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Pimenta Neves

vai ao xilindró um escárnio produzido pelo judicíario brasileiro [ o mais corrupto dos poderes]



O STF mandou prender o jornalista Pimenta Neves. A decisão foi às manchetes como uma boa notícia. Será?
Pimenta é assassino confesso. Matou Sandra Gomide, uma ex-namorada. Conhecera-a nas dependências de ‘O Estado de S.Paulo’.
Ele dirigia a redação do jornal. Ela era repórter do diário. Após um relacionamento de dois anos, Sandra rompeu com Pimenta.
No plano funcional, o chefe mandou a subordinada ao olho da rua. Na esfera emocional, enviou-a à cova.
Deu-se em 2000. Pimenta foi ao encontro de Sandra num haras. Eliminou-a de forma cruel. Dois tiros. Um na cabeça. Outro nas costas.
Levado a júri popular, Pimenta foi condenado a 19 anos, em 2006. Puxou escassos sete meses de cadeia.
Servindo-se de bons advogados, manejou mais de duas dezenas de recursos judiciais.
Ganhou o meio-fio, reduziu a pena para 15 anos e, esgueirando-se pelas brechas da legislação, tornou-se um condenado livre.
Nesta terça (24), a 2ª turma do STF julgou o último recurso. Em decisão unânime, o tribunal mandou o criminoso ao xilindró.
Pimenta teve a casa cercada, em Ibiúna (SP). Entregou-se à polícia no início da noite. Parecia tranquilo. "Eu estava esperando", disse.
De fato, esperou além do razoável. Mercê do sistema de conveniências que domina a Justiça brasileira foi às grades como símbolo do escárnio.
Entre o crime e o castigo, percorreu-se um longo caminho de omissões e sentenças adiadas.
A decisão do Supremo passou a falsa impressão de que algo novo aconteceu. Bobagem. Produziu-se uma notícia velha.
A peseudopunição é desproporcional ao delito. Dono de canudo universitário, Pimenta vai a uma cela especial.
Com bom comportamento, migrará do regime fechado para o aberto após cumprir um sexto da pena.
Subtraindo-se os sete meses já cumpridos, ganhará o asfalto daqui a um ano e onze meses. Terá, então, 76 anos e uma vida pela frente.
Será devolvido ao convívio social como evidência de que a Justiça, embora cega, desenvolveu ao longo do tempo um olfato notável.