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Lula e o aceno proibido, por Armando Rodrigues Coelho Neto

Escrevo em estado de choque, como resultado da morte de alguém que não conheci: Arthur Lula da Silva, sete anos. O nome disso é empatia, ou seja, “a capacidade psicológica para sentir o que sentiria uma outra pessoa, caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela. Consiste em tentar compreender sentimentos e emoções, procurando experimentar de forma objetiva e racional o que sente outro indivíduo”. Ser empático é superar o egoísmo, é se colocar quase involuntariamente no lugar do outro. É um ato de entrega humana. É o que consta em verbetes da rede mundial de computadores.
Não tenho netos legítimos, mas tenho uma coleção de falsos netos. Tenho uma belíssima relação com eles e meus amigos avôs e avós não precisam explicar muito seus vínculos com eles. Menos ainda explicar a dor que sentiriam com a morte de um deles. Daí me haver doído sobremaneira o desprezo da horda presidencial para com o neto do Lula. Do mesmo modo, o escárnio, as ironias e tripúdios impublicáveis quanto à morte daquela criança. Veio de gente até da Polícia Federal, um deles tentando responsabilizar o ex-presidente Lula com um pretenso veto de vacina contra meningite. Gente que de forma gratuita e imediata transferiu para o garoto o ódio sem nexo que sente pelo avô dele.
Mais que transferência de ódio, foi constrangedor ver pessoas considerarem a morte do garoto como pena suplementar para Lula, por conta de crimes que nem o verdugo Sejumoro conseguiu demonstrar.

Alguns dos que comemoraram a morte do neto de Lula

Sinceramente, não sei nem o que falar sobre uma pessoa que comemora a morte de uma criança. Gente dessa laia não aceito no meu circulo social real nem virtual. Corja!
O ódio contra  Lula e o PT de tempos e tempos se manifesta nas redes sociais. Assim foi com a morte da ex-primeira dama Dona Marisa Letícia, assim foi quando o petista Fernando Haddad foi para o segundo turno das eleições do ano passado, quando centenas de mensagens de ódio começaram a se espalhar nas redes contra os nordestinos, e assim está sendo com a morte do neto do ex-presidente Lula, falecido na manhã desta sexta-feira (1) aos 7 anos de idade.
Alessandra Strutzel, por exemplo, comemorou. “Pelo menos uma notícia boa”, postou em seu Facebook com um emoji de coração e um rosto feliz. Strutzel se diz “blogueira” e “youtuber”. Como muitos dos seus seguidores questionaram a publicação, ela removeu a postagem, não antes de prints de espalharem pelas redes.
Reprodução/Facebook
Dezenas de outras pessoas fizeram comentários maldosos com a notícia. Boa parte deles ironiza o fato de o ex-presidente Lula querer “se aproveitar” da morte do neto para sair da prisão.
Fórum reuniu prints de algumas dessas postagens. É possível denunciar cada uma delas através da plataforma em que foram postadas, como Facebook e Twitter, e também através do site SaferNet, que recebe denúncias anônimas e dá assessoria jurídica para os mais diferentes tipos de violações nas redes.
Confira abaixo.

Twitter da tarde

Morre um neto de Lula, uma criança de sete (7) anos de idade, e vemos comentários como esse aí embaixo. Isso não tem nada a ver com política, tem haver com odio e desumanidade, Willian De Lucca - @delucca

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Todo mundo quer ser bom, mas da lua só vemos um lado
Vida que segue...

Luis Nassif: o monstro esta de volta com prisões da Vale e proibir de Lula ir ao velório do irmão


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- Artigo 5º da Constituição brasileira: " Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza blablabla...", com exceção de Luis Inácio Lula da Silva, ex-presidente da republiqueta da puta que pariu vermes como estes que roubam seu direito de ir ao enterro do irmão. Vermes! 
***
GGN - O monstro do aparelho judiciário está de volta em dois episódios dramáticos, em que a única voz decente, nas instituições, foi do vice-presidente, General Hamilton Mourão.
A infâmia tem cara.
Na justiça federal de 1ª instância é a juíza Carolina Lebbos, que procurou atrasar a decisão – e, portanto torná-la sem efeito – pedindo parecer do Ministério Público Federal. Entre os procuradores da Lava Jato, a infâmia foi coletiva.  Na PF, tem a cara de Sérgio Moro, Ministro da Justiça e comandante em chefe da PF. Na Justiça Federal de 2ª Instância, a cara do desembargador Leandro Paulsen.
A perseguição implacável e cruel a Lula desonra a Justiça e acontece em um momento em que o fator Jair Bolsonaro lança sobre o país os temores de uma era de trevas.
O segundo episódio foi a prisão de engenheiros que supostamente teriam responsabilidade pelo desabamento em Brumadinhos.
Nos dois casos, Mourão identificou os vícios do arbítrio. No caso Lula, pela falta de piedade. No caso Vale, pela ansiedade em dar satisfações à opinião pública, mandando prender antes de apurar corretamente as responsabilidades.
O monstro está vivo e respira.
É o mesmo monstro que criminalizou problemas administrativos de universidades, levando um ex-reitor ao suicídio, invadiu universidades para impor censura ideológica, ordenou condução coercitiva a quarenta funcionários do BNDES, afetou a imagem da carne brasileira no mundo, liquidou com a vida de jovens estudantes no caso do major espião, ordenou a detenção de um cientista renomado por discutir a maconha, transformou Lula em prisioneiro político e colocou o país sob a influência de milícias.
É a volta dos porões da ditadura.
A maneira como se valem de manobras jurídicas, como foi o caso agora de Lula, é da mesma natureza da manobra de Luiz Fux procurando livrar o filho de Bolsonaro das investigações. Os métodos são os mesmos do período militar. .
E isso acontece em um momento em que o antilulismo cada vez mais tem a face do bolsonarismo. Não há mais a mesma coesão na mídia e nas redes sociais para esses abusos processuais. E os pronunciamentos de Mourão reforçam essa sensação.
Na ditadura, o próprio Romeu Tuma fez questão de acompanhar Lula, liberando-o para o enterro de sua mãe. Não deixou a decisão nas mãos do guarda da esquina. Agora, o que se vê são pessoas menores, em guerras sem risco, incapazes de qualquer gesto de grandeza, como o de respeitar o inimigo caído.
Luis Nassif
Vida que segue...