“O Lula mudou o país de forma a salvar o capitalismo”


Homem-forte da economia no regime militar, o ex-ministro Delfim Netto defende a volta do “Estado indutor”, em substituição ao “mercado perfeito”, que naufragou com a crise global. Em entrevista , ele disse que a falta de regulação do sistema bancário está na raiz da crise. “Não há mercado sem Estado forte".

Um dos principais conselheiros do presidente Lula, Delfim disse ainda que o governo foi o primeiro a perceber que “o mundo não acabaria” e que o capitalismo deve aos programas de distribuição de renda sua sobrevivência no país. “Ele (Lula) mudou o país de forma importante, de forma a salvar o capitalismo”.

 Aos 81 anos e recuperando-se de cirurgia para colocação de dois stents, para ajudar no fluxo sanguíneo do coração, Delfim retoma aos poucos a rotina de trabalho. Chega antes das 7h ao escritório, num casarão do Pacaembu, em São Paulo. Sua sala, no segundo andar, comporta uma mesa com seis cadeiras, uma escrivaninha e duas estantes com 500 livros. É só parte da biblioteca que começou a reunir aos 14 anos, e que soma 250 mil títulos, catalogados e guardados em casa. Ex-ministro da Fazenda e do Planejamento e ex-embaixador na França, ironiza a ideia de escrever suas memórias. “Morro de dar risada dos livros de memórias de meus amigos. Frequentemente, há exagero”.

Um ano depois da quebra do Lehman Brothers, ainda se discute a origem da crise. Por que não foi possível prever o desastre?



DELFIM NETTO: As crises são próprias ao capitalismo. Nos últimos 150 anos, houve 42 crises. Umas maiores, outras menores. Esta foi diferente no sentido de que foi uma crise de omissão do Estado. Criou-se a mitologia de que o mercado era perfeito, resolveria sozinho qualquer problema. O mercado é um instrumento poderosíssimo, mas precisa de regras. Não há mercado sem Estado forte, justamente para garantir seu funcionamento. Não houve só um fracasso dos economistas. Houve um fracasso, na verdade, da orientação da teoria econômica.

Como Alan Greenspan (ex-presidente do banco central americano) sai da crise?


DELFIM: Ele disse que não entendia o que estava acontecendo. Meu Deus, ele era o Fed! Por definição, era o repositório de todo o conhecimento econômico dos últimos 250 anos. Essa crise misturou economistas que se pretendiam matemáticos e físicos desempregados, que construíram fórmulas que pretensamente seriam capazes de estimar o risco.
 
O pior da crise já passou?


 DELFIM: É muito pouco provável que você tenha uma nova recaída, porque já existe liquidez e investimentos. O que vai acontecer agora é que os economistas vão se dedicar à criação de ciclos alfabéticos. Tem a crise do tipo A, que vai e volta e faz um corte. A do tipo B, que são duas bolinhas ligadas por um traço. Do L, que baixa e vai. A do W: já foi, voltou, mas vai ter outra.
 
Mas nenhuma das medidas prometidas, como maior regulamentação do mercado, saiu ainda do papel.

 DELFIM: Talvez nos próximos 20 anos não tenhamos mais 40% ou 50% de alavancagem (volume de empréstimos em relação ao capital próprio dos bancos). Agora, não dá para garantir o futuro. A memória é curta e os lucros exercem fascínio sobre o homem.
 
Por que o Brasil foi um dos últimos a entrar e um dos primeiros a sair da crise?

 DELFIM: O mercado interno estava organizado e resistiu à crise. Além disso, não tínhamos nenhum problema bancário. O Proer (editado durante o governo FHC) higienizou o sistema bancário brasileiro.

 Qual deve ser o resultado do PIB neste ano?
 
DELFIM: Pode ser -0,4%, -0,5% ou 0,2% positivo. É pouco provável que seja significativamente diferente de zero. Para 2010, você tem uma fatalidade aritmética. Quando estivermos nas eleições, a economia estará correndo a 4,7%, 4,8% anualizados, o que vai garantir uma eleição tranqüila.
 
Tranquila como?
 
DELFIM: No velho Oeste americano, existia o sujeito que vendia óleo de cobra. Curava de unha encravada a câncer no cérebro. O Brasil está cheio desses vendedores. Com o avanço do PIB, eles sumirão.

 Qual o mérito do presidente Lula na recuperação?

 DELFIM: O Lula foi o primeiro economista a dizer que, se todos procurassem por liquidez, morreríamos por excesso de liquidez. Os economistas mais sofisticados ironizaram isso. O que ele queria dizer era que o pânico não era parte da solução, mas o problema. O governo foi o único agente a dizer que o mundo não acabaria.

 A maior presença do Estado na economia não é tão perigosa quanto sua ausência?
 
DELFIM: Esse mundo sem intervenção estatal começou com o (Ronald) Reagan e com a (Margaret) Thatcher e terminou como terminou: mal. O mundo vai voltar a ter aquela intervenção que sempre teve. É uma ilusão pensar o contrário. Os EUA sempre tiveram a maior intervenção estatal do mundo, que acabou por produzir as grandes inovações.

 O governo deu maior poder à Petrobras e se fala também em aumentar a presença do Estado na petroquímica e mineração. Qual o risco de se confundir maior peso do Estado com reestatização?

 DELFIM: Quando digo Estado, é o Estado indutor. Não há desenvolvimento que não tenha sido estimulado por um Estado. Agora, o Estado produtor é uma porcaria. No Brasil, vejo grupos, não a nação querendo a reestatização.
 
Mas o sr. considera legítimas as críticas do Lula à administração da Vale, uma empresa que foi privatizada?
 

DELFIM: Legítima é uma expressão complicada. O Lula tem virtudes e desvirtudes. Ele mudou o Brasil de forma importante, de forma a salvar
o capitalismo. O capitalismo é um processo de competição feroz, é uma corrida. E o que se exige numa corrida? Pelo menos que o ponto de partida seja o mesmo e que as pessoas tenham duas pernas. Uma igualdade de oportunidades para o sujeito que foi produzido na suíte nupcial do Waldorf Astoria e para o produzido debaixo do lampião. A crença na sociedade de que se caminha para uma igualdade de fato vem acontecendo, com melhor distribuição de renda. Isso é fundamental para salvar o capitalismo.
 
Não é uma contradição para um governo eleito com as bandeiras da esquerda?


 DELFIM: A última coisa que este governo fez foi se opor ao capitalismo. E muito menos ser marxista ou outra coisa. Digo que há coisas acontecendo que são fundamentais para a sobrevivência do processo.

 Banco público no Brasil tem de dar lucro?

 DELFIM: Banco público é um poderoso instrumento de política pública. A crítica fácil que se faz hoje, de que eles só puderam expandir o crédito porque não prestaram atenção à inadimplência futura, vai se revelar absolutamente falsa. Não vamos cair na conversa mole de que eles prejudicam o sistema privado. Quando não funciona, dá cobertura para o privado ser mais ineficiente. Quando funciona, obriga o privado a ser mais eficiente. É o que acontece agora.

 Quando o sr. esteve no governo, foi chamado até de “czar” da economia. Foi uma qualificação justa?

 DELFIM: Era simplesmente confundido com o sucesso da política econômica do governo, o que contrariava as pessoas da oposição.
  
Parte dessa oposição está no PT. E o sr. hoje é conselheiro do presidente Lula. O que aconteceu?


 DELFIM: Basta olhar os meus trabalhos desde 1954, quando saí da escola: não mudaram muito. Mas a esquerda mudou. Ela demora, mas aprende.
 
O sr. vai escrever um livro de memórias?
 

 DELFIM: Posso talvez deixar alguma coisa. Mas falta tempo e também não é o meu objetivo. Morro de dar risada dos livros de memórias dos meus amigos, porque os conheço. Frequentemente, há algum exagero.
 
Como gostaria de ser lembrado?
 
DELFIM: Como alguém que trabalhou, nada mais.
 
De: http://marciacsilva.wordpress.com/2009/09/21/o-lula-mudou-o-pais-de-forma-a-salvar-o-capitalismo/

PEDE DESCULPA

Para os arrogantes e presunçosos uma das piores humilhações é reconhecer os próprios erros.
Pedir desculpas, nem pensar.
Pior é quando arrogância e presução se aliam ao mau caratismo tendo em vista o deslavado propósito de estabelecer o descrétdito, a desconfiança, o medo e o ódio através da distorção dos fatos.

A imprensa brasileira como um todo, tendo contudo, a Globo à frente, é o retrato emoldurado de um agente com todas essas característica.
Nunca se viu um órgão da nossa imprensa reconhecer um equívoco que por ventura tenha cometido contra quem quer que seja.
Nos Estados Unidos, Japão e na Europa até as mais altas autoridades fazem isso.
Aqui, a Globo tentou “tirar” uma vitória de Leonel Brizola para o governo do RJ – não fosse o Brizola ser o Brizola ele não teria sido governador pela segunda vez – e conseguiu derrotar Lula e dar a vitória a Fernando Collor após criar e divulgar sordidamente notícias que envolviam Lula, uma de suas filhas nascidas do primeiro casamento e a ex-mulher.
Brizola conseguiu a recontagem dos votos e ganhou. Lula simplesmente perdeu. Collor venceu. E deu no que deu.
A Globo disse que o Governo foi responsável pelo choque ocorrido entre o jato Legacy e o boing da Gol, em setembro de 2006, quando mais de 150 pessoas morreram.
Quando Airbus da TAM não conseguiu parar e se chocou contra um prédio na cabeceira da pista do aeroporto de Congonhas, em julho de 2007, a responsabilidade foi outra vez atribuída ao governo Lula, pela Globo.
Tinha aquele repórter que até chegou a jogar uma moedinha na pista para demonstrar o seu declívio e as causas que levaram ao acidente da aeronave, já que a mesma aquaplanou . Pura babaquice apelativa.




A Globo, e com ela todo o PIG, criaram a febre amarela e a da dengue.Depois inventaram a gripe do porco.
Nada que se sustentasse por muito tempo.
E o tempo é o melhor remédio contra todas as intempéries, tristezas e até conrtra a mentira e as injustiças.
Por isso todas as mentiras e todos os factóides criados e manipulados pela mídia – em especial pela Globo – foram sendo desmacarados pelo tempo.
E caíram um a um.
Um após o outro.
Hoje a última mentira da mídia acaba de ruir. O circo veio abaixo.
A crise econômica tão decantada e festejada pelo PIG jamais existiu verdadeiramente em um país chamado Brasil cujo presidente é um quase analfabeto, e que, obviamente não sabe nada de Sociologia nem tem mestrado ou doutorado em Economia
.
Pelo menos não corre, assim, o risco de ter diplomas falsos.
A Globo prega a alta da inadimplência pelo fato de o “cidadão ter feito crédito a perder de vista e agora não consegue pagar as prestações em dia”, segundo o Jornal Nacional.
Para a Globo, o aquecimento da economia com a redução dos juros e o acesso ao crediário é motivo que, no mínimo, lhe causa mal-estar.
A FREBABAN acaba de divulgar pesquisa que aponta melhora da economia brasileira com elevação do PIB neste final de ano e projeta um cenário de crescimento para 2010. Nada do que a imprensa queria.
A Globo insiste no termo “recessão técnica” para simular que o País não saiu da crise, assim como continua dizendo que no Brasil já morreram mais pessoas de gripe suína do que no México e nos Estados Unidos.
Mentira, o número de mortes no Brasil foi de 899 pessoas, mas a Globo continua mentindo de maneira irresponsável para incriminar o Governo e criminalizar o PT e o Presidente Lula.

A mídia deve um pedido de desculpas ao Governo, ao Brasil e aos brasileiros.

PARÁ, ENERGIA DO BRASIL

O Pará, estado com uma população de 7.321.493 habitantes, uma extensão de 1.247.689,515 km² e que mantém uma trajetória de crescimento do PIB acima da média nacional, tem potencial hidrelétrico para abastecer todos os domicílios brasileiros por quase um ano e meio de forma initerrupta. É o que diz O Liberal, um dos maiores jornais da região Norte, a partir de dados da Eletrobrás e Eletronorte.

O IBGE estima que o Brasil – que tem uma previsão de crescimento econômico acima da média mundial – cerca de 5% ao ano – terá em torno de 63,2 milhões de unidades residenciais até 2017.
Mas isso não é o suficiente para evitar um novo apagão energético. O Governo Lula sabe da capacidade das bacias hidrográficas paraenses e já deu início à exploração dos 38,2 mil megawatts (MW) que os nossos rios podem oferecer.




A questão maior reside no desequilíbrio, ou melhor, no desastre ambiental e social que o desenvolvimento energético causará com o impacto das barragens na região amazônica, segundo alguns “especialistas” – sempre eles.

Até 2018 o Governo prevê a construção de pelo menos seis usinas hidrelétricas no Pará, além da de Belo Monte, de acordo com o cronograma do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que destinará até 2010, R$ 32,7 bilhões somente para infraestrutura energética para a região Norte. Grande parte dessa verba deverá ser aplicada no Pará.
Até 2010, o Programa de Ações Estratégicas do Sistema Eletrobrás (PAE 2009-2012) prevê que em aproximadamente 13 anos o Pará deverá ter cinco grandes empreendimentos em funcionamento.



Entretanto, a energia gerada não é prioridade do Pará. Ela vai ser distribuída para os maiores mercados brasileiros através do SIN – Sistema Integrado Nacional. O SIN constitui uma grande rede de linhas de transmissão de energia elétrica que se encontra em processo de ampliação em todo o País.

Pesquisadores e especialistas que se opõem ao projeto de construção de hidrelétricas na Amazônia ligam o referido projeto aos interesses econômicos de grandes empreiteras, como Andrade Gutierrez, Odebrecht e Camargo Corrêa.


O jornal, que é afiliado do sistema Globo – e por isso está longe de ser imparcial – ocupou-se de 90% de sua página para produzir uma matéria que fala sobre a questão do sedesenvolvimento energético no Pará. Desse total, uma média de 30% constitui a informação puramente noticiosa, enquanto o restante está recheada da opinião particular e direta do repórter, somada a depoimentos de pesquisadores, “especialistas”, líderes de igrejas, dirigentes de ongs e uma vasta legião de opositores ao projeto de exploração do potencial hidrelétrico no estado.
Não é difícil notar o caráter opositor do jornal ao Governo Lula no desenvolvimento da matéria.


Voltando ao foco da questão, o mínimo que o Pará pode esperar é que, com tanta energia gerada, o estado não permaneça ostentando a situação vergonhosa de ver, ainda, regiões aonde são usadas as usinas geradoras de energia movidas a óleo diesel, como as que abastecem a população do arquipélago do Marajó.

Mesmo com a Hidrelétrica de Tucuruí, uma das maiores usinas do País, o Pará está perdendo em torno de 150 mil empregos diretos e indiretos por falta de energia que moveria a usina produtora de alumínio, em Juruti, oeste do estado. Lá está concentrada a 3ª maior reserva desse mineral do mundo.

A matéria-prima é a bauxita.



Por falta de energia elétrica permanente e barata é que a mineradora Alcoa vai beneficiar em São Luís/ Maranhão, toda a bauxita produzida em Juruti.
O beneficiamento é feito pela Alumar.


Aos desantentos, um detalhe: para que a bauxita extraída no Pará seja beneficiada aqui, gerando emprego e renda, ao invés de fazê-la no Maranhão, é preciso energia segura. E quando se fala em energia se fala no Ministérios de Minas e Energia, cujo titular é o senador Edison Lobão.
Ele, Lobão, que tem demonstrado pouco ou nem um empenho para que a energia chegue até Juruti é maranhense.


Mesmo assim, com ou sem energia em Juruti e com o nosso alumínio sendo beneficiado no Maranhão, o Pará continua sendo um estado rico e promissor, um dos que mais cresce no país.



O Pará é e continuará sendo a estrela que ilumina o Brasil.

A telefonia no Brasil é um desastre



O site do engenheiro Virgilio Freire divulgou uma denúncia gravíssima contra a Telefonica. Essa denúncia, feita pela Associação dos Engenheiros de Telecomunicações é a seguinte: a famigerada Telefonica sumiu com U$ 2 milhões emprestados a ela pelo BNDES. Embora a empresa alegue ter aplicado em melhorias, equipamentos, etc, a AET não encontrou nenhuma encomenda da Telefonica em 2008 e 2009 junto às empresas fornecedores. E olhe que a AET consultou TODAS, estadunidenses, canadenses, chinesas, etc.

Com certeza esse é um dos principais fatores para as seguidas panes de telefonia e internet protagonizadas pela multinacional espanhola. Essas panes tem causado graves problemas para os usuários, assim como para indústrias e repartições públicas.

Outra descoberta feita por alguns especialistas é que a Telefonica usa telefonia IP, embora cobre como se fosse telefonia convencional (mais cara). Ora, já que é assim, por que não cancelar a concessão ou intervir na administração da empresa? É o que estão propondo vários deputados federais (inclusive do PSDB) a fim de se ter uma idéia do que possa estar acontecendo. Aposto que os interventores teriam desagradáveis surpresas.

Quanto à telefonia celular brasileira, é uma das mais caras do mundo. E o serviço deixa MUITO a desejar.

Esse é o resultado da privataria tucana. FHC sabia que as telecomunicações estavam para dar um salto, com o surgimento da telefonia celular, telefonia por banda larga, etc. Tendo essa informação, como ele a usou? Sucateou a Telebrás, bloqueou os investimentos em modernização, e depois vendeu a preço de banana aos amigos. Um deles, nosso conhecido Daniel Dantas.

Lula erra supervalorizando pmdb

Que Lula é um gênio político, são poucos que discordam. Porém ele está cometendo um erro, uma avaliação da real importância do PMDB no que se refere a eleição presidencial do ano que vem.

Compreendo o raciocínio dele. Acontece que diferente do que ele imagina o PMDB não terá nas urnas e no parlamento a força que tem agora, nós eleitores vamos enfraquece-lo.

E tem mais, Dilma conseguirá formar uma base de apoio com muito mais qualidade que a atual que Lula conseguiu.

O PSDB terá muito mais responsabilidade e compreensão com o governo dela, que teve com o governo dele, por incrível que pareça.

E os políticos fisiologicos e interesseiros, sem compromisso com o país vão sofrer um abalo grande. Muitos dos atuais caciques vão dançar nas urnas. Tenho certeza.

Por estes e ouros motivos mais é que espero que Lula reflita melhor e deixe de valorizar em demasia as prostitutas pmdebistas.

Tributo a Raquel

Dorme minha fila, o sono eterno
Dorme que na terra, há saudades
Dos teus beijos, do teu jeito meigo, brando
Exalado inda na primeira infância.

Choram os meus olhos, um inverno
Veste-se de negro o sangue meu
Bebo a solidão que Deus me deu
Quantas saudades há dos braços teus.

Era simplesmente um botão
De tantas rosas, margaridas, girrassois,
Amélias, orquídeas e crisântemos
Que nos campos guardam o perfume teu.

Breve a parada, que fizeste nesta terra
Grande a saudade no esquerdo peito meu
Tantos amigos, e e os que te deram  a vida
Choram saudades do pequeno corpo teu.
Neuto Jucá
Iguatu 26/09/87

Posse