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Escusa-me, por Gilberto Dimenstein
Peço desculpas - mil desculpas - aos meus eleitores por ter falado tão bem e defendido tanto os procuradores da Lava Jato. Considero que o resultado tem amplo pontos positivos. Mas depois dos comentários que li sobre parentes mortos de Lula, vi que eles são canalhas morais [imorais].
Caiu na rede
Frase dita e desculpas pedidas depois que o jornalista soube do acordo de Bolsonaro e Moro por vaga no stf
Vida que segue
Vida que segue
Gilberto Dimenstein: A Folha assume que é de esquerda. Os bolsonaros tem razão
Trabalhei na Folha de 1985 até 2015, onde fui diretor da redação de Brasília e do conselho editorial. Conversava quase que diariamente com o dono do jornal – o “seu Frias”.
Sempre tive uma suspeita, mas nunca compartilhei ninguém. Nunca tive coragem.
Suspeitava que a família Frias era de esquerda, até simpática ao PT e até do comunismo.
Só acordei mesmo neste ano diante da afirmação da família Bolsonaro de que o jornal deveria ser chamado de “Foice de São Paulo”.
Mas confesso que apenas hoje, neste domingo, me convenci, ao ler o editorial “A Agenda Retomada”– o jornal escancarou de vez o que sempre manteve em segredo.
A “Foice de São Paulo” – agora assumo esse apelido – teve o desplante da defender as mais tradicionais teses da esquerda. Defendeu a privatização, redução de subsídios às empresas, a reforma trabalhista aprovada por Temer, o texto de gastos públicos, atacou o aumento aos funcionários públicos.Mais grave: defendeu a reforma da previdência. Vejam só como esse trecho do editorial revela o esquerdismo do jornal.
Desse fio de meada deveria principiar o esforço reformista da administração que toma posse nesta terça (1º). Desatar o nó do sistema de aposentadorias, cujos parâmetros estão em franco desacordo com o rápido envelhecimento da população, assume a condição de prioridade incontrastável num cotejo judicioso das tarefas à frente.
Não se trata apenas de equilibrar as contas, sem o que o peso do conjunto das pensões sobre as gerações trabalhadoras do futuro vai se tornar insuportável.
Cumpre, sobretudo, adotar o princípio republicano da isonomia: todos, trabalhem no setor público ou na iniciativa privada, deveriam se submeter ao mesmo regime de contribuição e benefícios.
Fiquei ainda mais convencido de que a imprensa está mesmo nas mãos de comunistas, ao perceber, estarrecido, que O Globo, Estadão e Veja também defendem ideias muito semelhantes
Vida que segue...
Prefiro São Paulo fora da Copa
A educação da cidade de São Paulo é ruim, para não dizer péssima; a saúde, precária; o trânsito, um caos. A poluição não para de piorar. Os roubos estão aumentando. Por que, então, poderíamos aceitar dinheiro público para a construção de estádio de um evento passageiro como a Copa do Mundo? O que não falta na cidade é estádio de futebol.
Há um risco de que o veto ao uso do Morumbi signifique investimentos de dinheiro público em um novo estádio --coisa que as autoridades negam.
Se é para torrar dinheiro público com bobagem, prefiro que São Paulo fique de fora. A Copa passa (e rápido) e a cidade fica.
*
Esse debate apenas estimula minha desconfiança de que as obras da Copa e das Olimpíadas vão acabar menos em taças e medalhas do que em escândalos.
Gilberto Dimenstein, 53 anos, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário daFolha. Escreve para a Folha.com às segundas-feiras.
José Serra jogou dinheiro fora
Quando começaram as obras de ampliação da marginal, ao custo de R$ 1,3 bilhão, eu apenas escrevi aqui o óbvio –é dinheiro jogado fora. Mais cedo ou mais tarde, como ocorre em vários países, os carros iriam ocupar o espaço e o congestionamento voltaria. Fui acusado até de fazer campanha contra a candidatura Serra. Pelo jeito, foi mais cedo que se imaginava.
Reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo” informa que, depois do alívio, os congestionamentos voltaram neste mês a níveis indecentes –uma piora em relação a abril.
Isso só mostra que a única saída para a cidade é investir em transporte público (metrô e corredores de ônibus) e ter coragem de brigar com a classe média.
Daí que sempre defendi e continuo defendendo que aplicar o pedágio urbano e drenar 100% dos recursos para melhorar os transportes públicos é uma medida que, mais cedo ou mais tarde, terá de ser aplicada. A prefeitura promete proibir o estacionamento nas ruas (o que é certo). Mas implica pagar mais por estacionamentos privados –o que é, de certa forma, um pedágio escamoteado.
O resto é dinheiro jogado fora.
por Gilberto Dimenstein
Dasdoida: doideira de grife
Um grupo de pacientes psiquiátricos está criando uma nova grife da cidade de São Paulo, com direito a abertura de uma loja no centro, prevista para o fim deste mês. Nome da grife: Dasdoida. Essa é daquelas invenções que mostram o poder mágico da educação --mais detalhes estão no www.catracalivre.com.br.
Pacientes de um Centro de Atenção Psicossocial (Itapeva) produziam, nas oficinas, peças de decoração, acessórios e roupas. Daí veio a ideia da grife, da loja e, claro, do bem-humorado nome.
Os modelos --os próprios pacientes com suas criações--- se apresentaram nesta semana num desfile no centro de São Paulo. Tema do desfile: Fantasmas. A proposta foi convidar os espectadores a soltar suas próprias loucuras.
Isso é que é um bom exemplo de cidade equilibrada, na qual o espaço público serve para todos desfilarem, mostrarem seu potencial, e até ganharem seu dinheiro.
Gilberto Dimenstein, 53 anos, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário da Folha. Escreve para a Folha Onlineàs segundas-feiras.
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