por outro lado, não é novidade o discurso de que as classes sociais mais baixas têm um potencial econômico imenso. O desafio é tornar esse investimento atrativo e balancear rentabilidade e impacto social. Uma possível resposta para isso pode estar em algo conhecido como "negócio social".
Um negócio social tem lucro mas busca ao mesmo tempo exercer um impacto positivo na sociedade: uma espécie de híbrido entre uma empresa capitalista e uma ONG. Para Marcio Jappe, diretor executivo da Artemisia, empresa que treina pessoas para desenvolver e criar novos modelos de negócios, a pergunta por trás dessas iniciativas é: como transformar problemas sociais em oportunidades de negócios que promovam desenvolvimento humano? Jappe afirma que não é preciso escolher entre ganhar dinheiro ou fazer a diferença no mundo, você pode ter os dois ao mesmo tempo. A ideia é juntar o melhor do segundo e do terceiro setor: a eficiência econômica das empresas capitalistas com os impactos sociais planejados de ONGs e outras associações civis.
Um exemplo de negócio social brasileiro é o Banco Pérola. A microfinanciadora foi fundada em 2009 por Alessandra França, então com 23 anos, com ajuda da Artemisia. Trabalhando na coordenação de uma ONG, Alessandra percebeu que a falta de dinheiro e de crédito era um dos principais empecilhos para jovens empreendedores das classes mais baixas. Esse é exatamente o público-alvo do Pérola: pessoas de 18 a 35 anos das classes C, D e E. “Queremos ir à comunidade que a sociedade considera ferida, que quer botar para fora, e encontrar esses jovens talentos, as pérolas”, afirma. “Isso quebra o paradigma de que jovens não pagam e não têm comprometimento.” O Pérola emprestou mais de R$ 40 mil em 2010 e começa 2011 como correspondente de microcrédito da Caixa Econômica Federal.
Para criar o Banco Pérola, Alessandra foi inspirada pela iniciativa mais famosa - e pioneira - dos negócios sociais: o banco popular Grameen, de Bangladesh, criado em 1976 por Muhammad Yunus. Com a ideia simples de emprestar dinheiro para as camadas mais baixas e marginalizadas da população (quase a totalidade de seu país), Yunus, que ganhou o Nobel da Paz em 2006, inventou o microcrédito. Hoje, o Grameen já emprestou mais de US$ 8 bilhões para os pobres e serve de referência para uma nova geração que começa a desenvolver a ideia do negócio social e encarar sustentabilidade como uma vantagem competitiva. Os exemplos são abundantes e se espalham pelo mundo - sistemas de irrigação baratos no Quênia, um hospital de olhos na Índia, uma associação de produtores de alimentos ecológicos em São Paulo, entre outros.
O desenvolvimento desses negócios está em aberto e ainda não há muitos modelos consolidados. Nem mesmo o que fazer com os lucros é um consenso. No livro Criando um negócio social, em que conta o surgimento do Grameen, Yunus defende que nesse tipo de iniciativa - que ele considera importante para o futuro do capitalismo - os lucros devem ser totalmente reinvestidos no negócio. Vikram Akula, por outro lado, fundador do SKS Microfinance, maior banco de microcrédito da Índia, afirma que "não há conflito entre ambição social e econômica". O SKS está até na bolsa de valores: a empresa realizou um oferta pública de ações em 2010, o que resultou em críticas pesadas de Yunus, que diz não acreditar ser possível manter o foco no impacto social tendo que apresentar lucro para acionistas.
Dentro dessa diversas abordagens, parece existir uma ideia original: algo diferente de empresas e atividades sem fins lucrativos clássicas, que se relaciona com uma atual cultura de criar coisas novas a partir da convergência de práticas conhecidas. Embora as últimas décadas tenham visto o aumento do número de ONGs e o fortalecimento da filantropia, e agora empresas cada vez mais usem termos como “sustentabilidade” e “responsabilidade social”, uma abordagem própria na direção em que caminham os negócios sociais é importante. Essa diferença pode ser essencial para o desenvolvimento da sociedade do século 21. O próximo passo é colocar cada vez mais lugares na dança das cadeiras do mundo.
por Renan Dissenha Fagundes
Emprego
Lixo
Banco Palmas
A intenção dos pesquisadores estrangeiros, que permanecerão na Capital cearense até amanhã, é aprender técnicas simples de geração de renda e produtividade para replicá-las em pequenas províncias japonesas, distantes dos grandes centros urbanos do gigante asiático, que estão sofrendo com problemas de desemprego e estagnação econômica.
Honra em contribuir
Para o coordenador Geral do Banco Palmas, Joaquim de Melo Neto, é um orgulho para os moradores do bairro receber doutores de uma das principais universidades do Japão. "É uma honra essa visita. Eles estão em busca de experiências que deram certo. É também uma prova de que o modelo adotado aqui é comprovadamente efetivo no enfrentamento à pobreza, através do crédito de produção e de consumo", conta.
Segundo ele, a principal fonte de estudo dos japoneses concentram-se nas ações de microfinanças, em especial, o modelos das moedas sociais. "Eles têm bastante interesse em descobrir o desenvolvimento desse tipo de trabalho que acontece aqui, através do Banco Palmas. Querem que, inclusive, a gente vá lá visitar o Japão, posteriormente, para acompanhá-los. Eles estiveram na França e, agora, no Brasil, nos procuraram para que a gente possa contribuir com suas pesquisas", afirmou.
Os doutores japoneses também estiveram com representantes do governo estadual, na Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social do Estado (STDS) para identificar outras estratégias de apoio à economia local aplicados no Estado.
Modelo internacional
Segundo Joaquim, estão agendadas visitas de estudiosos espanhóis, em abril, e de professores do Canadá, em junho deste ano.
O modelo de economia solidária no Conjunto Palmeira foi criado pela associação comunitária do bairro na década de 1980. Desde então, passou a ter reconhecido internacional. Conforme o coordenador geral do Banco Palmas, pesquisadores dos Estados Unidos da América, Inglaterra, Alemanha, México, Portugal e países africanos.
ILO SANTIAGO JR.REPÓRTER
As Organizações Globo estão enfrentando sua Primeira Guerra Mundial
Salário mínimo
Com isto, tirou da indigência dezenas de milhões de brasileiros. Não ia era dar passada maior que suas pernas, para não ter de fazer recuo vergonhoso, ao final do qual quem sairia perdendo, seria o pequeno brasileiro, o menos favorecido. Na mesma linha, vai Dilma Rousseff para reduzir a miséria no Brasil, com firmeza, segurança, sem receio de recuos.
Lustosa da Costa
Google Chrome
O país registra as menores taxas de desemprego em um mês de janeiro
Repassando
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Benefícios das frutas vermelhas
Além, é claro, de render saborosas receitas! Porém, os antioxidantes presentes nelas não são a única vantagem dessas frutas - pelo contrário, elas fazem muito pela nossa saúde.
Conversamos com dois nutricionistas, que nos contaram por que é tão importante incluir essa turminha no cardápio.
Propriedades nutricionais valiosas
As frutas vermelhas possuem uma tabela nutricional poderosa, confira os valores para cada 100g das frutas:
Amora | Framboesa | Morango | Mirtilo | |
Calorias | 53g | 57g | 36g | 43g |
Proteínas | 1,7g | 1,2g | 0,8g | 0,6g |
Lipídeos | 0,4g | 0,6g | 0,3g | 0,1g |
Glicídios | 12,2g | 13,2g | 8,5g | 9,8g |
Fibras | 0,9g | 3,9g | 1,3g | 1,7g |
Cálcio | 30mg | 34mg | 29mg | 12mg |
Fósforo | 32mg | 36mg | 29mg | 9mg |
Ferro | 3,7mg | 2,0mg | 1,0mg | - |
Vitamina B1 | 0,3mg | 0,02mg | 0,03mg | - |
Vitamina B2 | 0,06mg | 0,04mg | 0,04mg | - |
Niacina | 0,7mg | 0,5mg | 0,4mg | - |
Vitamina C | 5mg | 18mg | 70mg | 18mg |
"Estas frutas também se caracterizam pela baixa quantidade de calorias, elevado teor de água e bom teor de fibras", explica o nutricionista José Fernando Durigan.
Já o seu o teor de ferro é baixo. Isso significa que as frutas vermelhas não são as melhores fontes para o tratamento da anemia e outras doenças envolvendo deficiência desse nutriente.
O envelhecimento também leva à fragilidade dos capilares sanguíneos, que estão associados à má circulação do sangue e às condições inflamatórias, como artrites.
"As antocianinas, principal flavonóide dessas frutas, protegem os capilares dos danos causados pelos radicais livres e estimulam a formação do tecido saudável, possibilitando a formação de novos capilares sanguíneos", esclarece José Fernando.
Melhoram a visão
Flora Intestinal
Segundo os pesquisadores, a fisetina induz a maturação das células neurais, evitando que elas morram e auxiliando a fixação de novas conexões entre elas.
Com isso, a atividade cerebral não é afetada pela morte natural de células nervosas e a memória é estimulada com maior eficiência.
A equipe de cientistas estudou 134 mil mulheres e 47 mil homens durante um período de 14 anos. Nenhum dos participantes tinha hipertensão no início do estudo.
A incidência de hipertensão nos indivíduos durante esse período de 14 anos foi, então, relacionada ao consumo de flavonoides diferentes de diversos alimentos (frutas diversas, chás, legumes).
Quando os pesquisadores analisaram a relação entre o indivíduo, sua fonte de flavonoides e a incidência de hipertensão, eles descobriram que aqueles que comeram pelo menos uma porção das frutas por semana reduziram o risco de desenvolver a doença em 10%.
Todas essas frutas podem utilizadas como ingrediente para uma infinidade de receitas, desde bebidas até geleias e tortas. Porém, para aproveitar o máximo delas, o ideal é que sejam ingeridas "in natura".
Usar as frutas como ingredientes para outras receitas pode tanto concentrar alguns elementos nutricionais, como os fenóis, quanto destruir outros, como as vitaminas hidrossolúveis, especialmente a Vitamina C.
Quanto à ingestão da fruta in natura, não há contra indicações a não ser nos casos de intolerância ou alergia. Inclusive, para que o efeito dos flavonoides seja plenamente efetivo, as frutas vermelhas devem ser ingeridas diariamente.
Blog do Charles Bakalarczyk: Como administração tucana (não) combate surto de d...
da Carta Maior
ORTODOXIA DELIRA E AMEAÇA O PAíS
"Para recuperar credibilidade, BC pode subir Selic em 0,75 ponto" (Valor, 23/02; sobre a reunião do Copom na próxima semana).
A taxa de juro no Brasil , 11,25%, é a maior do mundo: atrai capitais especulativos, valoriza o Real, incentiva importações, encarece exportações, aprofunda o déficit em contas correntes (US$ 50 bi em 12 meses), destrói cadeias produtivas locais pela concorrência externa e explode o gasto público mais deletério, o pagamento de juros da dívida pública, que atingiu o valor recorde de R$ 190 bilhões no ano passado -- 15 anos de Bolsa Família. A idéia de combater ameaças inflacionárias --reais, mas em grande parte decorrentes da especulação externa nas bolsas de commodities-- subindo ainda mais a Selic atende às necessidades do país ou à ganância rentista? Leia Aqui artigo do economista Fernando Ferrari que discute alternativas à rota de colisão entre os interesses do mercado financeiros e os do Brasil.
por Zé Dirceu
Lula seria eleito presidente até na Argentina
por Fernando Verissimo
Infalibilidade
Os ditadores costumam acreditar que junto com o poder absoluto vêm, implícitos, no pacote, os favores que a Providência Divina concede de nascença aos reis, começando pela infalibilidade. Mas não funciona assim.
por Cesar Maia
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por Alon Feuerwerker
Um caderninho precioso
Já faz algum tempo, então é bom explicar. O Brasil vivia uma ditadura meio jabuticaba, com Parlamento aberto e eleições periódicas, mas com a esquerda proscrita. As regras eleitorais e partidárias eram rígidas e na prática só permitiam dois partidos.
O do governo era a Aliança Renovadora Nacional (Arena), que havia vencido com folga a eleição de 1970. Fora beneficiada pelo milagre econômico, pela repressão e também por um detalhe: parte da esquerda votava nulo, ou branco, no auge das ilusões armadas.
A apostila tem a lista dos então dirigentes do MDB. Se cada um tem o direito de escolher seus herois, eu escolho aqueles homens e mulheres que, no meio da loucura geral, resolveram que o melhor mesmo para a volta da democracia era mobilizar pacificamente, aproximar-se da sociedade, construir diretórios partidários e disputar eleições.
Minha modesta homenagem a eles.
Olhei a lista e vi ali pelo menos dois que ainda estão na ativa.
Os deputados Henrique Alves (RN) e Waldomiro Teixeira (RJ), que depois virou “Miro” e hoje é do PDT. O atual líder do PMDB continua na Câmara dos Deputados ininterruptamente desde lá. O pedetista ficou quatro anos fora, foi candidato a governador do Rio pelo PMDB em 1982, perdeu para Leonel Brizola (PDT) e depois voltou ao Congresso para ficar.
Mas por que estou aqui escrevendo sobre uma apostila eleitoral de quase quatro décadas? Porque talvez nunca desde então uma oposição tenha aberto a legislatura tão enfraquecida.
Você lê a apostila e percebe o imenso esforço intelectual e organizativo que aqueles abnegados estavam dispostos a fazer para entrar em contato com os desejos mais profundos da sociedade, mesmo diante do apoio maciço que o regime recebia de um país que crescia e, para o senso comum, avançava.
A história subsequente é sabida. Vieram os problemas, como o primeiro choque do petróleo e a inflação. Mas mesmo assim o governo do presidente Ernesto Geisel confiava que venceria a eleição de 1974. Perdeu, e tão feio que deixou escapar o número necessário para promover legalmente reformas constitucionais.
Ali morreu o sonho situacionista de institucionalizar uma democracia manietada.
O governo acabou tendo que usar o AI-5 (Ato Institucional número 5) para fechar o Congresso Nacional em 1977, para mudar as regras e garantir mais sobrevida ao regime. Garantiu alguma prorrogação, mas só adiou o desfecho.