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Cabo de guerra

\o/De qual lado você está?

Como (não) age o STF diante de um crime

\o/Há um grupo de homens e mulheres que não pode ser excluído do enojado julgamento que se faz, hoje, daquele espetáculo de imundície cívica que se viu na noite de domingo na Câmara dos Deputados. Nenhum deles se alterou, ninguém invocou Deus, ninguém chamou o nome dos netinhos e dos filhinhos.
Mas o Supremo Tribunal Federal – com as ressalvas honrosas a seu presidente Ricardo Lewandowski e de Marco Aurélio Mello – agiu com idêntico cinismo.
Disse ao país que a votação na Câmara não deveria ser submetida a controles de legalidade ou constitucionalidade porque era, apenas, um pedido de admissão que, em si, não provoca qualquer consequência. Não, excelências? Que planeta habitam os senhores ministros?
Há um crime sendo executado e vou narrar, passo a passo, a atitude dos senhores. 
  • Um homem, homem que está como réu diante dos senhores, pega uma arma e a municia. 
  • Os senhores dizem que não há problema, ele tem o porte devido e não há condenação formal sobre ele, embora existam todas as  evidências de crime e o país inteiro ouça-o  prometer um assassinato. 
  • Este homem aponta a arma para uma mulher. 
  • De novo, dizem os  senhores, não há o que fazer, pois ele é livre para apontar a mão a quem quer que seja, de vez que não constitui crime aponta-la, ainda que armada, em qualquer direção e não se pode supor que o gesto vá significar um assassinato. 
  • Decidem assim, mesmo diante de muitos que gritam: “ele vai matá-la, o covarde vai matá-la”. 
  • Então, excelências, o criminoso puxa o cão do revólver e novamente os senhores dizem que é seu direito, porque não se trata senão de um gesto mecânico, impessoal, e a Constituição diz que ninguém será impedido de fazer algo senão pela lei e não há lei que impeça engatilhar um revólver. 
  • Como vossas excelências (em minúsculas, como os senhores merecem) permitiram, a ousadia do bandido vai ao máximo e ele dispara.
  • Bem, foi só um disparo e disparo não é crime. Neste microssegundo dos dias que vivemos pode-se dizer que não há lesão alguma. A bala ainda caminha no ar,é cedo para dizer se atingirá mortalmente seu alvo. Quem sabe ele se abaixará, fugirá da trajetória assassina, quem sabe? Cedo para dizer, não é, senhores? 
  • E é assim que estamos, senhores juízes. Já todos sabem onde a bala chegará, já são só centímetros a separá-la do coração de uma mulher que, se erros pode ter, criminosa não é como é seu algoz.
  • Mas, tecnicamente, nada aconteceu, senão um estrondo e o cheiro fétido da pólvora se espalhando no ar.
  • Quem sabe a bala vá andar lentamente, como nos truques do Matrix, e a futura vítima escape? Ela ainda olha para os senhores, a dor pressentida em seus olhos, ainda lhes espera um gesto milagroso e o milagre seria apenas que cumprissem seu dever. 
  • Ah, é de lembrar um antecedente, que todos os senhores conhecem de fato e ainda não pode subir ao exame de vossas excelências, ocupados que estavam discutindo os pleitos salariais dos procuradores dos municípios.
  • É que aquela senhora, percebendo as intenções iminentes de seu futuro assassino, tomou nas mãos um colete que poderia protegê-la, defendê-la.
  • Veloz como um raio, um dos senhores, o de caratonha mais beiçuda e feroz, veio e impediu a de vesti-lo. “Pera lá”, disse ele, “pode haver um desvio de finalidade neste colete”, precisamos revirá-lo, ver sua nota fiscal, prazo de validade, registros, selos, taxas e emolumentos. Enquanto isso, está proibida de vesti-lo. Há um mês, excelências.
  • A bala atingiu seu alvo, penetrou-lhe o peito, aos gritos de Deus, de “Felipe, Aline, Antenor, meu filhinhos e meus netinhos”.
  • E os senhores a dizer: não, não há crime, a vitima está de pé, seu coração ainda bate, o que houve é apenas a admissibilidade de sua morte, o que só os médicos do Senado poderão atestar, isso depois de levá-la para a UTI e ao coma induzido de 180 dias, com confortável leito no Alvorada.

É assim que contarei ao meu filho pequeno como agiu a Suprema Corte de meu país. Ele vai achar que os senhores são idiotas e que são tão responsáveis pelo crime quanto a mão canalha que tomou, armou e disparou a arma com a sua omissão. Eu, infelizmente, terei que concordar com o julgamento de uma criança que, com seus 11 anos, parece saber melhor do que os senhores que quando um gesto intenta um crime, criminoso o gesto é. Deu-me asco ver as togas. como anteontem vi a bandeira tão querida e respeitada, a servir como manto de canalhas, ouvindo os gritos: “pela devida vênia, pela lei 1.059, pela alínea C do artigo 1212111 do Regimento da Câmara, eu voto simmmmmm!”.  
por Fernando Brito - Tijolaço

Frase do dia

\o/ “Eu vou fazer do meu tempo de vida o que eu não pensei que precisasse fazer novamente. Vou lutar pela democracia, pelo estado democrático de direito e pelo respeito ao voto neste país”,  Lula

Pra desopilar

\o/Rir é o melhor remédio

Numa aula prática para alunos de medicina o professor diz:

- O médico tem de aprender dua coisas muito importantes. Primeira, ter muita atenção. Segunda, não ter nenhum nojo.

Trazem um cadáver e o mestre coloca o dedo no cu do morto, lambe o dedo e mando os alunos fazerem a mesma coisa. Todos se olham com nojo, mas um a um coloca o dedo no cu do defunto e lambe o dedo, Depois que todos fazem isso o professor diz:

- Muito bom, muito bem. Nojo vocês não tem. Agora falta apenas vocês prestarem atenção. É que enfiei um dedo no cu do presunto, e lambi o outro.

Senado e STF serão cúmplices disso?

\o/ Sinceramente acredito que não

Olhar do mundo: um Brasil bananeiro
“Além do The New York Times, muitos outros editorais mundo a fora registraram o retrocesso e a violência política em curso no Brasil que desmentem o diagnóstico do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ontem ele disse que o impeachment de Dilma é “violento, mas não traz risco à democracia”. Para o Le Monde, “o Brasil está à beira da ruptura””, destaca a colunista do 247 Tereza Cruvinel; “leia, a seguir, outros editorais e artigos da imprensa internacional que colocam o Brasil no pior dos mundos: um país que desce aos infernos na economia e para completar coloca em risco sua jovem democracia. Um Brasil que, depois de ter conseguido uma inédita projeção internacional volta a ser um Brasil bananeiro”

Carta à senadora Marta Suplicy

Fernando Morais, em seu Facebook

Como sabemos todos, a decisão sobre o processo de impeachment está nas mãos do senado. decidi enviar a carta abaixo à senadora marta suplicy, em quem votei, apelando a ela para que vote "não". recomendo a todos que façam o mesmo com os senadores em quem votaram. os endereços eletrônicos dos senadores estão em https://www.senado.gov.br/senadores/senadoresPorUF.asp

São Paulo, 19 de abril de 2016

Senhora Senadora:

Quem lhe escreve esta carta pública é um eleitor que não apenas lhe destinou o voto, mas comprometeu-se publicamente com várias de suas candidaturas, particularmente à Prefeitura de São Paulo e ao Senado. Fiz isso de acordo com minha consciência e espontaneamente, sem que ninguém tivesse solicitado meu apoio.

Nunca lhe pedi nada em troca. Nem para mim nem para quem quer que fosse. Ao contrário, como a senhora deve se recordar, razões de natureza pessoal me levaram a recusar dois honrosos convites que a senhora me dirigiu. O primeiro para ser Secretário da Educação do Município de São Paulo, em 2001, e o segundo para dirigir a Casa de Ruy Barbosa, órgão do Minc, em 2007. Não me esqueci também de que foi a senhora quem realizou um velho sonho meu, ao desapropriar a Casa da Rua Buri, em São Paulo, onde Sérgio Buarque de Holanda produziu parte expressiva de sua obra e onde viveu, por longos anos, o compositor Chico Buarque.
Chegou, no entanto, a hora de lhe fazer um pedido. Mais que um pedido, um apelo. Nos próximos dias a senhora terá que decidir, na condição de Senadora, sobre matéria de extrema gravidade: a tentativa de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Imagino que ao longo de sua já longa e exitosa vida pública a senhora jamais tenha deparado com tamanha responsabilidade. Entendo que a senadora possa ter divergências de fundo com a administração Dilma Rousseff, mas, democrata que é, a senhora sabe que o melhor remédio para um mau governo é apeá-lo pelas urnas. Assim como a senhora deve saber que a presidente não cometeu crime de responsabilidade e que, portanto, não pode, pela Constituição Federal, ser submetida a processo de impeachment.

Senhora Senadora: sou apenas um eleitor perdido entre os 8.314.027 paulistas que a escolheram para representar este estado no Senado. Mas é com a força desse voto solitário que lhe peço: vote não. Pelo Brasil e por mim, que ajudei a elegê-la. E por sua biografia, que não pode ser maculada, a esta altura, com a pecha de golpista, de alguém que se associou ao que há de mais deletério da política nacional.

Não permita que, pela primeira vez, eu me arrependa de ter votado na senhora.

Muito obrigado,


Fernando Morais\o/

Briguilinks do dia passado a limpo

A luta apenas começou, por Jandira Feghali

\o/A dantesca sessão que autorizou o prosseguimento do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados entra para os anais da História como uma farsa. Muitos parlamentares envolvidos até o pescoço em denúncias de corrupção, como o presidente Eduardo Cunha, julgaram uma mulher honesta num verdadeiro tribunal de inquisição. A hipocrisia jamais chegou tão fundo no poço.

Num púlpito cenográfico e rodeado por diversos deputados de discurso desqualificado politicamente, aconteceu de tudo. O pior deles foi proferido pelo militante dos torturadores da Ditadura, o deputado Jair Bolsonaro. Meu repúdio a sua intolerância e discurso de ódio, e minha solidariedade aos familiares de inúmeros brasileiros que um dia lutaram pela liberdade desse país. É a esses que devo muito de minhas palavras naquele dia.

Apesar de vivermos um golpe em curso, hoje ele não reside mais na ponta das baionetas como em 1964. Hoje ele é formulado numa sombria e traiçoeira conspiração político-midiática. De um lado, o réu no Supremo Tribunal Federal, Cunha, e de outro, o traidor da pátria, vice-presidente Michel Temer. Abraçados a inúmeros parlamentares corruptos e que respondem por processos. Esta é a face do golpe, desnudada domingo (17) para todos os brasileiros.

Esse grupo que ataca a democracia é a mesma que planeja anistiar Eduardo Cunha do processo de cassação do mandato que já se arrasta no Parlamento. Bancadas conservadoras, pautadas por uma ideologia reacionária, deram o tom do impeachment golpista.

Segundo levantamento no Tribunal Superior Eleitoral, dos parlamentares que são réu ou já foram condenados criminalmente, ao menos 70% deles endossaram o impeachment. Dos 23 investigados da Lava-Jato, 17 quiseram afastar uma presidenta que tem vida ilibada.

Então qual o crime de Dilma?

O porque do golpe

Em poucas palavras e desenho singelo o chargista ressumiu o momento
\o/

A farsa do impeachment foi desmascarada

“Sem o Cunha nós não teríamos tirado a Dilma…guerra a gente não escolhe parceiro. Cunha foi o parceiro dessa guerra. Sem o Cunha, Dilma faria o sucessor do PT em 2018. Aqui o jogo é bruto, pra não falar outra coisa… Você será respeitado por mim quando entender o que é esse jogo do poder”. \o/

New York Times em Editorial: Foi Golpe!


247 - Assim como vários outros veículos da imprensa internacional, como The Guardian, El País, CNN e Der Spiegel, o NYT, maior jornal do mundo, também condenou o golpe parlamentar liderado por Eduardo Cunha & Cia, que transformou o Brasil numa república bananeira aos olhos do mundo.
Segundo editorial, as pedaladas fiscais foram um pretexto para um referendo sobre o PT, no poder desde 2003: "Dilma, que foi reeleita em 2014 por quatro anos, está sendo responsabilizada pela crise econômica do país e pelas revelações das investigações de corrupção que envolvem a classe política brasileira", diz o texto.
Jornal diz ainda que o processo é conduzido por políticos acusados de crimes mais graves do que os atribuídos à presidente Dilma. Conclui que, se ela sobreviver à batalha, terá de apresentar forte liderança para consertar a economia e erradicar a corrupção.
Ainda há tempo para que o Senado e o Supremo Tribunal Federal corrijam a lambança.



Se vão impichar a Dilma, vão ter que me impichar também


por Marco Antônio 

É uma história clara de alguém com CORAGEM PARA VIVÊ-LA!

Pouquíssimos viveriam desta maneira...

Começa uma história que certamente vai virar livro e depois vai virar FILME!

A história dela já se distinguiu de TODOS OS OUTROS POLÍTICOS!

Se vão fazer o impeachment da Dilma, quero meu impeachment TAMBÉM!

Quero perder meus direitos politicos por 8 anos!

#queromeuimpechment

Jean Wyllys errou





A verdade tem de ser dita, doa a quem doer.

O deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) errou e feio em cuspir em Jair Bolsonaro, e deve ser punido severamente.

Não é possível admitir um absurdo deste, sujar cuspe com uma imundície do tipo de um Bolsonaro, Cunha, Temer e sua curiola.

Por isso motivo, condeno o deputado Jean Wyllys cuspir nesse verme até que não lhe reste uma gota de saliva.

O xadrez da democracia em falência, por TamosainoGGN

A democracia assim como o corpo humano tem mecanismos de defesa contra infecções, agressões, falhas de órgãos, situações extremas. Comparo a situação atual e dos últimos anos de nossa democracia com a de um paciente com falência múltipla de órgãos. Nem o Executivo, nem o Judiciário, muito menos o Legislativo estão conseguindo defender a democracia. No caso do Legislativo, ele está agindo até como elemento agressor. A bipolaridade do Judiciário é outro fator de instabilidade. De um lado (e só desse lado) hiperativo e ultrapassando os limites da lei e do razoável. Do outro, é de uma passividade que beira a conivência e a irresponsabilidade. O Executivo, em parte pelo cerceamento provocado pelo Legislativo e Judiciário apresentou-se abúlico (por favor não me falem em Republicanismo, isso é outra coisa) durante anos, abrindo ainda mais espaço para as agressões à democracia. Para completar o quadro, o 4º. poder, a mídia hegemônica impede que a maioria se informe de forma equilibrada e pluralista. Pelo contrário, criou um país midiotizado, com baixa autoestima e intolerante.
Temos, então, uma situação de impasse. Não vai ser com medidas "impopulares" de um grupo golpista sem respaldo popular que vamos sair dessa falência generalizada de órgãos. Isso pode parar totalmente um país que já está em marcha lenta, com consequências imprevisíveis. Essas consequências podem gerar até uma caça aos políticos como aconteceu na Argentina pós-Menem. Tampouco com tentativas de Dilma de se contrapor a um Congresso hostil, majoritário e agressor da democracia. Pode ser que se o Lula assumir um papel bem especial no governo as coisas mudem. Ele tem capacidade política e carisma para tentar mudar o jogo. Sem Lula, vai ficar quase impossível. Os golpistas vão caçá-lo ainda mais para evitar que ele mude o jogo.  Na votação funesta de 17 de abril, a maioria do Congresso já deixou claro que é despreparada, provinciana, corrupta e incapaz de perceber a seriedade do momento. Talvez prefiram deixar a democracia morrer a pagarem por seus crimes. 
O Judiciário, através do STF, poderia fornecer anticorpos contra essa doença, mas parece preferir a postura de avestruz e a falência generalizada da democracia, alegando a independência dos poderes. Mas quem o Congresso representa com Cunha e seus apaniguados? Vai deixar o Cunha estabelecer uma cleptocracia? No poder ele, seus golden boys e Temer podem até mesmo criar leis que retirem poder do Judiciário. Se não agirem logo, podem perder o bonde.