As coordenadorias de Vigilância Sanitária do Estado e deste Município concluíram, ontem, processo administrativo referente à apreensão de 1.688 caixas com medicamentos fitoterápicos, produtos de higiene pessoal, cosméticos, além de milhares de embalagens e equipamentos de fabricação. Essas mercadorias eram fabricadas por cinco empresas que funcionavam ilegalmente nesta cidade, sem autorização do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). São milhares de itens que foram apreendidos pela Vigilância Sanitária e que estão provisoriamente em três depósitos do Centro de Zoonose de Iguatu.
A diversidade de medicamentos fabricados sem a devida licença, a precariedade das instalações, a falta de higiene e manipulação dos produtos e a ampla indicação de tratamento surpreenderam os técnicos do órgão fiscalizador.
As apreensões foram concluídas recentemente, após investigação da Polícia Civil nesta cidade, que recebeu denúncia anônima. Inicialmente, houve o fechamento de uma indústria que funcionava ilegalmente no Bairro Areia Park, na periferia desta cidade. A unidade falsificava o antibiótico à base de tetraciclina de marca Telexin, que na verdade era cápsula com farinha de trigo.
O delegado regional de Polícia Civil de Iguatu, Agenor Freitas de Queiroz, instaurou inquérito para apurar o crime hediondo de falsificação de medicamento, com base no artigo 273 do Código Penal. Em seguida, o delegado recebeu mais denúncias sobre a produção de medicamentos, produtos fitoterápicos e cosméticos em cinco empresas que funcionavam irregularmente nesta cidade.
Fiscais da Vigilância Sanitária, com apoio da Polícia Civil, realizaram a apreensão de milhares de produtos, embalagens e dezenas de equipamentos de fabricação nas empresas Flor do Sertão, Flora Vida, Nossa Flora, Plus Mel e Flora Pura. No total, são 50 itens com indicações diversas para tratamento e prevenção de doenças da próstata, infecções da garganta, vaginal, impotência sexual, reumatismo, fígado, tumores estomacais. Havia também produção de composto vitamínico, fortificantes, cosméticos e produtos de higiene. De acordo com a coordenadora da Vigilância Sanitária do Estado, do 18º Centro Regional de Saúde, Maria José Araújo, os medicamentos e cosméticos eram produzidos sem condições adequadas de higiene e sem o devido registro no Ministério da Saúde e da Anvisa.
"São mercadorias falsificadas à base de sacarose (açúcar), mas anunciado com composto de mel de abelha. Também nos cremes, nas vitaminas e nos fortificantes não há comprovação de que as matérias-primas anunciadas estão presentes no produto", explicou. "A maioria das unidades produtivas não apresentava condições mínimas de higiene e estrutura física".
Em uma das fábricas, o creme vaginal ficava em uma caixa d´água de plástico sobre o chão e havia dezenas de baldes com matéria-prima espalhados pelo piso. "Só em duas unidades havia práticas razoáveis de manipulação dos produtos", frisou Maria José Araújo. Leia mais>>> L3R ? 3NT40 CL1K4 N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !