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5 técnicas para fazer uma mulher ter orgasmos incríveis

1ª técnica: Mãos molhadas 
Faça sua parceira sentar-se em uma cadeira confortável na cozinha. Certifique-se que ela consegue ver muito bem tudo que você faz.Encha a pia da cozinha com água e adicione algumas gotas de detergente para louça com aroma. Segurando uma esponja macia, submersa suas mãos na água e sinta sua pele ser envolvida pelo líquido até que a esponja esteja bem molhada. Agora, movendo-se devagar e gentilmente, pegue um prato sujo do jantar, coloque-o dentro da pia e esfregue a esponja em toda a superfície do prato. Vá esfregando com movimentos circulares até que o prato esteja limpo. Enxágüe o prato com água limpa e coloque-o para secar. Repita com toda a louça do jantar até que sua parceira esteja gemendo de prazer.

2ª técnica: Vibrando pela sala
É um pouco mais difícil do que a primeira, mas com algum treino você vai fazer com que sua parceira grite de prazer:
Cuidadosamente apanhe o aspirador de pó no lugar onde ele fica guardado.
Seja gentil, demonstre a ela que você sabe o que está fazendo. Ligue-o na tomada, aperte os botões certos na ordem correta. Vagarosamente vá movendo-se para frente e para trás, para frente e para trás… por todo o carpete da sala. Você saberá quando deve passar para uma nova área.
Vá mudando gradativamente de lugar. Repita quantas vezes seja necessário até atingir os resultados.


3ª técnica: Camiseta molhada
Este joguinho é bem fácil, embora você precise de mente rápida e reflexos certeiros. Se você for capaz de administrar corretamente a agitação e a vibração do processo, sua parceira falará de sua performance a todas as amigas dela:
Você precisará apenas de duas pilhas. Uma pilha com as roupas brancas, e outra pilha com as coloridas. Encha a máquina de lavar com água e vá derramando gentilmente o sabão em pó dentro dela (para deixar a mulher ofegante, use exatamente a quantidade recomendada pelo fabricante).
Agora, sensualmente coloque as roupas brancas na máquina… uma de cada vez…. devagar. Feche a tampa e ligue o ‘ciclo completo’. Sua companheira vai ficar extasiada. Ao fim do ciclo, retire as roupas da máquina e estenda-as para secar. Repita a operação com as roupas coloridas…


4ª técnica: O que sobe, desce
Esta é uma técnica muito rapidinha. Para aqueles momentos em que você quer surpreendê-la com um toque de satisfação e felicidade. Pode ter certeza, ela não vai resistir. Ao ir ao banheiro, levante o assento do vaso. Ao terminar, abaixe novamente. Faça isso todas às vezes. Ela vai precisar de atendimento médico de tanto prazer.

5ª técnica: Prazer total
Cuidado: colocar em prática esta técnica pode levar sua companheira a um tal estado de sublimação que será difícil depois acalmá-la, podendo causar riscos irreversíveis a saúde da mulher. Esta técnica leva algum tempo para o seu aperfeiçoamento. Empenhe-se com afinco. Experimente sozinho algumas vezes durante a semana e tente surpreendê-la numa sexta-feira à noite. Funciona melhor se ela trabalha fora e chega cansada em casa..
Aprenda a fazer uma refeição completa. Seja bom nisso. Quando ela chegar em casa, convença-a a tomar um banho relaxante (de preferência aromático em uma banheira de água morna que você já preparou). Enquanto ela está lá, termine o jantar que você já adiantou antes dela chegar em casa.
Após ela estar relaxada pelo banho e saciada pelo jantar, execute a Técnica nº. 1.
por Nicia

Para as operadoras de celular

Aqui não temos sinal
Nem Oi, nem ui
Nem Tim, nem tum
Nem Claro, nem escuro
Nem Vivo, nem morto
Operadoras onde estão vocês?
Aqui também é Brasil

Poesia

"... apenas tua voz pode quebrar meu silêncio.
Só teus olhos podem prender os meus.
Só tua boca pode saborear a minha.
Só teu corpo pode se apossar do meu.
É somente você"...

Cabana dos sonhos


você não deve assistir à nova novela

Este texto tem sido compartilhado por meio de sites e autores que não citam a fonte. Ele é de autoria do Walmar Andrade e foi originalmente publicado em seu site, Mude.nu. Como achamos que o texto tem afinidade com o PapodeHomem, resolvemos trazê-lo para o portal.
Fizemos algumas adaptações para a publicação, já que o texto tinha sido escrito antes da novela entrar no ar. Fora adaptações com relação ao tempo, nada foi modificado.
* * *
Há pouco menos de uma semana estreou a nova novela das 21h da Rede Globo, chamada Em Família. Este post é todo dedicado a explicar por que você não deve assistir.
Não vamos aqui argumentar que novela é “coisa de alienado, subproduto cultural, estratégia de dominação em massa” ou qualquer outro clichê do tipo. Acreditamos que novela é um produto de entretenimento como qualquer outro, que cumpre sua função tanto quanto música, artes plásticas, teatro, cinema etc.
Ainda assim, temos a proposta de que você não deve assistir a Em Família hoje à noite. Você sabe, o nome deste site é Mude e nós nos sentimos meio que na obrigação de propor alguns desafios de vez em quando.
O primeiro motivo pelo qual você não deve ver a novela é que você já a viu antes. É uma novela do Manoel Carlos. Então você sabe que em algum lugar do Leblon, ao som de Bossa Nova, formar-se-á um triângulo amoroso entre alguma mulher de classe média alta chamada Helena e mais dois galãs, provavelmente um vindo do passado.
manoel-carlos-em-familia
Manoel Carlos reescrevendo a novela pela 19ª vez
Você sabe que a Helena vai comer o pão que o diabo amassou por alguns meses, vai ficar um tempo com um, um tempo com outro, e no final se arrumará com aquele com o qual o público mais simpatizar. Ao outro galã restará alguma outra mulher que ganhará importância durante a história.
É provável ainda que você veja o José Mayer pegando todas as mulheres do elenco, o Reinaldo Gianecchini fazendo aquela atuação de Reinaldo Gianecchini, empregadas domésticas como parte da família, o Paulo José enfrentando alguma doença como alcoolismo ou Parkinson e um ou outro casal homoafetivo para cumprir a cota obrigatória da Globo.
Você já viu essa história em Viver a Vida, Páginas da Vida, Mulheres Apaixonadas, Laços de Família, Por Amor, História de Amor etc etc etc.
Apesar de tudo, este não é o motivo principal para você não ver a novela. Nós gostamos de rever filmes, o cérebro parece relaxar ao acompanhar uma história previsível, traz uma sensação de conforto propícia para o fim de noite.
O principal motivo para você não assistir a Em Família é o custo de oportunidade.

O que você faria com 257 horas livres?

Uma novela das 21h na Globo tem, em média, 70 minutos de duração por noite. A que acabou na última sexta-feira contou com 221 capítulos.
Em uma conta simples, chegamos a 15.470 minutos de novela, ou um pouco mais que 257 horas.
O desafio que estamos propondo é que, somente dessa vez, você experimente substituir a já batida novela das 21h, com todas as suas previsíveis tramas, por alguma atividade em que você se sinta cheio de vida, com brilho nos olhos, com tesão em avançar.
Pense que você está nos últimos minutos da sua vida e começa a lembrar o que fez de bom.
Provavelmente virão à sua mente momentos especiais como quando você passou no vestibular, formou-se na faculdade, deu o primeiro beijo, saltou de paraquedas, teve um filho, andou de skate, tocou uma guitarra, viajou pelo mundo.
Dificilmente entre os seus grandes momentos na vida estarão as 221 noites que você ficou deitado no sofá vendo a novela.

Alternativas para a novela

Já podemos até ouvir a sua zona de conforto argumentando que a novela no final de noite é uma forma cômoda de terminar o dia, relaxar, desligar o cérebro e descansar para o dia seguinte.
Existem, no entanto, diversas outras maneiras de relaxar que você provavelmente nunca experimentou antes. E com seis ou sete meses, com 257 horas disponíveis, dá para você ficar craque em quase qualquer coisa.
Se você só quer ficar em casa, pode iniciar um curso de espanhol online, pode criar um site, pode escrever um livro, pode cultivar uma pequena horta, pode meditar, pode fazer yoga, pode ler mais de 20 livros.
Sem nem inventar muito e mantendo o mesmo padrão de sofá-televisão, você pode assistir a 221 filmes diferentes dos melhores diretores de cinema de todos os tempos!
Já se você quer viver a vida lá fora, pode aproveitar essas 257 horas livres para fazer passeios ciclísticos noturnos, para aprender a andar de skate, para visitar pontos turísticos da sua cidade que você nunca conheceu, para ir à casa de amigos e jogar jogos de tabuleiros, para fazer musculação, para praticar corrida noturna, para fazer um curso qualquer.
As possibilidades são imensas e aí é que está a graça da coisa: você estará fazendo algo novo, diferente, em vez de rever pela enésima vez a mesma estrutura de história da novela das 21h.
Você não tem nada a perder: se nada der certo, daqui a pouco vem outra novela com o mesmo padrão de história para você se entreter. Até essa mesmo que começa hoje em breve estará sendo reprisada no Vale a Pena Ver de Novo ou na TV por assinatura. Por que não experimentar algo diferente?

Por que é importante não ver os primeiros capítulos

Os diretores vão caprichar para fisgar sua atenção.
Os primeiros capítulos da novela são feitos para fisgar o telespectador. Neles o autor aplica as suas melhores falas, prepara seus melhores ganchos. O diretor se esmera em fazer cenas perfeitas, que prendam a atenção do telespectador. Os atores são cobrados em dobro.
Se você assistir aos primeiros capítulos, começará a conhecer e a se afeiçoar aos personagens e aí será tarde demais. É feito para ser assim.
E, como você sabe, ao final do capítulo haverá um gancho que capture a sua curiosidade para que você assista ao capítulo de amanhã. E assim sucessivamente, durante 221 noites, nos próximos seis ou sete meses.
A pergunta é: daqui a sete meses, você, que está lendo este post, terá um monte de boas histórias e experiências de vida para contar e colocar entre os seus melhores momentos, ou terá apenas assistido a mais uma novela do Manoel Carlos, com a Helena, o Leblon e os clássicos da Bossa Nova?
Walmar Andrade

Walmar Andrade é jornalista e idealizador da rede de desafios Mude.nu


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“A Globo recebeu R$ 5 milhões do fundo Visanet. Todos os documentos estão no processo. Ele está preso e vocês da Globo estão devendo dinheiro publico. Não pagaram imposto. Isso é vergonha. Mais de R$ 700 milhões. Onde estão os R$ 700 milhões da Copa que vocês não pagaram impostos de renda. Onde está?, Andrea Haas". 

É: Lula defende companheiros injustiçados

É: Lula defende companheiros injustiçados: E jorna-listas defendem mininistros do STF Gustavo Porto e Ricardo Galhardo - O Estado de S. Paulo O ex-presidente Luiz Inácio Lula da...

Lula defende companheiros injustiçados

E jorna-listas defendem mininistros do STF
Gustavo Porto e Ricardo Galhardo - O Estado de S. Paulo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez em Ribeirão Preto (SP) uma defesa veemente do PT e dos filiados que foram presos após serem condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no escândalo do mensalão. "O nosso partido está sofrendo; temos companheiros presos, somos solidários e queremos justiça." Lula ainda atacou, sem citá-los nominalmente, os ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa, do STF, por eles terem feitos declarações públicas sobre o processo após a condenação dos réus.
Em relação a Mendes, que declarou que doações feitas para o pagamento de multas de petistas condenados e presos poderiam ser fruto de lavagem de dinheiro, Lula disse que "o grande papel do ministro da Suprema Corte é falar nos autos do processo e não falar para a televisão o que ele pensa", disse. "Se quer fazer política, que entre para um partido", completou Lula, que participa do lançamento da "Caravana Horizonte Paulista", marco do início da pré-campanha do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha ao governo de São Paulo.
Para Barbosa, indicado por Lula ao STF, o petista comentou: "Quando você indica alguém, você está dando um emprego vitalício e o cidadão, quando quer fazer política, diga (...) não aceito ser ministro, vou ser deputado, entrar para um partido político e mostrar a cara".
Lula cobrou julgamento justo, pediu que os eventuais culpados pagassem, "desde que haja provas", e garantiu que "foi nosso partido que não deixou sujeira embaixo do tapete". Lembrou até mesmo do ex-presidente da República e ex-prefeito de São Paulo Jânio Quadros, que tinha como símbolo uma vassoura. "São Paulo já teve candidato que andava com vassourinha para jogar sujeira embaixo do tapete, mas nós escancaramos a transparência no País".
O ex-presidente classificou o PT como "um dos maiores partidos de esquerda do mundo, sem dogmas", cujo compromisso, segundo ele, é ser ético e querer lutar para que as pessoas mais humildes conquistem cidadania. "Não fizemos tudo que poderíamos ter feito, mas vamos fazer ainda mais. Entendemos mais de povo que os tucanos e ninguém fez mais por esse País do que o Partido dos Trabalhadores".
Após comentar que se empenhará para reeleger a presidente Dilma Rousseff e dizer que dedicará mais tempo à política e às eleições, Lula rebateu as críticas da oposição e de analistas à política econômica e ao crescimento da dívida bruta do País.
"Querem o aumento do desemprego para baixar a inflação e agora falam em dívida bruta, que nunca foi utilizada no discurso. Estão incomodados porque o governo colocou dinheiro do tesouro do BNDES na Caixa Econômica e no Banco do Brasil", afirmou. "O dia que o PT governar o Brasil e o Estado de São Paulo, a gente vai fazer muito mais que a gente já fez", concluiu Lula, antes de elogiar Padilha e considerá-lo o mais bem preparado do partido para a disputa eleitoral no Estado.

desapegar das pessoas

by claudia regina

lembro que, não faz muito tempo, eu acumulava pessoas à minha volta. "todo mundo tem uma história", dizia eu para eu mesma, e por isso insistia em me relacionar com pessoas que nem sempre se encaixavam no meu momento de vida. eu vivia em situações em que, mais cedo ou mais tarde, pintava uma perguntinha na minha cabeça:"o que estou fazendo aqui?"
essa pergunta normalmente aparecia quando eu ouvia um comentário preconceituoso, quando se julgava negativamente alguém ou quando as conversas giravam em torno de pessoas, e não de ideias.
e eu, fingindo risadas de coisas que não achava graça e, pior ainda, repetindo comentários parecidos para não me sentir tão deslocada, terminava o dia sentindo vergonha de mim mesma e da minha carência.
a verdade é que sim, todo mundo tem uma história. mas para o dia a dia, para o relacionamento constante, é preciso que as histórias batam. que seja possível sentar com alguém e se sentir simplesmente… em segurança.
semana passada notei que no último ano essa pergunta não surge mais. notei que com um trabalho constante de desapego, é possível me manter rodeada de pessoas que acho interessantes (e, como dizem por aí, se você é a pessoa mais interessante da sala, procure mudar de sala.) pessoas que, muitas vezes, também já se fizeram a mesma pergunta.
eu podia ter notado isso em várias situações no último ano: podia ter sido durante as surubas vegetarianas com pessoas que não vou citar por respeito, durante as fotos nuas e peludas com o pessoal do coletivo além, ou ao usar a casa e as roupas da let enquanto ela gravava chamadas para seu programa de televisão. podia ter sido ao viajar pra ilha grande com amigos tão maravilhosos que nada que desse errado era um problema, podia ter sido ao participar de projetos de gente legal fazendo coisa legal (pessoal da tv folha, tv uol, espaço humus) ou podia ter sido durante os encontros com leitores do alex castro. podia ter sido na primeira, na segunda, ou na décima cama/sofá/colchão estranhos em que dormi em 2013, sendo hospedada por gente que é tão do bem que aceita estranhas da internet em casa e também podia ser ao encontrar tanta coisa em comum com a namorada de um amante (ou ex-amante? sei lá, pois todos vivemos relacionamentos livres sem muito começo ou fim.)
eu podia ter notado isso em várias dessas situações lindas, mas só parei para pensar nesta noite específica. uma noite em que eu, meu companheiro e duas pessoas lindas que acabávamos de conhecer estávamos livres para sentar e conversar.
e uma dessas pessoas lindas nos contou sua história. uma história que além de conter uma vida adulta cheia das histórias que a vida adulta nos traz, me marcou por uma coisa: a juventude com bullying. e ela continuou contando: na época até marcou a data do suicídio e foi por um acaso do destino que ele não aconteceu.
e me lembrei da minha própria juventude: o bullying e o suicídio marcado e tentado. e foi por um acaso do destino que ele não aconteceu.
eu sonhei com essa pessoa linda esses dias. estávamos dançando em cima da cama!
foi neste dia que parei e percebi que ultimamente minha pergunta é: 

o Judiciário o mais corrupto dos poderes

[...] corrompe a ideia, o ideal de Justiça!
Joel Neto
O STF e os 4p
por Obelix

Prezados e prezadas,
Já disse antes, e repito: O Judiciário brasileiro é o esteio de um sistema excludente, marginalizante e que seleciona os réus e suas penas pela classe e pela cor da pele.
Não há como esperar traços civilizatórios e progressistas em um entulho autoritário como este, que inclusive foi o único poder a continuar intacto durante cada ditadura deste país, justamente porque é o poder mais anti-democrático.
Isto é fato!
Recentemente, com a chegada do PT ao governo central, e até hoje, com o bem sucedido desempenho nas urnas, e na condução das formas de governabilidade que este grupo político escolheu, o judiciário brasileiro incorporou outra categoria aos famosos e tradicionais 3P (preto, puta e pobre), ou seja, temos agora os 4P, incluídos os petistas.
Não há como argumentar que não teremos aquilo que já conhecemos: aos amigos tudo, aos inimigos a lei, ainda que o Senhor Nassif se esforce ao extremo em dizer que a presença do Juiz Barroso é um sinal de diferença. 
Nem vou mencionar a postura da mídia. Esta já está reconhecidamente comprometida desde que nasceu.
Falo das esperanças de que este julgamento possa representar ao mesmo tempo uma lição de isonomia e uma reparação justa aos supostos crimes cometidos.
Não foi desde as investigações e o tratamento dado pelo ex-procurador geral que hoje trabalha para Daniel Dantas, e nem será pelo relator ou o plenário.
Não será porque ser isonômico com a ação 470 seria tratar os réus do mensalão tucano como párias, e ninguém no STF está disposto a agir da mesma forma com "aliados" históricos, é portanto uma questão de classe o STF tratar a elite como ela se julga merecedora, com todas os salamaleques e chicanas processuais possíveis.
Não será porque uma reparação justa deveria tratar de temas que foram curiosamente esquecidos, como é o caso doa ação do banqueiro "oportunista", a morte da modelo mineira, dentre outros problemas obscuros.
Não será porque houve um desmembramento cômico, que retalhou e retaliou o entendimento do mesmo STF quando tratou da ação 470. Com toda certeza não teremos o "fatiamento" da denúncia e da votação do relatório. E quem entende do riscado sabe que estas questões formais fazem uma enorme diferença, ainda mais com defesa oral!
Não será porque desde o início, um caso de 1998 foi precedido por um caso bem mais recente, quase como a convidar para manobras prescricionais em crimes de penas menores.
É bom lembrar que réus sem antecendentes gozam do privilégio da prescrição pela pena ideal (entra para o cálculo da prescrição, do artigo 109 do CP, a pena mínima cominada em cada crime).
O julgamento da ação do mensalão mineiro é mais ou menos como o caso do exército adversário que invade seu território, estupra suas mulheres e meninas, mata velhos e crianças, queima tudo à vista, e quando são capturados apelam para as Convenções de Genebra.
O problema do PT foi desprezar o potencial de estrago que a omissão em alterar nosso estamento judiciário e normativo, bem como os sistemas de formação de cortes superiores, dentre outras questões.
Na guerra do Judiciário, perdemos sempre.

É poesia

Um poema singular
***
Passarinhos,
Labirintos,
Campinhos
Dias de chuva,
Brincadeiras, amigos
Roupa suja

Rolimã,
Irmão, irmão
Irmã
Brinquedos, passeios?
Pai
Canções, orações
Mil perdões?
Mãe.

Tivesse te conhecido
Nesse tempo passado,
Afirmo e não duvido,
Já teria me apaixonado!

Te conhecendo homem feito,
O tempo parece estreito,
Não sei como, nem porque.
Será obra do destino?
Amo o homem e o menino
E ambos habitam você!





Cansei

E se eu pudesse mudar algo, alguma coisa?..
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“Clique. Clique. Clique. Clique.”
Cansei. Hora de recomeçar, mudar, fazer e refazer. Repensar.
Foi assim, num clique em um belo dia na volta de uma breve conversa com meu chefe. Ex-chefe, digo. Foi um clique mais que óbvio, mas coisas evidentes sobre nós mesmos não são tão fáceis de enxergar.
Eu não gostava daquele emprego. Mas não podia largar. Tinha de pagar as contas e, talvez, assumir um status ou simplesmente atender as expectativas que os outros tinham em mim e, nessa brincadeira, passei dois anos me anulando e desperdiçando energia demais em coisas que não me acrescentavam nada, muito pelo contrário, apenas me desgastavam.
Culpa de uma grande dívida que nasceu nesta insanidade. Um apartamento.
E olha, caro amigo, pagar um imóvel com salário de assistente significa abdicar-se de quase tudo: não sair, freelar de madrugada e se virar com o que tem. No fim, tudo deu certo. Foi uma boa poupança que me rendeu uma grande viagem, mas com uma execução errada. Poderia ter tido disciplina e guardar essa grana de qualquer forma e sem tanto sofrimento.
Tentando ser positivo — não vou reclamar de tudo –, durante dois anos você conhece muita gente e as pessoas são, muito provavelmente, a máxima da vida. Um dos responsáveis pelo tal estalo foi o Fernando, um amigo com quem eu almoçava todos os dias. Nesse tempo, conversávamos muito sobre a vida e sobre o tempo que perdíamos ali e como não chegaríamos a lugar algum.
Entretanto, tínhamos um assunto predileto: viagens.
O cara viajou muito e despertou em mim esse antigo sonho. Conhecer lugares, gente, passar perrengue, ter histórias para contar. Comecei cada vez mais me sentir acorrentado, enquanto a vida acontecia do outro lado do vidro a prova de som e longe do ar condicionado.
Após me estabilizar, vender meus metros quadrados e ver que poderia seguir minha vida, pedi demissão e segui os passos de Amyr Klink:

Ela também não!

Dois amigos se encontram depois de alguns anos e um deles pergunta:
— E a Ritinha, sua noiva, como vai?
— Ah, cara! Nem me fale... Nós terminamos tudo!
— Sério!? Mas a Ritinha era uma garota lindíssima!
— É, mas me diga uma coisa... Você se casaria com uma pessoa mentirosa, preguiçosa e infiel?
— Não, de jeito nenhum!
— Pois é... Ela também não!


‪#‎PQP‬!!!


na Linha do tempo de Ricardo Rocha

O responsável!

Aqui em casa eu sou o único responsável.

Sumiu algo:
O responsável foi o Paulo!
Quebrou algo:
O responsável foi o Paulo!
Alguém chorou:
O responsável foi o Paulo!
A casa está bagunçada:
O responsável foi o Paulo!

Por que sempre Eu?...

Paulo Henrique

Lucro dos bancos

Quem ganha, quem perde?...

por Vladimir Saflate
Duas notícias quase simultâneas forneceram uma boa fotografia do que o Brasil se tornou. Na primeira, descobrimos, o lucro líquido do Itaú em 2013 alcançou os 15,7 bilhões de reais, o maior da história dos bancos brasileiros, segundo estudo da consultoria Economática. Enquanto isso, o Bradesco apresentava o segundo maior lucro do ano, 12 bilhões de reais. Apenas duas instituições financeiras embolsaram quase 28 bilhões de reais, isto em uma economia de crescimento estagnado. Na segunda 3, a outra informação: a produção industrial caíra 3,5% em dezembro em comparação a novembro, a maior retração em cinco anos.
Diante desses dados, é difícil não lembrar de uma bela frase do presidente da Islândia, Olafur Grimsson: “Uma economia com bancos muito fortes é sinal de um país que vai mal”. Não só pelo fato de uma nação atrativa para investimento especulativo, no qual aplicar dinheiro em cassinos travestidos é o melhor negócio, nunca conseguirá financiar o desenvolvimento da criatividade empreendedora de seu povo. Mas principalmente porque uma economia com bancos fortes destrói tudo à sua volta.
Os bancos drenam os melhores cérebros para o sistema financeiro. Foi assim que os melhores engenheiros do Brasil não foram parar nas universidades a estudar novos materiais, em programas de despoluição de rios ou em pesquisas sobre energia alternativa. Foram fazer contas. O Brasil assim se transformou em um país que forma economistas não para pensar problemas regionais ou desenvolver políticas de combate à pobreza, mas para fazer consultoria para bancos, fundos de investimentos e outros segmentos do mercado financeiro.
Por outro lado,

prá desopilar

Três ratinhos contando vantagens:
O primeiro se gabando: 
- Quando vejo uma ratoeira, eu a aciono imediatamente e, quando a barra vem descendo, eu a pego entre os dentes, faço 30 flexões para abrir o apetite e saio tranquilamente com o queijo. 
O segundo rato também se gaba:
- Pois é, quando encontro veneno de rato, misturo no café para me deixar mais forte. 
Então, o terceiro diz:
- Não posso demorar, tenho um encontro com uma gata.

"Mensalões" diferentes

“Ao contrário do que ocorre na AP 470, é fácil apontar desvio de dinheiro público no mensalão PSDB-MG.”
Se você é daqueles que acredita que o mensalão PSDB-MG é igual ao esquema financeiro da AP 470 pode despedir-se de mais uma ilusão.
A leitura das alegações finais de Rodrigo Janot,  procurador geral da República sobre o mensalão PSDB-MG mostra uma verdade difícil de negar. Tudo aquilo que se disse – e não se provou – sobre o esquema de Valério-Delúbio pode ser dito e provado no mensalão PSDB-MG.
A polêmica principal sobre o mensalão dos petistas diz respeito ao desvio de recursos públicos. O procurador geral Antônio Carlos Fernando, seu sucessor Roberto Gurgel e o relator Joaquim Barbosa sustentam, desde o início, que o esquema Delúbio baseou-se no desvio de R$ 73,8 milhões de recursos públicos. Dizia-se, no começo, que esse dinheiro fora desviado do Banco do Brasil. Uma apuração mais acurada mostrou que o dinheiro pertencia ao Fundo de Incentivo Visanet, destinado a divulgar o cartão Visa, que é uma  empresa privada. Hoje não há a mais leve dúvida a respeito.
Embora uma única testemunha tivesse dito que – qualquer que fosse sua natureza — os recursos destinados a DNA eram desviados para campanhas petistas, a contabilidade mostra que o desvio – se houve – está longe de ter sido demonstrado.
As contas batem, conforme várias auditorias.
E tanto é assim que nesta semana, teremos uma novidade neste item. Enquanto os réus da AP 470 já estão cumprindo penas longas, em regime fechado, seus advogados começam a distribuir uma notificação judicial aos veículos que receberam as verbas da DNA. Estamos falando da TV Globo, Editora Abril, Estadão, Folha, Editora Três.
Convencidos de que irão colher um dado que ajudará a demonstrar a inocência dos réus, os advogados querem que as  empresas confirmem – ou desmintam  – a informação de que os recursos da DNA chegaram a seus cofres. Estes dados, a rigor, encontram-se nos documentos da AP 470. Mas ficaram ali, congelados nos arquivos, sem que fosse possível examinar seu significado e extrair todas implicações.
A consulta às empresas, que será feita agora,  deveria ter ocorrido em 2005 ou 2006, na época da denúncia. Era o tempo certo para uma checagem tão importante, decisiva, até.
Mas não interessava questionar uma teoria que agradava tantas pessoas e tantos interesses, vamos combinar.
A leitura das alegações finais de Janot sobre o mensalão do PSDB descreve fatos muito mais graves. Ele fala de desvio de milhões de reais de empresas estatais do governo de Minas Gerais. Fala da Copasa, Codemig, Comig. Ao contrário do que acontecia com a Visanet, que se definia como “empresa de capital privado”, em seus estatutos e também num questionário enviado a CPMI dos Correios, aqui estamos falando de empresas públicas, controladas pelo governo do Estado, com funcionários concursados e tudo mais.
A Copasa é a Companhia de Saneamento do Estado. A Codemig dedica-se ao desenvolvimento econômico e obras de infraestrutura. A Comig é a estatal de mineração.
Não há comparação possível com a Visanet, criada pela multinacional dos cartões Visa, uma das maiores empresas do mundo.
Com notas e depoimentos, Janot descreve cenas tão didáticas que poderiam estar num filme. O  dinheiro sai  das estatais, chega às agências e, em vez de ser gasto em publicidade, é despachado para os cofres da campanha estadual do PSDB em 1998. Porções mínimas das verbas destinadas a publicidade chegaram a seu destino. A maior parte ficou no meio do caminho, diz ele.
Muitas pessoas diziam, quando Roberto Jefferson fez a denúncia, que o PT apenas repetia o que o PSDB fizera antes. O próprio Lula disse em Paris que seu partido nada fazia de diferente daquilo que ocorria “sistematicamente” na política brasileira.
Parecia uma forma do PT tentar proteger-se atrás dos erros do adversário, o que levou a acusação de que o partido queria justificar seus erros através dos erros dos outros. Talvez seja mais correto afirmar o contrário. A construção de uma visão distorcida  na AP 470 ajudou a encobrir erros e desvios — mais graves — da AP 536-MG.
Embora o próprio Janot se permita, nas alegações finais, lembrar as semelhanças – e algumas distinções  – entre os dois mensalões, as diferenças são muito maiores do que se quer acreditar.  O Banco Rural é o mesmo, um personagem central – Valério – também. Até as secretarias eram as mesmas.
Mudava a natureza da mercadoria.
A existência do mensalão PSDB-MG chegou ao STF Supremo em 2003 mas ficou em segredo até a denúncia de Roberto Jefferson contra o PT. Foi então que se descobriu que Marcos Valério, o parceiro que se aproximou de Delubio – o Carequinha, nas palavras de Jefferson — nos meses finais da campanha de 2002, havia sido formado e treinado nas campanhas tucanas desde 1998.
Veio daí a teoria de que o segundo mensalão era uma cópia do primeiro. As diferenças no ponto essencial – dinheiro público – permitem pensar em outra hipótese. A teoria do segundo mensalão serviu para justificar o primeiro.
É como se, já tendo conhecimento anterior do mensalão PSDB-MG, a acusação tenha feito o possível para vestir o esquema de Delúbio-Valério com as mesmas roupagens e a mesma gravidade, fazendo uma denúncia igual para casos substancialmente diferentes.  Isso explica porque se forçou a barra para dizer que as verbas saiam do Banco do Brasil e, quando se verificou que sua origem era a Visanet, para dizer, num exercício espantoso, que os recursos seguiam públicos embora fossem propriedade de uma empresa privada.

Fernando Brito - Resposta à Veja

Onde está o Brasil?...
Acorrentado ao poste como aquele negro. A corrente é a mídia!

A revista Veja, uma espécie de toque de Midas ao inverso, que transforma em imundície tudo em que toca,  coloca em sua capa a imagem do menino negro, acorrentado a um poste por um bando de tarados do Flamengo, pergunta “Onde está o Brasil  equilibrado, rico em petróleo, educado e viável que só o Governo enxerga?”.

A Veja merece resposta.
Não para ela, que é muito mais incorrigível que o pequeno delinquente que lhe serve de carniça.

Porque ela, ao contrário dele, tem meios e modos para entender o que é civilização, enquanto ele precisa ocupar o tempo arranjando algum resto de comida para engolir, uma cola de sapateiro para cheirar em lugar do respeitável pó branco das festas da elite, e uma banca de jornal que lhe sirva de colchão de lata ou teto de zinco, se chove ou se faz sol.

A resposta à Veja é necessária para que este império de maldade e seus garbosos centuriões saibam que existe quem não lhe abaixe a cabeça e anuncie que fará tudo, tudo o que puder, enquanto a vida durar, para arrancar o Brasil das correntes com que a fina elite e seus brucutus anabolizados da mídia o amarram no poste do atraso, da submissão, da pobreza e da vil condição de uma sociedade de castas,  onde eles são a nobreza opulenta.

O Brasil, senhores de Veja, é este negrinho.

Está cheio de deformações, de cicatrizes, de desvios de conduta, de desesperança e fatalismo.

Estas marcas, nele, foram você que as fizeram, abandonando-o à sua própria sorte, vendo crescer gerações nas ruas, ignorando-os, desprezando.


Tudo estaria bem se ele estivesse lá, no gueto das favelas, tendo uma existência miserável e conformada. Ou sendo um dos muitos que, por uma força até inexplicável, conseguem se sacrificar, como seus pais se sacrificam, para ter uma pobre escola pública, um trabalho mal-pago, uns bailezinhos funk por lá mesmo,  com as devidas arrochadas da PM, os capitães de mato, negros e pardos como eles, mas a serviço dos “buana”.

Não é isso o que diz um dos “civilizados” aos quais a Veja serve de megafone, como está lá em cima?

A pobreza em que os governos que vocês apoiam, as elites que vocês representam e os interesses a que vocês servem tem, entretanto,  destes efeitos colaterais.

Porque aquele menino, como o Brasil, vê o mundo como vocês mostram, canta as músicas que vocês tocam, pensa o que vocês martelam em sua cabeça, tem os desejos que vocês glamourizam.

É foda, foda é assistir a propaganda e ver/Não dá pra ter aquilo pra você 

E o que tem pra eles, mesmo um pouquinho, vocês combatem furiosamente: uma bolsa-família, um salário mínimo menos pior, uma cota para a universidade…

Populismo, dizem vocês…

Aquele menino e as mazelas de sua vida nunca tiveram de vocês o tratamento do “Rei dos Camarotes”, aquele idiota.

Ou como o “Rei dos Tribunais”, que vocês bajulam porque, politicamente, lhes é interessante explorar seu comportamento para atacar o Governo, embora ele tenha ficado quieto diante desta monstruosidade, quando gosta tanto dos holofotes para outros temas.

Aliás, quanto ele terá contribuído para a visão do “mata e esfola”, do pré-julgamento, do “não tem lei” para que eu ache bandido?

Vocês não fazem uma matéria sobre os monstros que andam em bando, encapuzados, de porrete na mão, para distribuir bordoadas no “lixo social”, lixo que o seu sistema de poder produz há séculos.

Aqueles que  tentam amenizar um pouco que seja isso é tratado como um primitivo, um arcaico, que não entendeu que só “o mercado” nos salvará.

Ou um “escravo”, como os médicos que aceitaram ir tratar dos negrinhos da periferia ou do interior, onde os coxinhas da Veja não querem ir.

O mercado do qual o menino terá – se tiver – a xêpa.

E ele tem direito a mais, porque ele brotou – feio e torto – desta terra. Não veio de fora para fazer fortuna entre nós e não ser um de nós.

O negrinho está acorrentado, Veja, e acorrentado por quem o domina.

O Brasil também, e também seu Governo que, se não se “comportar” para com os que de fato o dominam, levará mais bordoadas do que já leva, por sua insubmissão.

Acorrentado por uma cadeia mental, a mídia, uma corrente da qual vocês são um dos maiores e mais odiosos elos.

Aquele negrinho não pode ter um destino próprio, apenas o papel que lhe derem, como o Brasil não pode ter seu próprio destino, aquele que convém a vocês e não nos tira do mesmo lugar.

Esta corrente, entretanto, é podre.

Podre, podre de não se poder disfarçar o fedor que exala.

E está se esgarçando, para desespero dos que contam com ela para nos manter atados.

O “Brasil  equilibrado, rico em petróleo, educado e viável”  que vocês dizem que só o Governo enxerga, de uns anos para cá, surgiu diante do povo brasileiro, depois de décadas de fatalismo de “este país é uma merda mesmo” que vocês nos inculcaram, a nós, os negrinhos.

E ele nos atrai com tanta força que não será esta corrente imunda, de elos podres, que o deterá.

Por mais que vocês se arreganhem, como fazem os impérios em decadência, por mais que se comportem, nas bancas, como aqueles facínoras de porrete,  será inútil.

Vocês já não são a única voz, embora muitos ainda os temam e procurem, inutilmente, cair nas suas boas graças com juras de vassalagem ao que vocês representam.

O mundo de vocês é o passado, é o da escravidão, é o da aristocracia que, tão boazinha, até deixa entrar alguns negrinhos na cozinha, desde que se comportem e não façam sujeira.

É o passado, porque o futuro tem uma força tão grande, tão imensa, tão inexorável que, logo, vocês penderão de um poste.

Não, fiquem calmos, não estou sugerindo enforcamentos, como foi o do Mussolini…

Apensas penderão como um elo roto de um poste velho e carcomido, que não tem mais luz e serventia.

Rodrigo Vianna - a Veja é a barbárie: jornalismo justiceiro

A Veja é a barbárie. A Veja – se pudesse – prenderia o pescoço do povo brasileiro no poste. Mas não vai conseguir. Vai perder – de novo.”

por em O Escrevinhador, sugerido por Júlio César Macedo Amorim
Nas redes sociais, tarde da noite de sexta-feira, jornalistas afinados com o tucanato e militantes da esquerda extremada se esparramavam em elogios à capa da “Veja”. Eu, que procuro manter distância sanitária da revista, aproximei-me da capa. E só consegui enxergar um gesto de oportunismo barato.

A “Veja” expõe a imagem – chocante, lamentável, triste – do rapaz preso pelo pescoço num poste na zona sul carioca, e aproveita a cena não para refletir sobre a tradição oligárquica brasileira, não para pensar sobre nossa história de 300 anos de escravidão, ou sobre nossa elite que reclama de pobres nos aviões e clama sempre pela resposta fácil do liberalismo de araque e da violência de capatazes. Não. “Veja” usa a foto terrível em mais uma tentativa para desgastar a imagem do Brasil; e também – que surpresa – para culpar o “governo”. Que governo? Ah, não é preciso ser muito esperto pra descobrir…

Emoldurando a foto triste, “Veja” berra em letras garrafais: “Civilização” e “Barbárie”. E depois acrescenta a legenda malandra, velhaca: “A volta dos justiceiros, criminosos impunes, colapso no transporte, caos aéreo. Onde está o Brasil equilibrado, rico em petróleo, educado e viável que só o governo enxerga”.

Certamente, o Brasil “equilibrado” não está nessa revista. “Veja” pratica o jornalismo da barbárie, um jornalismo que escreve “estado” assim – com “E” minúsculo – numa espécie de bravata liberal fora de época. “Veja” envenena o país todos os dias, com blogueiros  obtusos, asquerosos, que falam para um Brasil pretensamente senhorial, como se ainda estivéssemos antes da Revolução de 30.

Curioso, também, ver a “Veja” falar em “barbárie” e em “criminosos impunes”. Logo essa revista, tão próxima do bicheiro Cachoeira, pautada pelo bicheiro, amiga do bicheiro. A tabelinha com Cachoeira é – sim – um exemplo perfeito desse Brasil de criminosos impunes.

A “Veja”, que tenta pegar carona na imagem do rapaz preso pelo pescoço, pratica um jornalismo justiceiro – que invade quartos de hotel, “julga” e “condena” sem provas, inventa fatos, publica grampos sem áudio, alardeia contas no exterior e dólares em caixa de whisky. Tudo falso, falsificado. Um jornalismo que acredita em boimate e Gilmar Mendes.

A revista não tem moral para falar contra a “barbárie”, nem contra os “justiceiros”. E não tem, precisamente, por praticar um jornalismo que é a própria encarnação da barbárie, da falta de escrúpulos, um jornalismo justiceiro.

O Brasil do lulismo tem muitos problemas. Isso é evidente. Mas não venha a “Veja” querer apresentar a receita de “Civilização” ao Brasil. A receita da “Veja” é a mesma que os EUA oferecem à Ucrânia.

Está claro, por essa capa oportunista e velhaca, qual é a pauta dos setores que não aceitam o Brasil um pouquinho mais avançado dos últimos anos: é jogar tudo no “caos”, na “barbárie”, na insegurança. O Brasil é a jóia da coroa na América Latina em 2014. Tão importante quanto a Ucrânia no leste europeu, tão estratégico quanto a Síria no Oriente Médio.

Não sejamos ingênuos. A velha imprensa brasileira – que se reúne com embaixadores dos EUA às escondidas (isso desde 64, mas também em 2010 – como nos revelou o Wikileaks) – é parte decisiva no jogo pesado que veremos em 2014.

A oposição brasileira não tem programa. A economia não afunda como gostariam os urubulinos. Portanto, é preciso produzir a pauta do caos. Esse é o caldo de cultura em que podem prosperar candidaturas “justiceiras” que a “Veja”, os mervais e outros quetais estão prontos a lançar.

Para retomar o Estado brasileiro, eles pouco se lixam se o preço a pagar for a ebulição social. Aécio e Eduardo não darão conta dessa pauta da “ordem contra a barbárie”. A pauta do caos e do Brasil “inviável” (que está na capa da “Veja”) é boa para aventuras autoritárias – semelhantes ao janismo de 1960.
Quem pode encarnar esse figurino? Quem? O terreno vai sendo preparado…

Não creio que o povo brasileiro – equilibrado, sim! E que trabalha duro para construir um país “viável”, sim – não creio que a maioria de nosso povo embarque na aventura da “ordem contra a barbárie” – proposta pela revista. Mas a direita asquerosa e velhaca vai tentar.

O roteiro está claro. É preciso estar atento. E não cair na esparrela de acreditar que a “Veja” – de repente – converteu-se à “Civilização”.

A “Veja” é a barbárie. No jornalismo, na política, na vida do brasileiro comum.

A “Veja” – se pudesse – prenderia o pescoço do povo brasileiro no poste. Mas não vai conseguir. Vai perder – de novo.