Porque Dilma é a favorita


Basta a observação de um fato trazido pelo Datafolha para ver que Dilma Rousseff tornou-se a favorita na sucessão presidencial --uma situação que obviamente pode mudar de acordo com a campanha.


O fato óbvio é o seguinte: ainda tem uma expressiva parcela dos eleitores, especialmente os mais pobres, que garantem que vão votar no candidato de Lula. Mas não sabem que Dilma é sua candidata. É algo que, mais cedo ou mais tarde, vai acabar, até antes do início do horário eleitoral.


Se isso ocorresse agora, a candidata do PT já estaria em primeiro lugar, com certa folga --Dilma, até aqui, perde pontos por causa da baixa escolaridade de seu eleitor em potencial.


Mesmo ainda desconhecida de parte do eleitor cativo de Lula, ela está próxima do empate com José Serra.
Até onde se enxerga, a economia continuará crescendo, o desemprego vai cair e a renda do trabalho evoluir --o que significa que a popularidade de Lula tende a se manter em alta.


Daí que Dilma entra em março como a favorita.

Gilberto Dimenstein

A Altercom reúne empresas e empreendedores da comunicação

Entidade terá como objetivo defender interesses políticos e econômicos das empresas e empreendedores de comunicação comprometidos com os princípios da democratização do acesso à comunicação, da pluralidade e da liberdade de expressão. 


Quanto mais proprietários e empreendimentos de comunicação houver no país, maior será a liberdade de expressão: essa é uma das idéias centrais que anima a criação da Altercom, que defenderá também critérios mais claros e justos na aplicação de verbas públicas em publicidade. 

2010 ano de Copa e Eleição

2010, ano de copa do mundo e de eleição para presidente do Brasil.Sem dúvida nenhuma, a copa é um momento de distração do povo brasileiro, só que não está sendo tanto quanto antigamente, isso devido as dificuldades que vêm enfrentando o povo e que não podem mais deixar pra manhã.


O entusiasmo pela copa era tratada tempos muitos longos antes e depois que acabava. Isso acabou, terminada a copa, dia seguinte o povo já retoma suas vidas. 


Na última copa, os jogadores tiveram que mostrar ao povo que pra vencer precisava de determinação, qualidade profisional, criatividade, dentre outros adjetivos, assim como deverá tambem ser os candidatos políticos. 


Estamos ai também às vésperas de uma eleição, e o povo brasileiro quer dos nossos candidatos os mesmos adjetivos daqueles craques que venceu a copa de 1994.


Quando escalado um time, é escolhido os melhores dos melhores, assim devemos fazer com os políticos, analisá-los antes de dar nosso voto, ver com atenção o histórico desse candidato, pesquisar o que ele fez no passado dentro da política.


Na teoria, assim como os jogadores são políticos, todos são capazes, são campeões.


O povo não pode mais se enganar, não deve ser levado na conversa daquele que aparece as vésperas da eleição prometendo que vai revolucionar nosso país, isso não existe, é impossível numa sociedade tipo a que vivemos. 


O voto é um direito como cidadão e devo dar-lhe aquele que encaixe dentro da minha concepção politica.

Pensamos nos candidatos na hora da escolha de nos representar, assim como pensamos nos jogadores quando queremos que sejam escalados os melhores para representar nosso pais em campo. 

Lúcia 

A aliança com o PMDB

José Dirceu
Advogado; ex-ministro da Casa Civil

A ministra Dilma Rousseff foi aclamada pelo PT como pré-candidata à Presidência da República. Nascida em Belo Horizonte, Dilma será a candidata de Minas Gerais - uma boa oportunidade para o nosso Estado substituir o querido vice-presidente José Alencar por uma presidenta também mineira.


Mas as chances de vitória de Dilma e de continuidade do governo Lula estão depositadas em dois fatores. É preciso levar ao conhecimento da sociedade que ela é o nome que representa o atual governo. E é preciso construir um arco de alianças de centro-esquerda que será fundamental na elaboração do programa de governo e na sustentação parlamentar.


Junto com Dilma e o PT, há chances de caminharem também PCdoB, PDT, PP e PR. Ao que tudo indica, o deputado Ciro Gomes irá lançar sua candidatura presidencial, mas seu partido, o PSB, integra a base de apoio do governo Lula e, caso Ciro desista, a composição com Dilma é o desfecho mais esperado.


Nesse quadro de alianças, espera-se que o PMDB indique o vice na chapa presidencial de Dilma. O partido reúne todas as condições de partilhar o projeto de um novo Brasil que vem sendo construído pelo governo Lula.


É preciso reconhecer que o PMDB deu apoio fundamental e decisivo a todos os grandes projetos políticos e econômicos que o governo Lula apresentou. Em contraste, a oposição feita por PSDB e DEM votou sistematicamente contra as medidas de interesse do país.


O mais recente exemplo da proximidade entre PMDB e o governo Lula foi o comportamento do partido na votação do marco regulatório do pré-sal, em que os peemedebistas ficaram a favor da nova regulação do setor de petróleo e gás depositados abaixo da camada de sal do fundo do mar.


A trajetória do PMDB vem sendo de aproximação constante do governo Lula. Pouco a pouco, o partido foi apoiando os projetos e mudanças implementados no Brasil, por concordar com a importância e profundidade das transformações econômicas e sociais realizadas. No primeiro mandato de Lula, o PMDB apoiava lateralmente o governo, mas no segundo se tornou o aliado com maior peso na coalizão liderada pelo PT.


Ao que tudo indica e a considerar as manifestações das lideranças mais importantes do PMDB, a tendência é mesmo o partido fechar com a candidatura de Dilma Rousseff.


Há forte interesse da oposição e da mídia em jogar água nessa aliança, pela força que representará. Assim, tentam criar falsas indisposições entre o presidente Lula, o PT ou mesmo entre Dilma com relação ao nome do vice. Tenho certeza de que haverá um nome de consenso entre o PMDB e a futura candidata. Porque um nome que terá afinidade com Dilma e se agregará à aliança é, sem dúvida, algo que o PMDB tem a apresentar.


Neste momento, importa mais solucionar as questões regionais - entre elas, Minas Gerais - e trabalhar na elaboração do programa de governo, que é o que mais interessa à sociedade.